Grécia: Vivendo um sonho na ilha de Ios (vídeo)

Se você acompanhou nossas redes sociais nas últimas duas semanas viu que estávamos na Grécia.

Se não, corre pro Instagram ver as fotos. Ah, segue a gente no Snapchat também. É só procurar praveremlondres por lá. Infelizmente, os vídeos de Ios já se foram porque eles ficam no ar apenas por 24h, mas a gente tem usado bastante essa rede social. É mais uma forma de nos conectarmos. =)

Passamos dois dias em Atenas e 12 em Ios, uma desconhecida ilha de nome estranho (se fala como se parece: Iôs) que fica a menos de uma hora de viagem da linda, porém lotada e inflacionada, Santorini.

Antes de embarcarmos, não sabíamos muito sobre o lugar, pois tem muito pouco conteúdo na internet a respeito. E ainda tem o fator concorrência com a Apple: experimenta jogar Ios no Google pra ver o que acontece. =)

Mas, pensando agora, visitar o desconhecido acabou sendo muito positivo. Desembarcamos sem saber o que esperar e saímos suspirando e planejando, quem sabe, voltar no próximo verão. Ios nos marcou profundamente. Veja algumas fotos que fizemos nos primeiros dias na ilha.

Pelas amizades que fizemos (fomos para um evento do Travel Massive que reuniu mais de 30 blogueiros de viagem e outros profissionais do turismo do mundo todo), pelas praias absurdas, pelo azul do mar e das portas e janelas, pela paz, tranquilidade e energia do lugar, pela fantástica comida mediterrânea, pelo por do sol, pelos gatinhos e por tantas experiências que me arrancam um sorriso sempre que lembro.

Quando estávamos voltando, no ferry, fiz um esboço de um texto com 20 e tantos motivos para você conhecer Ios. Em breve ele será publicado e você vai entender melhor a razão dos suspiros e dos planos de voltar.

Até lá, deixo o convite pra que dê o play no vídeo abaixo e sinta um pouco do que é Ios. Se gostar, não esquece de “dar um joinha” no YouTube e se inscrever no canal. Estamos entrando em uma nova era aqui no blog. Vídeos serão mais frequentes daqui em diante. Mas quero saber se você é a favor dessa ideia.

Afinal, como sempre falamos, o Pra Ver em Londres (na Grécia ou no mundo) é nosso, mas também é seu!

E aí, curtiu? Tem alguma sugestão de vídeo pra gente gravar? Vale uma dica pra mostrar um lugar legal em Londres, uma outra cidade, a gente falando bobagem ou qualquer coisa que sua curiosidade permitir. Eu tô bem curioso e ansioso por suas sugestões! Hehe

Até a próxima.

Pra Ver na Grécia: As primeiras impressões da ilha de Ios em fotos

pra ver no mundo30 graus. Céu azul. Casinhas brancas. Portas e janelas azuis. Marzão brilhante. Um por do sol de tirar o fôlego. Geografia “peculiar”.

Diz aí: essa não é a combinação perfeita para uma série de fotos incríveis? Pois é, e é isso que estamos vendo e registrando desde quinta-feira (16), quando desembarcamos no porto de Ios, uma ilha grega conhecida como “a ilha das festas”, mas que tem muito mais a oferecer do que simplesmente baladas e bons drinks. E é isso que eu quero mostrar hoje. 🙂

Selecionei alguns dos cliques que fizemos por aqui nos últimos dias com um objetivo simples: fazê-lo se apaixonar por Ios e repensar seu roteiro na Grécia – sim, Mykonos, Santorini e as outras ilhas gregas mais badaladas merecem sua visita, mas Ios também pode fazer parte dessa lista. Bora entender por quê? 😉

#LifeOnIos é um projeto que reúne vídeo-bloggers de vários países para mostrar um pouco sobre a vida nessa incrível ilha. Nossas redes sociais estão cheias de conteúdo produzido diretamente daqui. E será assim até o fim do mês, quando voltamos a Londres. 🙂 Verão europeu tem que ser aproveitado, né? 😉

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Ios - grécia
Estamos completamente apaixonados por Ios. Uma ilha linda, onde o tempo passa devagar, o vento sopra forte e as pessoas são de uma simpatia única.
Tá aí um dos ícones de Chora, o centrinho de Ios: as igrejinhas brancas. Aliás, do centro e da ilha inteira. Pra você ter uma ideia, na "ilha da festa" há 366 igrejas! Uma para cada dia dos anos bissextos. =D E elas são assim: branquinhas, pequeninhas e bem lindas por dentro. Por que existem tantas? Não sabemos ao certo (estamos investigando), mas pode ser porque a a galeura da ilha da festa precisa pedir perdão aos céus pelos pecados cometidos na noite passada. Não? haha
Tá aí um dos ícones de Chora, o centrinho de Ios: as igrejinhas brancas. Aliás, do centro e da ilha inteira. Pra você ter uma ideia, na “ilha da festa” há 366 igrejas! Uma para cada dia dos anos bissextos. =D E elas são assim: branquinhas, pequeninhas e bem lindas por dentro. Por que existem tantas? Não sabemos ao certo (estamos investigando), mas pode ser porque a a galeura da ilha da festa precisa pedir perdão aos céus pelos pecados cometidos na noite passada. Não? haha
Ios tem cerca de 20 praias espalhadas por uma área de XXXXX. Para chegar a muitas delas é preciso entrar em um carro e rodar por vááários minutos. No caminho, é impossível não parar para admirar (e fotografar) vistas como essa aí.
Entre uma praia e outra é um sobe e desce pelos morros. É impossível não parar para admirar (e fotografar) vistas como essa aí.
Mas tem, claro, as praias mais centrais. Essa da foto é Mylapotas, que fica "no pé" de Chora, o centro da Ilha. É uma praia bem movimentada, mas ainda assim supergostosa para curtir um dia de sol, mar e calor.
Mas tem, claro, as praias mais centrais. Essa da foto é Mylapotas, que fica “no pé” de Chora, o centro da Ilha. É uma praia bem movimentada, mas ainda assim supergostosa para curtir um dia de sol, mar e calor.
Maganari é uma das praias mais afastadas que visitmos
Maganari é uma das praias mais afastadas que visitmos. Justamente por ser mais afastada, é frequentada especialmente por famílias que buscam tranquilidade
ilha grega - ios - grécia
Por do sol visto do Pathos Lounge, um dos melhores lugares da ilha para ver a despedida diária do sol. Tá vendo essa piscina? Ela é a maior piscina infinita do Mediterrâneo!

Sem filtro e com 50 tons de azul

ilha grega - ios - grécia
Essa lojinha vende produtos artesanais feitos na ilha. Desde deliciosos doces locais, até azeite de oliva produzido pela família que toca o negócio. A gente entrevistou o Kostas, dono da loja. Em breve ele vai aparecer por aqui em um vídeo que estamos preparando
ilha grega - ios - grécia
Enquanto estiver em Ios você, diariamente, terá uma dura missão: escolher o lugar em que vai apreciar o maior espetáculo da Terra. Essa foto foi feita ao lado de uma igrejinha que fica no ALTO de um dos morros da ilha
ilha grega - ios - grécia
Essa é Pappa, uma praia de dificílimo acesso que não tem nada além de um lounge e uma casa construída por um milionário local. Tivemos o privilégio de passar o dia lá com o grupo de blogueiros que está com a gente. Apesar do celular na mão (pra tirar foto), lá Wi-Fi é algo impensável. E isso é bom demais!

Estamos vivendo experiências incríveis nesses quase 15 dias que vamos passar na ilha. Viemos pra cá para um evento do Travel Massive, que reúne blogueiros do mundo todo. Tem gente da Inglaterra, França, Alemanha, Canadá, Eslovênia, Uruguai, Austrália, Itália, República Tcheca e Brasil – além dos gregos que estão nos recebendo, claro.

Muitas histórias serão contadas por aqui nas próximas semanas! Tá curioso? =)

Mas não se preocupe, apesar das “férias” longe de Londres, nas horas vagas por aqui a gente prepara posts sobre a cidade do coração, claro. Logo vem uma dica toptop pra quem curte bons drinks. Pode esperar! 😉

–> Apoiadores do projeto #LifeOnIos:

9 dicas para um fim de semana delicioso em Curitiba

curitiblogandoVocê se engana se pensa que só Londres tem espaço nos nossos corações. Curitiba, nossa terra natal, é dona de um terreno bem grande por aqui. 🙂

A gente curte muito lagartear nos parques, explorar os cafés, conhecer novos restaurantes, frequentar os bons bares locais que oferecem cervejas artesanais/especiais, ir aos jogos do nosso Coritiba no Couto Pereira, etc. etc. etc.

A terra das araucárias só não tem mais espaço aqui no Pra ver em Londres por um motivo óbvio: o que nós e você que nos lê temos em comum é o amor pela Terra da Rainha.

tower bridge by bike

Né? <3

Mas a gente tem certeza que se você conhecer a capital do Paraná também pode passar a amá-la.

E já que ao longo dos quatro anos de existência do blog criamos uma relação bem legal, paramos para pensar e concluímos que era nosso dever convencê-lo a visitar nossa cidade logo mais.

Para começar a colocar essa ideia em prática, aproveitamos que rolou recentemente mais uma edição do Curitiblogando (já falamos sobre o evento aqui!) para apresentar para você algumas dicas quentíssimas que testamos, aprovamos e indicamos e que formam um roteiro para um dia/fim de semana perfeeeeito na nossa cidade.

Vem comigo!

curitiba
Pedal por parques. Um programão para um dia de sol (que é mais raro do que em Londres, mas tudo bem, tudo bem)

GaudenBier: cervejaria local que merece sua visita!

Nos últimos anos, a cena cervejeira bombou em Curitiba e na região metropolitana. Além dos vários bares que hoje vendem cerveja artesanal, diversas cervejarias nasceram e cresceram por aqui.

