Será mesmo que é (só) coragem?

Há algum tempo eu comecei a questionar um rótulo que algumas pessoas me deram: o de corajosa.

Não é que eu não gostasse de ser considerada corajosa (eu sei que é um elogio, gente, não vou problematizar :), eu simplesmente não conseguia ver coragem nas minhas atitudes ou nas minhas decisões. Para mim, era outra coisa (afinal, não estava sendo considerada corajosa porque estava pulando de bungee jump ou coisa do tipo). Mas eu não sabia explicar exatamente o que era…

Esta semana, assistindo à Moana, o novo filme da Disney (que eu recomendo pras crianças de todas as idades – sim, pra você também!), eu finalmente entendi.

pedal monterey carmel - 17 mile drive
Pedal na Califórnia. Essa aí é a 17 mile drive, estrada que conecta, dentre outras cidades, as belíssimas Monterey e Carmel

“Tem mais peixes depois do recife”

Resumo da história (sem spoiler, juro): Pensando em encontrar uma solução para um problema que os habitantes da sua ilha enfrentavam (os peixes começaram a “sumir” e os frutos estavam apodrecendo), Moana resolveu que tinha chegado a hora de desafiar uma antiga norma que dizia que não se podia ir além dos recifes de corais que “cercavam” sua ilha. O motivo? Simples: havia mais peixes pro lado de lá daquela “barreira”, oras. E não era isso que eles buscavam?

–> Não sabe quem é a Moana? Dá o play no vídeo abaixo e assiste o clipe prestando a atenção na letra. Você vai ver como essa menina é incrível! :)

Isso mexeu comigo. É isso aí, Moana. Não é (só) coragem.

É a certeza de que o que tem “além do recife” (do portão de casa, da rotina de trabalho, das fronteiras do nosso país) vale o esforço, o sonho, o trabalho. Ninguém disse que ia ser fácil, disse?

guarda do embau - santa catarina
Guarda do Embaú – Santa Catarina

É o sentimento de que o que está no coração precisa ser colocado para fora (ela sonhava em velejar pra lá do recife desde pequena), precisa ser vivido.

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Golden Gate – São Francisco (Califórnia)

É a sensação de que se for para viver, que seja por inteiro.

mammola - italia
Pausa para uma história rápida: em 2012, na Itália, a gente saiu da minúscula Mammola de carona com o dono da pousadinha em que estávamos hospedados e, na hora de voltar, descobrimos que não tinha mais ônibus pra lá. O jeito foi apelar para a plaquinha improvisada e esperar pela bondade de alguém que pudesse nos dar uma carona. Depois de muitos minutos de tensão, uma alma caridosa apareceu para nos ajudar! \o/

É ser um pouco teimoso, sim, e não descansar até conseguir resolver um problema/realizar um sonho – mesmo que para isso seja preciso sair da sua zona de conforto – aliás, quase sempre a resposta para grandes dilemas está fora do ninho quentinho!

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Dry Creek Valley, uma das regiões vinicultoras da Califórnia

Tem coragem nisso tudo? Tem sim, claro. Mas não tem coragem. Essa receita aí tem um montão de outros ingredientes poderosos (e motivacionais, por que não?).

Se não é coragem, o que é, então?

Ios - Greece
Ios, Grécia

Tem muito a ver com aquele papo de sorte, trabalho e realização de sonhos que já falei aqui, lembra?

Tanto sorte quanto coragem são fatores sobre os quais temos pouco (ou nenhum) controle. Muitas vezes, ou se é corajoso ou não; e sobre sorte não preciso nem falar, né? Portanto, apontar qualquer um deles como fator principal para uma conquista (sua ou de outra pessoa) chega a ser injusto. É como pensar que se você não tem coragem (ou sorte), não pode fazer o que fulano, o cara mais corajoso/sortudo do mundo, faz. Definitivamente, não é bem assim.

É muito mais fácil você conseguir o que deseja tendo baixo nível de coragem, mas alto nível de planejamento, preparação, resiliência, persistência e vontade de fazer acontecer do que o contrário.

Da mesma forma, muito mais do que sorte, é o trabalho e a dedicação que fazem diferença de verdade na realização de um sonho.

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As horas de trabalho em hotéis espalhados pelo trajeto da nossa viagem de carro pela Califórnia que o digam. O sol lá fora e as mil atrações ainda não visitadas pediam que a gente saísse, mas era o trabalho que permitia que aquilo fosse possível, então o esforço de terminar um artigo para um cliente antes de deixar o quarto do hotel não era apenas inevitável, era um motivo de alegria!

É claro que no meio de tudo isso tem aspectos ainda mais incontroláveis – como ser mais ou menos privilegiado na sociedade em que vivemos -, mas a questão aqui é que, às vezes, o “perigo” que você acha que alguém superou na verdade está apenas na sua visão sobre ele. Para aquela pessoa, pode ser que fosse apenas mais um pedaço do caminho. Ou, então, uma dificuldade normal que se supera com a ajuda de tudo que falamos aqui.

E pode ser assim pra você também. Claro que pode! “Pesar a mão” nos outros ingredientes dessa receita pode ser o primeiro passo.

Que tal tentar? Tem mais peixes depois do recife! ;)

–> E aí, você concorda comigo? Qual sua opinião sobre tudo isso? Conta pra mim! ;)

É muito fácil encontrar desculpas para não fazer as coisas. Achar motivos para deixar para amanhã ou deixá-las como estão. É fácil cruzar os braços e ficar esperando soluções de algum lugar fora daqui. Sorte? Você é que constrói suas oportunidades. Novos caminhos não vão aparecer pela sorte.

Amyr Klink, em Não há tempo a perder

A vez em que eu pedalei 500 km entre o Natal e o Ano Novo

Em 2009, um inglês chamado Graeme Raeburn quis aproveitar o tempo livre entre o Natal e o Ano Novo para viver como um ciclista profissional. Ele se desafiou a pedalar 1.000 km entre os dias 24 e 31, ano em que a Inglaterra teve um inverno congelante – nas palavras dele: “não temos muitos natais com neve, mas 2009 foi um deles.” 

O motivo para realizar a missão?

“Apenas porque pensei ser uma distância razoável”, conta o ciclista. Graeme completou o desafio, mas ao final, sentiu que era uma distância desnecessária, antissocial e mais punitiva do que festiva.

Ele trabalha como designer na Rapha, uma marca inglesa que em 2004 iniciou sua história produzindo roupas e acessórios para ciclistas, mas que hoje, mais do que uma marca, é uma comunidade global de apaixonados pelo ciclismo de estrada.

Como especialista em marketing de conteúdo, tenho o trabalho deles como referência. As histórias que a Rapha escreve e compartilha são lindas, bem como a forma como envolve sua comunidade nos quatro cantos do mundo e cria produtos e serviços que vão desde meias, passam por cafeterias, clubes e viagens épicas. Se você gosta de estudar marcas, posicionamento, branding, conteúdo e empreendedorismo, assista The Rafa Why.

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Nascia uma tradição

Foram os insanos 1.000km de Graeme e uma cultura empresarial que entende, vive e respira sua comunidade que inspiraram a marca a criar, em 2010, o Rapha Festive 500, um desafio anual cujo objetivo é “reunir” ciclistas do mundo todo e motivá-los a concluir a metade dos km de Graeme no mesmo período, distância que, segundo os idealizadores do #Festive500, foi considerada “mais alinhada com o que alguns profissionais, de fato, fazem e mais sensata, mais atrativa/realizável”.

Empatia é fundamental

No primeiro ano apenas 94 ciclistas participaram. Mas não demorou para o charme do evento, o desejo de superar um desafio numa época atípica e o marketing da Rapha transformarem o giro de fim de ano em uma tradição seguida por milhares de ciclistas em todo o planeta.

Em 2016 foram 82.374 mil inscritos. Nem todos concluíram, é verdade, mas isso é o que menos importa. Os dados completos do desafio do ano passado ainda não saíram, mas em 2015, de 72 mil inscritos, pouco mais de 13 mil finalizaram. 

Rodar 500 km em oito dias significa manter uma média de 62,5 km por dia, durante os oito dias. Algo desafiador, mas administrável para quem tem uma rodagem no esporte.

ciclismo de longa distância

Eu estive entre eles

Estou longe de ser um atleta que compete em alto nível, mas tenho um bom ritmo de pedal. Participei de dezenas de provas de mountain bike com distâncias entre 30 km e 60 km nos últimos seis anos e, em 2016, concluí duas provas de estrada memoráveis de 200 km, organizadas pelo Audax Curitiba.

Mas mesmo tendo uma quilometragem razoável no currículo, honestamente não achava que conseguiria atingir a meta. Eu nunca havia pedalado tanto por tantos dias seguidos antes. Isso, somado ao fato de que que tinha Natal e fim do ano velho no meio de tudo, me deixou na defensiva. Eu sabia que teriam que ser sete, talvez seis dias de bike. Ainda assim, decidi me desafiar.

Era algo que eu precisava e que fazia parte de um projeto pessoal de ser um melhor realizador do que idealizador. Tenho um péssimo hábito de ter muitas ideias para projetos, mas acabo largando muita coisa pelo caminho. Isso tem me incomodado muito ultimamente. Concluir o Festive 500 era, portanto, uma etapa importante desse plano de mudança/evolução.

O esporte ensina muito sobre a vida e nos faz mais fortes mentalmente

Essa aventura especificamente, que foi dura na mesma proporção que foi gratificante, me ensinou bastante. E sobre diversos “temas”: como lidar com a dor, planejamento, os benefícios práticos e diretos de uma alimentação equilibrada, foco, sonhos, corpo, mente e vida. Aprendi, também, sobre porque fazer loucuras é fundamental para manter a sanidade.

Resumindo, foi uma “viagem” de autoconhecimento.

mountain bike - desafio dos rochas
Desafio dos Rochas, prova que acontece anualmente no entorno de Pomerode-SC, cidade que faz parte do Vale Europeu

Quer saber o que eu aprendi e, claro, se eu consegui concluir os 500 km?

Eu registrei todos os dias que saí pra pedalar com a GoPro. Ao fim, editei um documentário com o resumo da jornada.

E hoje quero compartilhar essa história com você. Espero que goste e que, de alguma forma, o vídeo te inspire. Não falo só sobre o pedal, mas também sobre coisas que acredito e revelo uma grande novidade do blog. Dá o play: 

Feliz Ano Novo. Que em 2017 você tenha muita saúde e motivos pra sorrir.

P.S: Deixa um comentário aqui ou no YouTube dizendo o que achou do vídeo? Seu feedback é fundamental pra gente encontrar a melhor forma de compartilhar nossas histórias com você.  

Quer ler mais histórias sobre ciclismo, cicloturismo e viagens?

Dois meses na Califórnia em fotos e relatos

Estamos quase no fim de uma viagem de 60 e tantos dias pela Califórnia. É hora de colocar uma trilha sonora legal no Spotify (Greg Graffin rolando aqui), rever as mais de quatro mil fotos feitas ao longo de uma viagem que há anos sonhávamos em fazer – de minha parte, eu diria que há pelo menos 15, muito inspirado pela cultura do punk rock/hardcore californiano que me acompanhou em toda minha adolescência – e continua presente. Inclusive, no último sábado, pegamos um show épico que reuniu NOFX, Bad Religion, Goldfinger e Reel Big Fish. Foi louco!

