Liverpool!

Bandas que permanecem vivas na era do iPod mesmo após terem encerrado suas atividades há décadas merecem respeito. Sou muito fã de muitos e ótimos rockeiros, jazzeros, regueiros e clássicos que já pararam de tocar ou passaram dessa pra um outro plano ou galáxia.

Até porque muitos deles são mitos que parecem ser impossíveis de serem superados. Quem supera a magia do Pink Floyd, a energia do Bob Marley e a levada do Grateful Dead? Pra lembrar de alguns…

Dentro desse seleto grupo ainda estão os que até hoje são uma indústria milionária e fazem uma economia brutal girar.

Não tem como não pensar já de cara nos Beatles, que com sua simplicidade romântica e sonhadora já fizeram um terço dos EUA pararem para vê-los na TV quando apareceram no The Ed Sullivan Show, em 1964 – ocasião da primeira turnê que fizeram para aqueles lados. O vídeo mostra um pouco da loucura.

Os meninos malucos de Liverpool que até hoje vendem discos, camisetas e muito mais em todos os cantos do mundo, colocaram a pequena cidade inglesa no mapa dos viajantes e amantes do rock.

livpool

O que seria de Liverpool sem os Beatles?

Liverpool preserva alguns traços da arquitetura residencial de Londres, tem quase nenhum grande edifício e uma ótima estrutura comercial. É uma cidade limpa, que transmite segurança e parece oferecer um bom sistema de transporte público.

Seria uma Londres em menores proporções, menos pontos turísticos e melhor qualidade de vida? Talvez…

A questão é que não fossem os Beatles, essa simpática cidade de pouco mais de 400 mil habitantes situada ao norte da Inglaterra certamente teria pouco destaque nos guias de turismo.

tudo começou com ele
tudo começou com ele

Mas os Beatles existiram! E deixaram suas caras estampadas em todos os cantos da cidade, a começar pelo nome do aeroporto: John Lennon Airport. Mais do que isso, parecem ter feito com que todos ali sintam um orgulho imenso por nascer na terra dos talentosos besouros. A responsabilidade de receber bem os visitantes que vem do mundo todo é cumprida com louvor pela população.

Grande surpresa para os que insistem em pré-conceitos do tipo: ingleses são rudes, estúpidos e detestam estrangeiros.

Já havíamos sido “alertados” pela Hellen, uma ex-professora da Rose, que Liverpool era perfeita e que o povo era o mais amável e receptivo da Inglaterra. Natural de lá, ela nos disse, porém, que até se mudar – na adolescência – não dava muita bola para a sua terra.

Viveu em outras cidades na Inglaterra, em um vilarejo em Eritreia, quando trabalhou como voluntária, e hoje está em Londres. Foi só depois de morar em outros lugares e ser apenas visitante em Liverpool que passou a dar valor e admirar sua cidade. Quantos não são assim, hein?

Ela nos falava com tanta paixão da cidade, recomendando lugares e falando do quão legais eram as pessoas, que era impossível não ter ainda mais vontade de tomar uma pint no Cavern Club, bar onde os Beatles tocaram 292 vezes.

clássico
clássico

Fomos, enfim, para Liverpool no último fim de semana. Com o ônibus da National Express em promoção, pagamos £5 por cada trecho e uma diária de £15 no Everton Hostel. Falaremos em breve sobre ele.

Por fornecer comida e pints a preços consideralvemente inferiores aos de Londres, Liverpool foi uma viagem não só muito prazerosa, mas bastante econômica. A título de curiosidade: enquanto uma pint de Guinness custa entre £3,50 e £4,20 em Londres, em três pubs diferentes de Liverpool não pagamos mais do que £2,20. Isso na Mathew Street, endereço do Cavern e do início da história da banda.

Essa semana publicaremos uma série de textos sobre a cidade que todo amante do rock’n’roll deve conhecer! Nas palavras da minha mãe, Âque não é a maior roqueira do mundo, mas cresceu ouvindo: “é realmente um sonho! Estou tão feliz, pois sou uma grande fã e você está realizando um sonho que já existia antes de você existir.”

yeah yeah yeah
yeah yeah yeah

Até lá fique com esse vídeo espetacular que mostra 13.500 pessoas cantando Hey Jude em plena Trafalgar Square, no centro de Londres. Impossível não se arrepiar quando chega no beter, better, better, betteeeeeeeeeeeeeeeeer…

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH.

A linda e pitoresca Bath: o Império Romano no UK

Sempre ouvimos muito sobre Bath. Coisas como “a cidade é linda” ou “vocês TÊM que ir”. Então, num dia desses nos programamos pra mais uma day trip – como são boas essas trips bate-volta. 🙂

Os preços das passagens de trem nos horários mais convenientes não eram muito atrativos: £28,50. A gente também não estava muito animado pra passar quase 4h em um ônibus – que tinha preço a partir de £5.

Mas como consumidores conscientes que somos, seguimos em busca de uma pechincha e pesquisamos, pesquisamos e pesquisamos. Até que achamos passagens por £9,50 saindo da Paddington Station às 6:30h. Ok, pela economia e horário que chegaríamos em Bath, valeria a pena. Nada que um night bus não resolva.

Embarcamos num sábado com perspectivas chuvosas e 8:30h chegamos na ainda adormecida Bath. Ruas vazias, comércio fechado, aquele arzinho frio que só o sol pra aquecer e aquele cheiro de asfalto molhado. Tudo em um cenário com características romanas. O dia prometia!

Começamos a andar e logo nos deparamos com uma bela paisagem:

avon river
avon river

Já estava esquecendo de falar, mas Bath é uma pequena cidade que fica a 156km de Londres no sudoeste da Inglaterra. É tombada pelo Patrimônio Mundial da UNESCO em função de suas águas termais. Estima-se que os romanos descobriram as propriedades das águas de Bath por volta do ano 50, quando batizaram a cidade com o nome de Aquae Sulis, em homenagem à  deusa celta Sulis, que fora identificada como Minerva, a deusa romana da sabedoria, das artes e da guerra.

Os romanos curtiram tanto a cidade que se instalaram por lá e construíram o que acredita-se ser o primeiro spa do mundo. Um complexo incrível com espaços para banhos quentes, massagem e outros dengos.

Bath, Inglaterra, roman bath
obra dos romanos no século I

Parte do que foi erguido no início da era cristã ainda está lá e hoje abriga um museu muito legal cheio de história e, é claro, águas termais. A entrada custa £12,50 ou £10 para estudantes (não esqueça a carteirinha) e vale muito a pena. É cheio de detalhes e objetos históricos. Alguns cantos têm um cheiro que mistura mofo com umidade que faz você se sentir um verdadeiro romano da época em que Jesus era vivo! =D

Algumas fotos do Roman Baths:

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essa área está cheia de estátuas de imperadores. Esse é Constantino, o Grande.
essa área está cheia de estátuas de imperadores. Esse é Constantino, o Grande.

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Nessa época foram construídos o templo de Sulis Minerva e um conjunto de banhos com finalidades higiênicas e terapêuticas. O templo era um centro de culto a Minerva. Banhos lá eram proibidos. O legal é que o lugar ainda existe! Até hoje o pessoal joga moedinhas e faz seus pedidos.

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uma viagem, não?
uma viagem, não?

A profundidade das águas chega a incríveis 3 mil metros e a temperatura está sempre em 46,5ºC. Infelizmente não é permitido mergulhar nas águas do templo, mas você pode curtir essa experiência no Thermae Bath Spa. Por duas horas de banho você paga £24, mas existem outros planos. Vale conferir.

