Road trip 1: stonehenge

Pegar a estrada é sempre bom! E quando se trata de viajar em um dia ensolarado, para um lugar novo e misterioso e com boas companhias isso se torna ainda melhor. Por fim, fazer tudo isso dirigindo ao contrário pela primeira vez é sensacional.

Nos últimos dias recebemos a visita da Nica (colega de faculdade da Nah) e do Leo, seu namorado. Eles estão fazendo um mochilão pela Europa e ficaram quatro dias em Londres. Nas discussões sobre o que fazer e pra onde ir surgiu a ideia de conhecer Stonehenge, as misteriosas pedras que atiçam a curiosidade do homem há milhares de anos.

Com a ideia na cabeça, só faltava um carro na mão. Mas isso foi tranquilo. Alugamos um Ford Fiesta por £71 a diária (já com taxas) e caímos na estrada.

Como só eu estava com carteira de motorista tive que fazer o “sacrifício” de dirigir pelas motorways inglesas. Que experiência! Sobre a carteira, vale lembrar que a licença brasileira pode ser usada aqui por até 12 meses do período em que chegou. Não precisa traduzir e nem tirar a internacional.

british way
british way

Confesso que no início foi um tanto complicado trocar as marchas com a mão esquerda e lembrar que a mão inglesa é regra. Mas passado o período de adaptação fica tudo bem. Exceto por alguns pequenos deslizes – como perder uma calota por subir no meio fio – que mais tarde viram risadas e histórias pra contar.

Saímos da locadora e buscamos a saída da cidade apenas com um mapa da região central de Londres e um das estradas na mão – os caras não tinham mais GPS disponíveis. Parecia que isso seria uma dureza, mas não foi. As ruas e estradas são muitíssimo bem sinalizadas.

A viagem até Stonehenge não chegou a levar duas horas. As rodovias eram impecáveis e sem nenhum pedágio – exatamente o que se espera de qualquer país sério.

Chegando em Stonehenge

Stonehenge fica próxima de Amesbury, uma pequena cidade interiorana onde o tempo parece passar devagar. Sem muito pra conhecer por lá, tocamos para as esperadas pedras. Pra nossa surpresa elas ficam na beira da estrada e podem ser vistas já de dentro do carro.

a primeira visão de Stonehenge
a primeira visão de Stonehenge

A primeira impressão foi incrível. Pra resumir, eis o meu pensamento na hora: caralho, que doidera!

Paramos o carro e adentramos a região onde estão as pedras. Aos desinformados bom lembrar que é preciso pagar £6,90 para entrar. £5,90 se você for estudante. Também existe uma taxa de £3 para estacionar, mas eles devolvem o valor quando você compra o ingresso.

Lá dentro a cena clássica de qualquer lugar famoso. Centenas de turistas. Fácil de entender por que as pedras são protegidas por uma corda que mantém todos afastados. Somente no dia do solstício de verão é possível chegar perto. Nossa amiga Lara esteve lá e conta aqui como foi a incrível experiência.

Explicar o que é Stonehenge é difícil. Pra alguns pode ser apenas um amontoado de pedras com várias faltando. Mas para muitos, e nós estamos incluídos nessa, se trata de uma viagem transcedental pela história da humanidade. Os registros apontam que as pedras foram erguidas em três etapas, entre os anos 3000 a 1100 antes de Cristo.

stonehenge: do inglês arcaico "stan" = pedra, e "hencg" = eixo
stonehenge: do inglês arcaico “stan” = pedra, e “hencg” = eixo

O real motivo de sua existência é ainda inexplicado, mas três teorias dividem a opinião dos historiadores:

  • Relógio astronômico
  • Templo para cultuar o sol
  • Espaço para rituais sacrifícios
reconstrução de como seria a forma original de Stonehenge
reconstrução de como seria a forma original de Stonehenge

Entendeu a doidera?

