Eu já falei aqui algumas vezes que sonho em morar em um cottage em um vilarejo medieval inglês qualquer. Esse sonho ainda deve levar uns anos pra ser realizado, mas até lá, conhecer diferentes cidadezinhas candidatas é um exercício que a gente adora fazer.
Pode ser essa casa, com vista para o lago Windermere, o maior lago da Inglaterra
No fim de agosto a gente foi para o Lake District, uma região do Reino Unido que queríamos conhecer há muito, muito tempo.Antes de irmos, eu tinha certeza que a viagem seria top. E foi. Com o bônus da região dos lagos ingleses ter se revelado uma forte candidata a nos servir de lar quando o futuro chegar.
Nas três noites que ficamos lá, conhecemos uns 10 vilarejos diferentes, todos com aquela característica medieval que é a cara do país. Alguns deles ficam a menos de 10km um do outro. O acesso é sempre através de estradinhas apertadas, mas em ótimas condições, e cercadas por árvores, riachos, florestas e lagos, claro.
E quando a estrada não é coberta pelo verde, você perde o horizonte de vista entre montanhas e lagos. Não importa onde você está ou pra que lado olhe: o cenário é sempre deslumbrante.
A impressão que se tem é que o Robin Hood vai pular na sua frente a qualquer momento, que um grupo de hobbits vai te parar pra pedir informação ou que você vai dar de cara com um personagem do Game of Thrones. Quando você olha o mapa da região fica fácil entender por quê.
Verde por todos os lados
O Lake District faz parte do condado de Cumbria, que fica no noroeste da Inglaterra, quase na fronteira com a Escócia. É um dos 15 parques nacionais do Reino Unido, bem como o North York Moors que já escrevemos aqui.Nas próximas semanas a gente vai contar a história dessa viagem em detalhes. Falaremos sobre como chegar, onde ficar, que vilarejos conhecer, como se locomover, o que fazer por lá e dar detalhes da nossa experiência.
Antecipo que o Lake District é um destino de viagem para todos os gostos e perfis. É perfeito tanto para um casal em busca de um refúgio romântico, uma família que deseja passar bons momentos em meio à natureza, os que planejam viagens à procura de paisagens exuberantes, amantes da literatura (Beatrix Potter nasceu e viveu lá), aqueles que gostam de esportes radicais (a gente se surpreendeu com a diversidade de atividades), quem gosta de visitar cervejarias e por aí vai… A lista é grande. Pode esperar por detalhes nos próximos capítulos. =)
Hoje eu fico por aqui e deixo algumas fotos que resumem bem o que é o Lake District pra mim e (bons) motivos pra te convencer a ir pra lá.
1 – Visitar uma das regiões mais espetaculares do Reino Unido
2 – Dolce far niente: ver a vida passar apreciando belas paisagens
Da janela do quarto do Storrs Hall, hotel em que ficamos
3 – Sentir-se em um conto de fadas
Se você gosta de pedalar, pode esperar algo como o pedal da sua vida por essas estradas
4 – Praticar os mais diversos esportes
Os lagos são um parque de diversões para os esportes naúticos, mas fora deles também há muita ação para os aventureiros
5 – Conhecer o maior lago da Inglaterra
São 18km de comprimento, 1,5km de largura e a profundidade chega a mais de 60 metros
6 – Sentir-se em cenário de Game of Thrones
Vai dizer que não dá pra imaginar a Arya Stark tomando água aí?
7 – Conhecer uma mina de ardósia
As rochas que você vê no canto inferior direito da foto é a ardósia, bastante comum no Lake District. Lá, você pode visitar a Honister Slate Mine
8 – Comer o melhor gingerbread do mundo
No belo vilarejo de Grasmere você pode provar o que dizem ser o melhor bolinho de gengibre do mundo. Até o ex-casal Tom Cruise e Nicole Kidman já passou por lá para provar
9 – Hospedar-se em uma mansão georgiana
O hotel em que nos hospedamos é uma mansão georgiana espetacular. Falaremos em detalhes sobre ele em breve
10 – Ter vontade de morar em todos os vilarejos que vai conhecer
Que tal ter o lago Windermere como jardim?
11 – Ter certeza de que os encantos do Reino Unido vão muito, mas muito além de Londres
Que tal trocar Paris pelo interior do Reino Unido?
Londres é, disparada, a cidade que mais recebe turistas no Reino Unido. É claro que eu não estou aqui pra tirar os méritos da cidade, mas é triste pensar que muita gente prefere sair daqui e pegar um trem pra Paris, por exemplo, ao invés de explorar o interior. Nós já viajamos pra diversas regiões do Reino e sempre nos surpreendemos.
Sugiro, com todas as minhas forças, que você considere ir além de Londres quando vier pra cá. Se você já fez isso, conta pra nós nos comentários. Que cidades, além de Londres, conheceu no Reino Unido ou Inglaterra e qual foi a sua preferida?
* Nós viajamos a convite do VisitBritain, mas as opiniões aqui registradas são 100% pessoais. Recomendo que você os siga no Facebook, Instagram e Twitter. Eles sempre postam boas dicas e fotos lindas!
Se você acompanhou nossas redes sociais nas últimas duas semanas viu que estávamos na Grécia.
Se não, corre pro Instagram ver as fotos. Ah, segue a gente no Snapchat também. É só procurar praveremlondres por lá. Infelizmente, os vídeos de Ios já se foram porque eles ficam no ar apenas por 24h, mas a gente tem usado bastante essa rede social. É mais uma forma de nos conectarmos. =)
Passamos dois dias em Atenas e 12 em Ios, uma desconhecida ilha de nome estranho (se fala como se parece: Iôs) que fica a menos de uma hora de viagem da linda, porém lotada e inflacionada, Santorini.
Antes de embarcarmos, não sabíamos muito sobre o lugar, pois tem muito pouco conteúdo na internet a respeito. E ainda tem o fator concorrência com a Apple: experimenta jogar Ios no Google pra ver o que acontece. =)
Mas, pensando agora, visitar o desconhecido acabou sendo muito positivo. Desembarcamos sem saber o que esperar e saímos suspirando e planejando, quem sabe, voltar no próximo verão. Ios nos marcou profundamente. Veja algumas fotos que fizemos nos primeiros dias na ilha.
Pelas amizades que fizemos (fomos para um evento do Travel Massive que reuniu mais de 30 blogueiros de viagem e outros profissionais do turismo do mundo todo), pelas praias absurdas, pelo azul do mar e das portas e janelas, pela paz, tranquilidade e energia do lugar, pela fantástica comida mediterrânea, pelo por do sol, pelos gatinhos e por tantas experiências que me arrancam um sorriso sempre que lembro.
Quando estávamos voltando, no ferry, fiz um esboço de um texto com 20 e tantos motivos para você conhecer Ios. Em breve ele será publicado e você vai entender melhor a razão dos suspiros e dos planos de voltar.
Até lá, deixo o convite pra que dê o play no vídeo abaixo e sinta um pouco do que é Ios. Se gostar, não esquece de “dar um joinha” no YouTube e se inscrever no canal. Estamos entrando em uma nova era aqui no blog. Vídeos serão mais frequentes daqui em diante. Mas quero saber se você é a favor dessa ideia.
Afinal, como sempre falamos, o Pra Ver em Londres (na Grécia ou no mundo) é nosso, mas também é seu!