Saímos do templo e voltamos a andar. A cidade tem outras atrações como o Fashion Museum, a Victoria Art Gallery e o Bath Balloons, mas a gente preferiu ficar só caminhando pelas ruas.

Mais pro fim da manhã começamos a perceber uma movimentação de pessoas vestidas com uma camisa de um time, que até então não sabíamos qual era. Logo descobrimos que se tratava do Bath Rugby. Pelo jeito ia rolar jogo mais tarde.

Dá-lhe, Batão!
Dá-lhe, Batão!

Pra nossa sorte estávamos passando pela região do modesto estádio bem na hora que ia começar a partida. Como bons amantes de esporte que somos decidimos ver de perto qual era a desse jogo estranho que se perde entre o nosso futebol e o dos yankees. Por £5 (estudantes) fomos assistir o glorioso Batão jogar contra os escoceses da nossa querida Edinburgh.

entrada em campo com nuvem cabulosa ao fundo
entrada em campo com nuvem cabulosa ao fundo

Muitas famílias no estádio, cerveja liberada (bons tempos em que podíamos beber no Brasil) e uma torcida não muito animada. Na hora do primeiro gol/touchdown – se alguém souber como se chama o ponto no game me corrija, por favor – a gente comemorou mais do que todo mundo no estádio. =D Após os 40 minutos da primeira etapa o Batão já goleava, claro, e a gente decidiu que a experiência já tinha sido bem aproveitada.

apesar da boa torcida, a nossa vibração era maior que a deles!
apesar da boa torcida, a nossa vibração era maior que a deles!

Saímos do estádio lá pelas 16h já tendo andado por praticamente toda a cidade, mas o nosso trem de volta só seria às 22h. Andamos mais um pouco e logo o sol começou a cair e trazer de volta o mesmo frio de quando chegamos, com o plus de uma chuvinha. Precisávamos de um refúgio e um lugar para passar o tempo. Nada como um pub e uma Guinness pra encerrar mais uma ótima viagem.

Se me permite falar, Bath é linda e você TEM que ir!

😉

 

entrada do Roman Baths com música ao vivo
entrada do Roman Baths com música ao vivo
que tal morar numa casinha dessas?
que tal morar numa casinha dessas?
como eu não sei pintar quadros, fica o registro fotográfico
como eu não sei pintar quadros, fica o registro fotográfico

 

na beira do Avon
na beira do Avon

 

ruelas surpreendentes
ruelas surpreendentes
até a próxima!
até a próxima!

 

Passagens para Bath

Ônibus

Trem

Um fim de semana na Escócia: Parte III – Highlands Scotland

Depois de uma noite bem dormida no albergue da juventude de Stirling (que o João falou neste post), acordamos no domingo cedo, entramos no ônibus e seguimos para Highlands Scotland, as terras altas da Escócia, conhecida por suas montanhas e lagos.

Reynold foi junto nos contando diversas historinhas e lendas do país e até cantando musiquinhas que até hoje estão na nossa cabeça, como esta do vídeo abaixo.

O passeio

O dia foi beeem diferente do que imaginávamos. Passamos a maior parte do tempo dentro do ônibus, apenas vendo pela janela paisagens praticamente indescritíveis, de tão lindas. Os lagos da Escócia são maravilhosos e as montanhas ao redor me fizeram lembrar daqueles filmes que passam na sessão da tarde, em que famílias americanas vão passar um fim de semana em regiões inóspitas e são atacadas por ursos. Clássico, né? haha.

Achei melhor contar um pouco mais da viagem por meio de fotos (com legendas explicativas) porque assim dá pra você ter uma ideia melhor de tudo o que vimos. Ah, e antes que você saia procurando uma foto do monstro do lago Ness, ou do próprio Loch Ness (como eles chamam no “dialeto escocês”), eu já adianto: ele não está aí. Vimos vários importantes e enoooormes lochs, mas o Ness era longe de onde estávamos, por isso não o conhecemos.

Antes das fotos, nossa “conclusão”: apesar de termos adoraaaado tudo o que vimos, o fato de termos feito apenas duas paradas ao longo de umas seis horas de viagens nos deixou um pouco frustrados. Queríamos poder sair andando por todos os cantos, explorando aquilo tudo. Mas, como era um grupo de turismo grande e a viagem era curta, entendemos a “fórmula”.

Porém, sugerimos que você faça diferente se tiver mais tempo. Alugar um carro e sair dirigindo por lá deve ser sensacional!! Já fizemos uma viagem de carro (para Stonehenge, Winchester e Andover) e achamos que é uma opção beeem interessante. Vale dar uma olhada!

Esse aí é o Hamish, um animal escocês que se adapta ao inverno e ao verão local, mesmo com todo esse pêlo. O Reynold nos contou que ele é o xodozão da Escócia. A gente adorou o dito cujo!
Esse aí é o Hamish, um animal escocês que se adapta ao inverno e ao verão local, mesmo com todo esse pêlo. O Reynold nos contou que ele é o xodozão da Escócia. A gente adorou o dito cujo!
Chegando no vilarejo de Killin. Lindo, lindo.
Pra posteridade: Highlands Scotland e amor
Chegando no vilarejo de Killin. Lindo, lindo.
Chegando no vilarejo de Killin. Lindo, lindo.
A impressão que dá, no vilarejo de Killin e em todos os outros das Highlands, é que a vida para quem mora lá é até mais fácil por causa da beleza toda em volta... Queríamos que nossas avós pudessem estar como essa senhorinha! =)
A impressão que dá, no vilarejo de Killin e em todos os outros das Highlands, é que a vida para quem mora lá é até mais fácil por causa da beleza toda em volta… Queríamos que nossas avós pudessem estar como essa senhorinha! =)

 

A beleza dos lagos e das montanhas se reflete até nas casas dos vilarejos da região.
A beleza dos lagos e das montanhas se reflete até nas casas dos vilarejos da região.

 

Depois da parada em Killin, mais lagos e montanhas. Segundo o Reynold, a lenda diz que os monstros não saem de dentro dos lagos, mas sim que descem as montanhas para assustar as pessoas que estão nos lagos.
Depois da parada em Killin, mais lagos e montanhas. Segundo o Reynold, a lenda diz que os monstros não saem de dentro dos lagos, mas sim que descem as montanhas para assustar as pessoas que estão nos lagos.
Outra versão da lenda diz que o monstro é o próprio lago, já que as águas são muuuito geladas e muitas pessoas já morreram neles porque congelaram enquanto davam um mergulho. =/
Outra versão da lenda diz que o monstro é o próprio lago, já que as águas são muuuito geladas e muitas pessoas já morreram neles porque congelaram enquanto davam um mergulho. =/

 

Os escoceses fazem dos lagos suas praias. Até topless eu vi da janela do ônibus. =)
Os escoceses fazem dos lagos suas praias. Até topless eu vi da janela do ônibus. =)

 

Na volta, parada nas Forth Bridges. Uma delas é essa aí... Te lembra alguma outra ponte beeem conhecida?! =)
Na volta, parada nas Forth Bridges. Uma delas é essa aí… Te lembra alguma outra ponte beeem conhecida?! =)
E essa é a outra, que, segundo o Reynold, passa constantemente por pinturas pois seu material se "corrói" com o clima local.
E essa é a outra, que, segundo o Reynold, passa constantemente por pinturas pois seu material se “corrói” com o clima local.