E a gente curte muito várias delas. Caso da GaudenBier, que nos recebeu para uma visita no sábado pela manhã – sabe como é, né, como já dizia Chico Science, “uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor”. 🙂

A Anna, do Finestrino, tá ligada nessa história. Tanto é que tava querendo roubar a cerveja do Jorge (namorado dela!). Calma, calma, Anninha sapequinha, tem pra toooodo mundo. ;)
A Anna, do Finestrino, tá ligada nessa história. Tanto é que tava querendo roubar a cerveja do Jorge (namorado dela). Calma, calma, Anninha sapequinha, tem pra toooodo mundo. 😉

E o tour, como não podia ser diferente, foi uma baita aula de produção de cerveja.

O guia Rafael, que é cervejeiro da casa, falou sobre os ingredientes que formam a cerveja (água, malte, lúpulo e levedura), explicou para a gente todas as etapas da produção e apresentou as birras produzidas ali – tanto as rotuladas “GaudenBier” quanto as parceiras (tipo Pagan e Madalosso).

Aliás, isso de produzir outras cervejas além da marca própria é muito legal. Eles alugam espaço para microcervejarias dentro dessa estrutura. Ou seja, se você produz sua birra, quer crescer e não tem estrutura, pode investir na terceirização da produção e conseguir expandir seu mercado. Essa união faz bem pra todo mundo!

Dá pra ver que os "alunos" estavam bem interessados na aula, né? :)
Dá pra ver que os “alunos” estavam bem interessados na aula, né? 🙂
Onde tudo começa
Onde tudo começa
Notou a alegria do modelo? :)
Notou a alegria do modelo? 🙂

Depois disso tudo, Rafael nos levou ao ponto alto do tour: a degustação. #osbebumcomemora \o/

As escolhidas por ele foram:

  • Gauden Pale Ale
  • Pagan Porter

Duas boas cervejas, mas pra quem ainda não tem o paladar cervejeiro muito desenvolvido (sem julgamento, tá, gente?, só constatação. hehe), a segunda, Pagan Porter, pode não agradar, pois é mais encorpada e “pesada” (uma Porter, né? Cerveja escura e de teor alcoólico mais elevado). Na minha modesta opinião, ela é mais interessante, mas entendeu o que eu quis dizer, né? 😉

Foi ali também que tivemos a oportunidade de escolher umas cervejinhas pra levar pra casa. Achei bem legal que o preço estava abaixo do o que vemos normalmente nos mercados (digo isso porque tem uma outra cervejaria local que cobra o mesmo preço – às vezes até MAIS CARO – pelas suas cervejas quando você compra in loco. Pois é, pois é, estamos de olho). Um packzinho com quatro “Gaudens” custa R$ 36!

A grande estrela da manhã
A grande estrela da manhã

Por tudo isso, garanto: pra quem faz parte do time cervejeiro, essa com certeza é uma dica e tanto de Curitiba.

E tem um motivo extra: a cervejaria fica em Santa Felicidade, um dos bairros mais charmosos da cidade e que tem uma enorme quantidade de bons restaurantes (principalmente de comida italiana) para um almocinho estratégico pós-degustação.

A gente curte o Velho Madalosso (o “Novo” é o famosão, enorme e blablabla, mas esse é mais tipo cantina italiana mesmo, mais aconchegante e gostoso!), o Dom Antonio (o preferido da minha família) e a Casa dos Arcos. #ficadica

Animou? Saiba que a visita à Gauden precisa ser agendada (mas é gratuita!). Agendamentos por telefone (41-3273-6666), e-mail (comercial@gaudenbier.com.br) ou site (formulário na área “Contato”). 

*Mapa no final do post! 😉

Cheers! :) - Foto: Robson Franzoi - Um Viajante
Cheers! 🙂 – Foto blog- Um Viajante

Nova Polska: restaurante fora da rota turística MEGA surpreendente

Ok, você foi na Gauden, tomou sua cervejinha, fez umas comprinhas pra levar pra casa e saiu de lá com a fome começaaaando a apertar. Pensou “putz, mas não quero comer em Santa Felicidade, quero algo mais original”. Se manda pro Nova Polska, amigão!

MEUSANTO, que delícia de restaurante. Que ambiente incrível. Te garanto com toda a minha sinceridade: a distância (8km de Santa Felicidade – o que para quem vem de cidades maiores é pouco, na real) vale muito a pena.

A começar pelo trajeto…

Depois, pela estrutura do restaurante – liiiinda, feita pra você ter um dia relax e de muita paz, e super completa (gente, dá até pra andar a cavalo!).

Um aperitivo da beleza da casa. Prepare-se para se encantar.
Um aperitivo da beleza da casa. Prepare-se para se encantar.
Não é encantadora a casa? A história dela é bem legal, aliás. Apesar de restaurada, ela mantém toda a cara original. Isso mesmo: essas cores que você vê são as mesmas cores escolhidas pelos donos, poloneses, que vieram para cá há várias décadas. Legal, né? Pra saber mais, visite o site do Nova Polska. É excelente (tem até receita!). :) - Foto: Rafa Leick (The Way Travel)
Não é encantadora a casa? A história dela é bem legal, aliás. Apesar de restaurada, ela mantém toda a cara original. Isso mesmo: essas cores que você vê são as mesmas cores escolhidas pelos donos, poloneses, que vieram para cá há várias décadas. Legal, né? Pra saber mais, visite o site do Nova Polska. É excelente (tem até receita!). 🙂 – Foto: Rafa Leick (The Way Travel)
Babe. Pode babar! :) - Foto: Rafa Leick - The Way Travel
Babe. Pode babar! 🙂 – Foto: Rafa Leick – The Way Travel
Muito amor por essas redes e espreguiçadeiras. Não há nada melhor do que aproveitar esse espaço delicioso para recuperar as energias pós-almoço caprichado (você já vai ver E COMO é caprichado). Foto: Rafael Leick - The Way Travel
Muito amor por essas redes e espreguiçadeiras. Não há nada melhor do que aproveitar esse espaço delicioso para recuperar as energias pós-almoço caprichado (você já vai ver E COMO é caprichado). Foto: Rafael Leick – The Way Travel

Demais, né?

Mas tem mais. A comida, claro.

Olha o tamanho desse buffet!
Olha o tamanho desse buffet!

Um cardápio polonês cheeeeio de delícias (só de pierogi – o melhor que já comi! – são diveeeersos sabores de recheios E de molhos!), extremamente autêntico e com um precinho camarada: R$ 38 por pessoa no esquema “buffet livre” (ou “coma até não aguentar mais”, em bom Português! =D).

Depois do almoço, impossível não se jogar em uma das redes lá fora…

O Rafa, nosso amiiiiigo do The Way Travel, pegou a gente no flagra dando aquela descansadinha pós-almoço.
O Rafa, do The Way Travel, pegou a gente no flagra dando aquela descansadinha pós-almoço.

Pegar o trenzinho rumo ao laguinho que fica lá embaixo e curtir a natureza em volta!

A foto oficial. Novamente, registro do Rafildes, do The Way Travel. Visita o blog dele!! ;)
A foto oficial. Novamente, registro do Rafildes, do The Way Travel. Visita o blog dele!! 😉
Ow, delícia! :) (foto do Rafa, já tá ligado, né? - The Way Travel)
Ow, delícia! 🙂 (foto do Rafa, já tá ligado, né? – The Way Travel)
Convencido, né? :) - Foto: Rafael Leick - The Way Travel
Convencido, né? 🙂 – Foto: Rafael Leick – The Way Travel

Gente, bom demais. Já convidei todos os nossos diferentes grupos de amigos para voltar lá LOGO. É o tipo de dica que vou dar pra todo mundo daqui em diante. Até pros vegetarianos, viu? A amiga Mariana, do Finestrino, é vegetariana e se empanturrou também. Né, Mari? 🙂

Fechou? Então aqui vai o que você precisa saber para incluir o Nova Polska na sua programação por aqui:

  • Funcionamento do restaurante: domingos e feriados das 12h às 15h – e área de lazer das 10h às 16h30min. Segunda a sábado: visitas e almoços somente mediante reserva prévia
  • Telefone: (41) 3649-4578 ou (41) 9991-8502
  • Site: www.novapolska.com.br
  • Como chegar:

Nova Polska

<3 <3 <3 MUITO AMOR! <3 <3 <3

Torre panorâmica: nossa Curitiba vista de cima

A louca das vistas de cima voltou! =D

Depois de mostrar algumas das melhores opções de vistas do alto de Londres (todas reunidas aqui), hoje apresento pra você uma ótima forma de ver a terra das araucárias de cima: a Torre Panorâmica (que para nós, curitibanos, será sempre a Torre da Telepar).

Torre panoramica - Curitiba

Nossa torre tem 109,5 metros de altura e fica nas Mercês, um dos bairros mais altos da cidade. Então, a visão 360 graus que ela proporciona não podia ser melhor. Olha só:

"Curitiba é fria (e linda) no cair da tarde...", já diria o Regra4 - Só podia não ter esse reflexo do vidro, né?
“Curitiba é fria (e linda) no cair da tarde…”, já diria o Regra4 – Só podia não ter esse reflexo do vidro, né?
Olha o fotão do casal Lucas & Natalia, do Queimando o Asfalto! Aliás, eles fizeram um post super legal sobre a cidade - Poxa, seria muito massa morar em Curitiba - que você lê aqui.
Olha o fotão do casal Lucas & Natalia, do Queimando o Asfalto! Aliás, eles fizeram um post super legal sobre a cidade – Poxa, seria muito massa morar em Curitiba – que você lê aqui.

Pra chegar ao topo e observar essa vista liiiinda, você precisa pagar R$ 3,50. Baratinho, né? Menores de 5 anos não pagam e crianças de 5 a 9 anos e maiores de 60 pagam R$ 1,75.