E aí, curtiu? Tem alguma sugestão de vídeo pra gente gravar? Vale uma dica pra mostrar um lugar legal em Londres, uma outra cidade, a gente falando bobagem ou qualquer coisa que sua curiosidade permitir. Eu tô bem curioso e ansioso por suas sugestões! Hehe
30 graus. Céu azul. Casinhas brancas. Portas e janelas azuis. Marzão brilhante. Um por do sol de tirar o fôlego. Geografia “peculiar”.
Diz aí: essa não é a combinação perfeita para uma série de fotos incríveis? Pois é, e é isso que estamos vendo e registrando desde quinta-feira (16), quando desembarcamos no porto de Ios, uma ilha grega conhecida como “a ilha das festas”, mas que tem muito mais a oferecer do que simplesmente baladas e bons drinks. E é isso que eu quero mostrar hoje. 🙂
Selecionei alguns dos cliques que fizemos por aqui nos últimos dias com um objetivo simples: fazê-lo se apaixonar por Ios e repensar seu roteiro na Grécia – sim, Mykonos, Santorini e as outras ilhas gregas mais badaladas merecem sua visita, mas Ios também pode fazer parte dessa lista. Bora entender por quê? 😉
#LifeOnIos é um projeto que reúne vídeo-bloggers de vários países para mostrar um pouco sobre a vida nessa incrível ilha. Nossas redes sociais estão cheias de conteúdo produzido diretamente daqui. E será assim até o fim do mês, quando voltamos a Londres. 🙂 Verão europeu tem que ser aproveitado, né? 😉
Quer acompanhar nossa viagem em tempo real? Segue a gente nas redes sociais:
Estamos completamente apaixonados por Ios. Uma ilha linda, onde o tempo passa devagar, o vento sopra forte e as pessoas são de uma simpatia única.
Tá aí um dos ícones de Chora, o centrinho de Ios: as igrejinhas brancas. Aliás, do centro e da ilha inteira. Pra você ter uma ideia, na “ilha da festa” há 366 igrejas! Uma para cada dia dos anos bissextos. =D E elas são assim: branquinhas, pequeninhas e bem lindas por dentro. Por que existem tantas? Não sabemos ao certo (estamos investigando), mas pode ser porque a a galeura da ilha da festa precisa pedir perdão aos céus pelos pecados cometidos na noite passada. Não? hahaEntre uma praia e outra é um sobe e desce pelos morros. É impossível não parar para admirar (e fotografar) vistas como essa aí.Mas tem, claro, as praias mais centrais. Essa da foto é Mylapotas, que fica “no pé” de Chora, o centro da Ilha. É uma praia bem movimentada, mas ainda assim supergostosa para curtir um dia de sol, mar e calor.Maganari é uma das praias mais afastadas que visitmos. Justamente por ser mais afastada, é frequentada especialmente por famílias que buscam tranquilidadePor do sol visto do Pathos Lounge, um dos melhores lugares da ilha para ver a despedida diária do sol. Tá vendo essa piscina? Ela é a maior piscina infinita do Mediterrâneo!
Essa lojinha vende produtos artesanais feitos na ilha. Desde deliciosos doces locais, até azeite de oliva produzido pela família que toca o negócio. A gente entrevistou o Kostas, dono da loja. Em breve ele vai aparecer por aqui em um vídeo que estamos preparandoEnquanto estiver em Ios você, diariamente, terá uma dura missão: escolher o lugar em que vai apreciar o maior espetáculo da Terra. Essa foto foi feita ao lado de uma igrejinha que fica no ALTO de um dos morros da ilhaEssa é Pappa, uma praia de dificílimo acesso que não tem nada além de um lounge e uma casa construída por um milionário local. Tivemos o privilégio de passar o dia lá com o grupo de blogueiros que está com a gente. Apesar do celular na mão (pra tirar foto), lá Wi-Fi é algo impensável. E isso é bom demais!
Estamos vivendo experiências incríveis nesses quase 15 dias que vamos passar na ilha. Viemos pra cá para um evento do Travel Massive, que reúne blogueiros do mundo todo. Tem gente da Inglaterra, França, Alemanha, Canadá, Eslovênia, Uruguai, Austrália, Itália, República Tcheca e Brasil – além dos gregos que estão nos recebendo, claro.
Muitas histórias serão contadas por aqui nas próximas semanas! Tá curioso? =)
Mas não se preocupe, apesar das “férias” longe de Londres, nas horas vagas por aqui a gente prepara posts sobre a cidade do coração, claro. Logo vem uma dica toptop pra quem curte bons drinks. Pode esperar! 😉
Pickering entrou em nosso roteiro por um acaso feliz. Quando estávamos planejando a viagem, nossa primeira regra era a de que ficaríamos hospedados em um cottage, uma daquelas casinhas medievais, de pedra, características do Reino Unido. Não sei vocês, mas eu sonho em um dia viver num cottage em um vilarejo qualquer no interior inglês.
Não foi fácil chegar ao cottage que escolhemos em Pickering. Isso porque eu sou extremamente criterioso nos padrões de escolha de hospedagem. Ou chato, se preferir. =)Por mais que o lugar em que dormimos numa viagem geralmente seja o que menos passamos tempo, é bom saber que você vai chegar num lugar que escolheu a dedo depois de um dia corrido. Ainda mais quando o plano era pegar um cottage. Mais do que uma cama, queríamos uma experiência tipicamente britânica.
Varri alguns sites de aluguel temporário de cottages (links no fim do post). Arrisco dizer que vi fotos de mais de 100 cottages em vilarejos próximos a York. Os que não estouravam nosso orçamento, ou estavam reservados ou não eram o que a gente imaginava.
Aí veio esse…
Mas no fim deu certo. Quando chegamos ao Kingshaven Cottage (sim, ele tinha até nome) meu sonho ganhou um reforço. Vista de fora era uma simpática casinha de pedra. Por dentro, um pequeno castelo. Não pelo luxo, mas por tudo o que o envolvia.
Fomos recebidos com uma cesta com comidinhas. Tinha pão caseiro, geleia artesanal, leite e ovos da granja do John, o proprietário, que abriu a porta com um sorriso no rosto e já contando boas histórias. Falei um pouco sobre como ele vivia o sonho aqui nesse post. Relembrando: um dos programas preferidos dele e da esposa era pedalar pela região e degustar cervejas artesanais na Cropton Brewery, cervejaria da cidade.
os ovos, a geleia e a cesta
Mas voltando à casa, ela era perfeita. Veja o breve vídeo que editei com algumas imagens do interior do cottage.
Pontos pra lareira, salinha de tv aconchegante e cheia de dvds, pra cozinha superequipada e pro quarto com uma cama que parecia uma nuvem. Sério, se você tem um mínimo de loucura pela Bretanha como a gente, permita-se hospedar-se ficar em um cottage ao menos uma vez na vida.
O John nos contou que a estrutura da casa, toda de madeira, permanece original e intocada, mesmo após ele ter feito uma reforma geral. Isso porque há uma lei no UK que proíbe que você altere a estrutura de residências seculares. E o mais legal é que por dentro do cottage essa estrutura de madeira fica toda exposta. É praticamente parte da decoração.
Uma pausa: a preocupação dos britânicos em preservar a História e mantê-la sempre viva é admirável, não?
