Apesar de não gostar muito da ideia de manter animais presos em cativeiro sempre tive vontade de conhecer um desses aquários gigantes repleto de bichos esquisitos e grandes feras dos mares.
Londres oferece (pelo menos eu achava) o lugar perfeito para ter essa experiência. Tem até um túnel legalzão com os peixes em volta. Uhuuu!
Como domingo é o dia internacional do turismo tivemos que enfrentar uma fila de uns 30 minutos para entrar. Mas tudo bem… aceitável pelo o que a atração prometia.
Entramos e começamos a ver peixinhos, peixes e peixões – coloridos ou “p/b” – alguns animaizinhos bizarros, uns tubarões de pequeno porte, águas-vivas (maravilhosas), tartarugas, cavalos-marinho, além do Nemo e sua crazy friend Doris aos montes.
O que ficou do passeio é que ele foi uma merda. Ou quase isso.
=D
Não recomendamos no caso de quem não for levar crianças (elas adoram) ou não for um tarado por peixes.
Tá, ok… algumas partes são bonitas
É um passeio razoável (numa escala de 1 a 10 eu daria 5), mas que, definitivamente não vale os £17,50 (UPDATE em 19/02/2013: adultos pagando entre £18,63 e £20,50 em 2013 no passe normal!). Ainda mais se você não tiver um voucher 2 FOR 1 – a Nah vai falar sobre isso em breve.
recado pra VOCÊ, caçador de baleias
No caso de você ser um teimosão xarope que gosta de fazer tudo ao contrário do que falam ou se encaixar em uma das categorias (pai/tio/tarado), para chegar no aquário você precisa descer nas estações Westminster ou Waterloo – Circle, District e Jubilee Line são as linhas do metrô.
Nunca fui viciada em Sex And The City. Acho a série super bacana, mas não assisti todas as temporadas loucamente, como faço com outras séries. Porém, vi o primeiro filme e amei e já estava na expectativa do segundo quando vi que hoje seria a premiere dele por aqui… e que as atrizes viriam. Quase morri, e por vários motivos:
1- Sei que tem muita brasileira fãzona da série e achei que seria legal falar sobre a premiere aqui no blog;
2- Pago pau pra Sarah Jessica Parker. Ela é linda, elegante e, na minha opinião, uma atriz e tanto;
3- Queria ver o comportamento dos ingleses em um “evento” como esse. Afinal, sabemos que eles são conhecidos por serem mais discretos em momentos de euforia.
Antes de falar sobre o que vi hoje, aproveito para dizer que esta quinta-feira foi um dia especial para a sétima arte em Londres: além da premiere do Sex And The City 2, as últimas cenas do último filme do Harry Potter foram filmadas na King’s Cross Station (aquela, da Plataforma 9¾). Ou seja, cidade respirava cinema.
Leicester Square, Londres, 27 de maio de 2010
Saí da escola e fui direto para a Leicester Square, onde, às 17h45 (horário de Londres; 13h45, horário de Brasília), no cinema Odeon, iria começar a premiere de Sex And The City 2. Detalhe: o evento não era apenas o lançamento do filme em Londres, mas no Reino Unido!
Eu sabia que ia ter bastante gente, mas confesso que tinha a esperança de chegar um pouquinho mais perto. Não deu. =/
Em uma área fechada, com dois apresentadores e centenas de ingleses ricos e privilegiados (inveja branca) as atrizes começaram a chegar. Eu ouvia os gritos, o anúncio dos nomes, mas não enxergava absolutamente NADA. O tempo foi passando e eu fui ficando irritada, porque estava sozinha, no meio de uma multidão se acotovelando por um espaço melhor e sem ver o que acontecia atrás das grades tampadas que separavam a plebe da realeza!
Naquele amontoado de pessoas tinha gente do mundo todo. Ouvi português, espanhol, francês, italiano e outras línguas incompreensíveis para uma brasileira. Mesmo assim, a demonstração de empolgação era bem menor do que costumamos ver em terras brazucas. O povo gritava quando os nomes das quatro atrizes principais eram anunciados, mas nada além disso.
Quando já estava pensando seriamente em ir embora sem ver ninguém surge a Samantha (Kim Cattrall). Achei-a lindíssima. Bem mais bonita pessoalmente, eu diria. Tirei foto, mas vocês não merecem ver… Tremida, de baixa qualidade, de longe… No way! Sugiro uma pesquisa no Google se você ficar curioso (ou curiosa!) para ver como a atriz apareceu na premiere londrina.
