Custo de vida em Londres: os melhores supermercados e preços de diversos itens

Há algumas semanas saiu uma notícia que colocou Londres no topo das cidades mais caras do mundo bombou na mídia. A triste realidade surgiu a partir de um estudo do Expatistan, site que compara o custo de vida em mais de 1.500 cidades ao redor do globo. O Top 5 das mais caras ficou assim:

  1. Londres
  2. Oslo
  3. Genebra
  4. Zurique
  5. Nova Iorque

Os dados do Expatistan são formulados a partir de um crowdsourcing. Ou seja, são os próprios moradores das cidades que indicam os preços.

Fiz uma análise na página de Londres. Lá são reunidas informações sobre o preço de itens, como: alimentação, aluguel, internet, roupas, eletrônicos, transporte, higiene pessoal e lazer.

Por ali dá pra ter uma boa ideia sobre o custo de vida em Londres. E adianto que dá pra confiar na maioria deles. Os números representam bem a realidade. Se joga lá porque vai ajudar muito em seu planejamento.

custo de vida em londres

Mini guias sobre o custo de vida em Londres

Inspirados no Expatistan vamos publicar nas próximas semanas uma série de posts que trarão mini guias sobre o custo de vida em Londres. O primeiro é sobre supermercados.

Os preços listados abaixo são referentes a produtos que a gente costuma comprar. Na média, dá pra dizer que um casal consegue se virar bem gastando entre 50 e 80 libras por semana com alimentação, higiene pessoal, produtos de limpeza… enfim, coisas básicas para o dia a dia.

Mas, por favor, tome isso como uma referência e não como verdade absoluta, pois falar sobre custo de vida é um tanto delicado e MUITO relativo! Cada um tem um padrão de vida, rotinas e hábitos alimentares.

Exemplos:

  • A gente gasta uma quantia razoável com vinhos e cervejas, mas talvez esses itens não entrem na sua conta.
  • Por trabalharmos em casa almoçamos e jantamos em casa na maioria das vezes, o que não é muito comum para quem trabalha fora.
  • Suco natural pode custar até 3x mais que o industrializado
  • A marca A custa bem mais caro que a marca do mercado e por aí vai.

Mas vamos lá!

custo de vida em londres - supemercados 7

Preço de itens básicos em fevereiro de 2014

*a maioria dos itens considera o preço dos mercados Asda e The Cooperative Food

Carnes

  • 1 kg de frango: 6 libras
  • 1 kg de alcatra brasileira: 11 libras (açougue brasileiro!)
  • 1 kg de picanha brasileira: 15 libras
  • 1 kg de salmão: 20 libras
  • 1 kg de porco: 5 libras

Massas

  • Macarrão (500g): 1,30 libras
  • Molhos diversos: 1,50 libras
  • Pizza congelada: 3,00 libras

Verduras/Legumes

  • Brocolis (unidade): 1,00 libras
  • Tomate (kg): 1,50 libras
  • Berinjela (unidade): 0,75 libras
  • Beterraba (200g): 0,95 libras
  • Couve Flor (unidade): 1,20 libras
  • Cebola (kg): 0,90 libras

Frutas

  • Banana (kg): 0,68 libras
  • Limão siciliano (unidade): 0,30 libras
  • Maçã (kg): 2,00 libras
  • Laranja (kg) 2,00 libras
  • Morango (400g): 3,00 libras
  • Uva (300g) 3,00 libras

* Dica: compre frutas/verduras/legumes em feiras de bairro. Os preços são BEM melhores

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Café da manhã

  • Leite (1L): 1,00 libras
  • Queijo (200g): 2,00 libras
  • Granola (500g) 3,00 libras
  • Margarina (500g): 2,00 libras
  • Presunto de Parma: 2,00 libras
  • Iogurte (6 unidades): 2,70 libras
  • Leite de Soja (1L): 1,20 libras
  • Suco de Laranja natural (1L): 2,00 libras
  • Café (500g): 3,00 libras

Higiene pessoal

  • Sabonete líquido (300ml): 1,00 libras
  • Sabonete Dove (4 unidades): 2,50 libras
  • Shampoo Head & Shoulders (500ml): 5,00 libras
  • Desodorante Nivea (150ml): 2,00 libras
  • Pasta de dente Colgate (75ml) 2,20 libras

Bebidas

  • Cerveja Lager: 1,10 libras
  • Cerveja Ale: 2,00 libras
  • Vinho: 8,00 libras
  • Coca-Cola (1,5L): 1,00 libras

Diversos

  • Azeite de oliva (400ml): 4,00 libras
  • Chá Twinnings: 1,50 libras
  • Ovos (6 unidades): 2,00 libras
  • Tomate seco: 1,50 libras
  • Biscoito recheado: 1,50 libras
  • Pringles: 1,50 libras
  • Chocolate Cadbury (360g): 3,50 libras

Os valores servem de referência, mas você vai encontrar algumas coisas mais caras e outras mais baratas.

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As marcas próprias dos mercados têm preços excelentes. Algumas coisas têm qualidade questionável, mas a maioria vale a pena

Quer saber mais preços?

Reuni aqui apenas alguns itens, mas se quiser saber mais preços uma boa dica é acessar os próprios sites dos supermercados. Antes de vir pra Londres eu simulei uma compra no Asda e já consegui ter uma ideia de quanto iria gastar mensalmente.

Deu certo. O orçamento que eu fiz antes de vir está bem próximo do que temos gastado. Essa é uma boa dica para ajudar a planejar suas finanças em Londres ou em qualquer outra cidade.

Os melhores supermercados de Londres

A oferta é ampla e os perfis dos mercados diferentes. A gente vai muito no The Cooperative Food, pois tem um a 3 quadras de casa.

O Coop tem um monte de pequenas lojas espalhadas pela cidade. Não compensa para grandes compras, pois os preços são um tanto mais altos que os dos grandes supermercados, mas quebra um galho no dia a dia.

Outra vantagem dele e de outros pequenos mercados como o Tesco Express e Sainburys Local é que apesar do preço mais alto você não perde o foco da lista que tem que comprar.