O que pesou a favor da escolha por esse cottage e por Pickering, lugar que nunca sequer havíamos ouvido falar, foi que além de estar dentro do nosso orçamento (pagamos £165 por três noites), a cidade estava exatamente no meio do caminho entre York e Whitby, duas cidades que já estavam em nossa rota prevista.
Em algum lugar em North YorkshireVocê sabia que não existe frentista na Inglaterra?
Primeira parada: o pub local
Logo que chegamos, no fim de tarde de uma quinta-feira gelada e úmida de janeiro, largamos as coisas e fomos até o pub The Sun Inn, a 200 metros de casa. Sonho! Na vinda já havíamos visto uma placa divulgando as ales premiadas que serviam lá. Precisava mais? =)
A surpresa da noite, além das boas cervejas e atmosfera fantástica do pub, em boa parte tomado por casais com idade para serem nossos pais, alguns avôs e avós e várias famílias, foi que era dia de pub quiz, tradição linda desse povo que adora jogar e beber.
O primeiro quiz foi sobre fatos históricos ocorridos no ano anterior, e a gente se deu bem, mas depois o jogo caminhou para temas mais “locais”, e acabamos ficando para trás. Não ganhamos o prêmio final, mas ganhamos uma experiência divertida e inesquecível.
De volta à Pickering, já bem tarde, só deu tempo de passar no mercado comprar um vinho, uns queijos e umas frutas pra curtir a lareira e conversar por horas sobre quanto as coisas mais simples da vida costumam ser as mais incríveis…
O trem que entrou pra lista de ‘fazer antes de morrer’
Somente no domingo, quando íamos embora, que dedicamos uma manhã para passear pela cidade. E foi aí que descobrimos o grande motivo que me garante que a gente voltará a visitar o vilarejo. É de Pickering que sai o trem que eu quase chorei de tristeza por estar fechado durante o inverno.
O North Yorkshire Moors Railway é um trem a vapor que faz uma viagem cenográfica por dentro do parque que leva seu nome. De Pickering, sua base, até Whitby, última parada, são 38 km percorridos em 1h30 de viagem por paisagens incríveis. Se algum leitor já fez essa viagem, por favor manda uma foto que eu faço questão de publicar aqui.
Chocado com o visual 😉
Ah, uma das paradas do trem é em Goathland, vilarejo que a Wikipedia nos diz ter 438 habitantes. Passaria despercebido na história se sua estação de trem não tivesse sido retratada como a estação de Hogsmeade em Harry Potter e a pedra filosofal. Algum fã por aí?
Fica a dica para você fazer essa viagem de trem, que deve ser linda, e meu compromisso de voltar aqui ainda esse ano pra contar pra você como é, com muitas fotos e vídeo. =)
Bem como o trem, essa estrada também corta o North Yorkshire Moors National Park
O que fazer em Pickering
A gente teve pouco tempo para passear pela cidade, mas como se trata de um vilarejo de pouco mais de seis mil habitantes, não é difícil reunir boas sugestões pra você passar um belo dia por la.
Visite o castelo
O inverno não nos impediu apenas de viajar de maria fumaça, mas também de conhecer o Pickering Castle. Ele foi construído no século XIII e durante a Idade Média servia como casa de férias dos reis.Que tal?
Como não conseguimos entrar, vou ficar devendo os detalhes de como é por dentro. Mas no fim do post tem um link do English Heritage com mais informações. Pra não dizer que nossa visita não valeu a pena, eu fiz esta foto quase em frente a ele:
Fotogênica a cidade, não?Pickering Castle visto do lado de fora
Conheça o museu do povo de Pickering
Mesmo sendo um vilarejo inóspito, Pickering tem um museu que se orgulha por mostrar um pouco da vida local e dos costumes de seu povo. O Beck Isle Museum foi fundado por cidadãos na década de 1960 com o objetivo de preservar e contar a história de sua gente. Acabamos não visitando, mas toma nota.
Tome cerveja artesanal direto da fonte
Como disse no começo do post, John, nosso anfitrião, comentou com a gente que um dos passeios preferidos dele e sua esposa era pedalar até a Cropton Brewery, cervejaria artesanal da cidade. A gente provou alguns rótulos no pub local e aprovamos. Vale dizer que essa cervejaria tem o carimbo da Campaign for real ale (CAMRA), entidade que preserva e defende as verdadeiras ales inglesas. Ou seja, qualidade assegurada!
Flores do lúpulo e maltes com diferentes graus de torra: a magia da alquimia cervejeira
Dê chance para o inesperado
Quando comecei a escrever pensei que não teria muito dizer sobre Pickering, em razão do pouco tempo que passamos lá. Mas à medida que o texto fluía veio este pensamento: uma cidade cheia de gente boa e de sorriso fácil, que é a base para o que parece ser uma incrível aventura de trem, que conta com um castelo de férias de reis medievais e que tem sua própria cervejaria, tem motivos de sobra pra se orgulhar, render boas histórias e atrair visitantes.
A gente certamente vai voltar. E você, quer conhecer?
Havíamos ficado devendo o relato da continuação da viagem. Mais precisamente a passagem por Whitby, cidade que havia sido indicada pelo James, dono da casa em que morávamos.
Tem um álbum cheio de fotos de Whitby no nosso perfil no Google+. Clique aqui para ver!
O James é um velejador de 60 anos que tem até foto ao lado do príncipe Charles em um festival de barcos na sala de casa. Ele ganha a vida conduzindo barcos turísticos por ilhas gregas durante o verão e como caixa de supermercado em Londres durante o restante do ano. Vai entender…
Quando soube que iríamos para a região de York, nosso landlord recomendou que visitássemos Whitby, uma de suas cidades preferidas na velha England. Não foi difícil confiar na sugestão de quem vive do mar, ainda mais que eram apenas 75km de viagem a partir de York.
Sabíamos pouco sobre a cidade além de que era reconhecida pelo fish and chips. A indicação do James foi mesmo nossa maior inspiração, mas que o fish and chips ajudou, ah ajudou. =)
Whitby é uma pequena e simpática cidade de pouco mais de 13 mil habitantes. Fica no nordeste da Inglaterra, a 414km de Londres, no condado de North Yorkshire, à beira do Mar do Norte.
O vilarejo está “montado” sobre dois costões, sendo que em um dos lados está as ruínas da Whitby Abbey, principal ponto turístico da cidade.
A abadia foi erguida no ano de 657, como um mosteiro anglo saxão. O estado em ruínas de hoje se deve a alguns episódios que ajudam a contar um pouco da riquíssima história da região:
Ataques vikings no século IX.
Ordens do rei Henry VII em 1540 durante o período conhecido como a Dissolução dos Mosteiros, quando o o rei se tornou Chefe Supremo da Igreja na Inglaterra.
Ataques alemães em 1914 durante a Primeira Guerra Mundial.
Estivemos lá no auge do inverno e, infelizmente, estava fechada para visitação. Ainda assim, pudemos caminhar pela área externa, que conta com um cemitério que seria um cenário perfeito para um filme de terror.
Aliás, um grande clássico da literatura também deve sua fama a Whitby. Foi lá, durante suas férias, que o escritor irlandês Bram Stoker se inspirou para escrever a história do Conde Drácula.A vista da sombria catedral que tinha de onde estava hospedado teria sido a grande responsável pela ideia de escrever o futuro clássico. Whitby, inclusive, é citada na obra. Achei isso um tanto fantástico!