E depois dela foi tudo bem rápido. Vi a Charlotte (Kristin Davis), o Mr. Big (Chris Noth) – que apareceu duas vezes! – e, finalmente, a tão esperada Carrie (Sarah Jessica Parker).
Tempo para comentário de mulherzinha: ela estava deslumbrante. Infelizmente, com meus olhos atentos a ela, perdi o timing da foto, mas , aqui, você confere as fotos de todas as atrizes. Não vi a Miranda (Cynthia Nixon), mas ela provavelmente estava por lá também.
A foto mais visível que tenho (a única que vou mostrar pra vocês) é a do Mr. Big mandando beijinho pra geral.
Valeu a pena?!
Enfim, apesar de ter ficado mais ou menos uma hora em pé no meio de uma multidão considerável, achei bem bacana estar lá. Foi interessante ver toda essa produção e observar o comportamento dos tietes por aqui.
No fim, fotografei algumas fãs com uns cartazes do filme e conversei um pouquinho com uma delas, que estava bem feliz por ter conseguido autógrafos em seu mega pôster e também por ter tirado fotos com suas atrizes preferidas – como ela as definiu.
Fãs londrinas do seriado nova-iorquino foram à loucura com os autógrafos das ídolas e com as fotos que puderam tirar.
Pra encerrar, deixo vocês com o trailer do filme – que estou morrendo de vontade de ver. Você também?! 🙂
Como chegar
O metrô “Leicester Square” (linhas: Piccadilly – azul escura – e Northern – preta) fica do ladiiinho de onde acontecem todos esses eventos, como você pode ver no mapa! 😉
Sempre me interessei pelos assuntos corriqueiros do dia a dia. De observar a vida que passa, de dar atenção as coisas sem importância e reparar nas cenas que constroem o cotidiano.
Todo jornalista é assim. Se não é, deveria ser. É como se estivéssemos buscando assuntos para escrever 24 horas por dia.
É por isso que tenho uma pasta de fotos chamada “Aleatórias”. Nela, guardo registros do cotidiano e cenas não tão relevantes, mas que fizeram parte da minha vida. Era assim em Curitiba e é assim em Londres.
Hoje vou falar um pouco sobre isso.
Os jornais gratuitos
Londres conta com dois jornais diários gratuitos. Em uma cidade completamente 3G, em que quase não se vê outros celulares senão Blackberries e iPhones, é interessante como a cultura da leitura analógica ainda é muito forte. Difícil imaginar a cidade sem os companheiros das viagens no underground.
O Metro sai pela manhã e está disponível em todas as estações de trem e metrô. “Você precisa ser rápido”, diz o texto. De fato, após às 9 da manhã é difícil encontrá-lo.
O London Evening Standard sai após o meio dia e é distribuído nas entradas das estações centrais por uns caras que exclamam “Free Standard”. A polidez britânica faz com que eles agradeçam a todos que aceitam.
O metrô
O underground, aliás, é um episódio à parte. Local perfeito para se fazer um estudo antropológico sobre os “londoners” e os gringos que a cidade adota com tanto carinho.
O que mais se vê – além dos leitores de jornais – são pessoas lendo livros, jogando no iPhone, escrevendo mensagens de texto e ouvindo música no estilo que os otorrinos e as mães adoram.
Uns dias atrás uma senhora pediu para que eu abaixasse o volume do iPod. Pedi desculpas e abaixei. Poucos minutos depois ela pediu o mesmo para um cara que estava sentado ao lado dela. Justo.
Cachorros (e bicicletas) são figuras constantes no dia a dia do underground.
A vitrine da loja da Nike na Oxford Street exibiu essa vitrine por vários dias.
Algumas estações de metrô têm características próprias. A “Holborn Station”, por exemplo, dá acesso ao British Museum. Ela tem imagens de algumas obras estampadas nas paredes. A foto abaixo é da “Baker Street Station”, principal acesso ao Sherlock Holmes Museum.
elementar
Os pubs
Entrar em qualquer pub é respirar história. Quando você para e pensa que a maioria deles tem mais (em algumas vezes muito mais) do que 100 anos a mente vai longe. Já imaginou aqueles figurões de roupas exóticas da realeza tomando uma Guinness?
Os professores da escola costumam dizer que o pub é o lugar em que você pode vivenciar de perto toda a riqueza da cultura inglesa – beber, brigar e vomitar. =D
Brincadeiras à parte, os pubs são incríveis. Não só pelas cervejas espetaculares que você pode tomar, mas por tudo que caracteriza a instituição PUB.