Mas às vezes chegar até a entrada é uma missão complicada. Isso porque em dias de sol costuma ter fila por ali – e sobem apenas 6 pessoas no elevador por vez. Ou seja, é bom se programar para chegar cedo (ou esperar um tempinho na fila) e ir na paz pra não se estressar com a espera. 🙂

Lá em cima você fica quanto tempo quiser, e para entender o que está vendo pode contar com a ajuda das plaquinhas espalhadas por toda a área:

Não registramos nenhuma dessas placas porque, sinceramente, queríamos curtir o momento. Mas o Rafa (sempre ele <3) fez o registro no momento em que fotografava os bastidores da foto oficial da galeura por lá. hehe É essa aí em que estamos encostados ;)
Não registramos nenhuma dessas placas porque, sinceramente, queríamos curtir o momento. Mas o Lucas (do blog Queimando Asfalto) fez o registro no momento em que fotografava os bastidores da foto oficial da galeura por lá. hehe É essa aí em que estamos encostados 😉

Além disso, também há um mapa da cidade no chão, um mural lindão feito pelo artista paranaense Poty Lazarotto em homenagem aos 300 anos da cidade (comemorados em 1993) e orientações de localização geográfica (Norte pra cá, Sul pra lá e assim por diante):

Ah, outra dica: se puder, vá perto do por do sol. Vale taaaanto a pena ver a cidade com a luz do fim do dia. <3
Ah, outra dica: se puder, vá perto do por do sol. Vale taaaanto a pena ver a cidade com a luz do fim do dia. <3

Pra mim, tá na lista de imperdíveis em Curitiba. Pra você também? Então anota aí:

  • Não tem site oficial
  • Telefone: (41) 3339-7613
  • Horário de funcionamento: terça a domingo, das 10h às 19h (ingressos vendidos até 18h30)
  • Endereço: Rua Prof. Lycio Grein de Castro Vellozo, 191 – Mercês – Curitiba – Mapa no fim do post! 😉

Se você quer combinar vista + jantar, a nossa sugestão é o Terrazza 40, restaurante panorâmico com um cardápio gostoso, preços justos e, claro, vista do alto.

Pub Crawl Curitiba: para encerrar o dia com bons drinks

A segunda noite de Curitiblogando chegou ao fim com um rolê por alguns bares do centro histórico de Curitiba. Issoaí, participamos do “Pub Crawl Curitiba”. 🙂

Foto: Rafa Leick (The Way Travel), que tem post exclusivo sobre o Pub Crawl neste link
Foto: Rafa Leick (The Way Travel), que tem post exclusivo sobre o Pub Crawl neste link

A nossa rota passou pelo Old’s Pub (na Rua Paula Gomes – a mesma do famoso bar O Torto), pelo Dom Corleone (a poucas quadras do primeiro) e, por fim, pelo Bar da Produção (na “badalada” Rua Trajano Reis).

E, olha, a organização do evento superou minhas expectativas (digo minha porque o João não participou, pois tinha uma prova de bike no dia seguinte). No primeiro bar, tivemos direito a uma hora de chopp Asgard liberado (+ porção de batata frita, pra forrar o estômago!), no segundo, ganhamos um shot de um drink colorido e gostoso e, no terceiro, a galera (abandonei o barco na balada mais forte, peeps, sorry!) também foi recebida com bons drinks.

Registro da Anna (do blog Finestrino) dos drinks que ganhamos no Dom Corleone. Leia o post dela sobre o "tour por bares" aqui.
Registro da Anna (do blog Finestrino) dos drinks que ganhamos no Dom Corleone. Leia o post dela sobre o “tour por bares” aqui.

Curti, curti. Pra quem tem pouco tempo na cidade, quer conhecer alguns bares legais e ter uma noite agradável com gente querida/bonita, é uma ótima opção.

Tem pub crawl toda sexta e sábado, sempre a partir das 22h. O ponto de encontro é o Old’s Pub (Rua Paula Gomes, 405 – São Francisco) e você pode saber a programação do dia e fazer sua reserva pelos telefones (41) 3308 8723 – 9500 5095 – 9972 9850 – 91252049.

Se preferir, você pode garantir sua pulseirinha pelo site http://www.getout.me/. O custo é de R$ 35 para mulheres e R$ 45 para homens – a entrada é liberada em todos os bares credenciados!

Roteiraço, hein?

Sentiu falta de mais uma parada pra comer, um lugar pra ficar e dicas de como se locomover? As dicas que reunimos aqui no blog em outras ocasiões podem ajudar. Olha só (clique nos links para ler os posts):

Por último, uma dica extra: não falei sobre como chegar nos lugares sugeridos neste post porque depende muuito do meio de transporte que você vai usar durante sua estadia na cidade. Para isso, a sugestão é simples: use o Google Maps! Ele te mostrará opções de como ir de um ponto a outro de maneira eficiente.

No mapa abaixo você entende onde ficam cada um dos pontos citados neste post (só não está o Nova Polska porque o mapinha deles, que tá lá em cima, explica melhor):

Além disso, o site da URBS (nosso “Transport for London”) fornece informações sobre os itinerários/horários de ônibus, o app Easy Taxi ajuda você a conseguir um laranjinha mais rapidamente e o site http://precodotaxi.com/ dá uma noção de quanto vai sair a corrida que você quer fazer.

Pronto. Agora é com você. Bora se programar, fazer as malas e vir curtir nossa terrinha? Dica boa não falta, né? 🙂

Como você deve imaginar, temos outras sugestões que vão garantir uma estadia toptop aqui na nossa cidade. Por isso, para encerrar este post, pergunto: podemos continuar fazendo posts sobre Curitiba? Claroclaro que intercalaremos com as dicas de Londres (meusanto, temos muuuitas ainda!), mas se você quiser, a terra das araucárias pode virar pauta mais frequente por aqui. Que tal?

Beijobeijo e até a próxima,

Nah!

Materiais III Curitiblogando

Blogueiros da Rede Curitiba: Anna Martinelli e Mariana Fachin (Finestrino), Beta Rodrigues e Dea Sales (Férias de Mochila), Robson Franzói (Um Viajante), Natasha Schiebel e João Guilherme Brotto (Pra Ver em Londres), Leidinara Batista (Férias Now), Jr Caimi (Tip Trip Viagens), Maria Thereza (Travel Monster) e Cristiane Tomasi (Carpe Diem).

Blogueiros convidados: Diana Schrock (Histórias da Di), Fábio Lima (Intrip), Rafael Leick (The Way Travel), Carol May (Dicas Roteiros Viagem), Erick Stengrat (My Destination Anywhere), Claudia Saleh (Aprendiz de Viajante), Thaís Towersy (Guia Mundo Afora), Guilherme Tetamanti (Viajando com eles), Lucas e Natalia (Queimando Asfalto) e Marina Fabri (Coisas de Diva).

Praia do Rosa (SC): guia pra um fim de semana em qualquer época do ano

pra ver no mundoAaaah, a Bela e Santa Catarina…

Se tem um estado brasileiro pelo qual eu morro de amores é o vizinho do meu Paraná (que também amo, aliás). Praias liiiindas, Blumenau com seu estilo germânico de ser (e seu Festival da Cerveja!), a capital mais linda do Brasil sil sil (na minha opinião, claro! :)… enfim, não faltam motivos para não amar esse pedacinho do nosso País.

Por isso mesmo, quando recebemos da Tati Dornelles (do blog Destino Mundo Afora) o convite para participar da primeira edição do evento “Santa Catarina na Bagagem”, que iria apresentar para diversos blogueiros a Praia do Rosa, aceitamos NA HORA.

Numa sexta-feira gelada, pegamos a estrada com a Anna e a Mari (do blog Finestrino) e o Jr. (do Tip Trip) e partimos “sentido litoral”. 🙂

Apesar do clima que a princípio dava a impressão de que praia não era a melhor opção, bastou chegarmos lá para concluirmos que um fim de semana no Rosa é uma boa pedida para QUALQUER época do ano. Isso porque não é só a praia belíssima que encanta, mas também a gastronomia local, as pousadas/hotéis/resorts, as baladinhas… enfim, TUDO. 

Ou seja, objetivo deste post é convencê-lo a incluir a Praia do Rosa nos seus planos de primavera, verão, outono ou inverno – e, claro, apresentar boas sugestões para o seu roteiro.

Bora fazer um miniguia pra você favoritar e esmiuçar quando for planejar a sua trip? 😉

belezas da Praia do Rosa

Onde se hospedar na Praia do Rosa

Assim que chegamos na Praia do Rosa fomos conhecer nossa “casa” para aquele fim de semana: a Pousada Village Praia do Rosa.

Olha, gente, foi amor à primeira vista!

Casinhas super bem equipadas (a maioria tem lareira, cozinha com tuuudo o que você pode precisar, secador no banheiro #asminapira), mar logo ali, quadra de tênis (#atenistapira)… well, as fotos falam por si:

Foto: Anna Martinelli (Blog Finestrino)
Foto: Anna Martinelli (Blog Finestrino)
Uma das 20 casas da pousada Village Praia do Rosa. Não é encantadora?
Uma das 20 casas da pousada Village Praia do Rosa. Não é encantadora?
Nossa casinha :)
Nossa casinha 🙂

O único ponto negativo diz respeito à casa em que ficamos (João e eu e o casal do  “Vida de Turista” – Thiago e Márcia). Era a número 20 e não tinha vista. É, era virada “pro nada”. 🙁 Por isso, se você for se hospedar lá lembre-se de dizer que não quer ficar na 20. Todas as outras têm vistas incríveis para a praia. 😉

De resto, tudo excelente – inclusive o completíssimo café da manhã…

… que ainda tinha uma vista de fazer qualquer um querer virar de costas pra galera pra ficar admirando. =D

A gente recomenda!

Dá uma olhada no site deles (aqui!) para conhecer melhor a pousada e conferir os preços. 😉

Mas nem todos os blogueiros participantes do SC na Bagagem ficaram na Pousada Village Praia do Rosa. A outra metade do grupo ficou no Vida Sol e Mar Eco Resort, que também era muito legal. Visite o site para conhecer.

E, claro, essas são apenas duas opções bacanas de onde se hospedar na Praia do Rosa. Há muitas outras pousadas que parecem legais lá. Recomendo uma visita a este site para encontrar a acomodação ideal para você. Ou, se você preferir alugar uma casa pra curtir com seu amor ou com seus amigos, este site de aluguel de temporada também é interessante. #ficadica

😉

Onde comer na Praia do Rosa

Além da hospedagem, algo que nos surpreendeu positivamente foi a alimentação na Praia do Rosa. Não sei você, mas quando eu penso em restaurante em praia imagino algo simples e “basicão”. Mas não foi o que vimos no Rosa.