Rola um tour The Dracula Experience. Não fizemos, mas o link deles está no fim do post.
Passeando na praia
Do alto da colina da catedral descemos até a praia. A maré baixa permitiu que a gente caminhasse por uma passarela que vai uns 100 metros mar adentro.
Teria dia melhor pra uma prainha? 😉Um pequeno memorial para lembrar os entes queridosPessoinhas em baixoPessoinhas em cimaPessoinnhas no meio
O legal de Whitby é que em um dia você consegue andar por ela de ponta a ponta tranquilamente, ver e viver um pouco da pacata vida de uma vila pesqueira inglesa.
O melhor fish and chips da Inglaterra?
De volta ao centro, já era hora de almoçar.
Por estar à beira do mar, nada mais justo do que ser uma terra conhecida pela sua tradição em fish and chips. É de Whitby, inclusive, o melhor fish and chips de 2014 na Inglaterra. O The National Fish and Chips Awards 2014 foi para o restaurante Quayside.
Mas nós acabamos indo em outro. Havíamos lido uma declaração do chef Rick Stein, um bam bam bam que até já cozinhou para Tony Blair na cozinha da casa 10 da Downing Street, residência oficial do primeiro ministro britânico, que disse que o fish and chips do Megpie “abriu os olhos dele sobre o quão bom um estabelecimento de peixe com batatas deveria ser.” Fomos na dele e não nos arrependemos.
Como bons frequentadores de pubs que somos, o fish and chips está entre nossas iguarias inglesas preferidas. E, na boa, o do Megpie estava simplesmente fantástico. Crocante, saboroso e sequinho, sem aquele banho de óleo que é bem comum de encontrar. E pelo que li, tem muita coisa boa por lá além do fish and chips. Ponto para a carta de cervejas. Bebemos cervejas incríveis da região de Yorkshire no restaurante.
Da janela, vista pra Whitby AbbeyA TV mostra, em tempo real, que peixe está disponível no momento em que você está no restaurante
O fish and chips grande saiu por £11.95 e o pequeno por £9,95. A garrafa de cerveja local da cervejaria The Great Yorkshire Brewery foi a £3.95. Preços honestíssimos para uma refeição top e com uma vista linda.
Whitby: terra de um mestre da navegação
Depois do almoço, seguimos para a colina oposta à da catedral. Por lá, há uma estátua em homenagem ao capitão Cook, um dos grandes nomes da navegação britânica. Dentre diversas façanhas náuticas, ele comandou o HMS Endeavour, primeiro navio da história a chegar à costa leste australiana, em 1770. Cook foi para Whitby com 17 anos para receber seus primeiros treinamentos e morou ali por alguns anos. Há até um museu na cidade sobre o cara.
Moradores orgulhosos ou não?
Um café digníssimo de uma lista top qualquer coisa
Depois de admirar a vista do lado de cá da cidade, já pelo meio da tarde, que no inverno inglês significa noite chegando, fomos caminhar pelas ruelas do centro. A temperatura devia estar girando os 2ºC e aquela chuvinha fina insistiu em nos acompanhar o dia todo.
Foi quando achamos, ao acaso, um café sensacional. Possivelmente o mais incrível que já pisei. Logo na entrada o ambiente quentinho, misturado com o cheiro de café fresco e bolo saindo do forno nos fez crer que estávamos no paraíso. Ainda mais quando olhávamos pela janela.
O Sherlocks explodiu nossa cabeça. Sério. A decoração do lugar parecia cenário de filme. Três andares completamente diferentes um do outro que nos fizeram viajar no tempo. Olha só se não dá vontade de ficar o dia todo ali.
Casa de princesa
Procurei mais informações sobre a história da casa, mas infelizmente não achei nada. Arrisco dizer que se um dia você ver uma lista do Buzz Feed com os 30 cafés mais incríveis do mundo ele tem tudo pra estar lá. 😉
Saímos do café já bem satisfeitos com o dia que havíamos tido. E como a noite vinha chegando, corremos para o píer pra ver a cidade do ângulo que ainda faltava, fazer mais umas fotos e curtir a orquestra das gaivotas.
Era hora de pegar o carro e voltar para Pickering, nossa base, 35km distantes dali. Mas essa é história pra outro dia.
Pra encerrar a história de hoje, uma curiosidade: eu costumava jogava futebol em Londres com um inglês, e a gente sempre conversava sobre viagens. Quando falei que havíamos passado por Whitby o queixo dele caiu. Disse que a mãe dele é nativa e residente de lá. Ele não conseguia entender que motivo um casal de brasileiros teria para conhecer aquele fim de mundo.
Curioso como são as percepcções, experiências e raízes de cada um. Saímos de lá apaixonados enquanto um quase local faz de tudo pra passar longe da cidade.
Ainda deu tempo de passar na lojinha de souvenir e comprar um barquinho de presente para o James. Foi legal ver que ele o deixou na sala da casa, onde senta todos os dias para seu chá. Whitby deixa saudades.
Se um inglês velejador e viajante convicto no auge de seus 60 anos te der uma dica de viagem pela sua pátria você iria na dele? E se a sugestão dele for atestada por um morador da região?
Pois foi exatamente isso que rolou com a gente na viagem de Ano Novo que fizemos para a região de Yorkshire, norte da Inglaterra.
Quando falamos ao James, nosso landlord/senhor Barriga, que iríamos para York ele logo pegou um mapa e nos recomendou dois destinos na região: Whitby e Robin Hood’s Bay.
Anotamos as dicas, mas ainda sem a certeza de que iríamos. A viagem era curta e a ideia inicial era passar mais tempo em York (aqui a gente dá boas dicas pra você curtir York).
Planejar é bom, mas improvisar pode ser melhor
Quando chegamos ao cottage que alugamos em Pickering, vilarejo medieval situado 41km ao norte de York, batemos um papo com o simpático dono da casa. John nos recebeu com uma cesta de delícias locais.
Entre uma história e outra nos disse que era ciclista e que com frequência pedalava com sua esposa para tomar boas ales nas cervejarias da região. Era o que precisava pra eu me tornar fã do cara!
Aposentado, vivendo no interior da Inglaterra, pedalando e bebendo com sua esposa por paisagens incríveis…ele vivia o sonho! 😉
Mas, ok, vamos em frente.
Quando comentamos sobre a ideia de ir para Whitby e Robin Hood’s Bay ele assinou embaixo a indicação do James e nos assegurou que valeria a pena.
E aí, como questionar um velejador com muita bagagem de vida nas costas e um local de Yorkshire? O segundo dia em York teria que ficar para a próxima.
Essa estrada fica dentro do North York Moors National Park, um parque gigantesco que é destino de turismo de aventura no UK
Rumo ao litoral do norte
O dia começou cedo. Às 7h30 já estávamos na estrada em direção ao litoral. A estrada, aliás, foi um destaque à parte. Ou não, se você é daqueles que concorda que parte da diversão da viagem é o trajeto, e não o destino.
O percurso de 40 km entre Pickering e Robin Hood’s Bay, nossa primeira parada, cruzava o North York Moors National Park, uma região lindíssima. Pelo caminho, ovelhas, tratores, quase nenhum carro e aquele horizonte de perder de vista!