Domingo, meio dia: cerveja, futebol e leitura matinalFish and chips com cerveja: autoridade suprema da gastronomia “pubiana”.
A diversidade cultural
Essa é uma das coisas que mais impressionam. Não sei se existe lugar no mundo com tanta gente de tanto lugar diferente como aqui. Nosso bairro, por exemplo, está repleto de afro-descendentes, turcos, indianos, judeus (com direito ao traje completo) e muçulmanos/muçulminas… daquelas que só mostram um pedacinho do olho.
Mas não para por aí. Andar pelas ruas é passear pelo mundo. São restaurantes típicos de centenas de países e sotaques esquisitos para todos os lado. Não é difícil, também, se deparar com uma roda de capoeira à beira do Tâmisa.
paranauêQueijos e salames italianos no mercado de Borough.
O problema dos ratos e os simpáticos esquilos
Os esquilos estão para os parques assim como os ratos estão para os metrôs. São milhares!
A prefeitura tem lutado para diminuir a população dos primos do Mickey Mouse do undergound – a explicação para a imensa quantidade de camundongos vem das obras que estão sendo feitas para as Olimpíadas de 2012. Existem canteiros em todos os cantos da cidade e a prefeitura já admitiu que não é possível evitar a superpopulação.
Já os esquilos vivem aos montes em todos os parques, são adorados por todos e estão sempre comendo um amendoinzinho.
Os “primos ricos” dos ratos são quase um patrimônio dos parques.
Por falar em parques…
Um dos programas preferidos dos habitantes de Londres é deitar na grama. Não importa se é num grande parque ou numa área verde de 2×2. Eles estão sempre lá lendo, fazendo um picnic ou apenas lagarteando no sol.
E há de se concordar que fazer isso é deveras agradável. Ainda mais em um fim de tarde de um dia quente e ensolarado.
habitat naturalprecisa de legenda? Regent’s Park!
Essas pequenas flores cujo nome eu não faço ideia são verdadeiras pragas – estão em todo os lugares.
Por hoje é só. Prometo fazer mais textos do cotidiano como esses. Acredito que seja uma boa forma de transmitir como as coisas são por aqui sem usar aquele olhar de turista.
Desculpe-me pelo título clichê, mas me senti no direito de falar deste romântico bairro de Londres utilizando o nome do meu filme favorito: Um lugar chamado Notting Hill. =)
Mas prometo ser menos romântica e mais sua amiga, a jornalista que está aqui para dar dicas legais sobre a cidade. Afinal, Portobello Road(onde fica o mercado de rua de Notting Hill) é mais um daqueles lugares que você precisa conhecer quando vem para cá. Portanto, o texto de hoje é para despertar em você a vontade de conhecer esse cantinho da cidade. Venha comigo!
A chegada em Portobello Road
Não é a primeira vez que eu venho a Londres e nem a primeira vez que eu visito Notting Hill – e Portobello Road/Market. E não é só porque amo o romance de Anna Scott (Julia Roberts) e William Thacker (Hugh Grant), no blockbuster hollywoodiano, que preciso passear por aquelas ruas enquanto estou na cidade, mas porque esse lugar tem uma atmosfera contagiante, que dificilmente vou conseguir mostrar apenas escrevendo e mostrando fotos – você precisa mesmo vir pra cá para ver!
Ao subir as escadas do metrô Notting Hill Gate já é possível perceber que por ali as coisas são diferentes do que você vê na grande maioria dos bairros londrinos. Ali, as casinhas iguais são um pouco diferentes; elas têm cor, muita cor. Os mais velhos poderiam dizer que é “de encher os olhos”. Meus irmãos poderiam dizer “irado!”. =)
Na primavera, as cores das flores se somam às cores das casas. Lindo de ver.as casas coloridas de notting hill
Antes mesmo de chegar na Portobello Road, o movimento já começa a se formar – seja nas lojinhas de lembrancinhas da cidade e do bairro, ou nas “moderninhas”, que vendem camisetas com frases divertidas e acessórios que qualquer “menina moderna” iria amar.
Aí, na sequência da caminhada a verdadeira Portobello Road começa a se desenhar. Na primeira esquina, uma parada estratégica: uma barraquinha vendendo waffle de chocolate com morango que a gente teve que comer. Com a coca, gastamos £4,50.
