O bairro de Covent Garden é uma das principais regiões turísticas de Londres. Localizado no coração do West End, onde ficam os teatros com grandes produções que rivalizam com a Broadway, o bairro tem uma grande opção de hotéis e restaurantes.
Entre tantas opções, lá na Monmoth Street, que considero a rua mais charmosa da região, está a Brasserie Max, o principal restaurante do Covent Garden Hotel, um hotel boutique que está entre os mais requisitados por turistas que querem conforto, ótimo serviço e muita discrição.
O restaurante é relativamente pequeno, assim como hotel que o abriga, mas é um ótimo lugar para aproveitar a descontração do bairro num ambiente muito aconchegante.
O cardápio da Brasserie Max é bem vasto e oferece produtos da estação que, por serem quase todos de origem britânica, ajudam a diminuir a “pegada de carbono” do restaurante.
Assim como no restante do hotel, o serviço da Brasserie Max é impecável. Os preços também estão à altura do ambiente, com um jantar custando cerca de 50 libras por pessoa, sem bebida. Uma opção mais econômica e com a mesma qualidade é o “set menu”, um cardápio com opções reduzidas e que sai por 25 libras por pessoas na opção de três passos.
Nos meses mais quentes, recomendo pedir uma das mesinhas externas, já que a rua calçada é muito movimentada e, como comentei, extremamente charmosa.
Serviço Brasserie Max
Endereço: Covent Garden Hotel, 10 Monmouth St, London WC2H 9HB
Metrô: Estação Covent Garden, Piccadilly Line (linha azul escura)
Todas essas dicas foram retiradas do guia gratuito 100 restaurantes em Londres, que produzimos em parceria com outros nove blogueiros. Ainda não baixou o seu? Faça isso agora clicando aqui. E bom apetite! 🙂
Nosso principal objetivo ao viajar para a Irlanda era fazer uma roadtrip pelo interior do país com um casal de amigos. Dublin meio que era apenas a porta de entrada e de saída. Tivemos uma noite lá antes da viagem de carro (que foi INCRÍVEL, aliás) e uma na volta. Em cada uma dessas noites ficamos em um lugar diferente. E as experiências foram COMPLETAMENTE distintas. Excelente ponto de partida para um post sobre onde se hospedar em Dublin, não é mesmo? 😀
As nossas duas escolhas foram Harcourt Hotel na ida e Generator Hostels na volta. Bora saber por que as experiências foram tão diferentes?
Onde se hospedar em Dublin: Harcourt Hotel
Confesso que o que mais chamou nossa atenção no Harcourt Hotel foi o preço: 39 euros pela diária sem café da manhã (o café, servido no bar ao lado do hotel, custava €8.95 por pessoa).
Do aeroporto, fomos direto para lá. O atendimento foi bom, o quarto era bonitinho, a cama, confortável, o banheiro estava bem limpo… Enfim, tudo parecia lindo.
Até que saímos para jantar com os amigos, conhecer o tal do Temple Bar (você não esperaria algo diferente da gente, né? :D) e, quando voltamos, o que tinha? 552 xóvens na fila da balada que era NA FRENTE DA NOSSA JANELA.
Gente, pra tiozão tipo nós não dá. Sério. Foi tenso. O que pra galera era um bate-papo sobre o que viria a seguir, pra gente era uma gritaria que impossibilitava um sono importante – a gente ia pegar a estrada bem cedo no dia seguinte, oras. E NA MÃO INGLESA.
Acordamos revolts.
Mas o pior ainda estava por vir.
Pagamos os quase €20 do café da manhã (para os dois) e nos arrependemos mortalmente. Era ruim. Ruim mesmo.
Tudo o que a galera fit diz que tá errado comer na primeira refeição do dia era o que a gente tinha pra comer ali. Mas tudo bem, um baconzão logo cedo de vez em quando não faz mal nenhum, certo? O problema era que o bacon não era “do bom”. Era daqueles que pingam gordura, sabe? E o resto do cardápio também não colaborava. Não dava vontade nenhuma de comer… 🙁
Apesar disso, nós bem que tentamos seguir nossas garfadas (afinal, já estava – bem – pago), mas a comida era ruim MESMO (nem tiramos foto, tamanha a decepção! Haha).