Não demorou para chegarmos em Robin Hood’s Bay, uma pequena e charmosa vila de pescadores. Por lá há alguns hotéis com vistas incríveis, pequenas lojas e alguns restaurantes. Mas veja a região mais como um destino de passagem do que de hospedagem. Há pouco a se fazer por ali senão contemplar vistas como essas:
Uma curiosidade legal sobre a região é que no século XVIII foi um principais pólos de contrabando da Inglaterra. Os altos impostos e a localização estratégica, isolada por costões, tornava a prática atraente para os malandros desviarem rum, tabaco, chá, seda e outros produtos dos leões da realeza.
Mas, sendo mais justo, num dia quente de verão, quando a temperatura pode passar dos 30º C, passar uma noite ali não deve ser má ideia.
O nome do local chama a atenção, mas não há registros históricos/folclóricos de que aquele que rouba dos ricos para dar aos pobres tenha passado por lá.O dia estava perfeito para um janeiro na Inglaterra: chuvinha fina que ‘cai na horizontal’, brisa do mar e a temperatura nas casa de agradáveis 5ºC. Mas como reclamar do tempo não nos leva a lugar nenhum o melhor é curti-lo do jeito que a natureza lhe apresenta. E pra falar a verdade, aquele cinza dava até um charme extra.Cometemos a ousadia de ir de carro até a parte baixa da vila, onde a rua encontra o oceano. Não demora pra perceber que aquelas ruas não foram feitas pra carros. Só mesmo contando com a gentileza britânica para o “trânsito” fluir nos dois sentidos.
Ficamos por ali por pouco mais de uma hora. O suficiente para descer até a praia, tomar verdadeiros socos de chuva na cara, subir até o mirante e curtir um visual que mesmo longe de seus melhores dias nos mostrou, mais uma vez, que a Inglaterra é mesmo incrível seja onde você estiver!
Em paz em seu local preferido…
Esse banco fica no ponto mais nobre do mirante. Viagens são histórias que ficam. Obrigado, Kate, por dividir seu lugar preferido com a gente.
Quando decidimos que nossa primeira viagem do ano seria uma roadtrip para o norte da Inglaterra, York era o centro de nossas atenções. Porém, como planejamos tudo com nada de antecedência =D, não encontramos acomodação do jeito que queríamos lá, e tivemos que buscar em uma cidadezinha ali perto (assunto para outro post).
Mas a viagem de Pickering a York era muito tranquila, se quiséssemos poderíamos com certeza ficar no bate-volta e fazer mais de uma visita à cidade que nos levou “pra cima”. Porém, em uma noite onde nos hospedamos percebemos que era injusto conhecer só a “cidade grande” e não explorar mais aquela incrível região.
Resolvemos, então, que teríamos apenas um dia para curtir York, e nosso roteiro nesse dia foi assim…
Tour de bike
Como o João contou neste post, o VisitBritain/VisitYork e a Scoot Cycling Holidays, sabendo que a gente curte explorar cidades sobre duas rodas, nos ofereceram um tour de bike super legal.
A Cai, nossa guia, foi excelente. Nos levou a cantinhos “secretos” da cidade, contou um monte de histórias bacanas e já deu umas orientações sobre o que a gente devia fazer depois do passeio.
Museum GardensPedalar pela extensão do rio Ouse foi muuuito gostoso. 🙂
Pra quem tem pouco tempo essa é, com certeza, uma ótima maneira de conhecer bastantão da cidade. As nossas primeiras duas horas em York não podiam ter sido mais produtivas.
Todas as informações sobre o tour estão aqui. Não deixe de ler.
Almoço no The House of Trembling Madness
O delicioso rolê de bike fez a gente ficar com fome, claro. Assim que nos despedimos da Cai fomos atrás de um lugarzinho legal pra comer. Não tínhamos pesquisado NADA em termos de restaurantes (pois é, foi a viagem do planejamento zero, às vezes é bom viver perigosamente. haha), então o jeito foi ir olhando para os lados procurando algo que nos atraísse.
Como bons cervejeiros, foi uma vitrine cheia de garrafas de cervejas do mundo todo que nos chamou a atenção. Era o pub/loja de cervejas Trembling Madness. Resolvemos entrar mais pela oportunidade de experimentar uma Ale local do que por uma possível experiência gastronômica inesquecível. Mas fomos surpreendidos. As simples tortas (English Pies, um clássico da culinária britânica) que pedimos eram SENSACIONAIS.
Sério, dá água na boca só de lembrar…
Não dá pra dizer que as tortas eram baraaatas (pagamos 9 libras em cada), mas, olha, valeu cada centavo. Recomendamos mesmo. 🙂
Além disso, a carta de cervejas era espetacular. Só quené, tínhamos turismo a fazer, então tomamos cada um uma pint e nos mandamos.
O marido mais lindo do mundo. <3Sem noção essa loja, minha gente. Todas as cervejas tops estavam lá!
No site do pub você encontra todas as informações que precisa para programar sua visita. Pra encerrar o #ficadica de pub, deixo o vídeo deles que vai te fazer querer ir pra lá já:
Cheers! 🙂
York Minster
Alimentados, pegamos nossos York Passes* (presente do VisitYork. Thanks, Sue! 🙂 e nos mandamos para a York Minster, maior construção gótica da Grã-Bretanha, que começou a ganhar forma em 1220 e levou 250 anos para ficar pronta – e que é um dos principais ícones da cidade.
UAU, né?
Hoje, a catedral de York é considerada uma das construções góticas mais bonitas da Europa e se destacam seus vitrais (a nossa guia do tour de bike contou que um dos vitrais tem o tamanho de duas quadras de tênis!) e a cripta que preserva relíquias do século XI.
A construção é cheia de detalhes e é muito gostoso sentar e admirar tudo enquanto agradecemos pela oportunidade de estar ali. Acendi uma vela, fiz uma oração e comecei a contar os minutos para a melhor parte da visita à York Minster: a vista do alto, claaaro. =D
Acho que o fato de ter uma senhora beeem ofegante atrás de mim deixou a situação ainda mais tensa, mas só sei que os 275 degraus quase me mataram. A recompensa, como sempre, foi gratificante…
O engraçado foi que quando passamos pela primeira vez por essa parte, estava chovendo e o céu bem cinza. Na volta, o tempo abriu e a gente viu outra paisagem…Muito amor por cidades vistas do alto. Muito amor!
O padrão arquitetônico inglês deixa tudo ainda mais lindo. Eu babo mesmo! haha
Para quem tem York Pass a entrada para o Minster sai de graça (normalmente custa 15 libras Minster + Torre), mas a subida à Torre custa 5 libras.
Visite o site, saiba mais sobre essa preciosidade e anime-se para visitá-la em sua passagem por York. Vale muito a pena!
The Shambles
O dia já estava caminhando para o seu fim quando saímos da York Minster (pois é, o tempo voa, minha gente) e uma garoinha chata insistia em cair.
Aproveitamos para passear pela área conhecida como “The Shambles”, que tem um monte de lojinhas legais, cafés e tem uma cara super medieval. 🙂
Esse Bettys Café, do lado direito, é bem tradicional. Era uma das nossas opções de almoço, mas aí o Trembling Madness apareceu na nossa frente e ganhou a disputa. haha
Entramos em todas as portinhas que nos chamavam a atenção e perto das 17h nos mandamos para o nosso último passeio programado…
York Brewery
A região de Yorkshire tem crescido bastante no que diz respeito à produção de cerveja artesanal recentemente (tanto é que o The Guardian fez esta matéria reunindo 10 pubs de cerveja artesanal na cidade). E aí que a gente não podia deixar de conhecer uma cervejaria local, né?
