A Londres vista do nosso quarto

Postando para dizer que não nos esquecemos do blog.

Essa semana tivemos uns trabalhos extras pra fazer e por isso não pudemos atualizá-lo como gostaríamos.

Semana que vem prometemos mais post. As novidades são muitas!

Por enquanto deixo duas fotos que fiz agora há pouco com a vista que temos da janela do nosso quarto provisório.

Amanhã vamos ver uns flats pra alugar. Se tudo der certo nos mudamos domingo.

vizinhança
vizinhança
Tempo feíssimo no momento. (14ºC)
Tempo feíssimo no momento. (14ºC)

Um político britânico e sua grande gafe

Político é político. E vice versa!

Essa eu aprendi com o Jardel, aquele que jogava no Grêmio.

Enquanto a gente (brasileiros) acha que nossos representantes são os mais safados, mentirosos e inescrupulosos do mundo, algumas cenas mundo afora podem nos fazer ver que as coisas não são tão diferentes. Nem mesmo na terra dos lordes.

No vídeo abaixo, o premiê britânico Gordon Brown recebe elogios de uma eleitora de 66 anos pela atuação do governo na área de educação. Ele se despede agradecendo, dizendo que foi muito bom conhecê-la e blábláblá.

Quando entra no carro e acha que está longe do alcance das câmeras, destila seu veneno:

“Que desastre, eles nunca deveriam ter me exposto com essa mulher. De quem foi essa ideia? É ridículo. Ela é apenas uma mulher fanática.”

As imagens foram feitas na cidade de Rochdale, noroeste da Inglaterra pela rede de TV Sky News.

As primeiras impressões sobre moradia e transporte em Londres

Assim que chegamos em nossa casa temporária e ajeitamos nossas coisas saímos para conhecer o bairro.

O distante Chingford (Zone 4) é um distrito bastante residencial, com ruas e casas bastante parecidas. Possui um pequeno centro comercial próximo a estação de trem (Highhams Park) em que se pode encontrar alguns restaurantes indianos, pizza, fast food, floriculturas, cafés, cabeleireiros e alguns mercados.

Panorama de uma das ruas de Chingford.
Panorama de uma das ruas de Chingford.

O bairro é bem agradável, tranquilo e arborizado, mas fica a uma hora do centro de Londres (trem e metrô) e isso, além de tomar tempo, custa caro. O respeitado transporte público londrino não é nada barato.

Um cartão que permite circular livremente entre as zonas 1 e 5 por uma semana (Travel Card) custa £44,00 (quer dizer, custava em 2010, né? Se você tá lendo isso em 2013, 2014, 2056, corre pro site da TfL pra ver os valores atualizados. Clique aqui!). Portanto, se vier para ficar, não deixe de considerar quanto irá gastar para se locomover nos seus trajetos diários.

red bus
red bus

É bem provável que valha mais a pena morar numa região mais central e pagar um aluguel mais caro do que morar em um bairro distante e perder tempo, dinheiro e paciência em metrô/trem/ônibus – que por mais charmosos que sejam se tornam verdadeiras latas de sardinha nos horários de pico.

Escadarias de uma das estações de metrô. A profundidade de algumas estações é de impressionar.
Escadarias de uma das estações de metrô. A profundidade de algumas estações é de impressionar.

De repente você pode até descolar uma bike para se locomover. Economiza uma grana, cuida da saúde e ainda cumpre seu papel de cidadão responsável.

No site Transport For London (TfL) você encontra todas as informações que precisa para transitar pelas ruas, trilhos e pelo complexo underground.

Não é fácil entender toda essa confusão nos primeiros dias.
Não é fácil entender toda essa confusão nos primeiros dias.

Finalmente… Londres!

Abandonamos vocês por algum tempo por um bom motivo: na última quarta-feira, dia 21 de abril, depois de milhões de tentativas frustradas de conseguir um voo para Londres antes do dia 23 conseguimos encontrar os dois últimos lugares vagos em um voo que partia de Toronto na manhã de quinta-feira, dia 22! \o/

Apenas 24 horas antes do limite, eu sei, mas que para nós era MUITA coisa. :)

E assim foi. Chegamos ao aeroporto super cedo (medão de perder a hora), tomamos um chá básico de espera e finalmente embarcamos!!!! =D

see you soon, Toronto. Thanks for everything! :)
see you soon, Toronto. Thanks for everything! :)

A alegria e a ansiedade eram tantas que eu CAPOTEI. Dormi a viagem toda, feito um bebezinho.