Falo isso porque sempre que vamos num mercado grande acabamos compramos muita bobagem além do que precisamos. Tem que ter disciplina militar pra não fazer isso! 😉

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O nosso supermercado preferido

*UPDATE EM 24/02/2016: O favorito passou a ser o Lidl, que não tem tantas lojas na cidade como as grandes redes, mas ainda assim é relativamente fácil de ser encontrado. É, hoje digo com certeza, o que tem os melhores preços. Ele vende marcas alternativas, mas de qualidade, a preços mais atrativos.

Gostamos muito do Asda. O preço é geralmente melhor, sempre há ofertas “pague 1, leve 2” e grandes descontos em produtos prestes a expirar. O leque de produtos com a marca deles também é grande e os preços  são MUITO bons.

Também gostamos de ir no Tesco, que tem um perfil semelhante ao do Asda, algumas marcas diferentes, mas preços sutilmente mais altos.

Há ainda o Sainsburys e Morrisons. A gente costumava ir nesses em nossa outra passagem por aqui em 2010 porque eram os mais perto de casa, mas o Asda continua nos parecendo a melhor opção.

Se você tem uma experiência diferente, uma dica que não demos aqui deixa por favor compartilha com os leitores.

Toda informação que ajude a salvar uns preciosos pounds é sempre bem-vinda. =)

Mercados gourmet e de alimentação saudável

No mais, se você procura itens mais gourmet corre pro Marks & Spencer, Waitrose ou Borough Market, um dos meus lugares favoritos em Londres! Já na linha saudável, o Whole Foods e a Holland & Barrett, que é mais uma loja de conveniência do que um mercado, cumprem muito bem essa função.

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O que mais você quer saber sobre custo de vida em Londres?

Temos alguns temas para explorar futuramente a respeito de preços. Mas se tem algo que você quer saber diz aí que a gente conta em um próximo post!

Até lá!

 

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Robin Hood’s Bay: Vistas incríveis e boas histórias no litoral da Inglaterra

Se um inglês velejador e viajante convicto no auge de seus 60 anos te der uma dica de viagem pela sua pátria você iria na dele? E se a sugestão dele for atestada por um morador da região?

Pois foi exatamente isso que rolou com a gente na viagem de Ano Novo que fizemos para a região de Yorkshire, norte da Inglaterra.

Quando falamos ao James, nosso landlord/senhor Barriga, que iríamos para York ele logo pegou um mapa e nos recomendou dois destinos na região: Whitby e Robin Hood’s Bay.

Anotamos as dicas, mas ainda sem a certeza de que iríamos. A viagem era curta e a ideia inicial era passar mais tempo em York (aqui a gente dá boas dicas pra você curtir York).

Planejar é bom, mas improvisar pode ser melhor

Quando chegamos ao cottage que alugamos em Pickering, vilarejo medieval situado 41km ao norte de York, batemos um papo com o simpático dono da casa. John nos recebeu com uma cesta de delícias locais.

Entre uma história e outra nos disse que era ciclista e que com frequência pedalava com sua esposa para tomar boas ales nas cervejarias da região. Era o que precisava pra eu me tornar fã do cara!

Aposentado, vivendo no interior da Inglaterra, pedalando e bebendo com sua esposa por paisagens incríveis…ele vivia o sonho! 😉

Mas, ok, vamos em frente.

Quando comentamos sobre a ideia de ir para Whitby e Robin Hood’s Bay ele assinou embaixo a indicação do James e nos assegurou que valeria a pena.

E aí, como questionar um velejador com muita bagagem de vida nas costas e um local de Yorkshire? O segundo dia em York teria que ficar para a próxima.

robin hood's bay - litoral norte da inglaterra
Essa estrada fica dentro do North York Moors National Park, um parque gigantesco que é destino de turismo de aventura no UK

Rumo ao litoral do norte

O dia começou cedo. Às 7h30 já estávamos na estrada em direção ao litoral. A estrada, aliás, foi um destaque à parte. Ou não, se você é daqueles que concorda que parte da diversão da viagem é o trajeto, e não o destino.

O percurso de 40 km entre Pickering e Robin Hood’s Bay, nossa primeira parada, cruzava o North York Moors National Park, uma região lindíssima. Pelo caminho, ovelhas, tratores, quase nenhum carro e aquele horizonte de perder de vista!

Não demorou para chegarmos em Robin Hood’s Bay, uma pequena e charmosa vila de pescadores. Por lá há alguns hotéis com vistas incríveis, pequenas lojas e alguns restaurantes. Mas veja a região mais como um destino de passagem do que de hospedagem. Há pouco a se fazer por ali senão contemplar vistas como essas:

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Uma curiosidade legal sobre a região é que no século XVIII foi um principais pólos de contrabando da Inglaterra. Os altos impostos e a localização estratégica, isolada por costões, tornava a prática atraente para os malandros desviarem rum, tabaco, chá, seda e outros produtos dos leões da realeza.

Mas, sendo mais justo, num dia quente de verão, quando a temperatura pode passar dos 30º C, passar uma noite ali não deve ser má ideia.

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O nome do local chama a atenção, mas não há registros históricos/folclóricos de que aquele que rouba dos ricos para dar aos pobres tenha passado por lá.
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O dia estava perfeito para um janeiro na Inglaterra: chuvinha fina que ‘cai na horizontal’, brisa do mar e a temperatura nas casa de agradáveis 5ºC. Mas como reclamar do tempo não nos leva a lugar nenhum o melhor é curti-lo do jeito que a natureza lhe apresenta. E pra falar a verdade, aquele cinza dava até um charme extra.
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Cometemos a ousadia de ir de carro até a parte baixa da vila, onde a rua encontra o oceano. Não demora pra perceber que aquelas ruas não foram feitas pra carros. Só mesmo contando com a gentileza britânica para o “trânsito” fluir nos dois sentidos.

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Ficamos por ali por pouco mais de uma hora. O suficiente para descer até a praia, tomar verdadeiros socos de chuva na cara, subir até o mirante e curtir um visual que mesmo longe de seus melhores dias nos mostrou, mais uma vez, que a Inglaterra é mesmo incrível seja onde você estiver!

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Em paz em seu local preferido…

Esse banco fica no ponto mais nobre do mirante. Viagens são histórias que ficam. Obrigado, Kate, por dividir seu lugar preferido com a gente.