*Quer saber mais sobre essas pontes? Clique aqui e confira o site oficial.

É isso aí. Mais uma viagem e mais uma super indicação para você que nos lê.

Talvez a Escócia nunca tenha passado pela sua cabeça como um bom lugar para conhecer, assim como não passava muito pela nossa, mas pelo pouco que vimos o país é sensacional e vale muuuito ser explorado. Queríamos poder ter mais tempo para poder conhecer tudo, mas já ficamos felizes com isso tudo. 🙂

Espero que você tenha gostado e se animado ainda mais para vir para o Reino Unido. É fácil demais ir de Londres para lá. Trens, ônibus e aviões não faltam. Basta você pesquisar e encontrar a melhor alternativa!

Precisando de ajuda conte conosco. Nosso email contato@praveremlondres.com.br está sempre à disposição.

Um beijo e até o próximo post,

Nah.

Um fim de semana na Escócia: Parte II – Stirling: um vilarejo incrível e cheio de história

No fim do dia saímos de Edinburgh e fomos para o hostel em Stirling sem esperar muita coisa.

A impressão que tínhamos era que não ia ter nada de bom para se fazer por lá, pois os nossos guias não haviam dito nada de interessante sobre a cidade. Como só iríamos dormir lá para partir para as Highlands (tema do próximo post) no dia seguinte, fomos sem muita expectativa.

Mas é nessas horas que a vida nos surpreende. Stirling acabou se revelando um pequeno paraíso recheado de história, construções incríveis e um ar de lugar mal assombrado.

rua principal da parte velha da Stirling
rua principal da parte velha da Stirling

Como fascinado que sou pelos sombrios tempos da Idade Média, o vilarejo de pouco mais de 30 mil habitantes me deixou fascinado. A cidade não tem nada a oferecer além de um castelo no alto de uma colina, umas poucas ruelas com casas medievais, um cemitério assustador colado ao nosso hostel (que havia sido uma igreja anos atrás) e um centrinho com pubs e algumas lojas.

Mas para quem gosta de viajar para lugares desconhecidos e com poucos turistas, assim como Winchester, na Inglaterra, o lugar é perfeito!

o tempo parou em Stirlng
o tempo parou em Stirlng

Fora toda a questão arquitetônica e sombria, Stirling foi palco de um importante capítulo da história escocesa. Foi ali, sob o comando de “Mel Gibson” William Wallace, que rolou a Battle of Stirling Bridge, ocasião em que os escoceses derrotaram o exército safado do rei Edward I. A pancadaria rolou em 11 de setembro de 1297 e foi uma das etapas da luta dos escoceses por sua independência.

William Wallace em um monumento erguido em sua homenagem
William Wallace em um monumento erguido em sua homenagem

O filme Coração Valente (1995) retrata um pouco dessa fascinante história que é um grande exemplo do quanto a liberdade é importante para quem não a possui. Nem mesmo quando estava prestes a ser decapitado Wallace abriu mão do seu maior sonho: a liberdade de seu país.

Vale assistir ao filme. O vídeo abaixo é a arrepiante cena final:

Após a decapitação, sua cabeça foi pendurada na London Bridge, como um sinal aos traidores e desordeiros. Pendurar cabeças na ponte, aliás, era tradição na Londres medieval.

Saber mais sobre a história da Escócia me fez valorizar muito mais aquele pequeno país, que tão pouco ouvimos falar. A luta deles pela liberdade é linda! Ok, sem mais viagens… minha colega de blog sempre briga comigo quando eu começo a devanear! =p

Se você tiver a oportunidade de ir a Escócia não deixe de visitar essa cidade. A Nah gostou muito de ~Edinbrá, mas pra mim conhecer Stirling foi muito mais marcante! Ou seja, você já tem aí dois bons motivos pra ir pro norte da ilha. No próximo post vamos falar sobre as Highlands, nossa última parada por lá.

Enquanto isso fique com algumas fotos de Stirling!

Stirling

entrada do hostel
entrada do hostel
jardim do hostel
jardim do hostel
prisão
prisão
que tal o clima de filme de terror?
que tal o clima de filme de terror?
não se escutava um suspiro na madrugada...
não se escutava um suspiro na madrugada…

 

Um fim de semana na Escócia: Parte I – Edimburgo

Hey, pessoal. Sentiram nossa falta?! =/

A semana passada foi bem corrida por aqui. Muito trabalho e planos para as próximas viagens, já que nosso visto termina em outubro e ainda não sabemos se conseguiremos voltar para cá depois. Por isso, temos que aproveitar ao máximo cada minuto.

Estivemos ausentes por esses motivos, mas agora que já está tudo planejado e organizado (logo teremos várias viagens para registrar por aqui) podemos voltar a nos dedicar a vocês. =)

Esse fim de semana estivemos na Escócia. Voltamos ontem e temos muitas coisas pra compartilhar aqui e para deixá-los com vontade de conhecer esse país maravilhoooso. Para começar, vou falar sobre Edimburgo (ou “Edimbrᔝ, como eles pronunciam “Edinburgh”) e sobre a viagem de ida para lá.

Indo de ônibus para a Escócia

Já falamos várias vezes sobre como somos adeptos das estradas para viagens curtinhas (esse e esse post são bons exemplos). Para mim, dá para curtir as paisagens e conhecer melhor os lugares do que quando vamos de avião e, ainda por cima, muitas vezes sai mais barato.

Dessa vez, pegamos um ônibus na estação de Hatton Cross e enfrentamos nove horas de chão até capital da Escócia (tá bom, admito, a viagem não era tão curtinha, mas valeu a pena!).

Como viajamos à  noite, não vimos muita coisa na estrada, mas quando já estávamos quase chegando eu consegui abrir os olhos por alguns instantes e vi que a paisagem era magnífica. Sério, o sol estava nascendo e a vista da janela do ônibus era demais. Umas montanhas daquelas de filme. Pena que esses instantes duraram pouco, porque eu realmente não consigo ficar acordada por muito tempo quando estou dentro de ônibus, avião, trem, etc. =/

Chegando lá, conhecemos nosso guia (fomos como convidados em um tour da Uk Study, assim como fomos pra Paris), um escocês chamado Reynold, que sabia muuuuuito de história, cultura da Escócia e que fez nosso fim de semana mais agradável! =)

Nossa primeira parada foi o o castelo de Edimburgo, mas ao longo da caminhada entre a estação de ônibus e o Castelo ele foi mostrando alguns dos pontos turísticos da cidade e contando curiosidades. Tudo de uma maneira muito divertida e cheia de informações interessantes.

Uma das primeiras imagens que vimos em Edimburgo foi a mais característica possível: um músico tocando gaita de fole e vestindo kilt*
Uma das primeiras imagens que vimos em Edimburgo foi a mais característica possível: um músico tocando gaita de fole e vestindo kilt*

*kilt é uma vestimenta utilizada pelos escoceses (homens) há milhaaares de anos. O Reynold explicou que a origem do kilt não é muito clara, mas que bem provavelmente ele começou a ser utilizado para facilitar a locomoção pelos planaltos escoceses (montanhosos, úmidos e cheios de riachos), já que de calças seria mais difícil percorrer esses trajetos, e também servia como cobertor – já que na época eles não começavam na cintura, mas no peito!