Mas, enfim, constatações que precisam ser feitas: a localização do hotel era bem boa – fomos a pé até a região do Temple Bar (cerca de 20 minutos a pé) -, o quarto era espaçoso e a diária realmente era bem barata. Só que o que a gente mais queria – que era dormir bem – não foi possível, então ficamos decepcionados e achamos que, bem, se você ao acaso encontrar o Harcourt na sua pesquisa e pensar em fazer uma reserva lá, talvez seja melhor continuar a busca. 😀
Mas é importante destacar que talvez os quartos que ficam mais para o fundo do hotel não tenham esse problema. Sóquené, a gente não sabia disso. Não foi uma escolha NOSSA ficar lá na frente. Mas como o preço é realmente imbatível, se você puder descobrir se tem um quarto mais para os fundos, pode ser que seja uma boa alternativa para economizar uns tostões. 😉
Pelo menos não tivemos surpresas ruins com o quarto e com o banheiro, né? #Pollyanna
Repito: não que o hotel em si seja terrível (não é!), mas a nossa experiência não foi boa.
A gente fez a reserva pelo Booking.com. Se você usar o nosso link (aqui!) para fazer a sua reserva – neste ou em qualquer outro estabelecimento -, a gente ganha uma pequena comissão e você não paga a mais por isso. 😉
Onde se hospedar em Dublin: Generator Hostels Dublin
Por outro lado, o Generator Hostels, que faz parte de uma rede que tem hostels em várias cidades do mundo (como Amsterdam, Londres, Paris e Roma – além de Dublin, é claro), nos impressionou logo de cara. Também, com um lustre deste:
Mas não é só isso. Apesar de ser um hostel, o Generator tem quartos privativos excelentes – amplos e com banheiro bom -, o café da manhã (pago à parte – o menu está aqui) é completíssimo e tem até um bar próprio que é mega badalado – vira “point da galera” #mamãefeelings aos fins de semana – mas o agito lá embaixo definitivamente não perturbou nosso sono.
Adoro quarto com cama extra pra poder jogar a bagunça. E QUE bagunça, né? 😀Este é o banheiro do quarto privativo. Simples, mas limpinho. É o que importa, né? 🙂
E gente, tem mais: o Generator Dublin também é muito bem localizado. Fica do ladinho da destilaria Jameson (a gente foi até lá só para tomar uns drinks no bar, mas tem tour também – custa €18 por pessoa. Os detalhes estão aqui), numa área superbacaninha da cidade e perto de um restaurante indiano beeeem simples, mas em que comemos uma das melhores refeições indianas das nossas vidas. Sério. Tava muito bom! O nome é Namaste India, #ficadica.
Ou seja, é o pacote completo que a gente busca em um hotel/hostel, por isso vale a indicação. 🙂
Olha a área do café, que coisa mais linda!O bar do hotel tem várias torneiras de chopps de cervejarias locais, além, claro, de muitas cervejas comerciais que estão presentes em bares do mundo todo.
Como no Generator há vários tipos de quartos diferentes, os preços das diárias variam bastante, mas você pode pagar desde €11 por cama, em quarto compartilhado, até €156 por quarto. Os detalhes estão aqui.
Se você fizer sua reserva no Generator Hostel por este link, nós ganhamos uma pequena comissão e você não paga a mais por isso! 🙂
Onde se hospedar em Dublin – a sua dica
Você já foi a Dublin e ficou em um hotel/hostel/B&B etc. e acha que vale a dica? A caixa de comentários tá aí pra você apresentar ela pra gente. Com certeza sua experiência pode ajudar a fazer a viagem de outros leitores ainda melhor. 😉
A gente anda um tanto sumido aqui do blog, é verdade. Não é a primeira vez que ficamos longas semanas sem escrever e – possivelmente – não será a última.
A desculpa é a mesma de sempre. O trabalho principal, com nossa agência de marketing de conteúdo, tem tomado conta de boa parte de nosso tempo e – sendo franco – depois de ficar longas horas sentado em frente ao laptop fritando o cérebro, o que mais queremos é distância do tec tec das teclas quando “fechamos o escritório”.