Camden Town Brewery: cerveja artesanal em Londres

Londres jamais vai te desapontar quando o assunto é cerveja. Os pubs são, sem sombra de dúvida, um dos grandes legados que os ingleses deixaram pra humanidade, não é?

Mas não é por isso que sua rota cervejeira em Londres deve se resumir apenas aos pubs tradicionais. Nossa Londres, sempre tão democrática, vive uma linda e diversificada explosão cervejeira.

camden town brewery

Uma grande variedade de cervejarias artesanais e bares especializados em vender apenas cervejas com alma estão “escondidos” por toda a cidade.

Já falamos aqui sobre a BrewDog, que inclusive acaba de inaugurar um bar em São Paulo, primeiro fora da Europa.

Hoje  te convido pra conhecer a Camden Town Brewery, marca que já nasceu com um nome de responsa.

Você pode encontrar alguns rótulos dos caras em alguns pubs de Londres, mas o legal mesmo é ir beber da fonte. Eles têm um bar da fábrica que fica nos arredores de Camden.

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A Camden Town Brewery e seu bar da fábrica

A cervejaria foi fundada em 2010 e hoje produz nada menos do que 16 cervejas diferentes. Algumas são fixas, outras sazonais. Duas são feitas com exclusividade para restaurantes de Londres (Byron e Caravan) e outras duas foram criadas em parceria com outras cervejarias.

Essa união, aliás, é marca registrada dos cervejeiros. E isso é muito legal. Você sempre vai provar cervejas com amor à causa em pequenas cervejarias. “Beba menos, beba melhor” é o lema de muitas delas.

Sem falar que o sabor (na maioria esmagadora dos casos) é infinitamente superior a qualquer grande marca.

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Voltando à Camden Town Brewery: sem firulas adianto que vale a visita se você curte um astral diferente e quer passar longe dos circuitos turísticos.

O bar é pequeno, tem uma atmosfera legal, bom atendimento, e o mais importante, ótimas cervejas. Os caras, de fato, honram o nome que carregam no peito. Veja o vídeo que produzimos. Dá pra ter uma boa ideia de como é o bar:

Os preços não fogem ao padrão dos pubs. As pints da casa custam £4. As convidadas, que são rótulos de outras cervejarias, podem chegar a £6. Nesse dia rolavam duas italianas, canto inferior direito da foto abaixo.

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Comida: food trucks convidados

Eles não tem cozinha própria, mas sempre há um food truck convidado na parte externa. Uma sacada diferente que achei bem legal. No dia que fomos estava rolando a Fundi Pizza, que era excelente!

Aqui no site eles disponibilizam o calendário dos próximos parceiros de rango, mas não é sempre que rola. Vale ficar atento ao site.

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Como chegar e horários de atendimento

A cervejaria fica pertinho do overground (não do underground) de Kentish Town. O bar fica bem embaixo da linha do trem. Mas se você estiver por Camden dá pra ir a pé. Vai levar uns 10/15 minutos.

Importante ressaltar também que o bar só abre nas quintas, sextas e sábados (12h às 23h). Eles também abrem a fábrica para tours, mas reservas só estão disponíveis a partir de maio ao preço de £12.  Detalhes aqui.

Mais infos sobre a cervejaria e como chegar no site.

 Ah, e tem mais fotos em nossa página no Google Plus. Vai lá.

Eles também vendem camisetas, bonés e cervejas pra você levar pra casa

Tem alguma dica de bar cervejeiro em Londres?

A gente adora! Conta aí. =)

York de bike: boa pedida pra quem tem pouco tempo

Os muros e torres de York contam bons pontos para que a cidade seja um dos resquícios medievais mais preservados da Inglaterra. E olha que a concorrência é forte!

Os muros começaram a ser erguidos pelos romanos, fundadores da cidade, ainda antes de termos motivo para celebrar o Natal.

Registros históricos apontam que as construções começaram por volta de 70 a.C e que tinham o objetivo de proteger o território recém-conquistado pelo Império.

Entre os séculos XII e XIV, após a derrocada romana seguidos por assentamentos Saxões e invasões Viking, a realeza aperfeiçoou os muros e construiu quatro torres.

Não é difícil se perder na imaginação quando você está parado num lugar como este da foto abaixo: um corredor de transição para entrar na cidade.

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Imagine você aqui e dezenas de guardas te observando de cima.
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Essa vista é da parte externa na antiga York. Esse era o primeiro portão que as pessoas tinham que atravessar

Ao maior estilo Game of Thrones

Os visitantes precisavam passar primeiro por um grande portão que dava acesso a esse corredor fechado. No alto,  simpáticos guardas avaliavam se você era um cara legal o suficiente para entrar na cidade.

Tendo a aprovação deles, mais um portão imenso o separava da cidade. Mas, não, sua entrada não seria triunfante com os portões se abrindo como a gente costuma ver em filmes e seriados medievais – a não ser, é claro, se você fosse o rei ou algum chegado dele.

No meio do imenso portão, uma pequena portinha, que poderia servir muito bem a casa de um hobbit, seria sua passagem.

Eles faziam isso para que a entrada de pessoas pudesse ser bem controlada e os rolezinhos evitados.

Enfim, esse breve relato foi só pra exemplificar um pouco da riqueza da História de York e pra te convencer a fazer um tour de bike por lá. Foi no tour que soubemos dessa e muitas outras curiosidades incríveis!

york de bike

Nossa passagem por lá foi curta. Em uma viagem de quatro dias de carro para o norte da Inglaterra planejávamos apenas um em York. Portanto, não tínhamos muito tempo a perder. Pesava, também, o fato que estamos no inverno. Os dias são curtos. Pelas 16h a noite cai.

A cidade é pequena e em um dia dá pra ver bastante coisa, talvez até o suficiente para um bate-volta de Londres de trem (2h30). Mas adianto que você corre o risco de querer passar ao menos mais um dia. O lugar é lindo!

York de bike

Mas como eu vinha falando, o que nos ajudou muito a ver e entender a cidade foi o tour de bike que fizemos com a Scoot Cycles*.

Em duas horas de passeio em um sábado ensolarado e gelado passamos pelos principais pontos da cidade e aprendemos muito.