O Scott Monument foi erguido em homenagem ao escritor escocês Walter Scott, famoso por ser um dos criadores do romance histórico, um tipo de romance que mistura ficção e história. Confesso que fiquei admirada (POSITIVAMENTE) pela importância que os escoceses dão a um escritor. Bonito de se ver!
O Scott Monument foi erguido em homenagem ao escritor escocês Walter Scott, famoso por ser um dos criadores do romance histórico, um tipo de romance que mistura ficção e história. Confesso que fiquei admirada (POSITIVAMENTE) pela importância que os escoceses dão a um escritor. Bonito de se ver!

*Quer saber mais sobre o Scott Monument? Clique aqui. Sobre Walter Scott? Aqui.

Conhecendo Edimburgo a pé

Fomos até o castelo, demos uma circulada pela região e achamos que o investimento de £14  por cabeça para visitar o interior dele não valia a pena – o Reynold tinha falado que era legal, mas que não era imperdível. Como tínhamos apenas aquele dia na cidade, resolvemos seguir a pé para explorá-la.

PARÊNTESES: Hoje, porém, analisando a situação acho que devíamos ter entrado no Castelo. Ou seja, #ficadica: pense duas vezes antes de “economizar” algumas librinhas (ou eurinhos, reaizinhos…) e deixar de visitar uma atração com tanta história. 🙂

E Edimbrá é linda!!! Não é como qualquer cidade turística, cheia de coisas para visitar, mas tem uma beleza medieval que me encantou. Neste fim de semana estava rolando o Fringe (festival de arte da cidade) e a gente ainda pôde presenciar algumas apresentações bacanas. Vimos vários músicos com suas gaitas de fole, alguns “artistas” fazendo uns tipos de arte meio esquisita (veja a foto!!) para ganhar uns trocados e muitos “personagens” teatrais nos convidaram para ver suas peças.

Liberdade nobre? Com certeza! E os escoceses sabem muito bem disso. Já viu o filme Braveheart (Coração Valente)? Conta um pouco da história do país e faz com que essa frase, registrada em uma viela da cidade, faça todo o sentido.
Liberdade nobre? Com certeza! E os escoceses sabem muito bem disso. Já viu o filme Braveheart (Coração Valente)? Conta um pouco da história do país e faz com que essa frase, registrada em uma viela da cidade, faça todo o sentido.

Fringe

apresentaçãozinha particular. Bom demais!
apresentaçãozinha particular. Bom demais!
você entende? eu juro que não!
você entende? eu juro que não!

Mas o mais bacana veio no fim da nossa caminhada pelo centro…

Depois de observarmos tudo o que havia ao nosso redor avistamos uma colina que parecia trazer uma visão belíssima da cidade. Fomos até lá e descobrimos que estávamos aos pés do St. John’s Hill, uma montanha beeem alta e que tem uma trilha que leva ao topo.

Pegamos a trilha e subimos, subimos, subimos até chegar a uma altura que consideramos ideal – já que não tínhamos tempo e (eu) fôlego para continuar subindo! 🙂

Mas o ponto em que chegamos foi suficiente para nos fazer querer passar um tempão lá. Foram uns bons 40 minutos de uma boa conversa, muitos planos sendo traçados e admirando uma vista que para sempre ficará na nossa lembrança…

a subida não é das mais fáceis...
a subida não é das mais fáceis…

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A MELHOR parte de Edimburgo: a vista do St. John Hill. Vale muito a pena a caminhadinha!
A MELHOR parte de Edimburgo: a vista do St. John Hill. Vale muito a pena a caminhadinha!

O Reynold também tinha nos recomendado uma subida ao Calton Hill (esse sim famosos, clique aqui e confira) e foi o que fizemos no fim do nosso dia em Edimburgo. E, mais uma vez, foi sensacional. Mesmo com o frio, deu para curtir bastante a vista incrível da cidade.

No topo do Calton Hill a versão escocesa do Partenon de Atenas. :)
No topo do Calton Hill a versão escocesa do Partenon de Atenas. 🙂
breathtaking
breathtaking

Ou seja, Edimburgo é um luar muito legal para quem gosta de passeios para apreciar um lugar. É uma fuga das grandes metrópoles e dos principais pontos turísticos do mundo. Vale a visita, mas achamos que um dia é bom para curtir bem tudo. Gaste a sola do calçado andandoooo. Não tem por que pegar ônibus por lá. Caminhe e aprecie tudo de lindo que essa cidade tem a mostrar. 😉

Não pudemos conhecer a noite da cidade pois nosso hostel ficava em Stirling, uma cidade próxima a Edimburgo e sobre a qual falaremos aqui logo logo! 😉

Para terminar, mais algumas fotos para deixá-lo com vontade de conhecer essa cidade lindona. =)

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êdimbrá

 

Depois de que descemos do St. John's Hill, passamos de novo por esse parque onde várias crianças se divertiam muito naquela mini-piscina ali no meio. A cena era tão bonita que deu até vontade de ser criança pra se jogar ali - e olha que tava frio. :)
Depois de que descemos do St. John’s Hill, passamos de novo por esse parque onde várias crianças se divertiam muito naquela mini-piscina ali no meio. A cena era tão bonita que deu até vontade de ser criança pra se jogar ali – e olha que tava frio. 🙂
não é só em Londres que o povo curte lagartear nos gramados dos parques.
não é só em Londres que o povo curte lagartear nos gramados dos parques.

E aí, curtiu? 🙂

Beijos e até o próximo post,

Nah.

 

Algumas horas em Paris

a-tal-da-torre

Quando João e eu ainda nem éramos namorados (só peguetes! hehe) uma vez a gente assistiu um filme francês que se chamava “Dois dias em Paris”, ou algo do tipo. Era uma quarta-feira à  noite e eu estava matando aula na faculdade para ir à Cinemateca com o cara que eu sonhava que fosse meu namorado. =)

Tá, mas não é esse o assunto desse post e eu prometo parar com melação por aqui. Só falei disso porque naquele dia sonhei com um fim de semana em Paris com mon amour. E eu achei que ia realizar esse sonho no fim do mês passado. Mas não foi bem assim… =/

A viagem

A convite da UkStudy (que oferece viagens baratas e de curta duração, já que os estudantes precisam voltar para casa no domingo e estar de pé cedinho na segunda para ir à escola), participamos do tour de fim de semana deles a Paris – que normalmente custa £145,00 por pessoa – o que inclui passagens de ida e volta de ônibus e uma noite de hotel no Ibis.

Assim, na sexta-feira 23 de julho, às 19h daqui (15h do Brasil) estávamos na Victoria Station para encontrar o pessoal que ia com a gente.

A viagem não foi das mais fáceis. O banheiro do ônibus estava trancado e não seria aberto de jeito nenhum (o motorista fazia pequenas paradas ao longo do caminho) e as poltronas não eram as melhores do mundo. Mas deu pra dar uma dormida bacana até chegarmos no ferry boat onde todos tiveram que descer e se deliciar no free shop, nas lanchonetes e nos caça-níqueis por 1h30. SÉRIO, QUE DIVERSÃO! =D

De volta ao ônibus, faltava cerca de 300km pra Paris. O João resolveu tomar um vinhozinho enquanto lia um livro (eu estava dormindo, é claro) e… meia hora depois me acorda desesperado dizendo que precisava muito fazer xixi e que eu precisava pedir pro motorista a chave do banheiro. Eu ri da cara de desespero dele, porque rio quando fico nervosa, mas saí correndo pedir socorro. Implorei para o motorista abrir a porta e ele disse que era para o João ter paciência que pararíamos dali 10km. Dito e feito! Namorado aliviado, hora de voltar para a estrada! 😉

Parrí, Parrí

Chegamos em Paris e já era quase 11h de sábado. Como vocês viram aqui recentemente, ao invés de curtirmos a cidade corremos para Disneyland Paris, para passar o dia.