Saudade de escrever aqui a gente sente todo dia, acredite. Mas tem horas que é preciso priorizar, focar, abrir mão, fazer escolhas – e viver com isso.
Por alguns anos a gente alimentou o sonho de viver do blog, fazê-lo ser nossa principal fonte de renda, mas a blogosfera testou nossa paciência. Tivemos algumas decepções com esse mercado e decidimos não levar mais a carreira de blogueiros tão a sério. Até temos algumas ideias e projetos bem legais, mas nada que será tratado como prioridade – ao menos no curto e médio prazo.
O que é bom, porque isso nos tirou algumas amarras e pressões que nós mesmos nos colocávamos sobre TER que postar algo, TER que interromper momentos legais de uma viagem para registrar isso ou aquilo. Em nossa última viagem – para o Uruguai, no Carnaval – relaxamos como há tempos não relaxávamos simplesmente porque deixamos de lado as “obrigações” de blogueiro.
Tentativa – quase frustrada – de permanecer imóvel para uma exposição de 30 segundos em uma das noites mais lindas da vida em algum lugar no litoral do Uruguai
De certa forma, foi um grito particular de liberdade
Não vamos deixar de escrever e nem abandonar o blog. A gente ama esse nosso filhão que completa sete anos de vida este mês. É mais uma coisa de não se preocupar tanto com o calendário de posts fixado na parede do escritório que está na minha frente, bem atrasado, agora mesmo.
Grandes mudanças estão por vir em nossas vidas. Será mais um episódio da vida semi-nômade, que eu expliquei aqui, quando ainda não se ouvia falar do “largue tudo, seja um nômade digital e viva da internet”. Tenho calafrios com gente irresponsável que vende falsas verdades e destrói sonhos.
→ Se você se interessa por nomadismo digital de forma séria, planejada e realista, recomendo o Pequenos Monstros. Eles tratam do tema de forma responsável. Tome cuidado com os pseudos gurus da internet. Tem muitos por aí!
Aeroporto é sempre sinônimo de escritório pra nós
Dolce far niente (mas nem tão niente assim)
Em maio vamos nos mudar para a Itália para escrever um novo capítulo de nossa vida viajante. O país está em nossos planos há anos. Pra mim, é uma vontade que indiretamente sempre esteve presente em razão de raízes familiares, mas que foi crescendo desde que fomos pra lá pela primeira vez, em 2010.
Quando decidimos virar a página de Londres, a vontade de fixar raízes – temporárias ou não – na velha bota veio forte. Começamos a planejar essa mudança há mais de um ano.
A ideia inicial era ir para Florença, cidade que nos encantou, mas nas primeiras pesquisas vimos que viver lá não seria muito mais barato do que morar em Londres. Aí, entre pesquisas e conversas com amigos e bartenders italianos que encontrávamos nos bares londrinos sobre qual seria a cidade ideal, chegamos a Bologna.
Pôr do sol ao fundo do rio Arno, em Florença
Nossa vontade era encontrar uma cidade pequena, mas bem estruturada, com clima bom em boa parte do ano, bem localizada, com fácil acesso para viajar, que tivesse um custo de vida que coubesse no bolso, comida boa, lugares legais para pedalar e por aí vai. Esqueci de algo?
Ah, sim. Em dado momento, quando eu já estava bem inclinado a Bologna, mas a Nah ainda considerava alternativas, ela falou que só se mudaria pra lá se tivesse um bar da Brewdog, uma das melhores cervejarias do mundo.
E não é que tinha? 😀
O mais curioso é que, além da inusitada Bologna, só Firenze abrigava a Brewdog na Itália. Mais tarde, abriu um bar da cervejaria em Roma também.
Foi uma piada dela, claro, mas vimos como um sinal do destino. Batemos o martelo e é pra lá que vamos, mas de coração aberto para mudar a rota se por algum motivo, la gorda – como a cidade é conhecida, por motivos óbvios – não nos conquistar.
É louco decidir, por conta própria, mudar para uma cidade em que você nunca pisou, mas depois de ir e vir algumas vezes para lugares diferentes, esse tipo de mudança passou a fazer parte da nossa vida.