A Cai, nossa guia, manjava de tudo. O tour que fizemos foi o York Tour, que passa pelos principais pontos turísticos e históricos da cidade. No meio do trajeto rolam várias paradas estratégicas em que ela fala muita coisa legal.

Vou resumir algumas das informações nas fotos. Preste atenção nas legendas.

Mas fica a sugestão de fazer o passeio. Os detalhes estão no fim do post.

A Cliffords Tower hoje é um ponto turístico de York, mas em 1190 registrou um dos registros mais tristes da história da cidade.  Algo que podemos chamar de um mini holocausto. Toda a comunidade judia da cidade foi perseguida e encurralada lá dentro. Alguns, sem opção, cometeram suícidio, os que arriscaram sair foram mortos e os que ficaram lá dentro foram queimados vivos....O tempo passa e o homem  não cansa de repetir os mesmos erros
A Cliffords Tower é o que restou do antigo castelo da cidade. Hoje é um ponto turístico de York, mas em 1190 registrou um dos fatos mais tristes da história da cidade. Algo que podemos chamar de um mini Holocausto. Toda a comunidade judia da cidade (cerca de 150 pessoas) foi perseguida e encurralada lá dentro. Alguns, no desespero, cometeram suicídio; os que arriscaram sair foram mortos e os que lá ficaram foram queimados vivos… O tempo passa e o homem não cansa de repetir os mesmos erros.
Ruínas de uma antiga Igreja Católica. A impressão que sem tem é que o tempo, talvez guerras destruíram o local, mas na verdade parte das pedras usadas na construção foram retiradas de lá pelos próprios moradores de York com autorização do rei John (1199-1216) após o rompimento com a Igreja. A população arrancou parte da estrutura da igreja para construir casas próprias.
Ruínas de uma antiga Igreja Católica: a impressão que se tem é que o tempo ou, talvez, bombardeios, destruíram o templo, não é? Mas na verdade parte das pedras usadas na construção foram retiradas de lá pelos próprios moradores de York com autorização do rei John Lackland (1199-1216) após o rompimento com a Igreja. A população arrancou parte da estrutura da igreja para construir casas próprias com o aval da realeza, que riu à toa da desgraça cristã.
A foto não mostra bem, mas o prédio ao fundo é a escola em que Guy Fawkes um dia estudou. Ele mesmo, o cara que fazia parte do grupo que tentou explodir o Parlamento Britânico e foi pego com a mão na massa e  que virou moda no Brasil nos protestos de junho do ano passado.
A foto não mostra bem, mas o prédio ao fundo é a escola em que Guy Fawkes um dia estudou. Ele mesmo, o cara que fazia parte do grupo que tentou explodir o Parlamento Britânico, mas foi pego com a mão na massa e que virou moda no Brasil nos protestos de junho do ano passado.
Aquele pequeno portão preto é obrigatório para todas as casas como essa, que ficam às margens do rio Ouse, que corta a cidade. York sofre muito com enchentes. Perguntei para a nossa guia se eles tem mortes ou outros problemas graves  em razão das cheias. Ela me disse que não porque como é algo que sempre acontece eles aprenderam a lidar bem e conseguem se precaver de desastres.
Aquele pequeno portão preto é obrigatório para todas as casas como essa, que ficam às margens do rio Ouse. York sofre muito com enchentes e o portão previne que a água suba para as casas. Perguntei para a nossa guia se eles têm mortes ou outros problemas graves nos períodos de cheias. Ela me disse que não, porque como é algo que sempre acontece eles aprenderam a lidar bem e conseguem se precaver de desastres.
Essa é uma horta pública criada por voluntários para mostrar que é possível cultivar alimentos frescos em pequenos espaços
Essa é uma horta pública criada por voluntários para mostrar que é possível cultivar alimentos frescos em pequenos espaços.

Pedalando em York com a Scoot Cycling Holidays

O tour que fizemos custa £20 se você estiver sozinho ou £15 por pessoa para grupos a partir de duas pessoas.

E se você, como eu, curte pedalar, vale dar uma conferida nos outros tours que eles fazem.

Com destaque para o Le Tour Weekend, que faz o trajeto da 1ª etapa do Tour de France, prova de ciclismo mais importante do mundo.

A edição deste ano vai começar em York pela primeira vez na história. Um feito e tanto que está movimentando o turismo local!

A Scoot também aluga bikes para você passear por contra própria. A diária começa em £15.

pra  ver em londres

Por que pedalar em uma viagem?

Eu sou defensor ferrenho do cicloturismo (e de todas as variações do pedal, é verdade). =) Você sempre consegue ter uma percepção diferente da cidade, fora a liberdade que tem e o tempo que consegue ganhar.

Vale dizer que York é uma cidade excelente pra pedalar. Tem muitas ciclovias e ciclofaixas, o trânsito é tranquilo e os motoristas respeitam bastante. Pode ir sem medo, mas sempre com atenção, claro.

Fica a dica e esse vídeo que fiz com algumas imagens que produzidas durante o tour.

Outros posts sobre York e a viagem que fizemos para o norte vêm aí. A Inglaterra não cansa de nos surpreender, viu?

*Nós fizemos o tour à convite da Scoot Cycling Holidays e do VisitYork

Christiania em Copenhagen: viva a sociedade alternativa

pra ver no mundoHavíamos lido uma coisa ou outra sobre Copenhagen ter um lugar em que um grupo de pessoas vivia à sua maneira. Confesso que não fui a fundo na pesquisa prévia, mas não imaginava algo maior do que uma feirinha hippie ou coisa assim.

Até passar pelo portão…

Copenhagen - Christiania

Era difícil imaginar que na quase careta Copenhagen uma comunidade alternativa com pegada anarquista sobrevive há 42 anos.

Viva a sociedade alternativa

Visitar Christiania me fez entender mais um motivo que faz de Copenhagen a cidade mais feliz do mundo. A existência da Free Town revela um lado positivo do governo dinamarquês. Logo explico.

Christiania (a Cidade Livre) foi fundada em 1971 a partir de um grupo de moradores do bairro Christianshaven. Os caras pularam as cercas de uma então área militar de 85 acres abandonada à beira do lago pois queriam uma área verde e um parquinho para suas crianças.

O ato chamou a atenção. Meses depois um jornal alternativo publicou uma matéria sobre como a área poderia ser transformada em moradia para muitos jovens que não podiam arcar com um lugar para viver.