No caminho, vimos a Torre Eiffel e o comecinho da Champs-Élysées e só. O dia foi todo de Mickey Mouse e companhia – e foi demais!

Voltamos pra Paris perto da meia noite. Comemos um crepe de presunto e queijo, típico francês ,e fomos ver a torre iluminada. Aqui, pausa para os risos: há há há. Doce ilusão. Ela estava acesa quando paramos pra comprar o crepe. Quando chegamos perto dela tudo se apagou e foi-se embora o sonho de vê-la iluminada. =(

Antes de irmos para o hotel, porém, fomos para a Champs-Élysées e vimos o Arco do Triunfo iluminado. Liiindo!!!!

 

Apesar da cara de cansados (um dia de criança na Disney não é fácil. hehe), ver o Arco do Triunfo iluminado foi demais!
Apesar da cara de cansados (um dia de criança na Disney não é fácil. hehe), ver o Arco do Triunfo iluminado foi demais!

Eram quase 2h da matina quando deitamos no hotel… para acordar freneticamente às 10h atrasadíssimos para visitar o resto da cidade. =/

Só deu tempo de dar uma passadinha na Basílica de Sacré Coeur (maravilhosa, e com uma vista encantadora), no Louvre (para fotos turísticas, =/) e na Champs-Élysées – que estava lotaaada por causa da chegada do Le Tour de France (a principal corrida de bikes do mundo). Tínhamos que estar de volta ao hotel às 14h porque o ônibus saía esse horário. =(

Ah, mas é claro que paramos na tal da Ladurée, para provar os melhores macarons do mundo. E eles são absolutamente fantásticos. Uns sabores loucos e deliciosos e outros loucos e horrorosos, tipo um de flor que tinha gosto de purificador de ar de banheiro. Hahaha

Ficam as fotos de registro! 😉

As escadas que levam à  Sacré Coeur são de matar, maaas...
As escadas que levam à Sacré Coeur são de matar, maaas…
... a vista lá de cima (e o interior da Basílica, que é incrível!), compensam o esforço.
… a vista lá de cima (e o interior da Basílica, que é incrível!), compensam o esforço.
Nós passamos longe do glamour da mais famosa rua de Paris. Com a chegada dos ciclistas que competiram no Le Tour de France foi impossível ver as grifes famosas.
Nós passamos longe do glamour da mais famosa rua de Paris. Com a chegada dos ciclistas que competiram no Le Tour de France foi impossível ver as grifes famosas. Fica pra próxima (ou não).
Apesar da correria, não podíamos ir embora sem provar os tais macarons da Ladurée
Apesar da correria, não podíamos ir embora sem provar os tais macarons da Ladurée
e, gente, valeu a pena, hein? que coisa mais incrível!
e, gente, valeu a pena, hein? que coisa mais incrível!
Pelo tempo curto, a visita ao Louvre também teve que ficar para a próxima (esse com certeza temos que visitar com calma!), mas a foto foi feita. =/
Pelo tempo curto, a visita ao Louvre também teve que ficar para a próxima (esse com certeza temos que visitar com calma!), mas a foto foi feita. =/

Logo vamos pra Escócia. Prometemos nos planejar melhor, já que vamos novamente com a UKstudy para poder curtir de verdade Edimburgo. 😉

As trips da UKstudy

Concluímos que as trips tipo bate-volta da UKstudy valem a pena pelo preço e por você conhecer uma galera bacana. No entanto, se você tem tempo para curtir bem cada cidade que vai visitar essa não é a melhor opção, já que é preciso correr bastanteee para poder fazer tudo de legal que as cidades oferecem.

Se você quiser saber mais, clique aqui e confira todas as opções de tours da UkStudy.

Um beijo e até o próximo post,

Nah.

Disneyland Paris: toda a magia de Walt Disney World na Europa

Esse texto tinha que ser escrito a quatro mãos porque se eu (Nah) escrevesse sozinha muita gente com certeza ia dizer que eu “sou suspeita pra falar” – e eu até entendo, porque quem me conhece sabe que uma das minhas maiores paixões é a magia Disney e tudo o que a maior companhia de entretenimento do mundo produz. Até trabalhar lá eu trabalhei (quer saber como? Clique aqui e conheça o Walt Disney World International College Program).

Pensa na alegria da criança! :)
Pensa na alegria da criança! 🙂

Até pouco tempo, o João achava que eu exagerava quando falava de tudo isso, até porque eu costumo exagerar quando falo das minhas paixões. Mas, no sábado passado, ele viu que nada do que eu contava para ele era exagero. Certo, namorado?

Vamos aos poucos, namorada.

Antes, uma contextualização: não sou muito fã de parques de diversões, confesso. Não vejo graça em pagar pra sofrer em loopings de montanhas-russa ou em quedas no vazio dentro de elevadores em alta velocidade. Mas como a Disney é mais do que um sonho pra Nah eu não tive como fugir dessa. Além do mais, imaginava mesmo que seria legal, afinal, havia de ter algo muito especial nesse parque para tê-lo tornado um império da magia.

Pra te ajudar a entrar no clima dê o play no vídeo abaixo e deixe o som rolando de fundo enquanto lê!


Mas o João não se apaixonou logo de cara pelo que viu. =/

Compramos nossos ingressos antecipadamente, pelo site da Disneyland Paris, e compramos para os dois parques: o Disneyland Park e o Walt Disney Studios Park. Como eu vi que o segundo era menor e que fechava antes, decidimos que nossa primeira parada seria lá. E o passeio de mais ou menos duas horas por lá não agradou muito meu excelentíssimo.

Não esperava menos da Disney que comprar um experiência inesquecível, afinal é isso o que o marketing deles vende e é isso que escuto desde que conheço a ex-colaboradora do Mickey Mouse. Devido a essa expectativa, o Studios Park foi bem frustrante. Excluindo o glamour da marca Disney, pouco vi de diferente com relação ao que vi no Beto Carrero, por exemplo.

As duas principais atrações do primeiro parque que visitamos: a Tower of Terror (o elevador que despenca) e a Rock 'n' Roller Coaster, montanha russa "do Aerosmith"
As duas principais atrações do primeiro parque que visitamos: a Tower of Terror (o elevador que despenca) e a Rock ‘n’ Roller Coaster, montanha russa “do Aerosmith”

E pior que eu concordo com o João. O parque não tinha a magia que eu estava acostumada a ver. A principal montanha-russa, inspirada na Rock ‘n’ Roller Coaster, do Studios de Orlando, não era tão legal quanto a original. Ao invés das palmeiras de Los Angeles, apenas uma escuridão “sem sentido” e, é claro, a música do Aerosmith de fundo. Além disso, a atração que parecia maaaais legal, o novo brinquedo do Procurando Nemo, tinha filas intermináveis e não dava a opção de fast pass. :'(

Assim, fomos apenas em alguns dos brinquedos de lá, como Armageddon e Studio Tram Tour, e nos mandamos pra o Disneyland Park. E aí o João conheceu a verdadeira magia Disney.

entrada para o mundo da magia e do encantamento. hihi
entrada para o mundo da magia e do encantamento. hihi

De fato! O parque é incrível. Impossível não fazer uma viagem no tempo e lembrar dos tempos em que assistia Bernardo & Bianca, Duck Tales e Tico e Teco certo de que não existia nada melhor no mundo do que ver aqueles desenhos incríveis. Ou quando meu pai contava histórias daquele livros da Disney que trazia um conto por dia, distribuídos em quatro edições que correspondiam às quatro estações.