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Padrão de cor do céu californiano

A Califórnia nos recebeu com todo seu astral e nos presenteou com o melhor de seus sonhos

Respira e vai.

Teve Disney, cidade no meio do nada como base de escritório, voo noturno pra Cleveland (Ohio), evento de marketing de conteúdo, cerveja em San Francisco, imersão no Silicon Valley, pedal na Golden Gate Bridge, a viagem de carro mais incrível de nossas vidas, decepção no trecho mais esperado, pedal pela costa do Pacífico, muitos vinhos no Napa – o primo mais famoso – e em diversas outras regiões vinicultoras do estado, Yosemite (ou um dos lugares mais espetaculares da Terra), brunch, muito trabalho, hotel de beira de estrada, muita cerveja artesanal, preciosas surpresas, 16 hotéis (!), duas casas do AirBnb, muito pôr do sol na praia, a companhia de um amigo querido (e de sua esposa, que conhecemos nessa viagem) por quase uma semana, muitas trocas de ideias, reflexões e projetos sendo maturados.

Teve muito amor, sobretudo.

Ufa.

Napa Valley: uma das paradas dos mais de 3mil km de estrada rodados.
Napa Valley: uma das paradas dos mais de 3mil km de estrada rodados.

São muitas histórias para contar sobre tudo o que vimos e fizemos. Na medida do possível, vamos escrevendo sobre. Já tem post sobre hotel para a Disney de Anaheim no ar e outro sobre Venice Beach no forno. Vão rolar alguns vlogs também. Um de San Francisco já está em edição, inclusive.

E pra começar essa série que vai nos acompanhar no blog por vários meses, quero mostrar um resumo geral de nossa viagem. Separei algumas das fotos que mais marcaram nossos dias pelo estado dourado e contei um pouco do que fizemos. 

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No “baile” de punk rock que fomos, John Feldmann (49 anos), vocalista do Goldfinger, falou que nasceu, cresceu e sempre morou na Califórnia. “Por que faria diferente?”, provocou.

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Esse é o trecho entre Monterey e Carmel, um dos mais bonitos do trajeto dos quase mil km entre San Francisco e San Diego. Reconhece a ciclista? ;)

Nessa hora, há mais de 40 dias na estrada, a gente já estava completamente apaixonado pela Califórnia e a troca de olhares foi inevitável. Preciso dizer que já começamos o plano sobre quando vamos morar aqui por um tempo maior? ;)

A Califórnia se impõe por ser a sexta maior economia do mundo (sim, o PIB deles é maior do que o da França, Índia, Itália e Brasil) e conquista por ser um paraíso que – perdoe-me Samuel Johnson e sua mítica frase sobre Londres – tem tudo o que um homem pode querer.

Sol quase infinito, qualidade de vida, oportunidades. Tudo isso em meio a paisagens inacreditáveis, praia, montanha, deserto e neve. Boa comida, vinhos extraordinários e algumas das melhores cervejas do mundo. Precisa mais? Se você disser que sim, arrisco dizer que tem também. ;)

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Um domingo de outono em Venice Beach, Los Angeles

Resumo de nossa viagem de dois meses na Califórnia

Assim que chegamos em Los Angeles fomos para um hotel em Anaheim (que é ótimo para quem vai aos parques) porque os dois dias seguintes seriam dedicados à Disneyland.

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Dedicamos um dia para cada parque. Curti muito os dois, mas se for pra escolher um, ficaria com o Disney California Adventure Park por brinquedos como o do Toy Story, por ter cerveja artesanal e, principalmente, pelo surreal show de encerramento.

Da Disney para uma base de trabalho remoto 

Depois da Disney, nosso destino pelas próximas cinco noites foi Ontario, cidade mais barata que encontramos na região de Los Angeles. Não queríamos muitas distrações porque seria (e foi) uma semana de muito trabalho. Como não estávamos em férias em nenhum momento durante a viagem, tivemos que nos desdobrar para manter a agenda de trabalho em dia e aproveitar a viagem. É nessas horas que você aprende muito, na prática, a ser mais produtivo e a trabalhar menos e melhor. 

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Nunca trocamos tanto de escritório como nessa viagem. As horas no hotel eram muitas vezes assim

Para não dizer que Ontario não valeu de nada em termos de experiência de viagem, pudemos pegar um solzinho bom na piscina do hotel e fazer reuniões na jacuzzi. Nada mau, né? Ah, e foi em Ontario que conhecemos o nobre camarada Denny’s, uma rede de diners espalhada por toda a Califórnia que acabamos indo várias vezes. O combo de panqueca com bacon deles é daqueles…

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Temos muitas dicas de onde comer na Califórnia. Quer?

Até breve, Califórnia… 

No dia 9 de nossa viagem embarcamos para Cleveland (Ohio) para participar do Content Marketing World, mais importante evento do mundo em nosso segmento. É o terceiro ano consecutivo que vamos para lá para absorver muito conhecimento, ter ideias e evoluir nossos negócios.

Antes de embarcar pra Cleveland, porém, deu tempo de dar uma passadinha em Venice, a mais clássica das clássicas praias californianas. O post completo sobre nosso dia por lá está em produção.

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Como um de nossos objetivos na viagem era conhecer várias das incontáveis cervejarias artesanais da Califórnia – missão cumprida, aliás – sempre estávamos em busca das nossas favoritas e de boas surpresas pelo caminho. Em Venice, além de um bar de frente pra praia, fomos no resturante da Firestone, uma das pequenas gigantes do estado dourado. Excelente lugar para provar todos os rótulos deles, inclusive sazonais e edições limitadas, e comer muito bem.  

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O que não faltou nessa viagem foi visita a cervejarias e bares. A lista é grande e (muito) boa

… Olá, Cleveland

Em Cleveland, ficamos muito envolvidos com o CMW. Foram dois dias imersivos nos mais variados temas ligados ao Marketing de Conteúdo. Na edição de janeiro da VendaMais, revista de que somos editores, sairá a cobertura completa.

Se você se trabalha com ou se interessa por vendas, recomendo que faça a assinatura. Você recebe um exemplar a cada dois meses. A gente faz essa revista com o maior carinho do mundo. ;)

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Registro feito no fim dos dois dias de Content Marketing World

Como ficamos uns dias a mais em Cleveland, pudemos repetir alguns dos restaurantes favoritos na cidade (até hoje nunca na vida comi uma asinha de frango melhor que a do Harry Buffalo), conhecer novos bares de cerveja artesanal e atrações que ainda não tínhamos ido, como o extraordinário Rock & Roll Hall of Fame.

O museu do rock é uma preciosidade. Você faz um passeio pela história da música. A exposição permanente é linda, repleta de preciosidades como instrumentos e figurinos originais das principais bandas e artistas do século XX e XXI e obras como essa que representa The Wall, do Pink Floyd.

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Chegada em San Francisco

Depois de seis noites em Cleveland, tomamos nosso rumo de volta para a Califórnia.

San Francisco seria a base pelas próximos seis noites. Nosso objetivo central era fazer uma imersão no Vale do Silício com um grupo de empresários brasileiros. Foi uma experiência e tanto! Visitamos grandes empresas – como Salesforce e Facebook, conhecemos empreendedores brasileiros que estão ralando para fazer suas startups decolarem, participamos de eventos de networking, conhecemos incubadoras de startups e projetos incríveis, fizemos bons contatos e aprendemos muito sobre empreendedorismo, inovação, gestão e execução. O resultado dessa jornada também será publicado na VendaMais de janeiro de 2017.

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Uma das atividades que fizemos foi visitar o Facebook e conversar sobre tendências nas redes sociais com uma brasileira que trabalha na empresa

Mesmo em a correria insana que foi a semana, deu pra conhecer um pouco de SanFran. Não como gostaríamos, mas foi o suficiente para realizar o sonho de atravessar a Golden Gate Bridge de bike, conhecer Alcatraz, provar grandes cervejas, visitar alguns cantinhos da cidade e começar a sentir o clima do California dream.

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San Francisco ganhará uma atenção especial no blog futuramente com dicas do que fazer e onde ficar.

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Terminada nossa estada em SF alugamos um carro com a Rentcars e iniciamos nossa sonhada viagem, que inicialmente seria “apenas” pela costa do pacífico até San Diego, mas acabamos incluindo uns dias na região do Napa Valley, a meca dos vinhos californianos, e um no Yosemite National Park, onde a natureza emociona e inspira.

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Visual deslumbrante do Napa Valley
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Yosemite National Park e toda sua exuberância

Já na região onde nos hospedaríamos para, nos dias seguinte, conhecer as vinícolas do Napa e arredores, nossa primeira parada foi a Lagunitas Brewing, uma das mais relevantes cervejarias artesanais dos Estados Unidos. Grande estrutura e cervejas impecáveis.

Futuramente vamos contar em detalhes nossa jornada cervejeira na Califórnia. Você deve imaginar que não foram poucos os bares e cervejarias que visitamos, né?

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Visitar cervejarias na Califórnia foi uma das atividades que mais repetimos na viagem

2 dias respirando os ares dos vinhos do Napa Valley e região

Dedicamos dois dias ao Napa Valley. No primeiro, conhecemos Sonoma e percorremos de carro a Highway 29, a estrada principal do Napa Valley, que é cercada por uma infinidade de vinícolas. Os vinhedos estão, literalmente, na beira da estrada. Não vou me estender nos detalhes e dicas porque isso ficará para um post exclusivo.

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No segundo dia, fomos para o Dry Creek Valley, vizinho menos famoso do Napa, que concentra uma quantidade menor de vinícolas. O legal é que se tratam de pequenas propriedades de produção orgânica. Fizemos ali um dos pedais mais inesquecíveis da vida. Foram cerca de 40km por uma estrada tranquila e cercada por vinhedos. Fizemos um bate-volta até uma vinícola que servia seus vinhos em uma caverna construída abaixo dos vinhedos. Foi um dia e tanto.

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Objetivo do pedal: visitar uma vinícola orgânica, degustar seus vinhos e voltar. Missão cumprida com louvor!

Em meio a um destino e outro, sempre tentamos encaixar um ou dois dias 100% dedicados ao trabalho. O escritório foi muitas vezes um Starbucks qualquer ou o quarto do hotel.

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A beleza inexplicável do Yosemite National Park

Depois de degustar bons vinhos no Napa e região rumamos para o Yosemite National Park. Sabíamos que o lugar era lindo, mas quando chegamos lá foi difícil conter a emoção. Faltam palavras para descrever a beleza de um dos parques mais importantes do país, mas tentaremos fazer isso em um post futuro.

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A impressionante sequoia gigante

Depois de, infelizmente, apenas um dia no parque, era hora de voltar para a costa e começar a sonhada viagem pela Highway One, a mítica estrada que percorre todo o litoral da Califórnia. No caminho, ainda paramos em vilarejos com cara de velho oeste que tiveram seu auge na corrida do ouro no século XIX, episódio que marcou o início da ascensão do estado. 