O tour na York Brewery também está contemplado no York Pass. Mas, sem ele, custa 8 libras. Ele acontece de segunda a sábado nos seguintes horários: 12h30, 14h, 15h30 e 17h. Para participar, basta aparecer lá (detalhes aqui).
Pois bem, o tour é uma verdadeira aula sobre cerveja. A galera entra em uma salinha e ouve um profissional da cervejaria explicar passo a passo da fabricação das cervejas produzidas ali.
Pudemos cheirar e pegar na mão os grãos de malte (na foto há maltes torrados em diferentes temperaturas/tempo) e lúpulo. Bem legal! 🙂Nosso guia que sabia de tudo. 🙂 A única coisa estranha era o sotaque dele. Pra mim, ele falava urso (bear) e não cerveja (beer), mas tudo bem. 🙂
A fábrica é bem pequenininha (e a produção deles também, tanto que é um pouco difícil encontrar uma York fora da região de Yorkshire – talvez em pubs de rede tipo Wetherspoons) e preciso contar uma coisa pra vocês: um pouco suja. hahaha
Perdoamos a sujeira porque deu um ar medieval à cervejaria. hehe
Mas eles fazem boas cervejas!
O tour inclui uma degustaçãozinha e das duas que experimentamos gostamos muito de uma (Ghost Ale) e mais ou menos da outra (Yorkshire Terrier). Você pode conhecer todas as cervejas feitas pela York Brewery clicando aqui.
Tá aí o pub onde acontece a degustação. As mesas são barris, viu? 🙂
Foi uma ótima maneira de fechar nosso dia em York. 🙂
Mas o que mais tem pra fazer/ver em York?
Ixi, muuuita coisa. hehe
Por causa do nosso tempo curto foi isso que conseguimos fazer (mas achamos um roteirinho bem bacana, principalmente porque o tour de bike já tinha nos mostrado a parte mais histórica da cidade e apresentado várias das principais atrações), mas pelo que deu pra perceber dá pra passar diiias curtindo York sem cansar.
No site do YorkPass você vê quais atrações estão contempladas nele e já percebe como há zilhões de coisas para fazer na cidade. Tem de tudo, para todos!
Aliás, para quem é agilizado visitando atrações e curte ver tuuudo, o York Pass pode ser uma boa, pois pode ajudá-lo a economizar preciosas librinhas. Tá tudo explicado aqui.
Uma grande vantagem de York é que dá pra curtir bem a cidade a pé. Não usamos nenhum meio de transporte (fora a bicicleta) além dos nossos pés. 🙂
Como a cidade é lindona, nada melhor do que caminhar e ficar admirando tudo, o tempo todo… Caminhar à beira do rio, pelo muro que contorna uma área da cidade ou pelas ruazinhas medievais é bom demais!
Enfim, passamos apenas um dia em York, mas amamos muito e curtimos demais cada minuto. Esperamos poder voltar na nossa próxima temporada em terras inglesas para explorar maaais.
Da nossa viagem para o Norte ainda temos muito a contar. Fique de olho aqui para começar a sonhar em visitar outras cidades lá pra cima. 😉
Beijobeijo e até o próximo post,
Nah
**PS: A gente foi de Londres a York de carro, mas você pode ir de trem (mais ou menos 2h de viagem) ou ônibus (6h) se preferir. 😉
***Mais uma vez, muito obrigada pessoal do VisitBritain, VisitYork e Scoot Cycling Holidays por ajudar a tornar essa viagem inesquecível. 🙂
Os muros e torres de York contam bons pontos para que a cidade seja um dos resquícios medievais mais preservados da Inglaterra. E olha que a concorrência é forte!
Os muros começaram a ser erguidos pelos romanos, fundadores da cidade, ainda antes de termos motivo para celebrar o Natal.
Registros históricos apontam que as construções começaram por volta de 70 a.C e que tinham o objetivo de proteger o território recém-conquistado pelo Império.
Entre os séculos XII e XIV, após a derrocada romana seguidos por assentamentos Saxões e invasões Viking, a realeza aperfeiçoou os muros e construiu quatro torres.
Não é difícil se perder na imaginação quando você está parado num lugar como este da foto abaixo: um corredor de transição para entrar na cidade.
Imagine você aqui e dezenas de guardas te observando de cima.Essa vista é da parte externa na antiga York. Esse era o primeiro portão que as pessoas tinham que atravessar
Ao maior estilo Game of Thrones
Os visitantes precisavam passar primeiro por um grande portão que dava acesso a esse corredor fechado. No alto, simpáticos guardas avaliavam se você era um cara legal o suficiente para entrar na cidade.
Tendo a aprovação deles, mais um portão imenso o separava da cidade. Mas, não, sua entrada não seria triunfante com os portões se abrindo como a gente costuma ver em filmes e seriados medievais – a não ser, é claro, se você fosse o rei ou algum chegado dele.
No meio do imenso portão, uma pequena portinha, que poderia servir muito bem a casa de um hobbit, seria sua passagem.
Eles faziam isso para que a entrada de pessoas pudesse ser bem controlada e os rolezinhos evitados.
Enfim, esse breve relato foi só pra exemplificar um pouco da riqueza da História de York e pra te convencer a fazer um tour de bike por lá. Foi no tour que soubemos dessa e muitas outras curiosidades incríveis!
Nossa passagem por lá foi curta. Em uma viagem de quatro dias de carro para o norte da Inglaterra planejávamos apenas um em York. Portanto, não tínhamos muito tempo a perder. Pesava, também, o fato que estamos no inverno. Os dias são curtos. Pelas 16h a noite cai.
A cidade é pequena e em um dia dá pra ver bastante coisa, talvez até o suficiente para um bate-volta de Londres de trem (2h30). Mas adianto que você corre o risco de querer passar ao menos mais um dia. O lugar é lindo!
York de bike
Mas como eu vinha falando, o que nos ajudou muito a ver e entender a cidade foi o tour de bike que fizemos com a Scoot Cycles*.
Em duas horas de passeio em um sábado ensolarado e gelado passamos pelos principais pontos da cidade e aprendemos muito.
A Cai, nossa guia, manjava de tudo. O tour que fizemos foi o York Tour, que passa pelos principais pontos turísticos e históricos da cidade. No meio do trajeto rolam várias paradas estratégicas em que ela fala muita coisa legal.
Vou resumir algumas das informações nas fotos. Preste atenção nas legendas.
Mas fica a sugestão de fazer o passeio. Os detalhes estão no fim do post.