O jantar de abertura do evento foi no Refúgio do Pescador.

Refugio do pescador - Praia do Rosa

Ambiente lindo, atendimento impecável (a amiga vegetariana e a amiga que não come paella puderam trocar seus pratos facilmente), bom vinho nacional sendo servido (Suzin, de São Joaquim, SC), uma paella DIVINA como prato principal e sorvete de amêndoas com fatias de morango de sobremesa.

DOS DEUSES!!!
DOS DEUSES!!!
As outras delícias experimentadas por nós no Refúgio do Pescador. Os pratos escolhidos pela Anna e pela Mari e a sobremesa.
As outras delícias experimentadas por nós no Refúgio do Pescador. Os pratos escolhidos pela Anna e pela Mari e a sobremesa.
... e o vinho! <3 <3
… e o vinho! <3

Eu acho que os caras estavam de sacanagem com tanta delícia, mas curti demais, né? hihi

Foi uma noite agradabilíssima. Também, não tinha como dar errado: comida e bebida boa, bons amigos e tema principal viagem. Quem podia querer mais? 🙂

Amigos curitiblogueiros amados.
Amigos curitiblogueiros amados.

O almoço do sábado foi no Casarão Restaurante Bar Mar. A entrada era um creme de alho poró com batata, e estava uma delícia. Para o prato principal, podíamos escolher Peixe à Espanhola e Goulash à la Tirolese:

Casarao - peixe e goulash

Eu escolhi o peixe, o João o goulash. Infelizmente, porém, os pratos não agradaram nosso paladar. Uma pena, porque o ambiente também é bem legal (beira-mar) e fomos super bem atendidos. Acontece, né?

À noite, o pessoal do restaurante Tigre Asiático (que estava fechado para reforma enquanto estávamos lá) ofereceu um jantar na nossa pousada. Foi servido um prato tailandês que era um arroz com frango e molho curry. OMG, era bom demais. Eu, que nem sou de comer muito, repeti 3 vezes. AHAM, três. hahaha

Sério, era deliciosíssimo. E ainda tinha bons drinks para acompanhar.

Nota 10!

Quem me traz um baaaalde dessa delícia tipojá, hein? <3
Quem me traz um baaaalde dessa delícia tipojá, hein? <3

Deu pra ver que a gente comeu BEM, né?

Mas assim como há muuitas pousadas legais no Rosa, também há vários restaurantes que parecem interessantes. Recomendo a leitura deste post da Drops Magazine e deste do Guia quatro rodas para conhecer outras opções. 😉

O que fazer na Praia do Rosa

Para fechar o combo perfeito, no Rosa ainda tem MUITA coisa legal pra fazer.

Na sexta-feira, depois de jantarmos fomos todos dormir com medo do clima. Até colocarmos a cabeça no travesseiro chovia lá fora. Como os planos para o sábado incluíam trilhas, tudo podia ir literalmente por água abaixo se São Pedro não colaborasse.

Mas o sol brilhava e não tinha uma nuvenzinha no céu na manhã do nosso segundo dia de Santa Catarina na bagagem! \o/

Depois do café da manhã, fomos para o Vida Sol e Mar Eco Resort para assistir uma apresentação sobre as baleias francas, que todos os anos, no nosso inverno, passam uma temporada na Praia do Rosa acasalando e gerando filhotes e se preparando para enfrentar o inverno na Antártida. 

Aliás, a observação de baleias costuma ser um dos atrativos do Rosa no inverno. Porém, os passeios de barco foram proibidos este ano – apesar de o pessoal do Instituto Baleia Franca nos garantir que tudo lá é feito pensando no bem das baleias.

Infelizmente, chegamos no Rosa antes delas. A temporada delas por aqui costuma ser entre julho e setembro (nós fomos em maio! – disfarça o atraso da blogueira)

O papo foi muito legal, mas o que a gente queria mesmo era explorar o Rosa. E a escolha de percorrer a Trilha da Praia Vermelha para iniciar essa exploração não podia ter sido mais acertada…

Praia do Rosa - Praia Vermelha

Praia do Rosa - trilha

Praia do Rosa - trilha Praia Vermelha

:)
🙂
Tinha uma bela praia do outro lado do morro...
Tinha uma bela praia do outro lado do morro…

Que delícia de trilha, gente!

Até eu, que não sou a maior atleta do universo (se pá sou uma das menores), achei ela susse de fazer – e com recompensas incríveis no caminho…

... tanto é que os blogueiros estavam sempre com suas câmeras a postos para registrar tudo! :)
… tanto é que os blogueiros estavam sempre com suas câmeras a postos para registrar tudo! 🙂

Levamos mais ou menos duas horas e meia para ir e voltar, então é bom levar umas barrinhas, frutinhas e água na mochila pra não passar fome e sede até voltar pro centrinho.

Mas essa não é a única trilha legal de se fazer na Praia do Rosa. “Do outro lado” da praia tem a trilha que apelidamos carinhosamente de “Trilha da Mimosa”, por este motivo:

a vaca e o mar

🙂

E essa também era uma trilha super gostosa. Tinha uma subidinha na ida, mas nada insuportável. E mais um moooonte de belezas no caminho…

beach-

beach

time to go back-

 

top of the rock

Ai, gente, bom de mais! 🙂

***O fim de semana na Praia do Rosa rendeu muuuitas fotos bonitas. Para não deixar o post eterno, fiz um álbum na nossa página no Google+ com as que não couberam aqui. Corre lá ver!***

E quer saber mais? A gente também foi pra balada. Ahaaam! =D

Beleza Pura

Na noite de sábado, depooooois daquele jantar tailandês super top, nos mandamos para o Beleza Pura. E, pasme, até a gente, que já deixou de curtir a night faz um bom tempo (cê sabe que somos mais botequeiros do que baladeiros, né?), adorou a escolha da galera da organização do Santa Catarina na Bagagem.

Curtimos a música (pop-rock que voltou até os anos 90 <3), o ambiente, a cerveja que estava gelada e, claro, a companhia da galera.

Também recomendamos! 🙂

Beleza Pura-

Beleza Pura-1

O saldo final? Fomos embora com vontade de começar a planejar uma nova ida.

Quem anima? 🙂

Valeu, galera. Foi um prazer explorar a Praia do Rosa com vocês! :) (Foto: Roberta Martins - Territórios)
Valeu, galera. Foi um prazer explorar a Praia do Rosa com vocês! 🙂 (Foto: Roberta Martins – Territórios)

Dicas práticas

    • Onde fica? A Praia do Rosa fica a cerca de 86km de Florianópolis

  • Como chegar?

Acho que de carro é mesmo a melhor maneira, mas também dá pra ir de ônibus – a companhia Catarinense cobre bem o litorar catarinense (dã). Clique aqui para encontrar o ônibus ideal aos seus planos.

Santa Catarina na BagagemA 1ª edição do Santa Catarina na Bagagem ocorreu na Praia do Rosa, em Imbituba, de 23 a 25 de maio de 2014. Idealizado e coordenado pela jornalista e autora do blog Destino Mundo Afora, Tatiana Dornelles, o tour contou com os blogueiros: Anna Martinelli e Mariana Fachin (Finestrino), Natasha Schiebel e João Guilherme Brotto (Pra Ver em Londres), Jr Caimi (Tip Trip Viagens), Helder Ribeiro (Nerds Viajantes), Thiago Cesar Busarello e Márcia Nichelatti (Vida de Turista), Cyntia Campos (A Fragrata Surprise), Erick Stengrat (My Destination Anywhere), Roberta Martins (Territórios), Kellen Bittencourt (Trilha Marupiara), Renata Campos (RêVivendo Viagens), Mauro César Noskowski (Meu Limite 191 Países), Raquel Bez (Põe a Mão no Bolso) e Lucas Estevam Ferreira (Estevam pelo Mundo)

O evento teve o apoio da Acim/Núcleo Praia do Rosa e Faro Comunicaçãoe contou com a colaboração das pousadas Village Praia do Rosa e Vida Sol e Mar Eco Resort, Refúgio do Pescador Restaurante, Casarão Restaurante Bar Mar, Beleza Pura Resto/Lounge BareInstituto Baleia Franca (IBF).

Robin Hood’s Bay: Vistas incríveis e boas histórias no litoral da Inglaterra

Se um inglês velejador e viajante convicto no auge de seus 60 anos te der uma dica de viagem pela sua pátria você iria na dele? E se a sugestão dele for atestada por um morador da região?

Pois foi exatamente isso que rolou com a gente na viagem de Ano Novo que fizemos para a região de Yorkshire, norte da Inglaterra.

Quando falamos ao James, nosso landlord/senhor Barriga, que iríamos para York ele logo pegou um mapa e nos recomendou dois destinos na região: Whitby e Robin Hood’s Bay.

Anotamos as dicas, mas ainda sem a certeza de que iríamos. A viagem era curta e a ideia inicial era passar mais tempo em York (aqui a gente dá boas dicas pra você curtir York).

Planejar é bom, mas improvisar pode ser melhor

Quando chegamos ao cottage que alugamos em Pickering, vilarejo medieval situado 41km ao norte de York, batemos um papo com o simpático dono da casa. John nos recebeu com uma cesta de delícias locais.

Entre uma história e outra nos disse que era ciclista e que com frequência pedalava com sua esposa para tomar boas ales nas cervejarias da região. Era o que precisava pra eu me tornar fã do cara!

Aposentado, vivendo no interior da Inglaterra, pedalando e bebendo com sua esposa por paisagens incríveis…ele vivia o sonho! 😉

Mas, ok, vamos em frente.

Quando comentamos sobre a ideia de ir para Whitby e Robin Hood’s Bay ele assinou embaixo a indicação do James e nos assegurou que valeria a pena.