A magia se dá logo que você entra e avista, de longe, o castelo da Bela Adormecida.

castle
castle

E depois dessa primeira visão é IMPOSS͍VEL não voltar a ser criança. A gente teve um sábado encantado. Claro que fomos nos brinquedos de adulto (como a Space Mountain, uma montanha-russa em que você viaja pelo espaço bordo de uma super nave), mas também fomos, com muito orgulho e um baita sorriso no rosto, no brinquedo da Branca de Neve, no do Pinóquio e no It’s a Small World, que me lembra MUUUUITO minha infância porque toca uma música que meus pais cantavam pra mim quando eu era ainda menor do que sou hoje… “Há um mundo bem melhor, todo feito pra você, é um mundo pequenino que a ternura fez…”. Pausa para o momento família: gosto muito! <3

o mundo é pequeno pra caramba
o mundo é pequeno pra caramba
aqui você embarca em um carrinho com o nome de um dos anões e passeia por uma das mais clássicas histórias da Disney
aqui você embarca em um carrinho com o nome de um dos anões e passeia por uma das mais clássicas histórias da Disney
joão e sua plantinha
joão e sua plantinha

Em um momento, uma mãe perguntou para os filhos: querem ir comer? Eles, todo empolgados: sim, sorvete! Não, crianças. Estou falando do almoço. Tá bom, mãe. Pipoca! =D

Tem como dizer não a um pedido desses? A Nah resumiu bem. A Disney faz qualquer um voltar a ser criança e não se preocupar com mais nada a não ser em brincar e ser feliz. Peter Pan sintetizou durante a parada que assistimos: “vamos, Wendy. Está na hora de fazer nossos sonhos virarem realidade”.

a turma do Peter Pan trouxe Londres na bagagem
a turma do Peter Pan trouxe Londres na bagagem

E foi durante a parada que eu ganhei todo o meu dia. Ali vi que o meu amor tinha gostado da minha paixão. hehe. O João tirava fotos dos personagens com o mesmo olhar de encantamento que qualquer pessoa que vai à Disney tem. Não importa idade, sexo, nacionalidade… todo mundo se encanta por aquilo tudo.

minha princesa preferida!
minha princesa preferida!
chefes em ação
chefes em ação

É lindo ver os pais acompanhando os filhos, as crianças empolgadas para tirar foto com as princesas (eu só não tirei porque as filas estavam enormes) e o cuidado que todos têm para que você saia de lá tendo curtido ao máximo a sua visita.

um mundo ideal
um mundo ideal

A gente curtiu tanto que ficamos até o fechamento do parque, às 23h, com o fim do show de fogos, que é espetacular.

magia infinita: show de encerramento que se repete todos os dias
magia infinita: show de encerramento que se repete todos os dias

Não senhora, o show de fogos não é tããão espetacular assim. Ficou longe de superar o Green Hell do nosso glorioso verdão. Mas de resto é tudo perfeito. Os brinquedos, as ruas, os personagens, a trilha musical no parque todo – ah se a vida real tivesse música ambiente!

Saí de lá com a certeza de que todas as crianças do mundo devem visitar a Disney. E devem levar seus pais, tios e avós!

até a próxima!
até a próxima!
realeza unida
realeza unida

Serviço

Como dissemos no texto, os ingressos podem ser comprados antecipadamente pela internet. Nós pagamos 51 libras (cada um) para curtir um dia nos dois parques. Porém, existem diversos preços, que dão opções diferentes, como: ingresso só para um parque e ingresso para os dois parques, de quatro dias. Acessando http://www.disneylandparis.co.uk/ você confere todas as opções.

Lá dentro, a comida é cara, mas os restaurantes são convidativos (cada um com um tema diferente, e super produzido) e é bem provável que você queira comer em alguns deles. Porém, se a ideia é não gastar muito, levar um lanchinho pode ser uma saída! 😉

Por último, se você quiser fazer umas comprinhas extras para as crianças da família (a gente comprou uma barbie Branca de Neve liiiinda pra nossa sobrinha amada), as opções são milhaaaares. Por isso, entre em todas as esquinas possíveis. =)

Enfim, um dia nos parques da Disney que ficam na região de Paris é algo que vale muito a pena. Nós amamos e recomendamos!

Como chegar

Estando em Paris, pegue o RER A (linha vermelha) em alguma dessas estações: Charles de Gaulle Etoile, Auber, Chatelet Les Halles, Gare de Lyon ou Nation e vá até a última estação de uma das pontas; a Marne le Vallee. No mapinha diz que lá estão os parques. É bem fácil! =)

Um beijo e muiiiiito pixie dust pra você,
Nah e João.

Ps: Não conhece o Green Hell do Coritiba? É de arrepiar!!!!

Viajando na Inglaterra com (muito) pouco dinheiro

*Informações de 2010. Atualização em breve. 

João e eu amamos viajar. Tá, frase besta e clichê, eu sei, mas é verdade, uai. Desde o começo do nosso relacionamento a estrada foi uma das nossas maiores companheiras. Começamos pegando BR 277 uma vez por mês para passar o fim de semana na praia (indo na sexta depois do expediente e voltando na segunda antes do expediente!). Depois, pegamos a 376 para o litoral catarinense. Aí, resolvemos passar mais tempo na estrada e fomos para Buenos Aires… De ônibus. Não preciso dizer mais nada, né?

Lá se foram belos dois anos e seis meses desde o começo de todas essas aventuras… =)

E essa nossa paixão por estradas continua por aqui. Como vocês viram, já fomos para Oxford, Stonehenge, Winchester e Amsterdam por terra, não por céu. E se depender das promoções que as companhias de trem e de ônibus da Inglaterra andam fazendo a gente vai continuar utilizando as highways (ou motorways, como eles chamam aqui) para conhecer o que há de melhor por esses lados do mundo.

Duvida? Confira então as duas promoções que estão rolando no momento e que podem ser bem úteis se você estiver desembarcando em Londres nos próximos dias ou semanas.

trem

Promoção para portadores de Oyster Card

Como já falamos aqui, o Oyster Card é um fiel companheiro de grande parte dos Londoners e de milhares dos imigrantes que moram aqui. Com ele, você se locomove com mais facilidade pela cidade e ainda tem a chance de conseguir descontos exclusivos.

A promoção que vou contar hoje já está quase chegando ao fim (e eu peço desculpas pelo atraso), mas como ela é muito interessante e pode se encaixar para você que está aqui de hoje a domingo acho que é válido falar sobre ela.

Até 25 de julho (próximo domingo), é possível ir de trem para vários lugares interessantes pagando bem pouco. Olha só:

Ida e volta por:

£5: Brighton, Bognor Regis, Eastbourne, Littlehampton ou Southend-on-Sea.
£5: Arundel, Chichester, Dorking ou Windsor.
£10: Oxford ou Cambridge.
£15: Salisbury, Stratford-upon-Avon ou Winchester .
£15: Birmingham, Liverpool ou Southampton.
£20: Bournemouth, Bristol, Cardiff ou Norwich.