Rumo ao litoral

Nossa primeira parada foi Half Moon Bay, uma cidade praiana de vida tranquila ao sul de San Francisco. Ficamos algumas horinhas na praia, almoçamos, conhecemos uma cervejaria e partimos.

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No fim do dia, chegamos a Monterey, onde ficamos três noites para conhecer a cidade e sua vizinha Carmel, uma das mais charmosas do roteiro.

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O simpático centrinho de Monterey

Cicloturismo na Califórnia: o lugar mais lindo em que pedalamos na vida

Nesse trecho fizemos mais um passeio de bike que ficou pra história. Percorremos os espetaculares 30km da 17 mile drive entre Monterey e Carmel. Seguramente, foi a estrada mais linda em que já pedalamos.

Fica tranquilo porque vai rolar post detalhado sobre esse pedal.

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O cicloturismo é minha modalidade favorita de turistar. Realizei um grande sonho ao pedalar nessa estrada.

A grande decepção ao chegar no Big Sur

Depois de três dias incríveis entre Monterey e Carmel, partimos para a parte mais esperada da viagem de carro pela costa da Califórnia: o Big Sur. Mas como nem sempre a sorte acompanha os viajantes, os desfiladeiros nos receberam com uma névoa que impedia qualquer possibilidade de ver o cenário.

O cenário do Big Sur se transformou numa infinita cama de nuvens
O cenário do Big Sur se transformou numa infinita cama de nuvens

Foi bem triste, de verdade. Não pudemos ver absolutamente nada. Até cogitamos repetir a viagem no dia seguinte para tentar a sorte novamente, mas como o risco de o clima estar exatamente igual era grande preferimos não arriscar. Afinal, tínhamos longos km de estrada ainda pela frente até San Diego.

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Isso foi o que de melhor deu pra ver. ;)

Pra não dizer que o dia foi inteiro decepcionante, no fim da tarde conseguimos ter uma bela surpresa ao conhecer a praia dos elefantes marinhos. Foi incrível observar esses gigantes que parecem dinossauros bem tranquilos em sua praia privada na chegada em San Simeon, primeira base hoteleira após o Big Sur. Foi lá que dormimos nessa noite. Procure por Piedras Blancas Elephant Seal Bookery para saber onde fica a praia.

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A fantástica praia dos elefantes marinhos

Degustando vinhos em uma região menos explorada pelos turistas

Passamos a noite ali e agora, já no 32º dia de viagem, era tempo de mergulhar novamente no enoturismo na Califórnia. Rumamos para a aconchegante San Luis Obispo, cidade base para explorarmos Paso Robles.

San Luis Obispo, conhecida como SLO, é uma cidade universitária, cheio de gente jovem, bares, restaurantes e lojinhas legais. Foi uma das boas surpresas de cidades que acabaram entrando no roteiro ao acaso
San Luis Obispo, conhecida como SLO, é uma cidade universitária, cheia de gente jovem, bares, restaurantes e lojinhas legais. Foi uma das boas surpresas de cidades que acabaram entrando no roteiro ao acaso

Depois de termos conhecido várias das regiões vinicultoras da Califórnia, arrisco dizer que o Napa pode não ser a melhor opção. O Napa é legal? Claro que é. Boa parte das mais conceituadas vinícolas californianas estão lá. Mas com a fama, vem gente. Muita gente.  Todos os lugares que visitamos estavam bem cheios e a estrada, bem movimentada.

Já em Sonoma, Dry Creek Valley e Paso Robles, pudemos provar vinhos extraordinários, vivendo experiências incríveis e com pouca gente ao redor. Não estou falando para descartar o Napa, mas para lembrar que pode-se viver experiências semelhantes – ou até melhores – em lugares menos concorridos.

Dao Vineyards & Winery: bons vinhos e uma vista de tirar o fôlego
Dao Vineyards & Winery: bons vinhos e uma vista de tirar o fôlego

Ainda vamos falar mais sobre nossa experiência conhecendo diversas vinícolas na Califórnia. Até lá, bora pra estrada…

Seguindo a indicação da Mari, do Ideias na Mala – que, por sinal, tem diversos posts incríveis sobre a Califórnia -, fomos conhecer a vinícola Daou, que, nas palavras dela, oferecia uma vista “ridícula”. Seguimos a dica e não deu erro.

Antes, porém, deu tempo de conhecer a bonitinha Cambria, mais uma pequena cidade que abrilhanta o roteiro entre San Francisco e San Diego.

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Lojinhas de Cambria

Paramos para almoçar em um pequeno café e apoveitamos para conhecer mais uma cervejaria – acredito que a menor que fomos em toda a viagem. As cervejas eram ótimas!

Cerveja artesanal na Califórnia
Cerveja artesanal na Califórnia

Dali, foram mais 50 km até a Daou, primeira e única vinícola que visitamos no dia. Depois de degustar alguns rótulos e ficar algumas horas conversando e curtindo a o horizonte infinito, ainda encerramos o dia em outra cervejaria.

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Boas cervejas, a melhor companhia e o pôr do sol californiano. Precisa mais?

Depois de SLO, seguimos viagem com destino a Santa Cruz, onde passamos o dia curtindo a praia e caminhando pela cidade. Nossa ideia era dormir ali, mas como o preço dos hotéis era muito alto, decidimos seguir para o sul e dormir em Camarillo, cidade que encontramos a hospedagem mais barata na região (70km ao sul de Santa Cruz).

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Relax em Santa Cruz depois do almoço mexicano

Na manhã seguinte saímos cedo porque tínhamos mais 250km pela frente até San Diego, nosso destino final pelas próximas quatro semanas. Antes, porém, paramos em Malibu pra comer e pegar uma praia.

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Uma das partes mais ricas da muito rica Califórnia

Horas depois, seguimos para os últimos km da Highway 1. Foi um trecho em ritmo lento, observando as cidades, o visual sempre incrível da costa e o movimento de mais um domingo de sol no estado dourado.

Chegamos em San Diego depois de 37 dias de viagem. E cá estamos desde então. Agora, já em contagem regressiva para o nosso sonho californiano terminar no 65º dia.

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Apenas mais um dia terminando em San Diego

Agora, segura aí porque aos poucos vamos escrever  sobre tudo o que vimos, fizemos, vivemos. Pode esperar muita dica boa para a sua viagem para a Califórnia.

Diz aí, o que você tem mais curiosidade em saber sobre essa viagem?

O mundo é pequeno pra caramba

Lá se vão mais de seis anos desde que publicamos nosso primeiro post. Estávamos prestes a embarcar para Londres, ainda sem saber da escala forçada de seis dias que ourivemos que fazer em Toronto.

Após algumas dias debatendo possíveis nomes, foi em março de 2010 que decidimos que Pra Ver Em Londres seria a marca que nos acompanharia em uma fase nova e cheia de expectativas em nossas vidas.

Fomos a Londres para estudar inglês por seis meses, ainda sem ter muita ideia do que faríamos depois disso. Éramos recém-formados com pouco dinheiro no  bolso e muita vontade de viajar, conhecer o mundo e a nós mesmos.

pra ver no mundo - edimburgo
Em Edimburgo, em 2010. Uma das primeiras viagens que fizemos juntos

A Nah tinha 22 anos e tinha acabado de começar a trabalhar como repórter de um portal ligado ao mercado de investimentos. Eu tinha 24 e era assessor de imprensa de uma consultoria de investimentos. Ambos trabalhávamos em home office, que ainda ainda era uma grande novidade no mundo hoje tomado pelos nômades digitais. 

Foi o passar dos meses lá em Londres (e muito esforço, foco e dedicação nos anos seguintes – assunto deste post que a Nah escreveu, aliás) que nos fez ver que o empreendedorismo e a vida nômade seriam a base de nossa futura vida profissional. Afinal, ela já estava rolando!

Gosto sempre de destacar que não largamos tudo para viajar o mundo e “trabalhar com a internet”. Em tempos em que vemos muita gente tentando vender a fórmula da felicidade – largue seu emprego agora e seja feliz para sempre com o nomadismo digital -, é fundamental lembrar que não existem atalhos, mas muito planejamento e execução.

REGISTRO FEITO EM AGOSTO DE 2016 EM GAROPABA, NO LITORAL SUL DE SANTA CATARINA
REGISTRO FEITO EM AGOSTO DE 2016 EM GAROPABA, NO LITORAL SUL DE SANTA CATARINA

O nascimento do Pra ver em Londres

Nós criamos o blog com o objetivo de compartilhar informações que tivemos dificuldade de encontrar antes de viajar. Tínhamos MUITAS dúvidas sobre como seria a vida em Londres, quanto custaria o aluguel, o mercado, o restaurante, o pub, onde poderíamos morar, como era o transporte público, etc. Nossas perguntas acabaram se transformando em várias respostas aqui ao longo dos anos e ajudaram muita gente em suas viagens para Londres e Reino Unido. Isso, pra gente, é motivo de muito orgulho!

O nome do blog soava bem, sempre gostamos muito dele – apesar de termos vivenciado alguns episódios engraçados devido a confusão do nome com “prazer em Londres”. Dá pra imaginar algumas polêmicas? :D

Por outro lado, da mesma forma que o direcionamento do nome nos posicionou como um dos principais blogs brasileiros dedicados a Londres, também nos limitou. Como escreveríamos sobre outros destinos tendo o nome da cidade na marca? Por alguns anos isso até nos desmotivou um pouco a escrever sobre algumas viagens.

new york - manhattan vista do brooklyn copy
New York é uma das cidades que estamos devendo. Passamos 10 dias incríveis lá ano passado. A lista de bares de cerveja artesanal que visitamos é enorme. Quer dicas?

É claro que muito mais por uma bobagem nossa do que qualquer outra coisa. Esse é um arrependimento que carregamos. Foram tantas viagens incríveis que acabaram não sendo contadas aqui…  Ainda assim, não são poucos os conteúdos sobre outros destinos. Aliás, um dos posts mais acessados de toda a história do blog é justamente sobre Berna, a lindíssima capital da Suíça – você pode ler clicando aqui.

Ciclos que se encerram, oportunidades que surgem

Por muito tempo tivemos Londres como uma meta de vida como lugar para morar. Não é à toa que em cinco anos passamos três longas temporadas na cidade. Perseguimos esse sonho fortemente durante os últimos anos e somos realizados por termos conseguido passar tanto tempo em um lugar tão mágico, inspirador e envolvente.

Entre 2015 e 2016, estávamos em London town e a libra atingia seu ápice histórico! Viver em Londres sempre foi realizador, mas ao mesmo tempo, muito duro pra nós! Tivemos que trabalhar muito para segurar as pontas, especialmente quando o pound batia os R$ 6,30 e 95% de nossa renda vinha das então Dilmas hoje Foratemers.

Fomos atrás de novos clientes e projetos por meio de nossa empresa no Brasil, criamos um tour dedicado à cerveja artesanal em Londres (que não existe mais)- projeto que tem um espação em nossos corações -, passamos literalmente DIAS sem sair de casa para dar conta da demanda de trabalho que nos impunha jornadas intermináveis. Quem nunca?

tour de pubs em londres - a rota da cerveja artesanal em londres
Esse foi o primeiro grupo que participou do nosso tour dedicado a celebrar a cultura da cerveja artesanal em Londres. Lembrança pra vida toda!