Desapegar é difícil, mas preciso
Acho que falar sobre os porquês e os benefícios que essas mudanças de cidades e países nos trouxeram nos últimos anos é tema para aprofundar em outro texto, mas a verdade é que mudar é bom. Simples assim.
Nem sempre é fácil, é verdade. Toda mudança exige muito de nós. Mas o que eu sinto é que a gente cresce sempre quando muda algo que incomoda. E quando falo “a gente”, incluo você também.
Como bem diria Barney Stinson do seriado How I met your mother:
Eu não estava planejando escrever esse texto. A ideia veio durante a leitura do livro Na natureza selvagem, de Jon Krakauer, clássico da literatura viajante que inspirou o filme homônimo e que é daqueles que mexem com os sentimentos e nos faz questionar verdades inquestionáveis que carregamos.
A gente assistiu há cerca de nove anos, ainda no cinema (matando aula na facul para um de nossos encontros “proibidos” #momentolovestory). Mas só agora parei pra ler a obra que o inspirou. Se você ainda não viu/leu, recomendo que veja/leia.
Depois que li uma carta escrita por Alex (personagem principal da história) para um senhor de 80 anos que se tornou um grande companheiro de estrada por algumas semanas foi quando, precisamente, senti que precisava compartilhar essa história com você.
Fascinado pela estonteante beleza do Yosemite National Park – Califórnia
O jovem que, cansado do mundo, largou tudo para viver uma aventura épica consigo mesmo, escreveu a Ron um recado que também é importante pra mim e pra você.
“Acho que você deveria realmente promover uma mudança radical em seu estilo de vida e começar a fazer corajosamente coisas em que talvez nunca tenha pensado, ou que fosse hesitante demais para tentar. Tanta gente vive em circunstâncias infelizes e, contudo, não toma a iniciativa de de mudar sua situação porque está condicionada a uma vida de segurança, conformismo e conservadorismo, tudo isso que parece dar paz de espírito, mas na realidade nada é mais maléfico para o espírito aventureiro do homem que um futuro seguro.
A coisa mais essencial do espírito vivo de um homem é sua paixão pela aventura. A alegria da vida vem de nossos encontros com novas experiências e, portanto, não há alegria maior que ter um horizonte sempre cambiante, cada dia com um novo e diferente Sol. Se você quer mais de sua vida, Ron, deve abandonar sua tendências à segurança monótona e adotar um estilo de vida confuso que, de início, vai parecer maluco para você. Mas depois que se acostumar a tal vida verá seu sentido pleno e sua beleza incrível. (…) Não hesite nem se permita dar desculpas. Simplesmente saia e faça isso. Você ficará muito, muito contente por ter feito. “
Alex Mc Candless em Na natureza selvagem
É um texto forte. É fácil, muito fácil, nos vermos presos à rotina. Não que a rotina seja algo ruim. Eu gosto de ter um (aparente) controle da maior parte do tempo. Ter horário pra dormir, acordar, trabalhar, pedalar etc. A rotina ajuda a equilibrar a vida. Mas o problema, ao meu ver, começa quando a vida passa a acontecer de forma automática, tipo assim:
É difícil não cair no clichê, mas eu também não sei por que sempre que falamos em clichê sentimos essa necessidade de nos defendermos e praticamente pedimos permissão para falar sobre. Clichês são clichês porque fazem parte da vida, oras!
De nossa vida só ficará a história que escrevemos
Qual foi a última vez que você se desafiou a fazer algo diferente? Algo que te assusta? Não precisa ser algo como largar tudo e viajar pelo mundo. Pode ser começar a praticar um esporte, empreender, falar aquilo que você sempre quis falar pra alguém, mas nunca teve coragem.
Seja o que for, lembre-se das palavras de Alex. Ele pode ter tido um final trágico em razão de seu grito de liberdade, é verdade, mas o seu legado, quase 30 anos depois, ainda inspira milhares de pessoas em todo o planeta.
Viva sua própria aventura, seja ela qual for. A nossa próxima começa em pouco mais de um mês!