Impossível não querer comer todas as delícias que aparecem na caminhada por Portobello Road. A gente escolheu a primeira que apareceu! =D
Descendo a rua, fomos ficando admirados com tudo o que era possível comprar por lá: antiguidades, novidades, lembrancinhas lindas de Londres, cds, roupas, enfim, de tudo um pouco! Ótimo para quem vem com dinheiro e quer voltar com a mala cheia de presentes e de mimos para si mesmo, mas bom também para quem gosta de apenas apreciar coisas bonitas.
Uma das lojinhas logo na entrada de Notting Hill.Pensa que vender cd não é mais um bom negócio? Dê uma passada por essa banquinha, que fica em uma esquina da Portobello Road e mude seus conceitos. O cara vende no grito; e vende mesmo!
Gosta de foto e de história? No meio de Portobello Road você encontra essa barraquinha que vende relíquias da fotografia.
Impossível também não parar para ouvir os artistas de rua. No sábado em que estivemos lá eles eram em dois, tocando um som instrumental de fazer até uma criancinha de uns quatro anos parar para brincar com eles.
Não é preciso ser adulto para parar um tempo para admirar dois artistas tocando em frente a um pub lotado. Esse menininho aí passou uns bons minutos pulando em volta dos artistas.
E a caminhada seguiu… A gente olhando para todos os lados, observando e comentando tudo até que… a livraria que inspirou o filme (aquele, do título do texto) apareceu em nosso caminho. Ela eu ainda não tinha visitado. Pra quem gosta do romance, estar ali é bom demais. Revivi na memória a cena em que Anna diz para Will que além de uma atriz, ela é apenas uma garota, pedindo a ele que a ame. Lindo, não?!
Só faltou o Will aparecer por ali… Essa foi a livraria que inspirou o meu filme favorito; “Um lugar chamado Notting Hill”.
Ok, chega de Natashisses. Deixo vocês com mais algumas fotos do lugar que eu amo e que espero que tenha feito vocês amarem também e, mais para o fim, ficam as informações que você precisa para poder chegar lá.
Ah, e se vier enquanto eu ainda estiver aqui, pode me convidar. =)
Música boa, gente bonita, cerveja gelada no pub, boa companhia, dia de sol… Precisa de mais alguma coisa?!London, baby!
Como chegar
Consegui despertar em você a vontade de conhecer Notting Hill? Então, anote aí:
As linhas vermelha (Central Line), verde (District Line) e amarela (Circle Line) do metrô levam você a Notting Hill Gate. De lá, Portobello Road está a poucas quadras, como você confere aqui:
O mercado funciona de segunda-quarta e sábado das 8h às 19h, na quinta das 8h às 13h e na sexta das 8h às 18h. Ou seja, só não deixe pra ir lá no domingo!
Até o próximo post,
Natasha.
PS: A blogueira Laura, do AboutLondon, fez um post BEM legal sobre as locações de Notting Hill que você pode visitar. Se você é fã do filme, leia (clicando aqui) e programe-se para explorar tudiiiinho! 😉
Logo que decidimos que viríamos para Londres começamos a pensar em como seria nossa casinha. Quem visse as nossas trocas de email na época iria imaginar que moraríamos em um mini-castelo (como eu sonhava…).
Sabendo que teríamos que chegar no aeroporto com um endereço para ficar, decidimos reservar duas semanas em uma casa de família (a escola que providenciou; falamos sobre isso mais pra frente) e nesse período procuraríamos o nosso lar doce lar. Assim, além de termos tempo para escolher direitinho nosso cantinho, ainda poderíamos praticar o inglês no dia a dia.
Chegando aqui, fomos direto para a casa da nossa hostfamily (que na verdade era uma hostmother e uma hostcat!).
A casa da Wendy era uma delícia, mas não vou falar sobre ela porque esse não é o objetivo. A questão é a seguinte: tínhamos duas semanas para achar nossa verdadeira casa ou então em 15 dias viraríamos sem-teto em Londres; que tal?
A casa da Wendy é a da esquina. Foi nossa casa por 15 dias.
A tentativa de golpe
Seguimos os conselhos de amigos e conhecidos e começamos a buscar casas pela internet. Gumtree, Into London e Star Flats eram alguns dos sites. Além disso, os jornais e revistas brasileiros (Brazilian News e Leros) também estavam na lista.
No começo, tínhamos na cabeça que acharíamos uma casa só nossa. E isso foi parecendo cada vez mais possível, já que apareciam uns flats liiiindos por precinhos muito camaradas (75 libras por semana, para o casal!).