Deu tudo certo! A grana entrou e vivemos momentos incríveis com o tour – e na cidade. Tirar uma ideia de negócio papel e colocar na rua é algo fantástico. Aprendemos muito com a experiência, que hoje inspira novos projetos que estão na incubadora.

Mas mesmo com as contas em dia, era uma loucura. Chegou um ponto em que estávamos esgotados mentalmente de tanto trabalho. Foi quando decidimos que seria hora de virar essa página da vida, ao menos pelos próximos anos…

Com a página de Londres sendo virada, mas sem deixar um marcador nela, começamos a pensar que seria a hora ideal para, também, virar a página aqui no blog.

Saint Emilion, uma joia nos arredores de Bordeaux.
Saint-Émilion, uma joia nos arredores de Bordeaux.

Bem-vindo ao Pra Ver No Mundo

A gente debate a ideia de transformar o blog em Pra Ver no Mundo há muito tempo. Só que sempre ficamos num grande impasse, já que haviam vários prós e contras para ambos os lados.

Uma coisa que aprendi seguindo carreira independente, tanto no blog quanto na London, nossa empresa especializada em Marketing de Conteúdo, foi que muitas vezes não existe a decisão ideal e livre de falhas, mas a decisão que você precisa tomar para seguir a vida.

Pra nós, essa hora chegou! Seja bem-vindo a nossa nova casa.

O que muda

Aproveitamos a mudança para melhorar o blog em vários aspectos. Reorganizamos todas as categorias, post por post. Deu um trabalhão, mas fizemos tudo pensando em ajudar você a encontrar o que precisa de forma mais simplificada.

Vale destacar que o Pra Ver em Londres não morreu. Todo o conteúdo que já produzimos sobre Londres está todo muito bem organizado na aba que eterniza nosso primeiro “filho”.

Importante dizer, também, que, ainda temos e sempre teremos muito a produzir sobre a cidade. Morar lá não está nos planos para os próximos anos, mas uma visitinha ou outra a turismo, sim! Nosso Pra ver em Londres sempre estará em nossos corações e, mais importante do que isso, atualizado. =)

londres - hampstead heath
Hampstead Heath, em Londres. Um de nossos parques favoritos na cidade

Na aba Outros Destinos estão concentrados todos os posts sobre nossas viagens. Como falei, nossos dramas pessoais atrapalharam um pouco a produção ao longo dos anos, mas em breve vamos publicar boas histórias de viagens para a Irlanda, França, Estados Unidos, Grécia, Brasil e outros destinos que estão por vir.

Em Reflexões estão os textos mais filosóficos – os que explicam o nosso trabalho e os que falam sobre nossa forma de enxergar a vida, como os campeões de audiência:

É uma editoria que gostamos muito de escrever e sempre tivemos um feedback legal dos leitores. Então é outra área que daremos mais atenção daqui em diante. Aliás, tem algo que gostaria de ler?

Em Vídeos estão todas as nossas produções audiovisuais, que também vão ganhar mais atenção, com vídeos como o abaixo, por exemplo, que gravamos em Garopaba-SC para anunciar as novidades no blog e para dar um gostinho do tipo de vídeo que vamos produzir. Se gostou, deixa seu joinha e um comentário no YouTube? =D

Em Dicas práticas você vai encontrar tudo o que diz respeito a viajar melhor e/ou gastando menos. Um bom exemplo é o post que fala sobre como viajar sem pagar por acomodação através do Couch Surfing. É uma área ainda pouco explorada, mas que também vai crescer com o passar dos meses.

Por fim,em breve vamos lançar uma Loja em que vamos concentrar produtos e serviços de que somos afiliados. São empresas que somos clientes, usamos com frequência e, por isso, recomendamos. Para contratar, você não tem custo extra. Pelo contrário, pode conseguir bons descontos e, de quebra, ainda nos ajuda muito a sustentar o blog. A seção ainda está sendo construída, mas lá você vai encontrar:

  • Booking.com – Reserva de hotéis e hostels no mundo todo. Para todos os bolsos e com muitos descontos.
  • Rentcars – Aluguel de carros em diversas cidades do mundo com atendimento e suporte em português.
  • Real – Seguros viagem, um serviço que você não pode viajar sem contratar.
  • Visit Britain – Para comprar ingressos de diversas atrações turísticas no Reino Unido.
  • Ticket Bar – Para comprar ingressos com preço promocional em diversas cidades do mundo.

Além disso, a Loja ainda vai comercializar guias de viagem produzidos por blogueiros de que somos fãs e, por fim, produtos nossos. Nosso guia de turismo cervejeiro em Londres segue no forrno e com previsão para ser lançado ainda em 2016. Outras novidades virão em breve, mas, por ora, acho que deu, né? ;)

Vem com a gente

Agradeço demais por estar aqui com a gente nessa fase muito especial do blog e de nossas vidas.

Aproveitando, quero te fazer duas perguntas:

1 – Você tem alguma sugestão de tema pra gente abordar na casa nova?

2 – O que achou da cara nova que demos ao blog?

Conta aí! Até o próximo post, que será diretamente da Califórnia! Embarcamos para Los Angeles no dia 25 para uma temporada de dois meses percorrendo o estado dourado em busca das melhores cervejas artesanais e de muita coisa legal para compartilhar com você aqui e  em tempo real no Instagram, Facebook e Snapchat. Siga a gente nesses canais!.

OBS: O título do post é inspirado na música O mundo, de André Abujamra, canção que me faz viajar imaginando os lugares, cenas, situações e críticas tão bem apresentadas na letra.

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Até logo, Londres! E obrigada por tudo

Faz algumas semanas que estamos pensando nesse post. Na melhor forma de contar as novidades pra você que nos acompanha – aqui, nas redes sociais, nas nossas vidas. :)

Um dia desses, andando por Londres e curtindo MUITO essa cidade incrível, lembrei-me de uma música que é tipo um hino pra mim. Mas que provavelmente pouca gente conhece…

John Bala Jones, banda manezinha da ilha encantada (Florianópolis <3), canta:

Muitos riram de mim,

pois ficava assim, olhando para o nada

Mas eu não sou, eu não sou dessas pessoas

que ficam esperando sentadas

Às vezes, eu olhava para a lua,

Então, eu estava lá

Vivendo no meu mundo, fugindo da maldade

sem deixar de acreditar

(…)

:)

Se você nos acompanha há algum tempo, já deve ter percebido que a gente é assim, né? O tempo todo fazendo planos, definindo metas e batalhando para alcançá-las. 

E de sonho em sonho e de “batalha” em “batalha”, construímos a nossa trajetória até a lua – e de volta pra Terra porque, pelo que sei, ainda não tem cerveja na lua. TEM? haha #Brincadeira

bike cotswolds

Pois é, mas acontece que está na hora de acordar do sonho que estamos vivendo no momento. Depois de mais uma longa temporada na Terra da Rainha, quinta-feira, dia 25, embarcamos rumo à nossa também amada Curitiba. Pra passar um tempo com a família, ficar mais perto dos clientes, da equipe mais amada desse mundo (Oi, Mot. Oi, Fran), dos amigos, do Coxa doido (hihi), dos cachorros e do gatinho que tanto amamos e assim por diante.

Hora de matar a saudade dos amigos da vida. E passar a sentir saudade dos amigos de Londres. Coisas da vida. :)
Hora de matar a saudade dos amigos da vida. E passar a sentir saudade dos amigos de Londres. Coisas da vida. :)

Por quanto tempo? Nem a gente sabe!

Os planos para 2016 envolvem viagens BEM legais, rolês pelo Brasilzão e a construção de um novo projeto que a gente acha que vocês vão curtir.

Por falar em viagens bem legais, estamos devendo posts sobre Nova York. =O Mas calmaê, amigão, logo mais a gente conta as histórias de lá. ;)
Por falar em viagens bem legais, estamos devendo posts sobre Nova York. =O Mas calmaê, amigão, logo mais a gente conta as histórias de lá. ;)

Sim, eu sei que falei, falei e não falei quase nada, mas é que o propósito desse post é contar pra você que, de quinta em diante, o “tempo real” das nossas redes sociais não será mais direto de Londres. A base será a linda terra das araucárias – com pulinhos pra lá e pra cá sempre que possível, claro. :)

Paranismo

Uma foto publicada por Joao Guilherme Brotto (@joao_brotto) em

Porém, em termos de conteúdo do blog, pouca coisa muda. Ao longo do último ano, acumulamos uma lista enorme de pautas SOBRE Londres para produzir. Tá tudo arquivadinho, documentadinho, e aos poucos vai entrando no ar. Então, quem planeja visitar a cidade logo mais não precisa se preocupar com a falta de atualização nas nossas dicas, porque isso não vai acontecer. #euagarantio

pra ver no mundoAlém disso, também produziremos posts sobre as viagens que fizemos nos últimos meses (a continuação das séries sobre Bordeaux e Cotswolds + Irlanda, por exemplo) e, se bater vontade, traremos dicas do Brasilzão. O que você acha? A gente tá bem disposto a explorar melhor esse selinho aí do lado. ;)

“Mas por que vocês estão deixando Londres, Nah?”

Já falamos algumas vezes sobre a forma como vivemos (dá uma lidinha neste, neste e neste posts, para saber mais). Em resumo, temos uma empresa no Brasil, a LondonPress Marketing de Conteúdo, e como nosso trabalho é praticamente 100% online, podemos “carregá-la” na mala sempre que dá vontade de passar um tempo descobrindo o mundo.

Fomos a Bordeaux a lazer e a trabalho para o blog, mas a LondonPress não parou por causa disso. Sempre que voltávamos dos passeios, ligávamos o computador e iniciávamos um novo turno de trabalho. E como bom humor faz bem à saúde, aproveitávamos a onda cool do hotel em que nos hospedamos - o Mama Shelter - para dar aquela animada nas horas extras.
Fomos a Bordeaux a lazer e a trabalho para o blog, mas a LondonPress não parou por causa disso. Sempre que voltávamos dos passeios, ligávamos o computador e iniciávamos um novo turno de trabalho. E como bom humor faz bem à saúde, aproveitávamos a onda cool do hotel em que nos hospedamos – o Mama Shelter – para dar aquela animada nas horas extras.

Mas isso significa que a maior parte do nosso faturamento é em reais. E em tempos de libra a mais de R$ 6, chega uma hora que a gente percebe que a escolha de ficar ESPECIFICAMENTE em Londres pode dificultar os planos para o futuro, sabe?

Por mais que a gente não tenha precisado mudar nosso estilo de vida para fazer a vida aqui caber no bolso (continuamos saindo para jantar, para tomar boas cervejas, viajamos, etc.) e que o importante seja viver o presente, sempre que pensávamos em quanto poderíamos economizar morando em outros lugares o peso na consciência batia. Desses debates, aliás, surgiram algumas cidades candidatas para uma próxima base. Elas estão em nosso radar! Mas isso é papo para outra hora.

Por isso, no momento, o melhor é voltar.