Pode ser que você não conheça boa parte destes destinos, mas eu garanto: a maioria é MUITO cobiçada por quem mora aqui; e vale a pena a visita. Tá de bobeira por aqui até domingo? Dá uma googleada nesses cantos do mundo e escolhe um. Tenho certeza que você não vai se arrepender. Ah, só não se esqueça de que é preciso ter Oyster para poder comprar essas passagens baratinhas! 😉

Todos os detalhes da promoção você encontra aqui.

National Express e a promoção dos sonhos

Fomos e voltamos de Oxford de busão. E na volta ainda trouxemos uns miminhos britânicos. :)
Fomos e voltamos de Oxford de busão. E na volta ainda trouxemos uns miminhos britânicos. 🙂

Mas a promoção mais quente do momento é a da National Express ônibus. As passagens para milhares de destinos estão muito baratas, e a princípio (de acordo com o site), a promoção vai até outubro! =)

Selecionei alguns dos destinos mais conhecidos para você ter uma ideia do que pode encontrar, mas minha dica é: fuce todas as opções (locais e datas; de hoje até outubro). Existem destinos que vão barateando ao longo do período da promoção e que você com certeza vai querer visitar.

Preço de cada passagem (não ida e volta; só ida):

Londres – Liverpool (a terra dos Beatles): £4
Londres – Bournemouth (uma praia que estamos loucos para conhecer): £4
Londres – Cambridge: £3

Londres – Cardiff: £2 e £3
Londres – Manchester: £3 e £4

E as passagens de volta são quase sempre o mesmo preço. Bom, não?

Como eu disse, essa promoção parece se estender até outubro. Como pode ser que as passagens esgotem, sugiro que você escolha seus destinos e compra antecipadamente, porque não dá para perder, né?

Ah, e para comprar as passagens desta promoção não é preciso ter Oyster nem nada! 😉

Para conferir mais destinos, clique aqui.

Mas se você dispensa horas dentro de um trem ou de um ônibus, releia “Viajando barato pela Europa – dicas e cuidados”, onde falamos sobre viagens de avião pela Europa.

Boa viagem!

Um beijo e até o próximo post,

Natasha.

Amsterdam: o movimento Provos, a origem da liberdade e algumas fotos

Lembrei hoje que fiquei devendo um artigo sobre a nossa viagem para Amsterdam. A Nah havia falado sobre o hostel que ficamos e sobre a sensacional Heineken Experience. Mas nada foi dito sobre a cidade em si.

Talvez por receio de cair no clichê: “sexo, drogas e bicicletas”, deixamos passar. Mas hoje estava vendo as fotos da viagem e a vontade de escrever logo veio.

Amsterdam é mesmo tudo o que você sempre ouviu falar. Terra da liberdade, das prostitutas, da maconha, das bicicletas, do Van Gogh Museum e dos canais.

van gogh museum. Um "must see" e tanto!
van gogh museum. Um “must see” e tanto!

Mas também é o berço de um importante, porém pouco conhecido movimento anarquista, que mais tarde seria o responsável direto por fazer de Amsterdam o que ela é hoje: os Provos.

” Não podemos convencer as massas, e talvez sequer nos interesse fazer isso. O que podemos esperar deste bando de apáticas, indolentes, tolas baratas? É mais fácil o sol surgir no oeste do que eclodir uma revolução nos Países Baixos (…) O homem médio é um comedor de repolhos, improdutivo, não-criativo, emotivo. Alguém que se diverte fazendo fila nos guichês”.

O trecho foi retirado da primeira edição da revista “Provo”. Está publicado em um artigo que achei na rede escrito pela jornalista Joana Coccarelli, que mais tarde, descobri ser uma grande conhecedora da história e da cultura de Amsterdam. Links ao final do texto.

Uma outra frase da revista que Joana publicou é incrível. Demonstra o desejo do grupo de lutar contra o sistema, mesmo convictos que, cedo ou tarde, fracassariam. “Provo tem consciência de que no final perderá, mas não pode deixar escapar a ocasião de cumprir ao menos uma quinquagésima e sincera tentativa de provocar a sociedade”.

Achei demais! Um tanto quanto uma versão positiva do trocadilho “os meios justificam os fins”. Por que não fazer pelo simples fato de saber que sua ação causou um impacto? Cedo ou tarde esquecido, convenhamos… mas foi algo. Uma tentativa de mudar o que não estava de acordo com o que acreditava.

O humor, a criatividade e o sarcasmo eram as marcas registradas do grupo, que protestava contra a nicotina ao mesmo tempo em que propagava seu desejo em legalizar a maconha.

De acordo com Coccarelli, em 1964 foi lançado o Marihu Project, um plano para reivindicar a legalização da maconha – os Provos viam o cigarro como uma droga liberada – e zoar com a polícia. “Espalharam por Amsterdam centenas de maços pintados à  mão com desenhos fluorescentes, contendo baseados feitos com folhas secas catadas dos parques, algas, palha, pedaços de cortiça e também, naturalmente, a boa e velha cannabis. Concomitantemente, fazem circular cartas com as regras do jogo: ‘Cada um pode fabricar sua Marihu. Cada qual pode criar suas próprias regras, ou omiti-las'”, explica a jornalista.

Uma das formas que encontraram para abrir a discussão sobre a cannabis foi o jogo Marihuettegame. O objetivo era pregar peças na polícia, atraindo-os para supostos locais de venda e consumo da droga. Para isso eles próprios denunciavam o que, na verdade, era chá, comida de gato e especiarias reunidos em um local suspeito. Nada de maconha.

you got me working, working...
you got me working, working…

Ganhava-se pontos quando os participantes eram pegos pela polícia fumando alucinógenos como…….. orégano.

Um dos co-fundadores do Provos, Robert Jasper Grootveld (tão roots que só possui link na wikipedia em holandês), detalhou um episódio épico de Marihuettegame à revista HighTimes, de janeiro de 1990:

“Um dia um grupo de nós viajou de ônibus para a Bélgica. É claro que eu havia informado meu amigo Howeling (um policial) que alguns elementos poderiam estar levando maconha. Em alguma parte da viagem os policiais estavam esperando por nós. Seguidos pela imprensa, nós fomos tirados do ônibus para que uma varredura fosse feita. Pobres policiais… tudo o que eles encontraram foi comida para cães e algumas ervas legais. ‘Maconha é comida de gato’, tiraram sarro os jornais no dia seguinte. Depois disso, os policiais decidiram parar de nos perseguir, temendo cometer mais atos estúpidos”.

A história completa dos Provos foi registrada no livro Provos – Amsterdam e o Nascimento da Contracultura, de Matteo Guarnaccia. Uma das poucas bibliografias sobre os malucos no mundo – quase raro no Brasil pelo que percebi em pesquisa rápida.

O motivo de pouco sabermos sobre eles é porque sua atuação ficou muito restrita aos Países Baixos, exceto por algumas aventuras sem muita repercussão em outros países europeus.

Para não abandonarmos nossa querida Londres é legal dizer que os membros dos Provos estiveram aqui e se envolveram com o meio artístico. A doidona Marijeke Koger foi responsável por desenhar os figurinos de Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.

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Provos foi isso e muito mais.

Em pouco mais de uma hora lendo sobre os caras deu pra se interessar cada vez mais pelo livro de Guarnaccia. Entrou pra interminável lista de leituras pendentes.

Mais do que anarquistas, maconheiros e libertários, os Provos também foram responsáveis por transformar a bicicleta no símbolo que hoje ela é na Holanda e por tentar derrubar a indústria do tabaco. Se quiser saber mais, têm umas sugestões de leitura lá embaixo.