Aí, surgiu um “problema”: os donos das casas iradas e baratas pediam para que a gente fizesse um depósito antes de visitar a casa, utilizando os serviços da Western Union. Demos uma pesquisadinha e algumas pessoas nos disseram que isso era normal. “Ok, vamos fazer o depósito”, pensamos.
Mas algo nos dizia que aquilo estava estranho. Um dos apês que vimos – o mais lindo do mundo! – ficava em Marylebone (zona 2, super bem localizado) e custava só 50 libras por semana para nós dois. O cara dizia que tinha vários flats e que cobrava barato porque queria ajudar estudantes. A Wendy, nossa hostmother, só dizia “isso é estranho, muito estranho…”.
Pesquisamos novamente e descobrimos: esse é um golpe muito comum por aqui! O cara finge ter um flat legal, diz que não mora em Londres e que precisa que você faça o depósito antes para ter certeza que você não vai fazê-lo vir até aqui e decidir não ficar no flat, e depois que você faz o depósito o cara some. A polícia não tem como descobrir quem são essas pessoas porque elas não moram em Londres e continuam aplicando golpes! =/
Por sorte, desistimos em tempo. No entanto, foi-se junto o sonho de uma casinha só para nós, já que vimos que essa casa dos sonhos seria muito cara.
A decisão
A partir de então, começamos a procurar não mais apartamentos, mas quartos em casas, por que chegamos à conclusão de que só encontraríamos algo a nosso alcance (£) assim.
Selecionamos alguns quartos e começamos a fazer visitas. Sério, no primeiro dia eu quase chorei quando deitei na cama. Os quartos eram horríveis, pareciam sujos e eu sabia que ia ser infeliz neles (drama básico, é claro!).
No segundo dia, tínhamos dois para visitar: um de um brasileiro (que achamos na revista brasileira Leros, e que não tinha fotos) e um que pela internet tínhamos achado bem bacaninha.
Os dois tinham prós e contras. O do brasileiro era feio; o “outro” era lindo. O contrato no do brasileiro podia ser quebrado a qualquer hora; o do “outro” era de no mínimo cinco meses. Os dois eram bem localizados. Os dois tinham o mesmo preço; 140 libras por semana.
Eu saí do “outro” decidida: era lá que eu queria morar. O quarto era grande, arejado, a cozinha era bacana e eu sabia que ia ser feliz lá. O João estava balançado. O contrato de cinco meses fazia ele ter medo, já que sabemos que podemos conhecer alguém com uma opção melhor (£) ao longo desse tempo.
Mas, como todos sabem, a decisão de uma mulher sempre prevalece! Há. E cá estamos: no “outro”. \o/ Em Clapton, na zona 2 de Londres, há menos meia hora de trem e metrô da escola e vivendo com quatro ~irmãos: um londrino, um escocês, um chinês e um português. Mas a relação com eles rende outro post, certo?
A casa é realmente muito gostosa e estamos felizes e satisfeitos – mas mais pobres, já que gastamos 600 libras mensais só com moradia!
Nossa rua em um dia ensolarado em Londres! =)Nosso quarto é o da maior janela do segundo andar.
O que fica pra você
Dessa história toda, o que eu quero deixar para você, que vem para cá e vai ter que procurar um lugar para morar é o seguinte: pesquise muito antes de tomar uma decisão; saiba que propostas tentadoras podem ser tentativas de golpe e pense no que importa para você. Eu preferi pagar um pouquinho mais e viver bem do que pagar menos e ser infeliz em um lugar escuro, feio e sujo! 🙂
Espero que as nossas dicas tenham sido úteis. Se ficou alguma dúvida, sinta-se à vontade para nos deixar um comentário ou mandar um email (contato@praveremlondres.com). Vai ser um prazer respondê-lo!
Fazer uma viagem internacional pra estudar exige muito planejamento, principalmente quando o destino é um país que gosta de complicar a vida dos estudantes que pensam em trabalhar para bancar sua sobrevivência – como é o caso do Reino Unido.
Para se ter uma ideia, até o início de 2010 um estudante podia trabalhar legalmente em Londres por 20 horas/semana. Mas em fevereiro o governo britânico reduziu a carga para míseras 10 horas (UPDATE EM 27/02/2013: Hoje, o visto de estudante NÃO permite trabalho. Nem uma horinha!). E a tendência é que isso piore ainda mais.