A notícia correu o país! Milhares de pessoas tomaram Christiania e criaram um mudo à parte da Dinamarca.

Uma sociedade anarquista que funcionava a partir de suas próprias regras baseadas na liberdade e no senso de comunidade.

Copenhagen - Christiania 2
Difícil, naquela época, seria imaginar que Copenhagen fosse celebrar os 42 anos de Christiania em 2013.

Tomando banho de chapéu

Christiania recebe um milhão de turistas por ano e é uma das atrações mais visitadas de Copenhagen.

Um orgulho tímido mexe com os Copenhagers quando o assunto é a Cidade Livre.

Nosso host Benjamin, 27 anos, me disse: “Não que eu queira morar lá, mas é bom saber que existe uma alternativa. Me deixa feliz, também, o fato de nosso governo respeitar os ideais dos habitantes de Christiania”.

Entre nós: se o cara que mora na cidade mais feliz do mundo gosta de saber que existe uma alternativa, quem sou eu pra discordar, não é?

Brincadeiras de lado, a Dinamarca sempre está nas listas dos melhores do mundo seja lá em que for.

Agora explicando a teoria lançada lá no início: Você já parou para pensar no quanto o governo contribui para a Dinamarca ser o que é hoje?

O respeito pelas pessoas, claramente percebido na estrutura cicloviária da cidade, a tolerância com Christiania e as palavras de um jovem estudante da língua chinesa (!) de 27 anos evidenciam a influência que um governo tem para o bem-estar das pessoas.

Boa parte da felicidade dos dinamarqueses ocorre porque quem manda faz sua parte. Você paga seus impostos, mas não se preocupa com educação, saúde ou que prender sua bike aqui ou ali pode ser perigoso. Reaproveitando uma outra coisa que Benjamin me disse: “Nós não temos preocupação como cidadãos”.

Um tanto óbvio falar isso, mas em tempos de investimentos surreais em Copa do Mundo, aumento do imposto (de 0,38% para 6,38%) para gastos com cartão de débito no exterior, etc, etc, etc, é sempre bom lembrar do nosso país do futuro.

Copenhagen - Christiania 6

Christiania x Governo: uma relação de altos e baixos

O governo dinamarquês já enxergou Christiania como um experimento social e a deixou em paz. Mas durante suas quatro décadas de existência políticos vez ou outra lembravam que a área invadida era de propriedade da União. E era muito valiosa.

Em 2012 o governo decidiu, então, resolver a questão. Ofereceu a área para os moradores por um preço muito abaixo do valor de mercado, concedendo linhas de crédito para o financiamento e garantindo que o modo de vida seria preservado.

A solução dos habitantes, totalmente contrários à ideia de propriedade privada, foi decidir que nenhum indivíduo controlaria o território. O Coletivo sempre teria voz absoluta em Christiania.

O sonho teria acabado?

Mais de 10 mil pessoas já chegaram a viver em Christiania. Hoje são cerca de mil famílias, segundo o Visit Copenhagen, órgão de turismo oficial da cidade.

Essa ótima matéria de Tom Freston (em inglês), que esteve em Christiania nos anos 70 e novamente em 2013 conta detalhes bem interessantes sobre a história de Christiania.

Em um trecho ele cita uma conversa que teve agora com Ole Lykke, um senhor de 67 anos, morador de Christiania desde 1979.

“Nós agora pagamos o dobro do preço pela metade da liberdade considerando os juros e o aumento do aluguel. Nos tornamos uma estrutura capitalista. O Estado, se quiser, pode reajustar o preço do aluguel e aumentar os juros dos financiamentos. Será cada vez mais difícil para pessoas idosas e deficientes físicos terem uma casa aqui”.

Copenhagen - Christiania 1

O Green Light District de Christinia

Além de sua comunidade, feiras de artesanato, cafés e restaurantes de comida vegetariana, o que mais chama a atenção em Christiania é a Pusher Street.

Uma feirinha logo na entrada da Cidade Livre em que se vende maconha e haxixe sem pudores. O consumo dentro de Christiania é permitido, apesar de proibido em Copenhagen. Uma situação única no mundo, talvez.

Mas não pense que vai encontrar tiozinhos de roupa colorida escutando Pink Floyd vendendo unzinho por lá. O clima é um tanto pesado no Green Light District.

Placas com sinal de proibido fotografar estão em todos os lugares e os feirantes têm cara séria e são de pouca conversa. O preço? Com algo entre 50 e 100 coroas dinamarquesas (em torno de £5 a £11) você compra um baseado ou 1 grama de uma ampla variedade.

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O futuro de Christiania

O temores de Ole Lykke sobre o futuro da Cidade Livre são rebatidos pela esperança de que a Dinamarca legalize a maconha. “Legalizando você acaba com o único argumento de que Christiania é ilegal. O produto seria taxado e legitimado como negócio”, diz.

Que os ventos que sopram do Uruguai ajudem a manter a cidade livre de pé.

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Placa na saída de Christiania avisa: você agora está entrando na União Europeia

Mais fotos e tour guiado

Temos poucas fotos porque não quisemos correr riscos já que a proibição imperava, mas no Trip Advisor você pode ver algumas.

Lá ficamos sabendo de um tour que rola às 15h, se não me engano diariamente e tinha um preço bem acessível. Fico devendo os detalhes porque não conseguimos fazer. Chegamos lá mais para o fim do dia, mas espero que ajude.

Onde fica

Fomos pra lá pedalando, mas a estação de metrô mais próxima é a de Christianshavn. Um mapa vai te ajudar.

Vale a leitura

Visit Copenhagen – Christiania

Rolling Stone – Christiania, o paraíso perdido

Vanity Fair – You are now leaving the European Union

Copenhagen: a cidade das bicicletas

Dicas de Londres e conteúdo exclusivo no seu e-mail

O ano está acabando em meio a muitos projetos aqui no P.V.E.L.

A gente está trabalhando muito e preparando muitas novidades pra 2014. Sério, será um ano cheio de surpresas e boas notícias pra você que está sempre aqui e gosta das nossas histórias.

Por enquanto não dá pra adiantar nada…boa parte das boas novas só virão lá por março e abril, mas antes disso vamos preparar umas surpresinhas bem legais pra quem assina nossa newsletter.