Voltamos com as malas cheias de experiências, um montão de histórias pra contar e a certeza de que vivemos o melhor período da nossas vidas nessa temporada que está se encerrando. :)

Pow, tive uma ideia: vou começar a contabilizar os nossos brindes. Esse aí, no TAP East, um bar que fica dentro do shopping Westfield Stratford, foi um dos incontáveis a base de cerveja de qualidade.
Pow, tive uma ideia: vou começar a contabilizar os nossos brindes. Esse aí, no TAP East, um bar que fica dentro do shopping Westfield Stratford, foi um dos incontáveis à base de cerveja de qualidade.

E como diz John Bala Jones em outro trecho de “O sonhador”,  o que seria do amanhã sem os sonhos de hoje, não é mesmo?

Então, a gente embarca para Curitiba já com um milhão de sonhos para transformar em realidade lá, aqui e em diversos outros lugares – hoje, amanhã e sempre. A gente embarca para Curitiba prontos para viver o melhor período das nossas vidas de novo. Porque, como diria meu crush Barney Stinson (do seriado How I met your mother <3), “new is always better” (o novo é sempre melhor). :)

Então que venha o novo. De novo!

Um desses sonhos é poder ir esse ano ao Content Marketing World, maior evento da nossa área do mundo, que acontece sempre no começo de setembro em Cleveland (Ohio, EUA). Estamos lá no ano passado (o João já tinha ido em 2014 também) e aprendemos MUITO. Queremos muito repetir a dose!
Um desses sonhos é poder ir esse ano ao Content Marketing World, maior evento da nossa área do mundo, que acontece sempre no começo de setembro em Cleveland (Ohio, EUA). Estivemos lá no ano passado (o João já tinha ido em 2014) e aprendemos MUITO. Queremos repetir a dose!

No meio do caminho, enfrentaremos uns reveses naturais da vontade de fazer as coisas darem certo. Por exemplo, aqui em Londres, planejávamos sustentar nosso tour de pubs (que foi sempre MUITO legal, mas que era difícil encaixar na nossa agenda semanal de trabalho – que é de onde vem o dinheiro que paga nossas contas), queríamos ter terminado nosso guia de pubs (mas com vários novos bares de cerveja artesanal abrindo o tempo todo dá vontade de adicionar mais um à lista – e só mais um, mais unzinho… e aí o fim do trabalho é sempre adiado), viajado (ainda) mais, escrito mais posts e assim por diante. 

Mas o fato é que às vezes, a gente (João, eu e você também, provavelmente) superestima nosso “poder” de execução, quer abraçar o mundo, e por mais que se esforce bastante para conseguir tal feito, logo percebe que não é bem assim. Aí, meu amigo, a frustração é quase inevitável.

Mas os quilômetros de estrada rodados deixam calos que ensinam que é preciso levantar a cabeça e seguir adiante depois desses “tombos”. E ensinam também que é preciso ter orgulho dos “machucados” que eles deixam, porque eternamente nos lembrarão dos erros e acertos cometidos e do aprendizado que proporcionaram.

Pode parecer motivacional e clichê, mas é a mais pura verdade.

A experiência acumulada após seis anos e quatro temporadas trabalhando remoto (três em Londres e uma em Buenos Aires), com fuso horário diferente dos clientes e todos os prós e contras da vida de expatriado, nos deixou mais maduros e serenos para lidar com (mais) uma mudança dessas.

*Aliás, a Luiza, do excelente blog 360meridianos, escreveu um post recentemente que resume bem esse nosso sentimento. Tá aqui. Vale a pena ler!

Não que seja fácil. Nas semanas que antecedem à viagem de volta você vive em uma espécie de limbo, já pensando que logo sua rotina de todos os dias será diferente, bem como a vista da janela e a cama em que dorme. Em breve, uma nova vida começa. É um sentimento difícil de descrever, mas uma coisa que aprendemos nessas idas e vindas é que a cada ruptura geográfica compreendemos melhor a nós mesmos, entendemos melhor o que queremos para o agora e para o amanhã, temos a sensação de termos feito o que queríamos e construímos mais um tijolinho nessa louca jornada da vida.

Tão jovens em 2010. :)
Tão jovens em 2010. :)

Hoje, conseguimos ficar mais tranquilos com a possibilidade de não voltarmos para Londres tão cedo, coisa que há alguns anos nos aterrorizava um bocado. A cidade ocupa um espaço gigante em nossa história e corações, mas hoje é preciso agradecer por tudo que Londres nos deu, pelas pessoas que nos apresentou, e seguir adiante.

Não existe o certo e o errado, mas existe o analisar tudo o que envolve morar em Londres, Curitiba ou qualquer outro lugar, tomar uma decisão e tocar a vida. Se no ano passado viemos para Londres com o objetivo de, quem sabe, ficar “para sempre”, hoje vimos que teríamos que abrir mão DE MUITA COISA para conseguir isso. E, nesse momento, não é um preço que estamos dispostos a pagar.

Optamos por uma vida financeira mais equilibrada, menos trabalho, novos projetos, mais tempo para nós e, antecipando um pouco dos planos ainda em fase beta, um desejo de viver fugindo do inverno. Mas isso a gente conta mais pra frente.

Agora deixa eu voltar para a arrumação das malas, que não tá fácil. :)

Até logo, Londres. E obrigada por tudo! TU-DO. <3

(E obrigada você, amigo leitor, que nos acompanha e nos ajuda diariamente com suas mensagens cheias de boas energias. Elas nos fortalecem MUITO!)

Sobre sorte, trabalho e realização de sonhos

Sentada no sofá da nossa nova casa em Londres, tomando uma xícara de chá e assistindo à BBC News, senti que precisava escrever este post.

Sobre sorte, trabalho e realizacao de sonhos

Poucos dias antes de embarcarmos novamente para cá, João estava conversando com uma prima minha, contando pra ela quais são os nossos planos para essa temporada por aqui, até que ouviu dela:

– Que legal. Tomara que dê tudo certo. Quer dizer, vai dar, porque desde criancinha a Nati (sim, minha família me chama de Nati, não de Nah! :) sempre foi muito sortuda. Tudo que ela quis, aconteceu.

Quando ele me contou isso, parei para pensar. “Será mesmo que sou tão sortuda assim? Nunca pensei que fosse.”

É que pra mim, o fato de eu ter conquistado várias coisas bacanas até aqui, não é, nem de longe, fruto de sorte.

Claro que a sorte é uma aliada, mas ela jamais trabalhou sozinha…

Nunca ganhei na loteria. Jogava bingo na casa da minha vó com meus primos e irmãos e não completava a cartela com mais frequência que eles. Nunca ganhei uma viagem ou liquidificador em sorteio. Cadê a sorte, minha gente? haha.

Mas eu tive um programa de rádio quando era criança. Eu consegui os telefones de TODAS as atrizes de Chiquititas (e passei a falar com elas com frequência). Eu fui pra Buenos Aires visitar meus ídolos da infância (graças aos meus pais, que sempre apoiaram minhas “loucuras”. haha. #valeuDads #valeuMamadi). Eu trabalhei na Disney. Eu realizei meu sonho de morar em Londres (em quatro oportunidades diferentes). Minha carreira me levou para o lado do empreendedorismo, abri minha empresa e hoje sou muito feliz trabalhando no esquema home office, atendendo várias empresas suuuperbacanas e tendo o mundo como quintal. Eu me casei com o amor da minha vida. :)

Mas em todas essas vitórias (e em várias outras), a sorte foi apenas um fator complementar ao que considero o verdadeiro motivo para tudo isso ter acontecido: minha dedicação.

Para conseguir os telefones das Chiquititas, liguei um milhão de vezes (desculpa pelas elevadas contas telefônicas, mamadi! =/) na redação de vááárias revistas que entrevistavam as atrizes e os atores mirins que eu tanto amava. Certa vez, cansada daquela vozinha irritante do outro lado da linha, uma repórter resolveu me ajudar (ou se livrar de mim, talvez…) e me passou o telefone do estúdio em Buenos Aires em que a novela era gravada. Sem falar espanhol (eu tinha 11 anos, gente!), liguei pra lá umas 365 mil vezes até conseguir falar com a Mariane Oliva (que interpretava a Marian). Ela me passou o telefone da casa dela, eu liguei e a sua mãe me passou um por um os telefones das outras Chiquititas e Chiquititos. :) – Depois disso, a conta de telefone subiu ainda mais. Soooorry, mamadiii! =//

Para ter um programa de rádio aos 12 anos, eu tive que pedir pra minha mãe ser a roteirista (sempre ela. Obrigaaaada, mamadi! hihi), encontrar uma emissora que aceitasse nossa ideia maluca, desenhar como seria a uma hora semanal que passaríamos AO VIVO e fazer as coisas acontecerem durante um ano de sábados dedicados ao programa Rádio Mania (Ow, saudade!). Era trabalho levado a sério! E eu não me arrependo por ter feito essa escolha!

Para trabalhar na Disney, estudei o processo seletivo, fui atrás de histórias de brasileiros que já tinham vivido a experiência (e descobri o que precisava fazer e o que não podia fazer para conquistar minha vaga), mostrei nas entrevistas que esse era um grande sonho e conquistei uma merecida vaga!

Pra vir a Londres, trocamos uma conta recheada de reais (na visão de dois jovens jornalistas, claro. hehe) por uma conversão cruel, “trouxemos na mala” todos os clientes que temos no Brasil (neste post, que o João escreveu antes de virmos pra cá em 2013, ele contou sobre nosso trabalho home office, que hoje está popularizado com o termo “nômades digitais”. Vale a pena ler!), tivemos que investir um pouco mais na nossa empresa para poder contar com o apoio de outros profissionais enquanto estamos “ausentes”, estudamos possibilidades, fizemos contas e mais contas e resolvemos arriscar. Porque sem tentativa, não há realização. E como sempre dizemos: na pior das hipóteses, se tudo der errado, ainda assim teremos passado mais um tempo na cidade mais incrível do mundo (pelo menos pra gente! :).

O dinheiro perdido a gente recupera, mas tempo perdido não volta nunca mais!

E assim por diante.

Ou seja, nenhuma dessas enormes conquistas (que podem parecer pequenas para quem não sonhou com elas) veio apenas com a ajudinha do destino e da sorte. Teve muito trabalho por trás. Eu batalhei, eu sofri, eu tive dor de estômago, mas eu conquistei!

Para alguns, essa dedicação toda pode parecer desnecessária, mas para mim, significava a garantia do pote de ouro no fim do arco-íris, então por que não correr atrás, certo?

E eu tenho muito orgulho de todo esse tesouro acumulado em 27 anos de vida. E estou sempre em busca do próximo. Pra mim, esse é o barato da vida!

E aí que chegamos a Londres dessa vez com mais um monte de projetos em mente e muitos sonhos a realizar (logo contaremos tudo!). Se eles irão dar certo, só o futuro dirá. Mas o que eu sei é que seguirei a mesma receita que deu certo até aqui: vou me doar por inteiro, lutar pelos meus objetivos, trabalhar até altas horas e me esforçar pra fazer acontecer.

Nem sempre vai ser fácil. Nem sempre vamos poder sair curtir a cidade do jeito que gostaríamos, porque vai ter um post esperando para ser escrito, trabalhos de clientes esperando para serem entregues, fotos e vídeos para editar, etc. etc. etc. Mas é isso que garantirá mais uma vitória (ou várias). E é por isso que o universo conspira a nosso favor.