Recém eleito primeiro-ministro, David Cameron declarou inúmeras vezes durante sua campanha que iria apertar ainda mais o cerco contra a imigração. Ou seja, em hipótese alguma pense em vir com pouca grana porque “lá eu arrumo alguma coisa pra me manter”.
Não vou entrar no assunto dos trabalhos ilegais porque esse não é o objetivo do Pra Ver em Londres. É melhor deixar o jeitinho brasileiro do outro lado do Atlântico.
O salário mínimo no UK varia conforme a idade. Vamos aos números.:
VALORES DE 2010:
Menores de 18 anos: £3,57/hora
De 18 a 21 anos: £4,83/hora
A partir de 22 anos: £5,80/hora
VALORES DE 2013:
Menores de 18 anos: £3,68/hora
De 18 a 20 anos: £4,98/hora
A partir de 22 anos: £6,19/hora
Aprendizes de até 19 anos ou com 19 anos em seu primeiro ano: £2,65/hora
Com qualquer emprego que estudantes costumam pegar (faxineiro(a), auxiliar de cozinha, garçom/garçonete, panfleteiro(a), babá, etc) você dificilmente vai ganhar muito mais do que o mínimo.
Cenário realista (baseado na vida em Londres em 2010, quando estudantes podiam trabalhar legalmente!):
Digamos que você tenha 22 anos, consiga um emprego (isso não é tão fácil quanto muitos imaginam) e ganhe £6 por hora.
1 semana = 70 libras
1 mês = 240 libras
O que você consegue fazer com esse dinheiro
A moradia em Londres é caríssima. Por um quarto na Zona 2 (próximo ao centro) você paga o preço que pagaria pelo aluguel de um apartamento de dois quartos numa região central de qualquer cidade brasileira.
Os mais baratos custaram a partir de £50 por semana (por cabeça, em uma casa dividida com outras pessoas) – mas são verdadeiras espeluncas. O mais provável é que encontre uma moradia digna (de novo, em uma casa dividida!) na faixa dos £70 a £90 por semana.
DICA: Os melhores sites para encontrar sua casa são o Gumtree, o Starsflats e o SpareRoom. A revista Leros também tem uma área interessante para procurar quartos. Não perca tempo em outros porque em algum dos dois você vai achar algo interessante.
Não preciso nem dizer que seu salário já foi, não é? E você ainda não comeu e nem se locomoveu. Sentiu o drama?
Pois bem. Se você não tiver um “Paitrocínio Platinum”, comece a guardar dinheiro muito antes de viajar, porque por mais que consiga trabalhar legalmente, será impossível se manter. (Lembre-se: em 2013, com visto de estudante, NADA de trabalho legal!)
Se não se planejar terá que usar a criatividade pra descolar uma grana
Os custos mensais na ponta do lápis
Vou apresentar os números com base no que estamos gastando (2010!) – isso inclui um bom quarto na Zona 2 e comida comprada no supermercado e feita em casa.
O cenário é o seguinte:
Aluguel: £300/mês por cabeça, em uma casa dividida;
Transporte: £69,20/mês (para transitar livremente entre as Zonas 1 e 2 com o Oyster Card para estudantes) UPDATE: Clique aqui para ver os valores atualizados do transporte;
Alimentação: £50/mês (fazendo comida em casa, porque comer fora é caríssimo) UPDATE: a gente comprava no Morrison’se na maior parte das vezes comprava a comida do próprio mercado. Que era mais barata. E mesmo assim era de qualidade! Não vivíamos a pão e água. Garantimos! 😉
Somente para dormir, comer e se locomover você já gastou £419,20. Agora pense que você está em Londres. O apelo ao consumo é muito forte. Seja para conhecer as atrações turísticas, ir a eventos culturais , fazer compras, tomar umas pints em algum pub e viajar para outras cidades ou países.
Não recomendo que você venha sem ter (no mínimo) £700 libras por mês – cerca de 2100 reais. Com esse dinheiro você consegue viver bem e ainda contar com alguns pequenos luxos.
Nos próximos posts vou falar sobre quanto, em média, você gasta no pré-viagem: curso de inglês, passagem, visto, traduções, etc.
Até lá.
PS: Como este blog é pessoal, utilizamos como base para estes números os NOSSOS gastos. Não somos pessoas consumistas, vivemos bem com pouco e somos felizes assim. Leve isso em consideração na hora da leitura, ok? 🙂
O post de hoje é especial para aquelas pessoas que querem vir para Londres a passeio, como turistas.