As primeiras duas horas na cidade

Desembarcamos no aeroporto Heathrow e fomos pra fila da imigração (que levou quase 40 minutos). Fora a bronca que o João Guilherme levou por tentar tirar uma fotinho logo na entrada, tudo foi MUITO tranquilo; muito mais do que imaginávamos, na verdade.

O cara perguntou por que estávamos aqui, quanto tempo íamos ficar, falou que precisávamos nos registrar na polícia e… PRONTO; liberou nossa entrada!

Parênteses: Apesar disso, tínhamos todos os documentos em mãos, é claro. Por isso, lembre-se: se você pretende vir para cá, traga o kit com tudo (endereço da casa que vai ficar, carta da escola – se é visto de estudante, comprovante de renda e o que mais achar importante) e previna-se de enfrentar qualquer situação embaraçosa na imigração.

Saímos faceiros à procura do táxi que ia nos levar pra nossa casa temporária (reservamos duas semanas em uma casa de família para a chegada, já que alugar casa pela internet não é a melhor das opções) e em pouco tempo eu avistei um indianozinho segurando uma plaquinha em que se lia: Natasha e João! Mais uma alegria!

O trajeto do aeroporto até a nossa casa era loooongo, mas o cara pegou uma avenidona, fez com que não víssemos quase nada da cidade e em uns 45 minutos nos deixou no número 51 da Lyndhurst Road, que já de cara pareceu um larzinho bem aconchegante, na esquina de uma rua tipicamente londrina: casinhas parecidas, carros na rua, árvores floridas (é primavera!), lixeiros nas portas das casas, enfim… bem londrina.

A casa da Wendy é a da esquina. Foi nossa casa por 15 dias.
A casa da Wendy é a da esquina. Foi nossa casa por 15 dias.

Felizes com a carinha da rua, olhamos para taxista e perguntamos: 60 libras, né? (isso tinha sido combinado com a escola). E ele respondeu: não, 75, porque eu esperei vocês 45 minutos e porque foram 5 libras do estacionamento. Hum, primeira decepção por aqui! =/

Fomos recepcionados com uma pizza de pepperoni pela nossa host mother e por sua ~querida companheira: uma gatinha! (Outro parênteses: tenho quatro cachorros e minha relação com gatos sempre foi complicada. Há poucos dias twittei que tinha sonhado com quatro gatos no meu quarto e tinha acordado chorando. Dá pra imaginar a minha reação, né?!).

Batemos um papo com a Wendy (Cooper) e logo fomos para o nosso quarto – simples, mas gostoso: uma cama de casal, uma mesa grandinha e um guarda-roupa que a gente pode usar um ladinho e que tem um espelhão perfeito pra fica lynda pra passear. hihi

Assim encerramos nossas primeiras duas horas em Londres. A expectativa para o fim de semana era grande, já que na sexta tínhamos dever a cumprir: voltar a trabalhar (mesmo deslumbrados por finalmente chegar ao nosso destino!).

Ah, vale lembrar: era para estarmos aqui desde o dia 16, mas por causa do vulcão chegamos só no dia 22!!!

Nah.

Toronto: Chinatown e Downtown Younge em uma noite de comemoração

45 minutos de espera no telefone. Assim começou nosso domingo. Ligar para a companhia aérea três ou quatro vezes por dia (e esperar de 25 a 45 minutos) tornou-se nossa primeira obrigação diária. Afinal, apesar de estarmos curtindo Toronto, nosso objetivo é chegar logo em Londres para começar a estudar e também para poder voltar a trabalhar – já que aqui a conexão é complicada.

Depois da primeira ligação do dia, pegamos o ônibus do hotel para o aeroporto e lá compramos mais um TTC Day Pass para poder curtir o domingão de sol com apenas uma passagem por 10 dólares canadenses para os dois!

Os passeios do domingo

No sábado, tínhamos namorado várias câmeras legais no Eaton Centre e decidimos que compraríamos uma dela, porque não dava mais pra ficar tirando foto da filmadora, né?!

Então, fomos direto para o shopping que dispensa mais comentários e adquirimos nossa Cybershot W310!! =)

Para quem gosta de futebol, um off-topic: esse domingo era dia de atleTIBA (atlético paranaense x Coritiba) valendo título para o Coritiba (Coxa) e eu e o João, como bons coxas-brancas, queríamos MUITO assistir pelo menos um pedacinho do jogo.

Voltamos pro hotel para fazer mais uma ligação para a Air Canada e enquanto eu aguardava na linha o João me olhou com um grito contido na garganta: um a zero verdão! Há! Dá-lhe Marcos Aurélio!!!