O que eu quis dizer com tudo isso é simples: você também pode fazer o universo conspirar a seu favor. Aliás, essa é a melhor dica que eu poderia dar pra alguém. Lutar pelos sonhos e saber para onde se está indo é a “fórmula secreta”. Até aqui, pra gente tem funcionado. Por isso mesmo, vou ali terminar uma matéria que estou escrevendo para um cliente e volto logo mais, ok? ;)

Beijo,

Nah!

PS: Desculpae o texto motivacional, mas às vezes é importante trazer um toque de realidade a tanto sonho que esse blog apresenta! ;)

PS2: Se quiser saber mais sobre o que fazemos na LondonPress, a nossa empresa, deixa um comentário. Se eu perceber que o interesse é grande, escrevo um post contando tuudo! :)

Como um vulcão nos fez ficar 5 dias no Canadá + outra história de vulcão

Quem nos acompanha há algum tempo, já deve ter percebido que dificilmente a gente reúne apenas dicas práticas de viagem em um post; sempre acabamos contando, mesmo que rapidamente, uma historinha que ajuda a ilustrar o tema em questão. Coisa de jornalista! :)

Porém, histórias que aparentemente são apenas boas histórias, muitas vezes acabam ficando guardadas na nossa “pasta” de boas recordações – e volta e meia falamos sobre elas entre nós.

Por trás dessa foto, por exemplo, tem uma história de sofrimento intenso. haha. Para conhecer as "cinco terras" (Cinqueterre, Itália), passamos um perrengue memorável...
Por trás dessa foto, por exemplo, tem uma história de sofrimento intenso. haha. Para conhecer as “cinco terras” (Cinqueterre, Itália), passamos um perrengue memorável…

Como originalmente blog é um espaço para o blogueiro registrar suas memórias, pensamos que estava na hora de tirar algumas dessas boas histórias da tal pasta. Mas, para não perder a característica principal do Pra Ver em Londres, que é ser um canal de “utilidade pública”, as histórias que contaremos nessa nova seção sempre terão uma “lição de moral”, que com certeza poderá ser útil para você um dia. :)

Para começar, conto hoje a primeira grande história de viagem que vivemos juntos. Um episódio que mostra que talvez seja uma boa ideia você nos perguntar, antes de comprar sua passagem, se por acaso a gente não vai viajar no mesmo dia que você… =)

Um raio cai, sim, duas vezes no mesmo lugar

Em 2010, João e eu éramos  recém-formados empolgadíssimos para vivermos nossa primeira grande experiência internacional juntos (já tínhamos passado dez dias em Buenos Aires antes, mas dessa vez íamos ficar seis meses em Londres. Oooutra história, né?).

Ói que babies, gente! :)
Ói que babies, gente! :)

Com tudo muito bem organizadinho, acordamos no dia 15 de abril daquele ano prontos para partir para a Terra da Rainha. Mas bastou ligarmos a tevê cedinho para termos a leve impressão de que nossa viagem podia ser mais complicada do que imaginávamos…

Um vulcão de nome feio e comprido (Eyjafjallajkull) tinha entrado em erupção na Islândia, e a fumaça dele já fechava alguns aeroportos do Velho Continente.

Nossa rota era a seguinte: Curitiba → São Paulo → Toronto (era barato, gente. Eu juro!) → Londres

Dava tempo de boa desse vulcãozinho parar de prejudicar os viajantes, né? #AHAMNatasha

Bom, era isso que a gente pensava. Nunca na minha jovem vida (tinha 22 anos) tinha ouvido falar de vulcão que fechava espaço aéreo por diiias e dias.

A gente só queria chegar logo em Londres. Era pedir muito? :'(
A gente só queria chegar logo em Londres. Era pedir muito? :'(

Nosso embarque em Curitiba foi tranquilíssimo (apesar da choradeira na despedida dos pais e amigos) e nosso pouso na terra da garoa também. Tudo começou a mudar na hora do check in na Air Canada. A mocinha que nos atendeu disparou:

– O aeroporto de Londres está fechado por causa do vulcão. Talvez o voo de vocês de amanhã, lá em Toronto, seja cancelado. Como estamos avisando ainda em São Paulo, vocês têm duas opções de escolha:

  1. Ficam aqui e a companhia se responsabiliza pelos custos de vocês enquanto as coisas não normalizarem;
  2. Embarcam e, caso o voo de vocês para Londres não saia amanhã, a responsabilidade dos gastos é toda de vocês.

Olhei para meu então Nahmorado e falei: “aaaah, até amanhã já tá de boa. Vamos pra Toronto”. Ele concordou comigo, assinamos um termo de responsabilidade e partimos.

Parênteses – Pare e pense comigo: eu tinha 22 anos, o João 23. O gato precavido que eu arranjei tinha feito até que uma boa poupancinha pra viagem. Eu não! Tá certo que íamos manter nossos jobs para empresas brasileiras no período, mas o dinheiro era bem contadinho.

Bom, chegamos em Toronto e logo soubemos que, pois é, a situação era mais grave do que os tolinhos aqui imaginavam. Diziam nossos informantes que os aeroportos europeus podiam ficar fechados por diiiiiias, talvez até semanas.

Bateu O desespero.

Começamos a ligar para os hotéis da região e em pouco tempo vimos que as diárias não sairiam por menos de 70 dólares canadenses. =/

Mas a escolha já tinha sido feita, né? Assim, nos restava aproveitar…

Imagiiiina, dinheiro nem é um problema, por isso somos só sorrisos nessa vida de reis em Toronto! haha #sóquenão
Imagiiiina, dinheiro nem é um problema, por isso somos só sorrisos nessa vida de reis em Toronto! haha #sóquenão
Pobres, mas felizes. Esse era o nosso lema!
Pobres, mas felizes. Esse era o nosso lema!

Por isso, os primeiros posts do blog foram apelidados de “Pra Ver em Toronto”. Te convido a ler…

Cinco dias depois, finalmente embarcamos para Londres. Alguns dólares mais pobres, mas bem felizes com o tanto de experiência “surpresa” que pudemos viver por culpa de um vulcãozinho…

Eu olho essas fotos e acho a gente com muita cara de nenê. haha. Mas, enfim, aí estamos nós na nossa segunda casa de Toronto: o aeroporto (embarcando para Londres! =D). Chamo de segunda casa porque todo dia a gente ia lá no guichê da cia aérea chorar para tentar uma remarcação de voo. :) Contamos o fim dessa história neste post.
Eu olho essas fotos e acho a gente com muita cara de nenê. haha. Mas, enfim, aí estamos nós na nossa segunda casa de Toronto: o aeroporto (embarcando para Londres! =D). Chamo de segunda casa porque todo dia a gente ia lá no guichê da cia aérea chorar para tentar uma remarcação de voo. :) Contamos o fim dessa história neste post.

Moral da história:

  • Com dinheiro contado, caso aconteça algo semelhante com você, pense bem se não vale a pena aceitar a opção que a companhia aérea se dispõe a pagar! =D
  • Agora, se o dindin não for problema, conhecer um destino inesperado pode ser uma boa. Se jogaaa! ;)
  • Ah, e jamais duvide da força da natureza!

Mas como assim um raio cai, sim, duas vezes no mesmo lugar?

Pensou que a história acabava assim, que o casal já viveria feliz para sempre? Well, não foi bem assim…

Quando voltamos de Londres em outubro de 2010, decidimos que no ano seguinte precisávamos dar um irmão para o Pra Ver em Londres, e surgiu a ideia de gerar o Pra Ver em Buenos Aires.

Em março de 2011, então, embarcamos rumo a uma temporada na capital hermana.

Nosso apezinho em Buenos era uma delííícia. #saudadesacada
Nosso apezinho em Buenos ficava em Palermo e era uma delííícia. #saudadesacada

Em tempo: o blog Pra Ver em Buenos Aires não existe mais, mas já trouxemos alguns dos posts de lá para cá. Quer ler? Clique nos links abaixo:

Na ida, nenhum vulcão atrapalhou nossas vidas. Foi na volta que a nossa história foi, mais uma vez, afetada por um soltador de fogo.

Nosso time, o Coritiba, tinha garantido sua vaga na final da Copa do Brasil (jogaríamos contra o Vasco), e a gente nem cogitou não estar presente no Couto Pereira na grande final. Antecipamos nossa passagem aérea sem custo algum, mas no dia anterior à viagem veio a notíca: o vulcão Puyehue, do Chile, estava trabalhando e já fechando aeroportos na região – inclusive nosso querido Ezeiza.

Entrei em pânico. Chorei, esperneei, falei “eu não quero perder a final do meu timeeeeeeee”.

Ainda Nahmorado, João falou: “calma, Nah, daremos um jeito”.

Sabe qual foi o jeito? 24 horas de busão + 1 hora de voo de Porto Alegre até Curitiba. E, claro, alguns bons pesos/reais mais pobres. =/

No fim das contas, no dia seguinte à nossa partida de ônibus, o dia em que devíamos ter embarcado de avião, o aeroporto de BsAs estava aberto. hahaha

Mas o que importa é que chegamos em Curitiba a tempo de participar do churras pré-jogo com os amigos, torcer muuuuito pelo glorioso e ir pra casa sem o título. :'( Mas valeu a pena!

... e como valeu a pena!
… e como valeu a pena!
Um pedacinho do nosso império de coxas doidos. <3
Um pedacinho do nosso império de coxas doidos. <3

Sofremos momentaneamente nos dois casos, mas nos divertimos também (você não tem noção do tanto de história engraçada que ouvimos no ônibus Buenos – POA! Rende até um post “histórias de viagem – o episódio das 24h de busão”. haha).

Moral da história 2:

  • Não deixe que o estresse causado por um “probleminha” no meio da sua viagem estrague a diversão. A história que fica para contar valerá a pena. ;)

E aí, o que achou do primeiro post dessa nova seção? Podemos contrar outras? Sabe como é, né, o blog é escrito pra você que nos lê, então sua opinião é muuuito importante. Aguardo seu comentário para decidir se conto a segunda história, de uma burrice que cometemos em Londres, ou não. hehe

Beijobeijo,

Nah

Um ano novo molhado (e divertido) em Londres

*Post escrito em 2014, mas atualizado em 2016 (no fim tem dicas para você que vai curtir a virada de 2016 para 2017 em Londres!)

Sabe aquelas imagens que bombaram no Facebook há algum tempo, que mostravam uma cena como a família pensa que é, como os amigos pensam que é, como você pensa que é e como na verdade é?

Então, eu poderia muito bem abrir este post fazendo uma montagem dessas para falar da nossa primeira experiência de Ano Novo em Londres.

Quer dizer, poderia, não. É isso que eu vou fazer. Toma aí:

Bom, como já deu pra entender, a gente não viu os fogos de pertiiiinho, então as fotos da expectativa não são nossas - são do jornal britânico Daily Mirror. A galera de fotos completa deles está aqui.
Bom, como já deu pra entender, a gente não viu os fogos de pertiiiinho, então as fotos da expectativa não são nossas – são do jornal britânico Daily Mirror. A galera de fotos completa deles está aqui.

hahaha. Desculpa o clichezão, mas achei muito apropriado. :)

Mas antes que você fique com dó da gente, já adianto que nosso primeiro Réveillon em terras londrinas foi divertidíssimo. E nos mostrou que nem sempre é preciso fazer o que todo mundo diz que é “A” opção de ______ (insira aqui o evento de sua preferência) para viver momentos inesquecíveis.