Bom, eu havia ficado devendo um post sobre Amsterdam e, pelo que escrevi, quase descumpri meu objetivo. A princípio ia só falar um pouco sobre os caras, mas à medida que fui lendo sobre senti que eles mereciam uma atenção maior. Acho que o viajante consegue se envolver muito mais com a cidade que visita quando lê previamente sobre sua história, cultura e fatos marcantes.

Pra não deixar você na mão quanto Amsterdam pura e simplesmente, fique com algumas viagens fotográficas “made in Holland”.

ainda no trem, a caminho de Amsterdam
ainda no trem, a caminho de Amsterdam
esse carrinho contava com um som poderoso e levava barris de chopp no meio. Só anda se todos pedalarem
esse carrinho contava com um som poderoso e levava barris de chopp no meio. Só anda se todos pedalarem
o clichê
o clichê
muitas ruas são assim
muitas ruas são assim
a alta gastronomia
a alta gastronomia o red light district
o vondelpark
o vondelpark
a arquitetura
a arquitetura
as bicicletas
as bicicletas
dia d
dia d
saunday morning
saunday morning
não podia faltar um desses
não podia faltar um desses
vespas e lambretas não faltam
vespas e lambretas não faltam

Pra encerrar o assunto sobre os Provos, independente dos ideais que os caras acreditavam – que podem não ser os mais corretos para muitos – eles são um exemplo para todos nós, acomodados diante de nossos próprios pesares e lamentações.

Dão um tapa na cara de quem tá dormindo no sofá enquanto a vida passa. Quem sabe eles não nos inspiram a levantar a bunda do sofá pra lutar por alguma causa?!

Mais sobre Amsterdam

Se você quiser ler algo que retrate o lado “verde” de Amsterdam em um estilo mais “jornalão que não quer se comprometer”, leia essa matéria da Folha. Tá tudo ali de forma objetiva e com cara de “fui, mas só fiquei olhando”.

Agora, se você quer uma versão mais nua e crua, não deixe de ler este artigo da Joana Coccarelli.

Mais sobre os Provos

Matéria da revista High Times

A contracultura é laranja fluorescente – por Joana Coccarelli

A rebeldia nasceu na Holanda – por Joana Coccarelli

Resenha do livro Provos – Amsterdam e o nascimento da contracultura

Road trip 2: almoço em Andover e a espetacular Winchester

Como prometido, vou voltar a falar sobre a road trip para Stonehenge.

Saímos de Londres com esse destino em mente, mas abertos e decididos a parar em outras cidades no caminho de volta. Qual? Ainda não sabíamos. Apenas levamos um guia para nos ajudar na escolha.

Nada melhor do que viajar sem um destino definido. As melhores viagens são as do tipo, “vira aqui que parece legal”!

Nosso espírito era esse. Depois de conhecermos Stonehenge rumamos na direção de Londres com a intenção de parar em Andover para comer um fish and chips num pub tradicional.

Antes disso uma breve pausa pra comprar uma caixa de morangos na beira da estrada. Vale dizer que o morango inglês é incrível. Suculento e deveras saboroso.

strawberry fields forever
strawberry fields forever

Andover

Logo chegamos em Andover. Mais uma cidade pitoresca com raízes seculares e população de 52 mil habitantes. Paramos o carro e logo vimos o mapa da cidade. Em 15 minutos seria possível percorrer toda a região central. “Ótimo”, pensamos. Demos uma volta e vimos jovens nas praças, casais passeando, uma antiga igreja e tudo mais que caracteriza uma cidade interiorana.

dá um quadro, não?
dá um quadro, não?
a vida acontecendo
a vida acontecendo
a igreja da cidade
a igreja da cidade

Uma coisa que achei muito legal é que por mais que seja uma cidadezinha, Andover conta com algumas grandes redes de supermercados que existem em Londres além de algumas importantes lojas da capital. Ou seja, não falta infraestrutura aos moradores.

Após o passeio fomos para um pub tomar uma pint (eu fiquei só com uma taça de vinho, pois estava dirigindo e aqui a lei funciona) e almoçar. Foi ali que apresentamos a maior especialidade da gastronomia britânica – peixe empanado com batata frita, ou fish and chips – à  Nica e ao Leo. É um prato simples, mas muito gostoso, principalmente quando você come em um pub secular. Tudo pela experiência.

trip mates
trip mates
curiosidade: nos pubs você precisa pedir e retirar sua bebida no balcão
curiosidade: nos pubs você precisa pedir e retirar sua bebida no balcão

Winchester

Já almoçados e tendo dado aquele tempo pra recuperar a energia pós-almoço pegamos a estrada novamente. O destino seria Winchester, uma cidade localizada em Wessex, sul da Inglaterra. Achamos no guia e nos pareceu bem interessante. Nela está nada menos do que a Távola Redonda, do Rei Artur. Infelizmente, sem fotos. Logo explico.

imagine que a peste negra já matou muita gente nessa ruela...
imagine que a peste negra já matou muita gente nessa ruela…

A história conta que a Távola foi construída no século XIII, idealizada pelo próprio Artur, que não queria que nenhum cavaleiro se considerasse mais importante que o outro. Daí o formato circular. Nos encontros todos ficavam em volta dela em posição de igualdade.

os manos da mesa esférica reunidos
os manos da mesa esférica reunidos

Já a lenda diz que ela foi criada pelo mago Merlin. Enfim, as histórias são diversas e o tema é interessante pra ir além e procurar saber mais.

Infelizmente não conseguimos entrar no castelo onde está a Távola pois já se passavam das 17h e, como boa cidade do interior que é, não existia nada aberto a essa hora.

Mas isso não foi problema, pois Winchester é uma cidade muito mais do que incrível. Sua arquitetura remete aos séculos XI, XII, XIII… Cada esquina que virávamos era uma surpresa. Foi como estar presente em um dos filmes do Monty Phyton.

deu muita vontade de morar numa dessas
deu muita vontade de morar numa dessas

Tudo era incrível… as casas com teto de feno castigado pelo tempo, as ruelas que por lá passavam carruagens levando especiarias ou vítimas da peste bubônica, o castelo que abrigou os Cavaleiros da Távola Redonda, o pub mais bonito que já entramos desde que chegamos no UK, o romântico canal que cruza a cidade, a ruína do século III a.C, que preserva um traço da cidade no período do Império Romano… tudo!

caminhada pelo canal da cidade
caminhada pelo canal da cidade
vale mais que mil palavras
vale mais que mil palavras
resquícios dos tempos sombrios
resquícios dos tempos sombrios
"deixar passar, sem perceber..." - duff's
“deixar passar, sem perceber…” – duff’s
início do canal
início do canal
marchando
marchando
british life
british life

pan

 

viagem no tempo
viagem no tempo
a Bournemouth Symphony Orchestra estava tocando lá
a Bournemouth Symphony Orchestra estava tocando lá

 

 

ruínas do castelo local
ruínas do castelo local
império romano
império romano

Perfeito! E melhor, longe dos olhares dos turistas. Pela primeira vez desde que estamos aqui as pessoas nos olhavam espantadas por estarem ouvindo um idioma diferente.

Winchester é tudo isso e muito mais!

Saímos de lá certos de que conhecemos um dos lugares mais incríveis da Inglaterra e que a trip valeu, e valeu muito.

Depois disso foi só voltar pra Londres, se perder um pouco antes de achar o caminho de casa, tomar um banho e relaxar com umas cervejas em casa.