Pra mim, estar em Stonehenge foi um privilégio. Conhecer um lugar com tanta história e com tanta energia foi algo que, sem dúvidas, irá marcar pra sempre. Até vale a dica: se você não for muito chegado nessa coisa de história, mistério e boas energias talvez nem curta muito o local. Pois, falando de forma objetiva, não passa mesmo de um amontoado de pedras com muitas faltando.

Mas nós recomendamos, e muito, a viagem. Principalmente se você for de carro curtindo uma road trip de primeira com seu amor e amigos.

essa é uma daquelas fotos que serão lembradas com um sorriso daqui 50 anos
essa é uma daquelas fotos que serão lembradas com um sorriso daqui 50 anos

No meu próximo artigo escrevo sobre a viagem de volta e as cidades que conhecemos. Uma delas absolutamente incrível!

Até lá.

Serviço:

Onde alugar o carro (melhor preço entre todos quando pesquisamos)

Informações sobre Stonehenge

Protesto contra o uso de animais em laboratório em frente ao Parlamento

Um dos motivos que me levaram a querer dar um tempo de Curitiba foi a previsibilidade da cidade. A capital do Paraná é uma grande cidade e, em alguns aspectos, um bom lugar pra viver.

Parque Barigui: a praia curitibana
Parque Barigui: a praia curitibana

Mas o desenvolvimento que percebemos por lá nos últimos anos não foi capaz de apagar alguns aspectos culturais que, na minha visão, não são bons. Curitiba e seu povo nunca deixaram de ter uma mentalidade provinciana.

E acho que o pessoal gosta disso – de preservar uma essência de cidade pequena em meio ao caos urbano. Por favor entendam que isso não é uma crítica. É apenas a visão que tenho da minha cidade.

Dito isso, quem não gosta dessa mentalidade e de outros aspectos da cultura curitibana que aqui não convém dizer, se manda e busca lugares em que possam viver diferentes experiências, esperar o inesperado, sentir novos cheiros, ver outras pessoas, etc.

O lugar perfeito para ter essa experiência (pra mim) sempre foi Londres. E quanto a isso não podia ter acertado mais em cheio.

Aqui a vida passa diferente. O tempo voa! Mas no verão o sol teima em não querer dormir – 22h ele ainda está de pé.

As coisas acontecem e você sente que faz parte delas. Sejam elas o lançamento do novo iPhone, grandes eventos esportivos, decisões políticas que vão afetar o mundo ou mesmo um protesto contra o uso de animais como como cobaias.

E é sobre isso que quero falar. No nosso primeiro fim de semana aqui (há quase três meses) fomos para Westminster ver o Big Ben. No caminho uma barulheira e um pessoal nas ruas nos chamou a atenção. Eram centenas de pessoas protestando contra o uso de animais em laboratório. Era uma ação da WDail.

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Com gritos como “Every six seconds an animal die! No more torture, no more lies!”, eles pararam em frente ao famoso parlamento britânico e ali ficaram por um bom tempo, distruibuindo panfletos, gritando para os parlamentares e esperando ser ouvidos.

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Isso me fez pensar na questão que eles estavam propondo. Por um lado dou total razão aos manifestantes. Afinal, quem somos nós para usarmos pobres bichinhos indefesos para testarmos nossas insanidades?

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Mas, por outro lado, em muito, a evolução da ciência e a cura de doenças se deve aos ratos, macacos e demais animais que sofrem com eletrodos conectados aos seus corpos e com drogas recém produzidas.

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Questão bastante polêmica, mas que gera uma boa discussão. O que você pensa a respeito?

Pra mim não só pensar sobre o assunto foi importante, mas também pra ver o nível de engajamento dos ingleses com relação a uma causa importante. Impossível não os invejar e sonhar sobre uma realidade semelhante no Brasil.

Do jeito que as coisas andam o máximo que podemos esperar é uma revolta em massa contra o novo técnico do time da seleção brasileira.