Quando desliguei, acompanhamos os minutos finais do jogo, vimos o Geraldo fazer dois a zero e decidimos que devíamos comemorar em algum lugar da bela Toronto!

A comemoração

Andamos taaaaaaanto na noite de domingo que chegou uma hora que tudo o que eu mais queria na vida era uma cama.

Fizemos o tradicional trajeto hotel-aeroporto-ônibus 192-estação Kipling-metrô, andamos por toda Spadina Avenue, “jantamos” (sanduba + chá) no 7Eleven e chegamos à Chinatown, um pedaço da China no meio de Toronto. Achei o lugar meio nojento demais. confesso. Se a China for mesmo assim, já estou satisfeita por conhecer a Chinatown de Toronto.

Tudo chinês em Toronto; é a Chinatown.
Tudo chinês em Toronto; é a Chinatown.
comida?
comida?

Depois de percorrermos toda a Chinatown, caímos na CN Tower, que é o principal ponto turístico da cidade. Já era tarde da noite, então apenas entramos na parte inferior dela e tiramos algumas fotinhos “bem turistas”.

a imponente CN Tower
a imponente CN Tower

Em todo esse trajeto, procuramos um lugar que vendesse cerveja. Mas estava MUITO difícil. Achamos um bar no Downtown Younge chamado The 3 Brewers e finalmente bebemos uma berinha. Lá, descobrimos com a atendente Shannon que não se pode beber nas ruas de Toronto – talvez por isso seja tão difícil achar uma cerveja por aqui. Bebemos e saímos bem felizes de lá. :)

Finalmente uma cervejinha! E essa foi especialmente pro verdão campeão.
Finalmente uma cervejinha! E essa foi especialmente pro verdão campeão.
Na saída do bar, uma fotinho na Piccadilly Circus dos canadenses: a Downtown Younge.
Na saída do bar, uma fotinho na Piccadilly Circus dos canadenses: a Downtown Younge.

Voltamos para “casa” com a certeza de que comemoramos bem o título do Campeonato Paranaense de 2010.

Dá-lhe verdão!!!

Beijos,

Nah.

Sobre o transporte público de Toronto

No nosso segundo dia de Canadá decidimos ir para downtown (centro) e caminhar para conhecer a região. Vale lembrar que pra chegar até o metrô que vai até o centro é preciso pegar um ônibus expresso no aeroporto que vai direto para a Kipling Station (primeira estação do lado leste de Toronto). São 20 minutos sem nenhuma parada.

O sistema de transporte público daqui é muito bom. Os ônibus são muito confortáveis, funcionam quase 24 horas por dia e, mesmo aos domingos, são frequentes. O metrô atende toda a região central e leva o usuário aos principais pontos da cidade em poucos minutos. Algumas regiões ainda contam com charmosos bondinhos que circulam em canaletas exclusivas.

A cidade é bastante preocupada com a sustentabilidade. Toda a região central possui ciclovias e os ônibus dispõem de um espaço na parte externa para o usuário acomodar sua bicicleta. É comum encontrar pessoas carregando suas bikes no metrô. Resultado: trânsito tranquilo na hora de rush de uma segunda-feira no centro financeiro da cidade.

O site da Toronto Transit Comission (TTC), órgão que faz a gestão do transporte público da cidade oferece muitas informações sobre rotas, horários, preços e o que mais seja necessário saber para se locomover pela cidade.

Bons exemplos que deveriam ser copiados pelos grandes centros urbanos do Brasil.

Os bicicletários estão em praticamente todas as quadras do centro da cidade.
Os bicicletários estão em praticamente todas as quadras do centro da cidade.
panorama de uma estação de metrô
panorama de uma estação de metrô
O dispositivo na frente do ônibus é utilizado para transportar as bikes.
O dispositivo na frente do ônibus é utilizado para transportar as bikes.

Pra ver em Londres?! Pra ver em Toronto, isso sim!

É bem provável que seu objetivo ao acessar nosso blog tenha sido ver dicas e informações sobre a capital da Inglaterra. No entanto, infelizmente, o primeiro post oficial do Pra ver em Londres não vai falar sobre a terra da rainha Elizabeth II, que hoje completa 84 anos, mas sim sobre Toronto, uma bela cidade do Canadá que tivemos o prazer de conhecer graças ao Eyjafjallajkull, vulcão islandês que queria fazer festa pra nossa chegada, errou na data e nos fez ficar quase uma semana “presos” por aqui.