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Copenhagen: como a bicicleta definiu um destino de viagem

pra ver no mundoA bicicleta é um objeto um tanto curioso. A gente costuma ter o contato com ela nos primeiros anos de vida e, em linhas gerais, isso dura uma infância ou talvez até os primeiros anos de adolescência.

No auge de seus seis anos a Nah era a rainha do pedal
No auge de seus seis anos a Nah era a rainha do pedal

Aí, na maioria dos casos – e isso inclui o meu – deixamos a magrela de lado. O brinquedo acaba perdendo seu encanto e anos se passam sem que lembremos que ela exista.

Até que um dia, lá pelos 20 e tantos você decide comprar uma bike pra ver se aquela sensação do vento no rosto e de ser o seu próprio combustível pode voltar a ser divertida como foi lá atrás…

E aí você começa a pedalar nos fins de semana…E  vai percebendo que as distâncias não são tão longas como parecem, que você pode deixar o carro em casa pra ir ao mercado comprar uma pasta de dente e umas cervejas, que fazer a feira de sábado de bicicleta é uma terapia e que até aquela reunião no centro da cidade se torna mais produtiva e divertida quando você não tem que encarar um trânsito estúpido.

E, também, descobre o cicloturismo:

pedal morro do canal
Pedal da Piazada nos arredores de Curitiba. Ao fundo, o Morro do Canal

E, à parte disso, você descobre um universo paralelo que existe em razão da bike. Empresas que nasceram por e para a bicicleta como a EcoBike Courier e a Kuritbike , só pra citar dois grandes exemplos lá de Curitiba.

Nesse ponto você já tem certeza que o encanto e a magia da infância pulsam mais forte do que nunca! =)

9 coisas que a bicicleta me ensinou

  • Que de nada adianta reclamar do trânsito quando você é ele;
  • Que o carro tem uma boa parcela de culpa em muitas loucuras que vemos e vivemos nas grandes cidades;
  • Que o mundo e a saúde de amanhã a gente constrói hoje;
  • Que trocar as noites de sábado pelas manhãs de pedal no domingo é impagável;
  • Que existe muita gente boa demais vivendo por e pela bicicleta no mundo;
  • Que pedalar traz alegria, saúde e um mundo melhor;
  • Que minha cidadania se faz presente nas minhas atitudes;
  • Que viajar dentro de sua própria cidade pode ser tão incrível quanto ir para qualquer lugar do mundo;
  • Mas que escolher seu próximo destino de viagem por causa da bike cedo ou tarde vai acontecer!
dia de greve
Meus 20 centavos: dia de futebol tinha greve dos motoristas e cobradores do transporte público. Imagina o trânsito da cidade que tem a maior média de carros por habitantes no Brasil e o quanto eu me diverti… =)

Por que Copenhagen?

copenhagen - carros e bicicletas

Nossa primeira viagem para fora do Reino Unido em nosso projeto Londres 2013/2014 já estava definida antes mesmo de virmos pra cá. Copenhagen foi a escolhida por livre e espontânea pressão deste que vos fala. =) Sempre sonhei em ver de perto como é a melhor cidade do mundo para pedalar!

Copenhagen está longe de ser uma das cidades mais procurados da Europa. Não está entre as 20 mais visitadas no continente e nem entre as 100 no mundo segundo a Euromonitor International. Ela não tem nenhum ponto turístico  mundialmente famoso e pouco ouvimos falar dela, não é?

Eu até diria que a cidade pode te decepcionar se você não for muito ligado na questão da bicicleta ou se for sua primeira viagem para a Europa…quer dizer, isso depende muito do que você curte ver numa cidade como viajante…mas isso é papo pra outra hora.

pedalando em copenhagen

O povo mais feliz do mundo

Recentemente os dinamarqueses foram eleitos o povo mais feliz do mundo pela ONU .  Não vou entrar nos detalhes disso agora, mas se você ficou curioso o Visit Denmark tenta explicar aqui os porquês.

Falei sobre isso com o Benjamin, o camarada que nos recebeu por lá com sua esposa Tine através do Couchsurfing. Na visão dele toda essa felicidade se explica pela ausência de preocupações que se tem por lá. Em outras palavras, a felicidade dos dinamarqueses é medida pela confiança no governo, passa pelos sistemas de saúde e educação impecáveis, taxa de crimes quase inexistente, dinheiro no bolso  e pelo sol da meia noite no verão.

Ele não citou, mas eu incluiria na lista o motivo que há um bom tempo me fazia querer conhecer Copenhagen.

centro de copenhagen

A cidade das bicicletas em vídeo

Copenhagen é uma esperança viva para os sonhadores que acreditam em cidades mais humanas, feitas e pensadas para as pessoas, não para carros ou para atender os interesses desse ou daquele.

Uma cidade em que apenas 14% dos deslocamentos diários para o trabalho ou escola são feitos de carro e que tem como meta diminuir isso ano após ano é muito mais do que um exemplo a ser seguido.

Os detalhes sobre a relação de Copenhagen com a bicicleta a gente mostra nesse vídeo. Dá pra entender um pouco mais do que é aquele universo mágico de Copenhagen:

Vamos falar mais sobre nossa viagem pra Copenhagen futuramente. Temos algumas boas dicas. =) Até lá, peço desculpas por sair um pouco do foco viajante.

Mas uma coisa que aprendi viajando é que cada cidade que você conhece tem algo a te acrescentar como cidadão. E foi por isso que eu fiz questão de compartilhar essa experiência com você.

Como já dizia o Real Coletivo Dub, banda curitibana que ilustra a trilha do vídeo, Sozinho nós vamos mais rápido. Juntos nós vamos mais longe.

Um agradecimento especial à galera do Real por autorizar o uso da música “Eu Vou de Bike” como trilha do vídeo!

bicicletas em copenhagen

Quer ver mais fotos?