E aí, como questionar um velejador com muita bagagem de vida nas costas e um local de Yorkshire? O segundo dia em York teria que ficar para a próxima.

robin hood's bay - litoral norte da inglaterra
Essa estrada fica dentro do North York Moors National Park, um parque gigantesco que é destino de turismo de aventura no UK

Rumo ao litoral do norte

O dia começou cedo. Às 7h30 já estávamos na estrada em direção ao litoral. A estrada, aliás, foi um destaque à parte. Ou não, se você é daqueles que concorda que parte da diversão da viagem é o trajeto, e não o destino.

O percurso de 40 km entre Pickering e Robin Hood’s Bay, nossa primeira parada, cruzava o North York Moors National Park, uma região lindíssima. Pelo caminho, ovelhas, tratores, quase nenhum carro e aquele horizonte de perder de vista!

Não demorou para chegarmos em Robin Hood’s Bay, uma pequena e charmosa vila de pescadores. Por lá há alguns hotéis com vistas incríveis, pequenas lojas e alguns restaurantes. Mas veja a região mais como um destino de passagem do que de hospedagem. Há pouco a se fazer por ali senão contemplar vistas como essas:

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robin hood's bay - litoral norte da inglaterra

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Uma curiosidade legal sobre a região é que no século XVIII foi um principais pólos de contrabando da Inglaterra. Os altos impostos e a localização estratégica, isolada por costões, tornava a prática atraente para os malandros desviarem rum, tabaco, chá, seda e outros produtos dos leões da realeza.

Mas, sendo mais justo, num dia quente de verão, quando a temperatura pode passar dos 30º C, passar uma noite ali não deve ser má ideia.

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O nome do local chama a atenção, mas não há registros históricos/folclóricos de que aquele que rouba dos ricos para dar aos pobres tenha passado por lá.
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O dia estava perfeito para um janeiro na Inglaterra: chuvinha fina que ‘cai na horizontal’, brisa do mar e a temperatura nas casa de agradáveis 5ºC. Mas como reclamar do tempo não nos leva a lugar nenhum o melhor é curti-lo do jeito que a natureza lhe apresenta. E pra falar a verdade, aquele cinza dava até um charme extra.
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Cometemos a ousadia de ir de carro até a parte baixa da vila, onde a rua encontra o oceano. Não demora pra perceber que aquelas ruas não foram feitas pra carros. Só mesmo contando com a gentileza britânica para o “trânsito” fluir nos dois sentidos.

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Ficamos por ali por pouco mais de uma hora. O suficiente para descer até a praia, tomar verdadeiros socos de chuva na cara, subir até o mirante e curtir um visual que mesmo longe de seus melhores dias nos mostrou, mais uma vez, que a Inglaterra é mesmo incrível seja onde você estiver!

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Em paz em seu local preferido…

Esse banco fica no ponto mais nobre do mirante. Viagens são histórias que ficam. Obrigado, Kate, por dividir seu lugar preferido com a gente.

O que fazer em um dia em York [Inglaterra]

Quando decidimos que nossa primeira viagem do ano seria uma roadtrip para o norte da Inglaterra, York era o centro de nossas atenções. Porém, como planejamos tudo com nada de antecedência =D, não encontramos acomodação do jeito que queríamos lá, e tivemos que buscar em uma cidadezinha ali perto (assunto para outro post).

Mas a viagem de Pickering a York era muito tranquila, se quiséssemos poderíamos com certeza ficar no bate-volta e fazer mais de uma visita à cidade que nos levou “pra cima”. Porém, em uma noite onde nos hospedamos percebemos que era injusto conhecer só a “cidade grande” e não explorar mais aquela incrível região.

Resolvemos, então, que teríamos apenas um dia para curtir York, e nosso roteiro nesse dia foi assim…

Tour de bike

Como o João contou neste post, o VisitBritain/VisitYork e a Scoot Cycling Holidays, sabendo que a gente curte explorar cidades sobre duas rodas, nos ofereceram um tour de bike super legal.

A Cai, nossa guia, foi excelente. Nos levou a cantinhos “secretos” da cidade, contou um monte de histórias bacanas e já deu umas orientações sobre o que a gente devia fazer depois do passeio.

Museum Gardens
Museum Gardens
Pedalar pela extensão do rio Ouse foi muuuito gostoso. :)
Pedalar pela extensão do rio Ouse foi muuuito gostoso. 🙂

Pra quem tem pouco tempo essa é, com certeza, uma ótima maneira de conhecer bastantão da cidade. As nossas primeiras duas horas em York não podiam ter sido mais produtivas.

Todas as informações sobre o tour estão aqui. Não deixe de ler.

Almoço no The House of Trembling Madness

O delicioso rolê de bike fez a gente ficar com fome, claro. Assim que nos despedimos da Cai fomos atrás de um lugarzinho legal pra comer. Não tínhamos pesquisado NADA em termos de restaurantes (pois é, foi a viagem do planejamento zero, às vezes é bom viver perigosamente. haha), então o jeito foi ir olhando para os lados procurando algo que nos atraísse.

Como bons cervejeiros, foi uma vitrine cheia de garrafas de cervejas do mundo todo que nos chamou a atenção. Era o pub/loja de cervejas Trembling Madness. Resolvemos entrar mais pela oportunidade de experimentar uma Ale local do que por uma possível experiência gastronômica inesquecível. Mas fomos surpreendidos. As simples tortas (English Pies, um clássico da culinária britânica) que pedimos eram SENSACIONAIS.

Sério, dá água na boca só de lembrar…

The Trembling Madness - York - pie

The Trembling Madness - York

Não dá pra dizer que as tortas eram baraaatas (pagamos 9 libras em cada), mas, olha, valeu cada centavo. Recomendamos mesmo. 🙂

Além disso, a carta de cervejas era espetacular. Só quené, tínhamos turismo a fazer, então tomamos cada um uma pint e nos mandamos.

Cheers!
O marido mais lindo do mundo. <3
Sem noção essa loja, minha gente. Todas as cervejas lindas do mundo estavam lá!
Sem noção essa loja, minha gente. Todas as cervejas tops estavam lá!

No site do pub você encontra todas as informações que precisa para programar sua visita. Pra encerrar o #ficadica de pub, deixo o vídeo deles que vai te fazer querer ir pra lá já:

Cheers! 🙂

York Minster

Alimentados, pegamos nossos York Passes* (presente do VisitYork. Thanks, Sue! 🙂 e nos mandamos para a York Minster, maior construção gótica da Grã-Bretanha, que começou a ganhar forma em 1220 e levou 250 anos para ficar pronta – e que é um dos principais ícones da cidade.

UAU, né?
UAU, né?

Hoje, a catedral de York é considerada uma das construções góticas mais bonitas da Europa e se destacam seus vitrais (a nossa guia do tour de bike contou que um dos vitrais tem o tamanho de duas quadras de tênis!) e a cripta que preserva relíquias do século XI.

York Minster - York

York Minster

beautiful York Minster

A construção é cheia de detalhes e é muito gostoso sentar e admirar tudo enquanto agradecemos pela oportunidade de estar ali. Acendi uma vela, fiz uma oração e comecei a contar os minutos para a melhor parte da visita à York Minster: a vista do alto, claaaro. =D

De todas as escadas que já subi para ver cidades do alto (Duomo de Milão, Catedral de Berna, Duomo de Florença, Round Tower em Copenhagen, Carfax Tower em OxfordSacre Coeur em Paris…), não tenho dúvidas de que esta foi a mais puxada!

Acho que o fato de ter uma senhora beeem ofegante atrás de mim deixou a situação ainda mais tensa, mas só sei que os 275 degraus quase me mataram. A recompensa, como sempre, foi gratificante…

O engraçado foi que quando passamos pela primeira vez por essa parte, estava chovendo  e o céu bem cinza. Na volta, o tempo abriu e a gente viu outra paisagem...
O engraçado foi que quando passamos pela primeira vez por essa parte, estava chovendo e o céu bem cinza. Na volta, o tempo abriu e a gente viu outra paisagem…
Muito amor por cidades vistas do alto. Muito amor!
Muito amor por cidades vistas do alto. Muito amor!

York Minster - Pra Ver em York

O padrão arquitetônico inglês deixa tudo ainda mais lindo. Eu babo mesmo! haha
O padrão arquitetônico inglês deixa tudo ainda mais lindo. Eu babo mesmo! haha

Para quem tem York Pass a entrada para o Minster sai de graça (normalmente custa 15 libras Minster + Torre), mas a subida à Torre custa 5 libras.

Visite o site, saiba mais sobre essa preciosidade e anime-se para visitá-la em sua passagem por York. Vale muito a pena!

The Shambles

O dia já estava caminhando para o seu fim quando saímos da York Minster (pois é, o tempo voa, minha gente) e uma garoinha chata insistia em cair.

Aproveitamos para passear pela área conhecida como “The Shambles”, que tem um monte de lojinhas legais, cafés e tem uma cara super medieval. 🙂

The Shambles - York

Esse Bettys Café, do lado direito, é bem tradicional. Era uma das nossas opções de almoço, mas aí o Trembling Madness apareceu na nossa frente e ganhou a disputa. haha
Esse Bettys Café, do lado direito, é bem tradicional. Era uma das nossas opções de almoço, mas aí o Trembling Madness apareceu na nossa frente e ganhou a disputa. haha

Entramos em todas as portinhas que nos chamavam a atenção e perto das 17h nos mandamos para o nosso último passeio programado…

York Brewery

A região de Yorkshire tem crescido bastante no que diz respeito à produção de cerveja artesanal recentemente (tanto é que o The Guardian fez esta matéria reunindo 10 pubs de cerveja artesanal na cidade). E aí que a gente não podia deixar de conhecer uma cervejaria local, né?

O tour na York Brewery também está contemplado no York Pass. Mas, sem ele, custa 8 libras. Ele acontece de segunda a sábado nos seguintes horários: 12h30, 14h, 15h30 e 17h. Para participar, basta aparecer lá (detalhes aqui).