A Cliffords Tower é o que restou do antigo castelo da cidade. Hoje é um ponto turístico de York, mas em 1190 registrou um dos fatos mais tristes da história da cidade. Algo que podemos chamar de um mini Holocausto. Toda a comunidade judia da cidade (cerca de 150 pessoas) foi perseguida e encurralada lá dentro. Alguns, no desespero, cometeram suicídio; os que arriscaram sair foram mortos e os que lá ficaram foram queimados vivos… O tempo passa e o homem não cansa de repetir os mesmos erros.Ruínas de uma antiga Igreja Católica: a impressão que se tem é que o tempo ou, talvez, bombardeios, destruíram o templo, não é? Mas na verdade parte das pedras usadas na construção foram retiradas de lá pelos próprios moradores de York com autorização do rei John Lackland (1199-1216) após o rompimento com a Igreja. A população arrancou parte da estrutura da igreja para construir casas próprias com o aval da realeza, que riu à toa da desgraça cristã.A foto não mostra bem, mas o prédio ao fundo é a escola em que Guy Fawkes um dia estudou. Ele mesmo, o cara que fazia parte do grupo que tentou explodir o Parlamento Britânico, mas foi pego com a mão na massa e que virou moda no Brasil nos protestos de junho do ano passado.Aquele pequeno portão preto é obrigatório para todas as casas como essa, que ficam às margens do rio Ouse. York sofre muito com enchentes e o portão previne que a água suba para as casas. Perguntei para a nossa guia se eles têm mortes ou outros problemas graves nos períodos de cheias. Ela me disse que não, porque como é algo que sempre acontece eles aprenderam a lidar bem e conseguem se precaver de desastres.Essa é uma horta pública criada por voluntários para mostrar que é possível cultivar alimentos frescos em pequenos espaços.
Pedalando em York com a Scoot Cycling Holidays
O tour que fizemos custa £20 se você estiver sozinho ou £15 por pessoa para grupos a partir de duas pessoas.
E se você, como eu, curte pedalar, vale dar uma conferida nos outros tours que eles fazem.
Com destaque para o Le Tour Weekend, que faz o trajeto da 1ª etapa do Tour de France, prova de ciclismo mais importante do mundo.
A edição deste ano vai começar em York pela primeira vez na história. Um feito e tanto que está movimentando o turismo local!
A Scoot também aluga bikes para você passear por contra própria. A diária começa em £15.
Por que pedalar em uma viagem?
Eu sou defensor ferrenho do cicloturismo (e de todas as variações do pedal, é verdade). =) Você sempre consegue ter uma percepção diferente da cidade, fora a liberdade que tem e o tempo que consegue ganhar.
Vale dizer que York é uma cidade excelente pra pedalar. Tem muitas ciclovias e ciclofaixas, o trânsito é tranquilo e os motoristas respeitam bastante. Pode ir sem medo, mas sempre com atenção, claro.
Fica a dica e esse vídeo que fiz com algumas imagens que produzidas durante o tour.
Outros posts sobre York e a viagem que fizemos para o norte vêm aí. A Inglaterra não cansa de nos surpreender, viu?
Havíamos lido uma coisa ou outra sobre Copenhagen ter um lugar em que um grupo de pessoas vivia à sua maneira. Confesso que não fui a fundo na pesquisa prévia, mas não imaginava algo maior do que uma feirinha hippie ou coisa assim.
Até passar pelo portão…
Era difícil imaginar que na quase careta Copenhagen uma comunidade alternativa com pegada anarquista sobrevive há 42 anos.
Viva a sociedade alternativa
Visitar Christiania me fez entender mais um motivo que faz de Copenhagen a cidade mais feliz do mundo. A existência da Free Town revela um lado positivo do governo dinamarquês. Logo explico.
Christiania (a Cidade Livre) foi fundada em 1971 a partir de um grupo de moradores do bairro Christianshaven. Os caras pularam as cercas de uma então área militar de 85 acres abandonada à beira do lago pois queriam uma área verde e um parquinho para suas crianças.
O ato chamou a atenção. Meses depois um jornal alternativo publicou uma matéria sobre como a área poderia ser transformada em moradia para muitos jovens que não podiam arcar com um lugar para viver.
A notícia correu o país! Milhares de pessoas tomaram Christiania e criaram um mudo à parte da Dinamarca.
Uma sociedade anarquista que funcionava a partir de suas próprias regras baseadas na liberdade e no senso de comunidade.
Difícil, naquela época, seria imaginar que Copenhagen fosse celebrar os 42 anos de Christiania em 2013.
Tomando banho de chapéu
Christiania recebe um milhão de turistas por ano e é uma das atrações mais visitadas de Copenhagen.
Um orgulho tímido mexe com os Copenhagers quando o assunto é a Cidade Livre.
Nosso host Benjamin, 27 anos, me disse: “Não que eu queira morar lá, mas é bom saber que existe uma alternativa. Me deixa feliz, também, o fato de nosso governo respeitar os ideais dos habitantes de Christiania”.
Entre nós: se o cara que mora na cidade mais feliz do mundo gosta de saber que existe uma alternativa, quem sou eu pra discordar, não é?
Brincadeiras de lado, a Dinamarca sempre está nas listas dos melhores do mundo seja lá em que for.
Agora explicando a teoria lançada lá no início: Você já parou para pensar no quanto o governo contribui para a Dinamarca ser o que é hoje?
O respeito pelas pessoas, claramente percebido na estrutura cicloviária da cidade, a tolerância com Christiania e as palavras de um jovem estudante da língua chinesa (!) de 27 anos evidenciam a influência que um governo tem para o bem-estar das pessoas.
Boa parte da felicidade dos dinamarqueses ocorre porque quem manda faz sua parte. Você paga seus impostos, mas não se preocupa com educação, saúde ou que prender sua bike aqui ou ali pode ser perigoso. Reaproveitando uma outra coisa que Benjamin me disse: “Nós não temos preocupação como cidadãos”.
Um tanto óbvio falar isso, mas em tempos de investimentos surreais em Copa do Mundo, aumento do imposto (de 0,38% para 6,38%) para gastos com cartão de débito no exterior, etc, etc, etc, é sempre bom lembrar do nosso país do futuro.
Christiania x Governo: uma relação de altos e baixos
O governo dinamarquês já enxergou Christiania como um experimento social e a deixou em paz. Mas durante suas quatro décadas de existência políticos vez ou outra lembravam que a área invadida era de propriedade da União. E era muito valiosa.
Em 2012 o governo decidiu, então, resolver a questão. Ofereceu a área para os moradores por um preço muito abaixo do valor de mercado, concedendo linhas de crédito para o financiamento e garantindo que o modo de vida seria preservado.
A solução dos habitantes, totalmente contrários à ideia de propriedade privada, foi decidir que nenhum indivíduo controlaria o território. O Coletivo sempre teria voz absoluta em Christiania.
O sonho teria acabado?
Mais de 10 mil pessoas já chegaram a viver em Christiania. Hoje são cerca de mil famílias, segundo o Visit Copenhagen, órgão de turismo oficial da cidade.
Essa ótima matéria de Tom Freston (em inglês), que esteve em Christiania nos anos 70 e novamente em 2013 conta detalhes bem interessantes sobre a história de Christiania.
Em um trecho ele cita uma conversa que teve agora com Ole Lykke, um senhor de 67 anos, morador de Christiania desde 1979.
“Nós agora pagamos o dobro do preço pela metade da liberdade considerando os juros e o aumento do aluguel. Nos tornamos uma estrutura capitalista. O Estado, se quiser, pode reajustar o preço do aluguel e aumentar os juros dos financiamentos. Será cada vez mais difícil para pessoas idosas e deficientes físicos terem uma casa aqui”.
O Green Light District de Christinia
Além de sua comunidade, feiras de artesanato, cafés e restaurantes de comida vegetariana, o que mais chama a atenção em Christiania é a Pusher Street.