A primeira coisa que passa pela cabeça de alguém que vai viajar é: preciso de visto?
Quando o destino é Londres a resposta é: sim, você precisa de visto. No entanto, o visto de turista para os cidadãos brasileiros (se você tem passaporte europeu pode entrar e sair quando quiser!) é concedido na entrada do Reino Unido – seja por avião, ou por transporte terrestre, caso você venha de outro país da Europa.
Aí, a questão é a seguinte: esse visto é válido por seis meses. No entanto, você não pode trabalhar nesse período.
Documentação exigida
uma das melhores sensações da vida: ter sua entrada na cidade dos seus sonhos autorizada. A emoção é tanta que a foto fica fora de foco. Perdoados, né? 🙂
Tirar o visto na entrada do país não significa que você não precisa apresentar alguns documentos ao pessoal da imigração. Por isso, tenha em mãos o comprovante da reserva do hotel, albergue ou carta de uma amigo que mora na cidade e que vai te receber e também um comprovante de renda (dinheiro em papel, extrato do banco traduzido) que garante que você tem dinheiro para se sustentar no país. Como não há um valor estipulado, minha dica é: faça uma previsão de quanto você vai gastar com coisas básicas e traga um pouco mais do que seria necessário!
–> Escrevemos um post sobre quanto você precisa para passar sete dias em Londres como turista. Leia clicando aqui.
É fundamental, ainda, ter a passagem de volta em mãos, pois eles podem pedir para ver!
Texto por Natasha Schiebel/Vídeo por João Guilherme Brotto
Estamos em Londres há apenas três semanas, mas posso afirmar que já entramos em pelo menos uma dezena de pubs com o objetivo de tomar uma cervejinha gelada (já deu para perceber que o casal gosta de uma “berinha“, né?!).
Mas se a cerveja sempre agrada os dois (eu prefiro “loiras” e o João anda vidrado nas “morenas”), a música nem tanto, já que na maioria das vezes o que ouvimos é um som ambiente, algo como um mp3 ligado na preferência do dono do bar.
No fim de semana passado, porém, encontramos um lugar que se mostrou completo para nós: o Ain’t nothin but…, um bar que toca blues ao vivo (naquele dia o cantor era DEMAIS!), tem cerveja gelada, gente bonita e ainda fica aberto até “tarde”: 3 da manhã no sábado (sim, porque aqui a maioria dos pubs fecha cedo até no fim de semana. Segundo meu professor, o objetivo é sair pra beber cedo e voltar pra casa cedo).
Se você está vindo pra cá e gosta disso tudo que a gente gosta, fica a dica: reserve uma noite (ou quem sabe uma tarde, já que no sábado e no domingo o bar abre às 15h) para o Ain’t nothin but... Tenho certeza que você vai gostar. A gente já adotou como “nosso”.
foto tirada do site do bar (porque a gente não fotografou. Blé pra nós): http://www.aintnothinbut.co.uk/http://www.aintnothinbut.co.uk/
Hop Farm Festival
Antes de encerrar, aproveito para falar que um dos artistas que tocou lá recentemente, o Seasick Steve, estará no Hop Farm Festival, que acontece nos dias 3 e 4 de julho em uma fazenda próxima a Londres.
O festival promete! Não é pra menos. A atração principal é ninguém menos do que Bob Dylan. Se a gente conseguir garantir nossos ingressos, com certeza você lerá muita coisa sobre esse quase Woodstock aqui no blog.
O Hop Farm ainda terá a presença do Mumford & Sons e da Laura Marling. Excelentes pedidas pra quem curte um folkzinho.
Fique agora com o vídeo que o João preparou e na sequência confira o “como chegar”, com o endereço do bar e a linha de metrô mais próxima.
Se você curte uma cerveja Londres é o paraíso. A variedade impressiona – e é difícil achar alguma que não seja boa. Desde que cheguei aqui me deleguei a dura tarefa de provar todas as cervejas que eu encontrar. =D
É possível encontrar pilsen (loira), pale ale (ruiva), stout (morena) e outros tantos estilos de todos os cantos da Europa (e de vários do mundo), pra todos os gostos e apetites por teores alcoólicos mais elevados ou não.
O melhor de tudo é que os preços são interessantíssimos e variam muito pouco entre uma marca e outra.