Disponibilizei um álbum em nosso perfil no Google+ com várias fotos de bicicletas em Copenhagen. Vai  ver e aproveita pra nos seguir por lá também. E não esquece de preencher o formulário pra entrar na nossa lista de e-mals e receber os futuros posts e novidades sempre em primeira mão. =)

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Para saber mais

Cidades Para Pessoas: projeto fantástico da jornalista Natália Garcia

Richmond: um dos principais pontos turísticos de Londres? (+ vídeo de bônus)

Não, Richmond não é um dos principais pontos turísticos de Londres, mas após ler esse post e assistir o vídeo você vai concordar que ele deveria ser – garanto! =)

O nosso desejo de conhecer o Richmond Park era antigo.

Sempre ouvimos falar que ele era um dos parques mais bonitos da cidade, mas como fica um tanto longe, lá na última parada no lado oeste da District Line (Zona 4), sempre adiávamos.

Por favor não cometa esse erro!

No último sábado finalmente fomos até lá e voltamos já programando uma nova visita.  Com sobras, Richmond entrou na lista dos nossos favoritos em Londres.

A começar pelo bairro

Saímos de casa pensando somente em conhecer o parque, mas não foi fácil…

Achávamos que o parque seria ao lado da estação, mas uma caminhada de uns 30 minutos (cerca de 1,5km) subindo a colina ainda nos reservaria incríveis surpresas.

O centro de Richmond é praticamente uma cidade à parte de Londres. O fato de o bairro ser um pouco distante, mas com paisagens surreais quando você pensa que está em uma das maiores cidades do mundo, fez com que a economia local prosperasse, penso.

Você encontra por lá praticamente todas as grandes e pequenas lojas do varejo londrino, bons restaurantes, supermercados, cinema, artistas de rua e toda aquela atmosfera apaixonante de Londres.

Não é difícil querer morar por ali não, viu…

O mercado de rua que rola aos sábados é bem pequeno, mas incrível! Se você curte uma boa comida de rua vai se deliciar.

Richmond - Farmers Market

Tá vendo que o objetivo inicial de ir até o parque não foi fácil, né?

Mas quando chegamos nessa ponte aí da foto que realmente vimos onde estávamos. E ainda nem tínhamos começado a subir a Richmond Hill, a subidinha que nos levaria ao parque.

pra ver em londres - richmond - principais pontos turísticos de londres

pra ver em londres - richmond - principais pontos turísticos de londres

pra ver em londres - richmond - ponte 3-2

Subindo a Richmond Hill e perdendo o fôlego

Não tenho nada para falar sobre a Richmond Hill. Sério! As fotos da rua que leva ao parque falam por mim…a cada 10 metros que a gente andava o visual incrível das curvas do Thames mudava.

pra ver em londres - richmond - views6

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Richmond certamente entraria na lista dos 1000 lugares pra pedalar antes de morrer

pra ver em londres - richmond - views6

O Richmond Park

O Richmond  é o maior parque de Londres e é também uma Reserva Natural que serve de lar para adoráveis veadinhos. Mas há de se ter cuidado. Diversas placas avisam que eles são animais selvagens e que é recomendado manter uma distância de 50m das feras.

Não conseguimos ver nenhum pois chegamos lá um pouco tarde e não pudemos caminhar muito parque adentro.

pra ver em londres - richmond park 4
A placa alertava para que as pessoas não retirem as castanhas do chão, pois elas servem de alimento aos veados no outono e inverno

Merecem destaque no parque, também, a Isabella Plantation, um jardim ornamental, e o Pembroke Lodge, uma mansão que tem um Tea Room, recebe muitos casamentos e parece ter outras belas paisagens do horizonte sobre o Thames. No site do parque você pode ver mais detalhes sobre essas e outras atrações do parque.

No mais, vale considerar alugar uma bike pra otimizar o passeio, já que a área é imensa. Há um serviço de aluguel dentro do parque. Aqui você encontra mais infos.

Bom, informações importantes repassadas eu fico sem mais argumentos. Deixo as fotos e o vídeo que editamos te convencerem a ir até lá, ok?

Garanto que você vai querer sair correndo pra Richmond quando chegar ao fim do post.

Assista o vídeo

pra ver em londres - richmond - sunset

pra ver em londres - richmond park 2

pra ver em londres - richmond park 3

pra ver em londres - richmond - nah joao

Queremos conhecer seu parque favorito em Londres

Aproveitando, qual é o seu parque preferido em Londres? Tem algum fora do circuito tradicional que você adora? A gente já falou sobre o Springfield Park, que fica em Clapton, nossa antiga vizinhança.

Deixa sua sugestão nos comentários que a gente vai adorar conhecer! =)

Ah, as fotos do post foram reunidas em nosso perfil no Google+. A partir de agora vamos manter atualizações por lã também. Não deixe de seguir

Dicas pra aproveitar melhor seu dia em Richmond

  • Vá a Richmond no sábado pra curtir o mercadinho de rua, que é pequeno, mas repleto de delícias. Comidinhas boas e baratas entre 11h e 15h.
  • Reserve algumas boas horas pra curtir o parque, pois ele é imenso.
  • Tem um Sainsburys pertinho da estação. Aproveite pra comprar uns quitutes e fazer um picnic no parque.
  • Considere alugar uma bike

Covent Garden: um passeio em vídeo

Difícil fugir do clichê pra falar de Covent Garden! Foi por isso que fizemos um vídeo. =) É um dos bairros mais famosos de Londres.  É parada obrigatória pra qualquer viajante, mas os londrinos também adoram passar seu tempo ali.

A arte pulsa em Covent Garden 

De palhaços e malabaristas a intérpretes de clássicos do rock e cantoras de ópera e muito mais! Os artistas de rua são fantásticos! A menina que encerra nosso vídeo ilustra isso brilhantemente com um cover de Amy Winehouse que nos fez babar.

O bairro também já serviu de palco para o autor do best-seller Um gato de rua chamado Bob. O ex-junkie e hoje escritor James Bowen fazia um rock por ali antes de escrever seu livro. Aliás, essa é uma boa leitura pra viajar por Londres. O cinema também já cumpriu uma boa cota na região. My Fair Lady que o diga…

covent garden

Um bairro democrático

Em poucas quadras andando por ali você vê de tudo!  Nada mais Londres do que isso!

No mercado você pode se consultar com videntes, comprar obras de Banksy, se deliciar com os tradicionais fudges ingleses e por aí vai. Você pode encontrar verdadeiras pechinchas. Mas também pode gastar pequenas grandes fortunas nas lojas de grife ao redor da piazza. Para os fãs da Apple, a loja que tem ali é uma perdição.