Uma feirinha logo na entrada da Cidade Livre em que se vende maconha e haxixe sem pudores. O consumo dentro de Christiania é permitido, apesar de proibido em Copenhagen. Uma situação única no mundo, talvez.
Mas não pense que vai encontrar tiozinhos de roupa colorida escutando Pink Floyd vendendo unzinho por lá. O clima é um tanto pesado no Green Light District.
Placas com sinal de proibido fotografar estão em todos os lugares e os feirantes têm cara séria e são de pouca conversa. O preço? Com algo entre 50 e 100 coroas dinamarquesas (em torno de £5 a £11) você compra um baseado ou 1 grama de uma ampla variedade.
O futuro de Christiania
O temores de Ole Lykke sobre o futuro da Cidade Livre são rebatidos pela esperança de que a Dinamarca legalize a maconha. “Legalizando você acaba com o único argumento de que Christiania é ilegal. O produto seria taxado e legitimado como negócio”, diz.
Que os ventos que sopram do Uruguai ajudem a manter a cidade livre de pé.
Placa na saída de Christiania avisa: você agora está entrando na União Europeia
Mais fotos e tour guiado
Temos poucas fotos porque não quisemos correr riscos já que a proibição imperava, mas no Trip Advisor você pode ver algumas.
Lá ficamos sabendo de um tour que rola às 15h, se não me engano diariamente e tinha um preço bem acessível. Fico devendo os detalhes porque não conseguimos fazer. Chegamos lá mais para o fim do dia, mas espero que ajude.
Onde fica
Fomos pra lá pedalando, mas a estação de metrô mais próxima é a de Christianshavn. Um mapa vai te ajudar.
A bicicleta é um objeto um tanto curioso. A gente costuma ter o contato com ela nos primeiros anos de vida e, em linhas gerais, isso dura uma infância ou talvez até os primeiros anos de adolescência.
No auge de seus seis anos a Nah era a rainha do pedal
Aí, na maioria dos casos – e isso inclui o meu – deixamos a magrela de lado. O brinquedo acaba perdendo seu encanto e anos se passam sem que lembremos que ela exista.
Até que um dia, lá pelos 20 e tantos você decide comprar uma bike pra ver se aquela sensação do vento no rosto e de ser o seu próprio combustível pode voltar a ser divertida como foi lá atrás…
E aí você começa a pedalar nos fins de semana…E vai percebendo que as distâncias não são tão longas como parecem, que você pode deixar o carro em casa pra ir ao mercado comprar uma pasta de dente e umas cervejas, que fazer a feira de sábado de bicicleta é uma terapia e que até aquela reunião no centro da cidade se torna mais produtiva e divertida quando você não tem que encarar um trânsito estúpido.
E, também, descobre o cicloturismo:
Pedal da Piazada nos arredores de Curitiba. Ao fundo, o Morro do Canal
E, à parte disso, você descobre um universo paralelo que existe em razão da bike. Empresas que nasceram por e para a bicicleta como a EcoBike Courier e a Kuritbike , só pra citar dois grandes exemplos lá de Curitiba.
Nesse ponto você já tem certeza que o encanto e a magia da infância pulsam mais forte do que nunca! =)
9 coisas que a bicicleta me ensinou
Que de nada adianta reclamar do trânsito quando você é ele;
Que o carro tem uma boa parcela de culpa em muitas loucuras que vemos e vivemos nas grandes cidades;
Que o mundo e a saúde de amanhã a gente constrói hoje;
Que trocar as noites de sábado pelas manhãs de pedal no domingo é impagável;
Que existe muita gente boa demais vivendo por e pela bicicleta no mundo;
Que pedalar traz alegria, saúde e um mundo melhor;
Que minha cidadania se faz presente nas minhas atitudes;
Que viajar dentro de sua própria cidade pode ser tão incrível quanto ir para qualquer lugar do mundo;
Mas que escolher seu próximo destino de viagem por causa da bike cedo ou tarde vai acontecer!
Meus 20 centavos: dia de futebol tinha greve dos motoristas e cobradores do transporte público. Imagina o trânsito da cidade que tem a maior média de carros por habitantes no Brasil e o quanto eu me diverti… =)
Por que Copenhagen?
Nossa primeira viagem para fora do Reino Unido em nosso projeto Londres 2013/2014 já estava definida antes mesmo de virmos pra cá. Copenhagen foi a escolhida por livre e espontânea pressão deste que vos fala. =) Sempre sonhei em ver de perto como é a melhor cidade do mundo para pedalar!
Copenhagen está longe de ser uma das cidades mais procurados da Europa. Não está entre as 20 mais visitadas no continente e nem entre as 100 no mundo segundo a Euromonitor International. Ela não tem nenhum ponto turístico mundialmente famoso e pouco ouvimos falar dela, não é?
Eu até diria que a cidade pode te decepcionar se você não for muito ligado na questão da bicicleta ou se for sua primeira viagem para a Europa…quer dizer, isso depende muito do que você curte ver numa cidade como viajante…mas isso é papo pra outra hora.
O povo mais feliz do mundo
Recentemente os dinamarqueses foram eleitos o povo mais feliz do mundo pela ONU . Não vou entrar nos detalhes disso agora, mas se você ficou curioso o Visit Denmark tenta explicar aqui os porquês.
Falei sobre isso com o Benjamin, o camarada que nos recebeu por lá com sua esposa Tine através do Couchsurfing. Na visão dele toda essa felicidade se explica pela ausência de preocupações que se tem por lá. Em outras palavras, a felicidade dos dinamarqueses é medida pela confiança no governo, passa pelos sistemas de saúde e educação impecáveis, taxa de crimes quase inexistente, dinheiro no bolso e pelosol da meia noite no verão.
Ele não citou, mas eu incluiria na lista o motivo que há um bom tempo me fazia querer conhecer Copenhagen.
A cidade das bicicletas em vídeo
Copenhagen é uma esperança viva para os sonhadores que acreditam em cidades mais humanas, feitas e pensadas para as pessoas, não para carros ou para atender os interesses desse ou daquele.
Uma cidade em que apenas 14% dos deslocamentos diários para o trabalho ou escola são feitos de carro e que tem como meta diminuir isso ano após ano é muito mais do que um exemplo a ser seguido.
Os detalhes sobre a relação de Copenhagen com a bicicleta a gente mostra nesse vídeo. Dá pra entender um pouco mais do que é aquele universo mágico de Copenhagen:
Vamos falar mais sobre nossa viagem pra Copenhagen futuramente. Temos algumas boas dicas. =) Até lá, peço desculpas por sair um pouco do foco viajante.
Mas uma coisa que aprendi viajando é que cada cidade que você conhece tem algo a te acrescentar como cidadão. E foi por isso que eu fiz questão de compartilhar essa experiência com você.
Como já dizia o Real Coletivo Dub, banda curitibana que ilustra a trilha do vídeo, Sozinho nós vamos mais rápido. Juntos nós vamos mais longe.
Um agradecimento especial à galera do Real por autorizar o uso da música “Eu Vou de Bike” como trilha do vídeo!
Quer ver mais fotos?
Disponibilizei um álbum em nosso perfil no Google+ com várias fotos de bicicletas em Copenhagen. Vai lá ver e aproveita pra nos seguir por lá também. E não esquece de preencher o formulário pra entrar na nossa lista de e-mals e receber os futuros posts e novidades sempre em primeira mão. =)