Pois bem, o tour é uma verdadeira aula sobre cerveja. A galera entra em uma salinha e ouve um profissional da cervejaria explicar passo a passo da fabricação das cervejas produzidas ali.

york brewery

 

Pudemos cheirar e pegar na mão os grãos de malte, lúpulo e levedura. Bem legal! :)
Pudemos cheirar e pegar na mão os grãos de malte (na foto há maltes torrados em diferentes temperaturas/tempo) e lúpulo. Bem legal! 🙂
Nosso guia que sabia de tudo. :) A única coisa estranha era o sotaque dele. Pra mim, ele urso (bear) e não cerveja (beer), mas tudo bem. :)
Nosso guia que sabia de tudo. 🙂 A única coisa estranha era o sotaque dele. Pra mim, ele falava urso (bear) e não cerveja (beer), mas tudo bem. 🙂

A fábrica é bem pequenininha (e a produção deles também, tanto que é um pouco difícil encontrar uma York fora da região de Yorkshire – talvez em pubs de rede tipo Wetherspoons) e preciso contar uma coisa pra vocês: um pouco suja. hahaha

Perdoamos a sujeira porque deu um ar medieval à cervejaria. hehe

Mas eles fazem boas cervejas!

O tour inclui uma degustaçãozinha e das duas que experimentamos gostamos muito de uma (Ghost Ale) e mais ou menos da outra (Yorkshire Terrier). Você pode conhecer todas as cervejas feitas pela York Brewery clicando aqui.

Tá aí o pub onde acontece a degustação. As mesas são barris, viu? :)
Tá aí o pub onde acontece a degustação. As mesas são barris, viu? 🙂

Foi uma ótima maneira de fechar nosso dia em York. 🙂

Mas o que mais tem pra fazer/ver em York?

York!Ixi, muuuita coisa. hehe

Por causa do nosso tempo curto foi isso que conseguimos fazer (mas achamos um roteirinho bem bacana, principalmente porque o tour de bike já tinha nos mostrado a parte mais histórica da cidade e apresentado várias das principais atrações), mas pelo que deu pra perceber dá pra passar diiias curtindo York sem cansar.

No site do YorkPass você vê quais atrações estão contempladas nele e já percebe como há zilhões de coisas para fazer na cidade. Tem de tudo, para todos!

Aliás, para quem é agilizado visitando atrações e curte ver tuuudo, o York Pass pode ser uma boa, pois pode ajudá-lo a economizar preciosas librinhas. Tá tudo explicado aqui.

Uma grande vantagem de York é que dá pra curtir bem a cidade a pé. Não usamos nenhum meio de transporte (fora a bicicleta) além dos nossos pés. 🙂

Como a cidade é lindona, nada melhor do que caminhar e ficar admirando tudo, o tempo todo… Caminhar à beira do rio, pelo muro que contorna uma área da cidade ou pelas ruazinhas medievais é bom demais!

Enfim, passamos apenas um dia em York, mas amamos muito e curtimos demais cada minuto. Esperamos poder voltar na nossa próxima temporada em terras inglesas para explorar maaais.

Da nossa viagem para o Norte ainda temos muito a contar. Fique de olho aqui para começar a sonhar em visitar outras cidades lá pra cima. 😉

Beijobeijo e até o próximo post,

Nah

**PS: A gente foi de Londres a York de carro, mas você pode ir de trem (mais ou menos 2h de viagem) ou ônibus (6h) se preferir. 😉

***Mais uma vez, muito obrigada pessoal do VisitBritain, VisitYork e Scoot Cycling Holidays por ajudar a tornar essa viagem inesquecível. 🙂

 

York de bike: boa pedida pra quem tem pouco tempo

Os muros e torres de York contam bons pontos para que a cidade seja um dos resquícios medievais mais preservados da Inglaterra. E olha que a concorrência é forte!

Os muros começaram a ser erguidos pelos romanos, fundadores da cidade, ainda antes de termos motivo para celebrar o Natal.

Registros históricos apontam que as construções começaram por volta de 70 a.C e que tinham o objetivo de proteger o território recém-conquistado pelo Império.

Entre os séculos XII e XIV, após a derrocada romana seguidos por assentamentos Saxões e invasões Viking, a realeza aperfeiçoou os muros e construiu quatro torres.

Não é difícil se perder na imaginação quando você está parado num lugar como este da foto abaixo: um corredor de transição para entrar na cidade.

york - york bar
Imagine você aqui e dezenas de guardas te observando de cima.
york - york bar 2
Essa vista é da parte externa na antiga York. Esse era o primeiro portão que as pessoas tinham que atravessar

Ao maior estilo Game of Thrones

Os visitantes precisavam passar primeiro por um grande portão que dava acesso a esse corredor fechado. No alto,  simpáticos guardas avaliavam se você era um cara legal o suficiente para entrar na cidade.

Tendo a aprovação deles, mais um portão imenso o separava da cidade. Mas, não, sua entrada não seria triunfante com os portões se abrindo como a gente costuma ver em filmes e seriados medievais – a não ser, é claro, se você fosse o rei ou algum chegado dele.

No meio do imenso portão, uma pequena portinha, que poderia servir muito bem a casa de um hobbit, seria sua passagem.

Eles faziam isso para que a entrada de pessoas pudesse ser bem controlada e os rolezinhos evitados.

Enfim, esse breve relato foi só pra exemplificar um pouco da riqueza da História de York e pra te convencer a fazer um tour de bike por lá. Foi no tour que soubemos dessa e muitas outras curiosidades incríveis!

york de bike

Nossa passagem por lá foi curta. Em uma viagem de quatro dias de carro para o norte da Inglaterra planejávamos apenas um em York. Portanto, não tínhamos muito tempo a perder. Pesava, também, o fato que estamos no inverno. Os dias são curtos. Pelas 16h a noite cai.

A cidade é pequena e em um dia dá pra ver bastante coisa, talvez até o suficiente para um bate-volta de Londres de trem (2h30). Mas adianto que você corre o risco de querer passar ao menos mais um dia. O lugar é lindo!

York de bike

Mas como eu vinha falando, o que nos ajudou muito a ver e entender a cidade foi o tour de bike que fizemos com a Scoot Cycles*.

Em duas horas de passeio em um sábado ensolarado e gelado passamos pelos principais pontos da cidade e aprendemos muito.

A Cai, nossa guia, manjava de tudo. O tour que fizemos foi o York Tour, que passa pelos principais pontos turísticos e históricos da cidade. No meio do trajeto rolam várias paradas estratégicas em que ela fala muita coisa legal.

Vou resumir algumas das informações nas fotos. Preste atenção nas legendas.

Mas fica a sugestão de fazer o passeio. Os detalhes estão no fim do post.

A Cliffords Tower hoje é um ponto turístico de York, mas em 1190 registrou um dos registros mais tristes da história da cidade.  Algo que podemos chamar de um mini holocausto. Toda a comunidade judia da cidade foi perseguida e encurralada lá dentro. Alguns, sem opção, cometeram suícidio, os que arriscaram sair foram mortos e os que ficaram lá dentro foram queimados vivos....O tempo passa e o homem  não cansa de repetir os mesmos erros
A Cliffords Tower é o que restou do antigo castelo da cidade. Hoje é um ponto turístico de York, mas em 1190 registrou um dos fatos mais tristes da história da cidade. Algo que podemos chamar de um mini Holocausto. Toda a comunidade judia da cidade (cerca de 150 pessoas) foi perseguida e encurralada lá dentro. Alguns, no desespero, cometeram suicídio; os que arriscaram sair foram mortos e os que lá ficaram foram queimados vivos… O tempo passa e o homem não cansa de repetir os mesmos erros.
Ruínas de uma antiga Igreja Católica. A impressão que sem tem é que o tempo, talvez guerras destruíram o local, mas na verdade parte das pedras usadas na construção foram retiradas de lá pelos próprios moradores de York com autorização do rei John (1199-1216) após o rompimento com a Igreja. A população arrancou parte da estrutura da igreja para construir casas próprias.
Ruínas de uma antiga Igreja Católica: a impressão que se tem é que o tempo ou, talvez, bombardeios, destruíram o templo, não é? Mas na verdade parte das pedras usadas na construção foram retiradas de lá pelos próprios moradores de York com autorização do rei John Lackland (1199-1216) após o rompimento com a Igreja. A população arrancou parte da estrutura da igreja para construir casas próprias com o aval da realeza, que riu à toa da desgraça cristã.
A foto não mostra bem, mas o prédio ao fundo é a escola em que Guy Fawkes um dia estudou. Ele mesmo, o cara que fazia parte do grupo que tentou explodir o Parlamento Britânico e foi pego com a mão na massa e  que virou moda no Brasil nos protestos de junho do ano passado.
A foto não mostra bem, mas o prédio ao fundo é a escola em que Guy Fawkes um dia estudou. Ele mesmo, o cara que fazia parte do grupo que tentou explodir o Parlamento Britânico, mas foi pego com a mão na massa e que virou moda no Brasil nos protestos de junho do ano passado.
Aquele pequeno portão preto é obrigatório para todas as casas como essa, que ficam às margens do rio Ouse, que corta a cidade. York sofre muito com enchentes. Perguntei para a nossa guia se eles tem mortes ou outros problemas graves  em razão das cheias. Ela me disse que não porque como é algo que sempre acontece eles aprenderam a lidar bem e conseguem se precaver de desastres.
Aquele pequeno portão preto é obrigatório para todas as casas como essa, que ficam às margens do rio Ouse. York sofre muito com enchentes e o portão previne que a água suba para as casas. Perguntei para a nossa guia se eles têm mortes ou outros problemas graves nos períodos de cheias. Ela me disse que não, porque como é algo que sempre acontece eles aprenderam a lidar bem e conseguem se precaver de desastres.
Essa é uma horta pública criada por voluntários para mostrar que é possível cultivar alimentos frescos em pequenos espaços
Essa é uma horta pública criada por voluntários para mostrar que é possível cultivar alimentos frescos em pequenos espaços.

Pedalando em York com a Scoot Cycling Holidays

O tour que fizemos custa £20 se você estiver sozinho ou £15 por pessoa para grupos a partir de duas pessoas.

E se você, como eu, curte pedalar, vale dar uma conferida nos outros tours que eles fazem.