Ano Novo em Londres: a expectativa e a realidade

Ver os fogos da London Eye do outro lado do Tâmisa (ou de “dentro” do rio) é o sonho de (quase) todo mundo que vai a Londres para passar o Ano Novo, certo? Pois é, e era o nosso também.

Mas em uma pesquisa rapidex por outros blogs de viagem (links no fim!) vimos que, poutz, a função para ver os fogos nas ruas próximas à roda gigante não era bem o nosso tipo de programa preferido (teríamos que chegar meeeega cedo, tomar um chá de espera, aguentar empurra-empurra, etc. etc. etc.). Além disso, achamos os preços dos barcos com jantar + vista para os fogos meio salgados, então logo descartamos essa opção.

Nos restou, então, procurar um lugar alto (e menos muvucado) para apreciar o show – que, sim, é incrível!

E opções para isso não faltam. Tem pra quem não quer pagar nada – como Primrose Hill e outros parques localizados em regiões altas da cidade -, e para quem quer aproveitar pra participar de uma festa – como restaurantes que ficam em prédios altos (links para boas opções no fim do texto).

Com o convite do nosso amigo Chico para nos juntarmos a ele e seus roommates em Canada Water, acabamos assistindo no Stave Hill, que fica ali pertinho.

Stave_Hill,_Rotherhithe,_London_-_May_2008
A foto é da página da Wikipedia que apresenta o Stave Hill. Como fomos apenas à noite, direto para ver os fogos, e estava lotado (e chovendo), não conseguimos fazer um registro oficial do lugar. :) – Link para a página original está aqui.

A experiência de ver os fogos na chuva e de um morrinho

Nossa noite de 31 de dezembro de 2013 foi MUITO legal. Chegamos cedo à casa do Chico para ajudar nos preparativos da “ceia”. O cardápio? Um belo churrasco brasileiríssimo, comandado pelo time dos homens – Chico, marido e uns amigos do nosso conterrâneo.

Mas vou te contar que os meninos tiveram dificuldade pra acender o fogo. haha. Primeiro, o carvão não “funcionava” (e isso existe, gente?). Depois, a chama não ganhava força. Mas tão logo a fumaceira se esvaiu e  fogo finalmente começou a esquentar a galera que usava a churrasqueira de lareira (inverno, né?), a picanha começou a virar realidade. OMG, que dia feliz!! =D

Foi engraçado ver os amigos gringos do Chico experimentando essa iguaria da culinária brasileira e fazendo caras e bocas de “Hummm… que delícia”. :)

As meninas da festa se encarregaram dos bebes (tinha gelatina turbinada top!) e dos doces (dos deuses).

Papeamos bastante e quando faltavam uns 20 minutos para a meia-noite nos mandamos para o Stave Hill.

5, 4, 3, 2, 1… Feliz Ano Novo!

Sabe aquele morrinho da foto ali de cima? Então, ele estava beeem cheio quando a gente chegou na área. Além de tomado de gente, o Stave Hill também estava tomado de guarda-chuvas (a garoa fina engrossava à medida que 2014 se aproximava!), de simpatia (todo mundo virou amigo imediatamente) e de ansiedade, porque o que a galera queria mesmo era iniciar a contagem regressiva e ver os fogos famosos, que apareceriam no céu a alguns quilômetros de distância.

Esse era um daqueles dias de bastante vento em Londres. Não havia um guarda-chuva “quieto”. O que mais se via eram umbrellitchas indo e vindo. Mas, sinceramente, isso deixou a festa ainda mais divertida. Na hora da virada, estouramos um espumante, nos abraçamos dizendo nossos votos por um 2014 maravilhoso e admiramos, maravilhados, os fogos que abriram o novo ano.

Amigos são tudo na vida, né? Depois de um Natal delicioso na casa da Liliana e do Klaus, a companhia do Chico para o Réveillon foi a melhor possível. Obrigada, amigo! :)
Amigos são tudo na vida, né? Depois de um Natal delicioso na casa da Liliana e do Klaus, a companhia do Chico para o Réveillon foi a melhor possível. Obrigada, amigo! :)

Ano Novo em Londres - London Eye - The Shard

Pra Ver em Londres - fogos de ano-novo (1 de 1)

Claro que não tivemos a vista mais privilegiada do mundo, mas valeu muito a pena. Foi divertidíssimo. :)

A vista de cima de hoje! #londoneye #london #londres

Uma foto publicada por Pra Ver Em Londres (@praveremlondres) em

Quem é que não queria ver os fogos desse ângulo aí? ahahaha. Mas até por motivos de segurança, não rola, não. Procure um canto pra chamar de seu e se divirta. É esse o barato da vida. ;)

Feliz Ano Novo!

Com essas boas lembranças do Ano Novo em Londres do ano passado, encerro o post de hoje indo ali arrumar minha mala para a viagem que vai encerrar 2014 e iniciar 2015 para nós.

Só temos a agradecer por esse ano que está chegando ao fim. Foi muito, muito bom. E você, que tá sempre por aqui, tem culpa no cartório por isso. Então, mais uma vez, muuuito obrigada. :)

Que o seu fim de ano seja liiiindo. Em Londres, na sua terra natal ou em qualquer outro canto do mundo.

Nos vemos em 2015! ;)

Beijão,

Nah e João

Programe-se para ver 2017 chegar em Londres!

  • O Metro UK tem boas dicas pra você ver os fogos da London Eye sem gastar nada. Clique aqui para ter acesso à lista.
  • A Time Out London tem um guia completo para você que vai curtir a virada do ano em Londres. Tá aqui!
  • A Helô Righetto já viu os fogos da London Eye de um barco no Tâmisa. Ela contou aqui como foi a experiência.
  • A Luiza Ferrari fez um guia pra quem quer ver os fogos das ruas próximas à London Eye. Tá aqui. Só importante lembrar que este ano pra ver de pertinho tinha que comprar ingresso antecipadamente.

Uma história de Natal em Londres

O clima de Natal chegou sexta-feira aqui em casa. Ele veio com o início das nossas férias (\o/) e com esta cena:

Essa fofura é o nosso afilhado João Gabriel, que alegra nossas vidas com esse jeitinho lindo de ser. :) #dindababona

E aí que o “click natalino” fez eu me dar conta que ainda não tinha falado aqui sobre nossa experiência no Natal em Londres. Pra acabar já com esse problema, abri um vinho branco, pedi para o João editar umas fotos e tô aqui escrevendo essas linhas pra você. :)

Minha ideia é falar sobre quatro aspectos que, na minha opinião, tornam o Natal em Londres tão especial. Tem bastante link espalhado no texto. Use-os para programar os seus próximos dias na terrinha – ou pra sonhar com o Natal do ano que vem, de 2016, de 2017… o importante é sonhar! ;)

Escolhi uma música natalina que a gente curte (e que tocou enquanto estávamos no Winter Wonderland ano passado!) para embalar o post. Se quiser, dá o play e curte comigo! :)

O Natal nas ruas de Londres

Iniciei esse post dizendo que o clima de Natal chegou sexta aqui em casa. Tarde, né? É que, pra mim, Natal tem a ver com luzinhas colorindo a cidade, trilha sonora de jingle bells em tudo quanto é canto e criançada dizendo que quer ganhar “biciqueta” do Papai Noel.

Só que em terras curitibanas, pouco tinha visto do “meu Natal” até então. Pra você ter uma ideia, no nosso bairro todinho, a casa dos meus pais deve ser uma das dez iluminadas especialmente para a época – meu “dads” pira nas luzinhas. Olha só:

*hahaha. Brincadeira. Esse aí é o belíssimo Palácio Avenida, um clássico do Natal curitibano – que, aliás, a gente mega recomenda. Mas um dia meu pai chega nesse nível de decoração. Pode apostar.*

Em Londres, no ano passado, foi diferente. Já em novembro a cidade estava inteira decorada para o Natal… <3

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Acredite se quiser, o acendimento das luzes de Natal das principais avenidas da cidade é sinônimo de festança. Milhares de pessoas se reúnem para gritar “ooooooh” quando as luzes são acesas pela primeira vez. :)

A gente foi ver de perto o evento da Regent Street, que tinha show com ex-Spice Girl e minha ex-musa Eliza Doolittle – ex-musa porque confesso que não ando curtindo muito a vibe atual da moça. Alguém além de mim acha que o sucesso subiu à cabeça da inglesinha?

Anyway… confesso que a experiência não foi das melhores. Tinha tanta gente, mas tanta gente, que não vimos nada dos shows. Só ouvimos algumas músicas beeem de longe e, claro, vimos as luzes se acendendo – mas não é nada fenomenal, acho que vale mais a pena observar as luzes já acesas em dias “normais”, sem tanto empurra-empurra. :)

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Enfiiim… Depois de todas as luzes estarem devidamente no modo “on”, andar por Londres é igual se sentir DENTRO daqueles filmes de Natal que a gente via quando era criança, sabe? E isso, aaaaah, isso é uma delícia…

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Mercados de Natal em Londres

Outra característica que torna Londres ainda mais especial no fim do ano são os mercados/feiras de Natal, que podem não ser tão imponentes como os alemães, famosíssimos no mundo inteiro, mas que ajudam a fortalecer o “espírito natalino” de quem visita a cidade nessa época.

O Winter Wonderland, que fica no Hyde Park, é o maior e mais famoso, mas há vários outros espalhados pela cidade – como na Leicester Square, em Southbank, no Victoria Park e assim por diante.

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 O Londonist fez um post apresentando um montão de opções de mercados de Natal em Londres. Vale a pena conferir (tá aqui!).

Basicamente, os mercados/feiras têm comes e bebes, pista de patinação no gelo (que, aliás, é outro clássico do “Natal” londrino – a Thais, colega de blogosfera de viagem, contou sua experiência neste post), brinquedos pra você gastar suas preciosas librinhas se divertir, trilha sonora natalina… é divertido. :)

Dá uma olhada nos registros que fizemos lá no Winter Wonderland:

Fish & Chips não pode faltar, né? :)
Fish & Chips não pode faltar, né? :)
Já que a neve de verdade não veio, que tal levar um pouquinho da artificial para casa? GENTE, é uma delícia ficar pegando essa nevinha na mão. hihi
Já que a neve de verdade não veio, que tal levar um pouquinho da artificial para casa? GENTE, é uma delícia ficar pegando essa nevinha na mão. hihi
Ó aí quanto você tem que  desembolsar pra levar neve pra casa. O que acha?
Ó aí quanto você tem que desembolsar pra levar neve pra casa. O que acha?
Delicinha de bar no meio do Winter Wonderland
Delicinha de bar no meio do Winter Wonderland

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Esse brinquedo é MUITO legal, gente. Um labirinto de pequenas "armadilhas" que a gente percorreu muito bêbados na Oktoberfest, em Munique.
Esse brinquedo é MUITO legal, gente. Um labirinto de pequenas “armadilhas” –  a gente percorreu um igualzinho muito bêbados na Oktoberfest, em Munique.