O Transport Museum Of London também fica ali. Excelente programa pra esticar o dia na região.

Covent Garden rende um almoço incrível nas quintas-feiras, quando rola uma feirinha com delícias dos quatro cantos do mundo. Você sente os cheiros de longe…

Em qualquer outro dia você pode comer desde uma jacket potato por algumas poucas libras, tomar umas boas pints no tradicionalíssimo Punch & Judy ou se esbaldar em restaurantes top.

Ficar por ali vendo a vida passar também é um bom programa. 

Pra fechar: assista o vídeo

Covent Garden tem um ar meio mágico, que surpreende, encanta, te deixa feliz e só faz com que você se apaixone ainda mais por Londres.

A gente tentou mostrar um pouco disso no vídeo. Não ficou um primor, mas prometemos melhorar nos próximos. Esse foi o primeiro de muitos que virão!

Aliás,tem alguma sugestão de vídeo? A casa é sua! =)

Ah, não esquece de clicar ali na engrenagenzinha do YouTube pra assistir em HD. =)

Enjoy!

Como chegar ao Covent Garden

O site oficial traz todas as informações que você precisa. Acesse aqui.

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Bandeira do Reino Unido: um resumo de sua história

A bandeira do Reino Unido é um ícone!  Sempre referência para a indústria criativa, também move o imaginário e os sonhos de gente como você e nós, apaixonados por Londres!

Mas você sabe o que ela representa? A história da *Union Jack* (a explicação para o termo está no fim do post) é bem interessante. Hoje a gente conta um pouco pra você.

História da bandeira do Reino Unido

A primeira versão da bandeira britânica surgiu em 1606. Era uma combinação das bandeiras da Inglaterra e da Escócia, que até então eram os únicos países que formavam o United Kingdom of Great Britain. Aqui vai um resuminho da história das bandeiras desses países:

A bandeira da Inglaterra

st george
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Paolo_Uccello_050.jpg

St George (São Jorge), padroeiro da Inglaterra, leva os méritos pela origem da bandeira inglesa. Reza a lenda que a cruz vermelha com o fundo branco simboliza o dia em que Jorge matou um dragão para defender a vida de uma princesa após ser beijado por ela quando ainda era um sapo.

Para celebrar seu ato heróico Jorge teria, com sua espada, desenhado uma cruz em seu escudo branco com o sangue do dragão.

Alguém duvida que ele pegou a princesa?

bandeira inglaterra

A bandeira da Escócia

bandeira escóciaOs escoceses orgulham-se de ter a bandeira mais antiga da Europa. Sua origem data de uma lenda antiga, mais precisamente de uma batalha ocorrida em 832 A.C.

Na ocasião, o exército escocês, liderado pelo rei Angus, teria invadido um território e sido cercado por muitos e furiosos Saxões. Temendo o pior, Angus rezou aos céus.

A resposta divina se deu através de uma formação de nuvens em formato de cruz. O contraste com o céu azul remete à bandeira que conhecemos hoje.

O rei prometeu que se seu exército vencesse a batalha, St. Andrew se tornaria padroeiro do país.

Uma boa história, não? =)

Outra lenda conta que a bandeira escocesa também homenageia St. Andrews por ele ter sido crucificado em uma cruz em formato de X.

ST ANDREW
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Crucifixion_saint_andrew.jpg
Essa foi a primeira versão da bandeira do Reino Unido
Essa foi a primeira versão da bandeira do Reino Unido

E veio a Irlanda do Norte

A partir de 1800 os vizinhos do leste passaram a fazer parte do Reino e contribuíram para a bandeira do Reino Unido com sua St Patricks Saltire. A antiga bandeira (os irlandeses chegaram a ter outra) também homenageia seu  padroeiro, São Patrício.bandeira antiga da irlanda do norte

St Patricks hoje leva fama mundial graças à festejada comemoração que rola todo dia 17 de março e se espalhou pelo mundo como uma bela desculpa pra encher a cara.

É, portanto, a junção dessas três bandeiras que formam a bandeira do Reino Unido que conhecemos hoje.

Este vídeo explica de forma muito simples como a união das bandeiras da Inglaterra, Escócia e Irlanda formou a tradicional bandeira do Reino Unido.

Mas e o País de Gales?

Welsh-National-FlagOs vizinhos galeses não são lembrados com seu clássico dragão porque em 1282 o rei da Inglaterra Edward I anexou o País de Gales ao território inglês. Sua participação na Union Jack atual se dá portanto, através da bandeira inglesa.

Em 2007 o parlamentar galês Ian Lucas abriu a a discussão para inserir o dragão vermelho à bandeira da Grã-Bretanha. Porém, procurei notícias recentes sobre o projeto e nada encontrei. Parece que ninguém deu muita bola para Lucas. Que vergonha!

Talvez esse reino não seja tão unido assim…

E aí, gostou do post?

Esse post é uma novidade aqui no Pra Ver Em Londres. Sempre focamos em contar sobre lugares dicas sobre o que fazer em Londres, mas os ares britânicos têm nos inspirando a conhecer mais a história dos caras.

Se você curtiu o post e quer ler mais sobre a História de Londres ou do UK comenta aí e diz pra gente. Mas se também não gostou por favor, diga!

Afinal, esse blog é tão nosso quanto seu! =)

*Por que a bandeira do Reino Unido é chamada de Union Jack?

De acordo com o site da realeza britânica, o termo Union Jack data do reinado da rainha Anne (1702-1714), mas sua origem é incerta. Pode ter vindo das jaquetas dos soldados ingleses e escoceses ou a partir do nome de James I. Ele foi rei da Escócia e da Inglaterra e foi quem oficializou a primeira união em 1603.

Outra alternativa para a origem da Union Jack deriva da proclamação do rei Charles II. Ele defendia a tese de que a Union Flag deveria ser usada apenas nas embarcações da Marinha Real como uma “jack”, termo empregado na época para denominar pequenas flâmulas.

Fontes

http://www.royal.gov.uk/MonarchUK/Symbols/UnionJack.aspx

http://www.theguardian.com/books/2006/jun/24/society

http://en.wikipedia.org/wiki/Union_Jack

Por fim, um sonzinho pra embalar