Com destaque para o Le Tour Weekend, que faz o trajeto da 1ª etapa do Tour de France, prova de ciclismo mais importante do mundo.

A edição deste ano vai começar em York pela primeira vez na história. Um feito e tanto que está movimentando o turismo local!

A Scoot também aluga bikes para você passear por contra própria. A diária começa em £15.

pra  ver em londres

Por que pedalar em uma viagem?

Eu sou defensor ferrenho do cicloturismo (e de todas as variações do pedal, é verdade). =) Você sempre consegue ter uma percepção diferente da cidade, fora a liberdade que tem e o tempo que consegue ganhar.

Vale dizer que York é uma cidade excelente pra pedalar. Tem muitas ciclovias e ciclofaixas, o trânsito é tranquilo e os motoristas respeitam bastante. Pode ir sem medo, mas sempre com atenção, claro.

Fica a dica e esse vídeo que fiz com algumas imagens que produzidas durante o tour.

Outros posts sobre York e a viagem que fizemos para o norte vêm aí. A Inglaterra não cansa de nos surpreender, viu?

*Nós fizemos o tour à convite da Scoot Cycling Holidays e do VisitYork

Christiania em Copenhagen: viva a sociedade alternativa

pra ver no mundoHavíamos lido uma coisa ou outra sobre Copenhagen ter um lugar em que um grupo de pessoas vivia à sua maneira. Confesso que não fui a fundo na pesquisa prévia, mas não imaginava algo maior do que uma feirinha hippie ou coisa assim.

Até passar pelo portão…

Copenhagen - Christiania

Era difícil imaginar que na quase careta Copenhagen uma comunidade alternativa com pegada anarquista sobrevive há 42 anos.

Viva a sociedade alternativa

Visitar Christiania me fez entender mais um motivo que faz de Copenhagen a cidade mais feliz do mundo. A existência da Free Town revela um lado positivo do governo dinamarquês. Logo explico.

Christiania (a Cidade Livre) foi fundada em 1971 a partir de um grupo de moradores do bairro Christianshaven. Os caras pularam as cercas de uma então área militar de 85 acres abandonada à beira do lago pois queriam uma área verde e um parquinho para suas crianças.

O ato chamou a atenção. Meses depois um jornal alternativo publicou uma matéria sobre como a área poderia ser transformada em moradia para muitos jovens que não podiam arcar com um lugar para viver.

A notícia correu o país! Milhares de pessoas tomaram Christiania e criaram um mudo à parte da Dinamarca.

Uma sociedade anarquista que funcionava a partir de suas próprias regras baseadas na liberdade e no senso de comunidade.

Copenhagen - Christiania 2
Difícil, naquela época, seria imaginar que Copenhagen fosse celebrar os 42 anos de Christiania em 2013.

Tomando banho de chapéu

Christiania recebe um milhão de turistas por ano e é uma das atrações mais visitadas de Copenhagen.

Um orgulho tímido mexe com os Copenhagers quando o assunto é a Cidade Livre.

Nosso host Benjamin, 27 anos, me disse: “Não que eu queira morar lá, mas é bom saber que existe uma alternativa. Me deixa feliz, também, o fato de nosso governo respeitar os ideais dos habitantes de Christiania”.

Entre nós: se o cara que mora na cidade mais feliz do mundo gosta de saber que existe uma alternativa, quem sou eu pra discordar, não é?

Brincadeiras de lado, a Dinamarca sempre está nas listas dos melhores do mundo seja lá em que for.

Agora explicando a teoria lançada lá no início: Você já parou para pensar no quanto o governo contribui para a Dinamarca ser o que é hoje?

O respeito pelas pessoas, claramente percebido na estrutura cicloviária da cidade, a tolerância com Christiania e as palavras de um jovem estudante da língua chinesa (!) de 27 anos evidenciam a influência que um governo tem para o bem-estar das pessoas.

Boa parte da felicidade dos dinamarqueses ocorre porque quem manda faz sua parte. Você paga seus impostos, mas não se preocupa com educação, saúde ou que prender sua bike aqui ou ali pode ser perigoso. Reaproveitando uma outra coisa que Benjamin me disse: “Nós não temos preocupação como cidadãos”.

Um tanto óbvio falar isso, mas em tempos de investimentos surreais em Copa do Mundo, aumento do imposto (de 0,38% para 6,38%) para gastos com cartão de débito no exterior, etc, etc, etc, é sempre bom lembrar do nosso país do futuro.

Copenhagen - Christiania 6

Christiania x Governo: uma relação de altos e baixos

O governo dinamarquês já enxergou Christiania como um experimento social e a deixou em paz. Mas durante suas quatro décadas de existência políticos vez ou outra lembravam que a área invadida era de propriedade da União. E era muito valiosa.

Em 2012 o governo decidiu, então, resolver a questão. Ofereceu a área para os moradores por um preço muito abaixo do valor de mercado, concedendo linhas de crédito para o financiamento e garantindo que o modo de vida seria preservado.

A solução dos habitantes, totalmente contrários à ideia de propriedade privada, foi decidir que nenhum indivíduo controlaria o território. O Coletivo sempre teria voz absoluta em Christiania.

O sonho teria acabado?

Mais de 10 mil pessoas já chegaram a viver em Christiania. Hoje são cerca de mil famílias, segundo o Visit Copenhagen, órgão de turismo oficial da cidade.

Essa ótima matéria de Tom Freston (em inglês), que esteve em Christiania nos anos 70 e novamente em 2013 conta detalhes bem interessantes sobre a história de Christiania.

Em um trecho ele cita uma conversa que teve agora com Ole Lykke, um senhor de 67 anos, morador de Christiania desde 1979.

“Nós agora pagamos o dobro do preço pela metade da liberdade considerando os juros e o aumento do aluguel. Nos tornamos uma estrutura capitalista. O Estado, se quiser, pode reajustar o preço do aluguel e aumentar os juros dos financiamentos. Será cada vez mais difícil para pessoas idosas e deficientes físicos terem uma casa aqui”.

Copenhagen - Christiania 1

O Green Light District de Christinia

Além de sua comunidade, feiras de artesanato, cafés e restaurantes de comida vegetariana, o que mais chama a atenção em Christiania é a Pusher Street.

Uma feirinha logo na entrada da Cidade Livre em que se vende maconha e haxixe sem pudores. O consumo dentro de Christiania é permitido, apesar de proibido em Copenhagen. Uma situação única no mundo, talvez.

Mas não pense que vai encontrar tiozinhos de roupa colorida escutando Pink Floyd vendendo unzinho por lá. O clima é um tanto pesado no Green Light District.

Placas com sinal de proibido fotografar estão em todos os lugares e os feirantes têm cara séria e são de pouca conversa. O preço? Com algo entre 50 e 100 coroas dinamarquesas (em torno de £5 a £11) você compra um baseado ou 1 grama de uma ampla variedade.

Copenhagen - Christiania 5

O futuro de Christiania

O temores de Ole Lykke sobre o futuro da Cidade Livre são rebatidos pela esperança de que a Dinamarca legalize a maconha. “Legalizando você acaba com o único argumento de que Christiania é ilegal. O produto seria taxado e legitimado como negócio”, diz.

Que os ventos que sopram do Uruguai ajudem a manter a cidade livre de pé.

Copenhagen - Christiania 4
Placa na saída de Christiania avisa: você agora está entrando na União Europeia

Mais fotos e tour guiado

Temos poucas fotos porque não quisemos correr riscos já que a proibição imperava, mas no Trip Advisor você pode ver algumas.

Lá ficamos sabendo de um tour que rola às 15h, se não me engano diariamente e tinha um preço bem acessível. Fico devendo os detalhes porque não conseguimos fazer. Chegamos lá mais para o fim do dia, mas espero que ajude.

Onde fica

Fomos pra lá pedalando, mas a estação de metrô mais próxima é a de Christianshavn. Um mapa vai te ajudar.

Vale a leitura

Visit Copenhagen – Christiania

Rolling Stone – Christiania, o paraíso perdido

Vanity Fair – You are now leaving the European Union

Copenhagen: a cidade das bicicletas

Suíça: o segredo para comer bem gastando pouco

pravernomundoAiaiai, gente, desculpa o atraso nos posts da lua-de-mel, mas é que desde que chegamos em Londres só queremos falar da cidade. Normal, né? 🙂

Mas, enfim, bora voltar a falar da trip do ano passado, porque ainda temos várias dicas bacanudas pra apresentar pra você que nos acompanha.

Pra (re)começar, deixa eu contar uma coisa: recebemos um comentário super legal no domingo no post que reúne 10 motivos para convencê-lo a visitar Berna. Olha só:

Olá Natasha!

Parabéns pelo blog e adoramos suas dicas.

Acabamos mudando o nosso roteiro por sua causa, rs. Ficamos fascinados com o que descreveu e cheio de vontade de conhecer.

Como é um país caro, temos a preocupação com gastos na refeições e aonde comer. Por isto estou te pedindo a sua “dica de ouro”. Viajaremos daqui 15 dias e gostaria de ter a informação antes de viajarmos, se fosse possível é claro. Se quiser me contar em segredo ( via e-mail), juro por tudo que não espalho, rs.

Ficaremos 4 noites em Berna e pensamos em explorar a região também (Interlaken). Se tiver dicas de locais próximos estamos aceitando também.

Obrigado e mais uma vez parabéns pelas dicas.

Marco e Bia

Ganhei meu dia ao saber que alguém mudou seu roteiro de viagem por causa de uma sugestão nossa. Só espero que o casal querido não se decepcione. hehe

Na real, tenho certeza que eles não vão se decepcionar. Berna é realmente incrível. 🙂

E aí que não podia deixá-los na mão, né? Claroclaro que tinha logo que contar a dica de ouro, porque economizar em terras suíças vai muito bem, obrigada.

Mas também achei que seria injusto revelar só pra eles esta preciosidade, então passei esse post na frente de vários sobre Londres e cá estou, falando sobre a bela Berna novamente. Bora saber qual é a misteriosa dica?