A mais barata que vi até agora foi a dinamarquesa Carlsberg e a australiana Foster’s – sempre presente nas pistas de F1. Nos supermercados elas custam entre 0,80p e 0,90p. Mas outras várias estão nessa faixa do preço. (UPDATE: Apesar de termos escrito este post em 2010, fizemos uma pesquisa hoje, 27/02/2013, no site do mercado Morrison’s e, pasme, a Carlsberg continua custando 0,87p e a Foster’s 0,70p! Ah, o mundo sem inflação!)
A espetacular Guinness, que no Brasil não sai por menos de R$ 10, você encontra aqui por míseros £1,10. Impossível não ter sempre uma(s) na geladeira.
Ah, vale lembrar que nossas tradicionais latas de 355 ml não existem por aqui. Só tem esses latões maravilhosos!
Prateleira de um mercadinho em Clapton. Os maiores têm muito mais variedade
Uma coisa que acho legal de se fazer quando se chega pela primeira vez em um lugar (especialmente quando se vai ficar bastante tempo, como é o nosso caso) é dar uma volta pelos principais pontos turísticos logo nos primeiros dias, já que depois você vira tão cidadão como os próprios moradores e acaba desvalorizando o que os turistas adoram – e que sempre tem muito valor!
E foi isso que fizemos no nosso primeiro sábado em Londres – um dia lindo de primavera, sem nuvens e com muitas coisas bacanas para visitar.
Os passeios
Saímos de casa, fomos para a estação de trem mais próxima (Highams Park) e cometemos nosso primeiro erro de principiante: compramos um travelcard(ticket que dá direito a andar de metrô, trem e ônibus) para as zonas 1 (centro) a 5 (mais adiante da nossa casa, que fica na zona 4). Isso porque compramos em uma estação que ficava na zona 4, mas também ia para zona 5. Perdemos uns belos pounds (libras) nessa brincadeira. Faz parte, né?
Para você não cometer esse erro, antes de sair de sua acomodação saiba exatamente em que zona você está e para qual quer ir!
De lá, começamos nosso passeio. Primeira parada? Buckingham Palace. Fotinhos básicas de turistas, felicidade extrema ao ver a região toda florida – eu só tinha vindo no inverno, e a paisagem é bem diferente – e continuamos a caminhada.
–> Em 2015, visitei o interior do palácio de Buckingham enquanto a Rainha estava em férias. Contei como foi – e quando você pode fazer o mesmo – neste post.
Nós, as flores da rainha e a joaninha garantindo a “boa sorte” na viagem!O Palácio de Buckingham é um dos principais pontos turísticos de Londres. Todos os dias, milhares de pessoas passam pela frente dos imponentes portões. Em alguns dias da semana é possível ver a troca da guarda. As informações que você precisa para programar sua visita ao palácio em dia e horário de troca de guarda estão aqui! =)
Atravessamos o St. James’s Park (um dos meus parques preferidos da cidade) e demos de cara com ele: oBig Ben. Impossível não se sentir dentro de um cartão postal ao observar, no mesmo quadro, o famoso símbolo da pontualidade britânica, os tradicionais ônibus de dois andares vermelhos e a London Eye… <3
–> O post sobre como é a experiência de andar na roda gigante que proporciona uma das mais belas vistas de Londres está aqui.
O cara!Primavera e sol? Londrinos aproveitam para se jogar nos parques. St. James’s é um dos escolhidos!SO London, hun?
Mas ainda era pouco.
Circulamos pela Oxford Street, andamos pela Picadilly Circus, entramos em uma igreja onde tivemos a sorte de ver um ensaio de uma orquestra sinfônica, passeamos pela National Portrait Gallery, observamos um show que rolava na Trafalgar Square e acabamos em Camden Town, onde tomamos uma pint de uma cerveja gelada e encerramos o dia mais turístico de nossas vidas.
E tudo isso sem gastar (quase) nada – a cerveja gelada era merecida! =)
Trafalgar Square lotada em show promovido pela prefeitura para comemorar St. George’s DayOs ônibus (vermelhos) de Londres estão se tornando sustentáveis (“verdes”). Bela ação da prefeitura!Aaaah, como a gente ama esse pedacinho de Londres.
Impossível não se apaixonar.
Faça o mesmo você também ao chegar em uma cidade que não conhece. Dê um rolê por algumas áreas turísticas sem gastar muito. Vale MUITO a pena.
E se sua ideia for fazer isso em Londres, não deixe de ler os posts abaixo. Eles podem ser bastante úteis no planejamento desse “dia de turista”! 😉