Deu pra ver que é legal, né? Então procura um perto de onde você está hospedado/de onde você mora ou um que lhe agrade mais e se joga. ;)

O melhor do Natal em Londres: a noite de Natal!

Tudo muito bom, tudo muito bem. Mas o melhor ainda estava por vir: a noite de Natal!

Longe da família e dos amigos da vida toda, o 24 e o 25 de dezembro tinham tudo para ser dias meio tristonhos pra nós. Mas que nada. Os queridos Liliana e Klaus (do blog Catálogo de Viagens – que se você ainda não conhece, precisa conhecer) nos convidaram a passar o feriadão na casa deles, e foi tudo incrível.

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Bons amigos que Londres e o blog nos deram. :) João e eu você identifica, né? Bom, Klaus é o outro homem da mesa, a de cabelo branco é Aida, amiga deles que é maquiadora da MAC do Spitalfields Market e que é uma queridona, e a gata da lindona aqui na ponta é a Liliana.

Pra começar, o cardápio estava top!

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João e eu fomos atééé Willesden para buscar um lombo recheado DOS DEUSES em um açougue brasileiro que merece a indicação: Açougue Ki Carne – ou Açougue do Gaúcho (além do lombo, compramos picanha brasileiríssima pra levar pra casa. Bom demais! hehe). Além disso, Liliana mandou super bem no peru e nos acompanhamentos e a decoração estava liiiinda. Olha só:

Tanto capricho, né, gente? <3
Tanto capricho, né, gente? <3
<3
<3

Mas o ponto alto da noite foi o mico que eu paguei ha hora da abertura dos crackers – uma tradição que merece destaque porque é muito divertida.

Funciona assim: no prato de todo mundo fica um pequeno tubinho que tem um presentinho dentro (o tal Christmas Cracker). Antes da ceia, todo mundo se dá as mãos e cada um puxa um lado de um cracker. Os presentinhos caem (e a Natasha também) e com eles surgem as coroinhas de papel que todo mundo tem que usar até o final da ceia. Ah, tem também umas piadinhas que fazem a galera dar boas risadas – se bem que eu acho que meu mico foi mais engraçado. Vê o que você acha:

hahahahah

Viu um ser caindo ali no cantinho? Pois é, sou eu, essa pessoa nada desastrada. :)

Foi uma noite agradabilíssima! E como dia 25 é feriado e não tem ônibus, metrô, trem, meio de transporte algum circulando, o casal de Vitória (ES) e a amiga Aida tiveram que nos aguentar por mais um dia. =D

Mas acho eu que eles curtiram tanto quanto nós. Tomamos boas cervejas, papeamos muuuito e tivemos um Natal inesquecível.

Obrigada pelo convite, gente. <3

Boxing Day

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O último destaque do Natal de Londres que trago para cá é o famoso “Boxing Day”. O primeiro dia de liquidações pós-Natal. Que muita gente ama. Mas não eu.

Não adianta, “shopping” não é pra mim. Deteeeesto encarar lojas lotadas, cotoveladas para encontrar “o” vestido com 80% de desconto e afins. Na real, não sou consumista e ponto final.

Mas, como sei que o “Boxing Day” é um sonho para muita gente (talvez até para você aí!), no ano passado concordei com o marido que precisávamos viver essa experiência pra contar aqui como é.

No dia 26, então, deixamos a casa dos amigos amados e nos mandamos para a Oxford Street em dia de Boxing Day.

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O que eu posso dizer? Tem bons descontos, sim, mas tem que ter mais paciência do que nunca pra conseguir fazer boas compras. Se você quiser aproveitar, vá com roupas confortáveis e esteja disposto a entrar de porta em porta para encontrar o que busca.

Não vou indicar loja “x” ou “y” porque acho que gosto cada um tem o seu, mas já digo que na região da Oxford Street tem muita coisa a preço de banana nessa tão famosa data. Aproveite!

Feliz Natal! :)

Reunindo aqui minhas quatro principais dicas do Natal em Londres – curtir as luzinhas nas ruas, passear pelos mercados, ter uma noite de Natal com amigos e aproveitar o Boxing Day (se você for desse time, claro) -, aproveito para deixar para você, que nos acompanha e nos motiva a seguirmos firmes e fortes com o blog, um Feliiiiz Natal.

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Que você possa aproveitar essa data com as pessoas que ama e que receba de presente muito carinho, momentos inesquecíveis, bons drinks e boas festas. :)

Saiba que sua companhia aqui é um presentão para nós todos os dias.

Volto antes do dia 31 pra falar sobre nossa experiência no Ano Novo em Londres, ok?

Boas festas e até lá!

Beijão,

Nah (e João – que mais uma vez colaborou com a edição das fotos e do vídeo – thanks, marido!)

*Ps: tem mais fotos no Google+. Clique aqui para ver!

A dica de restaurante do Mick Jagger e uma tentativa de decifrar o fascínio que Londres exerce

Um dos motivos que fazem com que Londres fascine 9 em cada 10 pessoas é sua característica única de abrigar o mundo de braços abertos.

Fala-se mais de 104 idiomas* na cidade. E mais incrível que o número absurdo é como toda essa gente se sente completamente em casa. Não dá pra explicar bem, mas a energia de Londres puxa os cidadãos do mundo e viajantes pra perto dela.

Em cada canto da cidade você pode escutar idiomas indecifráveis, ver pessoas com hábitos muito diferentes dos seus e se encantar com tanta cultura.

O post de hoje tem a ver com isso. Mais do que uma dica de restaurante em Londres é uma pequena homenagem à cidade. Ou quem sabe, uma tentativa de decifrar o fascínio que ela exerce sobre tanta gente.

Trattoria Mondello: mais de 40 anos discutindo no balcão

O bairro de Fitzrovia fica a poucas quadras do caos da Oxford Street, mas é surpreendentemente calmo. Parte dele é um pequeno reduto italiano. Por lá você encontra várias cantinas e trattorias italianíssimas.

Um parênteses antes de continuar: Vale dizer que por ali, na Charlotte Street, tem um The Draft House, um dos melhores pubs de Londres pra tomar cerveja artesanal. A gente foi e atesta: vale a parada. O único porém é que esse é bem pequeno.

Dia desses fomos pra região já querendo jantar em algum dos italianos. Acabamos indo parar na Trattoria Mondello, que reúne tudo o que você pode esperar de uma típica casa italiana.

Lá de fora, o cardápio com preços justíssimos, uma bandeira da Itália estendida e uma foto dos donos ao lado de Mick Jagger convidavam a entrar. Aliás, com uma concorrência forte ao redor, poder contar com um Stones como estratégia de marketing é um diferencial e tanto, não?

Restaurante em Londres - Trattoria Mondello

Restaurante em Londres - Trattoria Mondello_fachada
Presta atenção nesse tiozinho que está na porta. E a foto com o Mick Jagger, achou?
Restaurante em Londres - Trattoria Mondello_ambiente
Ambiente relax

Decifrando a mística de Londres: introdução

Ao passar da porta esqueça Londres. Você agora está em uma típica casa de famiglia na Sicília. Agora, um pequeno conto.

O restaurante é pequeno e está cheio. Um garçom, italianíssimo, vem. Pergunta em quantos estamos, fala qualquer coisa e nos deixa ali plantados. Começamos mal?

Sem saber o que fazer, a gente espera. Passam-se alguns minutos, um pessoal levanta e a gente vai por conta própria pra mesa. Ok, acontece.

Já na mesa, enquanto a gente tomava um vinho e esperava pela entrada, os donos do restaurante, um casal na faixa dos 60 e tantos, discutia com a boca e com as mãos na parte de dentro do balcão. Na sequência, a mesma cena se repete entre nosso garçom avoado e uma garçonete, provavelmente todos da mesma família.

Se você estiver em dia com seu mau humor pode até achar aquela situação desconfortável e inadequada para um restaurante. Só que aí você lembra que não está em Londres, mas no sul da Itália, em uma casa de famiglia com sua cultura e costumes próprios. Tá em Londres, tá casa, não é verdade?

Os pratos, aliás, eram do jeito que a comida italiana tem que ser. Simples, sem frescura e muito saborosos. Não espere comer o melhor spaghetti da sua vida, mas se você está afim de uma legítima refeição italiana a um ótimo preço siga a nossa dica e a do Mick Jagger e vai correndo pra lá.

Restaurante em Londres - Trattoria Mondello_pratos
Sentido horário a partir do canto superior esquerdo: Prosciutto e melone £6 ; Bruschetta al pomodoro £3.30 ;
Lasagna al forno £7 e Spaghetti Bolognese £6.50

 Decifrando a mística de Londres: conclusão

Quando a gente estava indo embora o tiozinho do restaurante, cheio de simpatia e parecendo não lembrar que há pouco discutia com a esposa, me vê fotografando. Eu falo a ele sobre o blog e ele, penso, querendo enriquecer meu post, me chama pra ver uma foto dele com um açougueiro e diz que é lá que ele compra carne desde que o restaurante abriu, há mais de 40 anos. Tudo em italiano e cheio de orgulho. Onde estamos mesmo?

Restaurante em Londres - Trattoria Mondello_1
A decoração com objetos da Sicília mata a saudade da famiglia. O açougueiro está numa área nobre

Já lá fora, aponta a direção do açougue, agradece a visita e nos dá ciao com um sorrisão no rosto. Quem era mesmo que estava brigando lá dentro?

Lembra lá do início, quando falei que Londres tem um poder místico de fazer com que todos se sintam em casa? É assim com os italianos do restaurante. Foi assim com a gente enquanto estivemos lá dentro, muito em parte pelo comportamento da família.

O restaurante era, acima de tudo, a casa deles. ‘Minha casa, minhas regras’, ora. ;)

Restaurante em Londres - Trattoria Mondello_2
Nah e nosso bro Ericson. Uma amizade que nasceu em Londres. Ao fundo, a esposa do tiozinho italiano. Era ali que eles brigavam.

 

Restaurante em Londres - Trattoria Mondello_menu
Tá aí boa parte do cardápio pra facilitar sua vida

E agora, na tentativa de decifrar a mística que Londres exerce, dá pra dizer, seguramente, que boa parte disso está em seus habitantes.

É difícil explicar, mas se você foi uma vez pra Londres é bem provável que morra de saudade. Diz aí! Se não foi, é como se já tivesse ido. Ou, se mora na cidade e aceita bem o frio, não consegue pensar em mudar, não?

Os londrinos, de nascença ou de coração têm um papel fundamental pra eternizar aquela que é a mais famosa citação sobre Londres. “Quando um homem está cansado de Londres ele está cansado da vida”.

Fica o registro e o agradecimento àquela família italiana por me fazer lembrar que há sim, em Londres, tudo o que se pode querer na vida.

Onde fica 

Trattoria Mondello

36 Goodge St London W1T 2QN
+44 20 7637 9037

As estações de metrô mais perto são Goodge Street e Tottenham Court Road

trattoria mondello

 

*Dado de 2011 do Office for National Statistics