Mas, como bons viajantes e amantes de um turisminho básico, aproveitamos esse atraso forçado em nossa chegada a Londres para conhecer um pouco da cultura canadense e da maior cidade do país, Toronto.

Para que esse post não fique muito longo, e para ter certeza que você não vai se encher o saco no meio da leitura, escolhi dois temas para falar hoje: hotel e primeiro dia. Acompanhe!

Hotel

Assim que percebemos que teríamos MESMO que ficar por aqui (era 16 de abril e a Air Canadá nos informou que nosso voo só sairia dia 23), decidimos que deveríamos encontrar um lugar barato e bacana para nos hospedarmos.

Depois de ligarmos para váááários hotéis que estavam no guia turístico do aeroporto (nossa bagagem era demais para um albergue – 3 malas grandes e mais várias bolsinhas), escolhemos um com transporte 24h do hotel para o aeroporto (e vice-versa) e café-da-manhã por uma “bagatela” de 89 dólares canadenses por dia.

Solicitamos o shuttle e lá fomos nós para aquela que seria nossa casa canadense por um tempo indeterminado.

Impressões

Apesar de a internet no quarto ser muito cara (10 dólares canadenses a hora) e de ter apenas um computador pra todos os hóspedes com internet de graça, o hotel era muito bacana. Os quartos em que ficamos (dois, pois chegamos a fazer check out na segunda-feira, 19, e pegamos outro quarto quando vimos que teríamos que prolongar nossa estada lá) eram bem amplos, com tv, ar-condicionado e um banheiro com chuveiro bom!

Valeu a pena a escolha principalmente por ser MUITO perto do aeroporto (dá até medo dos aviões que passam bem baixos por aqui), por ter transporte 24h para a nossa segunda casa e pelo preço – já que todos os outros na região custavam cerca de 115 dólares a diária para casal.

No entanto, não o recomendamos pra quem vem à cidade a turismo. Por quê? Simplesmente porque é fora de mão. MUITO fora de mão. Então fica só o registro dele aqui, ok? :)

Primeiro dia

Com a sexta-feira perdida (ficamos o dia todo no aeroporto, fazendo mil perguntas na companhia aérea e lutando para encontrar um voo antes do dia 23 – o que foi impossível), começamos a pensar no que poderíamos fazer no fim de semana.

No guia que pegamos no aeroporto, vimos que havia um parque que parecia muito bacana. O High Park.

No sábado de manhã, tomamos um café-da-manhã no Coffe Time, porque ao chegar na recepção do hotel descobrimos que o café de graça era só até as 7 da matina (maior falha do hotel, na nossa opinião). Não tinha frutas e suquinho, como tem no Brasil, mas sim donuts gordos, cafés já adoçados e sanduíches com bacon e tal. Mas estava gostoso. Juntos, nossos cafés saíram por 12 dólares canadenses.

Em seguida, pegamos o shuttle do hotel para o aeroporto, onde compramos o TTC Day Pass, um ticket que custa 10 dólares canadenses e que no fim de semana pode ser utilizado por até dois adultos e quatro crianças e que permite que você ande de metrô, trem e ônibus por quantas viagens precisar! Adoramos!!!!

De lá, fomos conhecer o tal parque… Coisa liiiiiiiiinda. Mulherzinha que sou, amei as árvores com flores brancas e o laguinho fofo! Hehe

Chega de papo. Hora de fotos! =)

Ah, antes das fotos, uma explicação: a (baixa) qualidade das fotos se deve ao fato de no primeiro dia termos fotografado com a filmadora, pois estávamos sem máquina. Depois, compramos uma bem legalzinha e as fotos dos próximos posts já são boas! ;)

 

Um pedacinho da paisagem do High Park atrás de nós. =)
Um pedacinho da paisagem do High Park atrás de nós. =)
Maple leaf, a folha-símbolo do Canadá.
Maple leaf, a folha-símbolo do Canadá.

 

Tivemos a impressão de que as flores abrem e fecham com o sol; muito lindo!
Tivemos a impressão de que as flores abrem e fecham com o sol; muito lindo!

Com energia sobrando para conhecer Toronto, saímos do High Park e fomos para o centrão da cidade, onde passeamos pelo Downton Younge e conhecemos o Eaton Centre, um shopping que deixa qualquer mulher maluca com tanta variedade de coisas must-have! hehe

No próximo post você vai conhecer um pouco mais de Toronto com a gente!

Nos acompanhe!

Beijos,

Nah