Post relacionado a Berna sem foto de Berna é muito triste, então me deixa babar um pouquinho, vai. :)
Post relacionado a Berna sem foto de Berna é muito triste, então me deixa babar um pouquinho, vai. 🙂
É muita beleza, minha gente. #amoBerna
É muita beleza, minha gente. #amoBerna
Última, juro. #jádissequeeuamoBerna?
Última, juro. #équeeuamoBerna

Como tudo começou

No nosso segundo dia em Berna, enquanto conversávamos felizes em português observando os ursinhos do Bärenpark, esta senhora parou ao meu lado:

Berna-4

Ela, que nasceu, cresceu, evoluiu e viveu a vida toda em Berna, contou pra gente que adora de passar algumas horas do seu dia admirando a família ursa, e revelou vários detalhes sórdidos sobre a família. JURO. Prometo contar em um post dedicado ao Bärenpark ;). Mas, enfim, foi uma delícia de bate-papo, e quando eu vi que o tema “ursos” já estava chegando ao fim resolvi mandar a pergunta de um milhão de dólares: “onde podemos comer bem sem gastar uma fortuna?”.

Coop & Migros: revelado o segredo

Ela me respondeu: “vocês têm de ir aos supermercados Coop & Migros. Ambos têm restaurantes por quilo que servem boa comida sem cobrar preços abusivos”.

Confesso que dei um sorriso amarelo pra ela quando ela falou isso. Sei lá, comida de mercado me parece meio “blé” (tipo comida de hospital: sem tempero, sem vida). Mas, viajantes econômicos que somos, resolvemos arriscar. E, gente, valeu MUITO a pena. Fomos no Coop que fica na rua cheia de fontes (desculpae, não sei o nome) e adoramos. Gastamos 20 e poucos francos suíços por dois pratões de comida (o do João bem maior que o meu, claroclaro) e um drink – não lembro se suco ou chá.

A variedade de itens era surpreendente. Tinha comida indiana, chinesa, japonesa, sem nacionalidade definida e assim por diante. Pois é, pois é, eu disse que era uma dica e tanto, não disse? 🙂

Digno, né?
Digno, né?

E o que é melhor: há Migros e Coop por todos os cantos. Bateu a fome? Olhe pro lado, procure um Coop ou um Migros e se jogue. 😉

Bateu o olho nesses logos? Entra pra ver o que acha do restaurante. ;)
Bateu o olho nesses logos? Entra pra ver o que acha do restaurante. 😉

Até o próximo post.

Beijobeijo,

Nah.

PS: Os sites dos dois mercados são bem ruinzinhos, mas tá aqui o do Migros e aqui o do Coop. Se vira, negão. Há.

PS2: Curte economia? Sugiro a leitura deste texto do Swiss Info que fala sobre o duopólio Migros & Coop na Suíça. Bom pra saber um pouco sobre o que rola por lá.

Act like a local – Viena

Nas últimas três semanas, tivemos a oportunidade de conhecer Bruxelas, Bruges e Antuérpia e Budapeste na companhia da minha amiga Thalita Uba na série que chamamos de “Act like a local” – já que ela trouxe dicas fora do roteiro turístico basicones (coisa que a gente ADORA, né? :). Hoje, na última parada dessa viagem super legal, vamos a Viena, que na minha bucket list tá por um motivo mais do que especial: o “Schiebel”, meu sobrenome paterno, é originário de lá (da Áustria, não especificamente de Viena). 🙂

Mas, enfim, o post da Thali tá excelente e imperdível. Embarque com ela!

Eis que chegamos ao fim dessa nossa viagem maravilhosa pela Europa dos europeus. Este último post da série tem uma conotação muito especial pra mim, pois é sobre o país que me acolheu quando eu era uma adolescente chata e boba durante um ano – que se tornou, até hoje, o ano mais importante da minha vida. Meine Damen und Herren, herzlich willkommen in Wien!

Fonte: www.stadt-wien.at
Fonte: www.stadt-wien.at

Viena – Wien

A linda capital da Áustria tem cerca de 2,3 milhões de habitantes espalhados por 415 km2. Por três vezes (em 2007, 2011 e 2012), Viena foi eleita a melhor cidade para se viver no planeta (segundo a pesquisa “Qualidade de Vida no Mundo”, realizada pela Mercer). Antiga capital do império Austro-Húngaro e residência oficial da dinastia Habsburgo, o centro histórico da cidade é, desde 2001, patrimônio da Unesco, e suas raízes artísticas fazem com que Viena seja conhecida por muitos como a maior referência de música clássica dentre todas as cidades europeias.

 Act like a local in Wien

Pra começar, uma dica não muito agradável: se você não é fumante e não gosta de cigarro, prepare-se para passar por algumas situações desconfortáveis. Em pleno 2013, a maioria dos bares e cafés de Viena ainda permite que se fume em seus interiores. E olha, o pessoal fuma, viu? Fuma pacas, é impressionante. Então é importante tentar não se incomodar tanto com isso, senão você não vai aproveitar tudo que a cidade tem de bacana e interessante.

Deixando o fumacê de lado, pra viver como um bom vienense é preciso se inspirar um pouco nos curitibanos. Isso mesmo: os vienenses são um povo um tanto fechado, desconfiado, que vive reclamando disso e daquilo (mesmo morando em uma das melhores cidades do continente). Parece familiar aos meus colegas das araucárias? 🙂 Eles não costumam, portanto, ser muito simpáticos e calorosos com os turistas, não. Mas como nós não somos turistas quaisquer, somos muito mais espertos e bonitos, vamos tirar tudo isso de letra e aproveitar ao máximo a terra da valsa. 😉

Pois bem, o pessoal de Viena – como de toda a Europa, essencialmente – adora ficar ao ar livre. Seja para bater papo, estudar, ler, fazer um piquenique ou simplesmente ficar de bobeira, os austríacos marcam presença diária nos diversos parques e praças da cidade. Os parques mais visitados pelos turistas são o Volksgarten e o Burggarten, pela proximidade com o centro histórico. Por isso, a gente vai correr pro outro lado, pro Stadtpark, que é um pouquinho afastado do centro, mas é um dos maiores da cidade. É lá que tem a famosa estátua do Strauss, o pai da valsa, mas os turistas costumam passar só pra tirar foto e ir embora correndo. Mas você, que é uma pessoa inteligente, vai aproveitar pra encher a sua garrafinha d’água no bebedouro público que tem lá (e que muitos não sabem que existe) e, de quebra, escutar uma música deliciosa, pois por ali sempre tem artistas de rua tocando algum instrumento.

Act like a local - Viena - Strauss
Pai da valsa…

Depois de um gostoso passeio pelo parque, hora de repor as energias (e as calorias) com uma deliciosa torta Sacher, certo? Errado! A torta típica do famoso hotel é até gostosa, mas ao invés de passar meia hora na fila ao lado de um monte de turistas tagarelas e gastar uma nota por um pedacinho de bolo de chocolate (que é, essencialmente, a que a torta Sacher se resume) seja um bom vienense e vá comer uma bela salsicha recheada com queijo, a deliciosa Käsekrainer, acompanhada de uma cerveja local – Gösser, Stiegl e Ottakringer são as mais populares. Se estiver calor, pedir uma Radler (cerveja feita com limão) é obrigatório. E para os que não conseguem viver sem um docinho, um Strudel sempre cai bem (e pra quem não resistir e quiser mesmo provar a torta, saiba que a receita dela não é segredo pra ninguém – apesar de eles dizerem que é – e praticamente todas as confeitarias a servem por um preço bem mais em conta do que o hotel).

Act like a local in Viena
Käsekrainer – Fonte: www.wildhandel-wieser.at | Ottakringer Radler – Fonte: www.austriansupermarket.com | Strudel – Fonte: www.pizzeria-diavolo.at

 Os vienenses costumam passar horas em cafés lendo, trabalhando ou simplesmente relaxando. Pra quem gosta de fazer o mesmo, uma boa dica é o Café Club International, onde muitas das figuras clássicas locais costumam dar as caras. Esse café fica na praça Yppenplatz, uma das mais populares entre o pessoal local por conta das suas inúmeras opções – desde loja de geleias caseiras até livrarias antigas.

Outra atração bem popular em Viena são os Strandbars, ou “bares de praia”. Mas como assim, bares de praia? Viena não tem praia! Pois é, por isso mesmo os caras têm que improvisar. Pegue um monte de areia, coloque na beira do rio (o Danúbio, no caso), encha de cadeiras de praia e guarda-sóis, monte um barzinho com garçons bronzeados no meio e pronto! Você tem um Strandbar. É pra lá que todo mundo vai depois do expediente quando tá aquele solzão bonito (que, lá, só se põe perto das 22h). Um dos mais populares e divertidos é o Herrmann, que tem uma localização privilegiada e várias promoções de happy hour.

Fonte:  www.strandbarherrmann.at
Fonte: www.strandbarherrmann.at

Por fim, pra fechar esta viagem com chave de ouro, nada de consertos caríssimos na famosa ópera (já fomos à ópera em Budapeste, lembra? Por bem meno$$$), o negócio é curtir o bom e velho rock ‘n’ roll de uma banda local na Arena, um antigo matadouro transformado em casa de shows nos anos 70. Às vezes, eles transformam a pista em um grande cinema ao ar livre, então o negócio é se informar antes pra ter certeza do que vai estar rolando no dia.

E assim chegamos ao fim desse nosso breve passeio pela Europa dos locais! Espero que vocês tenham curtido as minhas dicas e que possam colocá-las em prática o quanto antes! Aqueles que quiserem continuar lendo coisas minhas, podem ficar ligados no Entretenha-me, onde eu e outros malucos damos dicas de cinema, música, literatura e cerveja diariamente. À Natasha, essa menina linda, querida e cheirosa, o meu agradecimento imenso por essa parceria tão legal e divertida! E aos leitores do Pra Ver em Londres, beijos, abraços e tapinhas nas costas (o que convier a cada um, vocês decidam). Até mais 😉

Owwww, Thali, que delícia de post de encerramento da série. Amei muito! 🙂

Sempre que quiser aparecer por aqui sinta-se à vontade. Para nós será um prazer ter acesso às suas dicas quentíssimas.

Beijobeijo!