Confira um vídeo com um pouco do protesto:

You’ve got to love London

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Por mais que a gente fale de Londres todos os dias, às vezes é difícil transmitir com palavras toda a magia dessa cidade.

Neste vídeo, o fotógrafo Alex Silver conseguiu. Com imagens sensacionais ele mostra cenas do dia a dia e exibe alguns dos lugares mais charmosos da nossa London.

Tenho certeza que se você já veio pra cá vai sentir uma p* saudades quando assistir esse vídeo. Eu, quando vi pela primeira vez, senti um aperto só de pensar que um dia terei que ir embora.

Se você nunca veio terá a chance de dar um “passeio” bem legal e sentir um gostinho do que é essa cidade fantástica!

Bora assistir?

Bom fim de semana!

Transporte público de Londres: o que você precisa saber

O sistema de transporte público de Londres é conhecido por ser um dos melhores do mundo. Não conheço todos os buracos do planeta pra dizer se isso é verdade ou não, mas não tenho do que reclamar do que diz respeito à pontualidade e eficiência do serviço. É claro que algumas vezes acontecem atrasos e outros tipos de pequenos problemas, mas de maneira geral tudo funciona muito bem.

red bus
red bus

Além do famoso underground (metrô), a cidade conta com trens, ônibus e até mesmo barcos para quem quer dar um rolê pelo Tâmisa. Dificilmente você terá que andar mais do que três quadras para chegar ao ponto ou estação mais próxima da sua casa.

Mais do que o símbolo que representa o metrô, o "underground" é uma marca poderosa.
Mais do que o símbolo que representa o metrô, o “underground” é uma marca poderosa.

Outro aspecto sensacional é que você jamais espera mais do que 15 minutos para pegar um ônibus ou trem – mesmo aos domingos ou madrugada (neste caso só ônibus funcionam). O metrô, por outro lado, não te faz esperar mais do que cinco minutos.

ônibus por todos os lados
ônibus por todos os lados

Um aspecto curioso é que os ônibus dificilmente estão superlotados como é comum ver em qualquer cidade brasileira. Isso ocorre porque o motorista controla a quantidade de pessoas que adentra ao veículo. Quando chega no limite para que todos fiquem confortáveis ele simplesmente não deixa mais ninguém entrar.

Parece um sonho, não? Nada de passar aperto, ser encoxado, tomar sacolada das tias voltando do mercado ou aguentar o trabalhadores voltando pra casa após um árduo dia de trabalho no verão. Argh!

Liverpool Street Station: passamos por ela diariamente.
Liverpool Street Station: passamos por ela diariamente.

Já no metrô isso não ocorre. Nos horários de pico as sacoladas, encoxadas (watch your back) e o cheirinho agradável das 18 horas são constantes. O negócio vira um caos total. E pra piorar os vagões não têm ar condicionado. Em dias quentes uma viagem no underground é quase insuportável. Se você sofre de pressão baixa leve seu saquinho de sal pois as chances de passar mal são grandes.

Preços

Pior mesmo que o calor do underground só o preço salgadíssimo. As opções para comprar passagens são diversas, mas o mais em conta é usar o Oyster Card. Nesse vídeo o Canal Londres explica bem o que é o Oyster e como você deve usá-lo.

Nós, por exemplo, gastamos £18 por semana (cada um) para ter acesso livre às zonas 1 e 2 – seja de trem, metrô ou ônibus. Vale lembrar que estudantes têm um desconto de 30%. O preço normal seria de £25 por semana.

UPDATE: Os valores citados aqui dizem respeito ao ano de 2010, quando moramos lá. Para ter acesso aos valores atuais, clique aqui.

No site do Transport for London (TFL) você pode conferir a tabela completa de preços. As tarifas mudam, inclusive, de acordo com o horário que você for utilizar o serviço. Hora de pico é sempre mais cara.

Uma boa dica é utilizar ônibus, pois eles não são contados por zona. Ou seja, se você possuir um Travelcard que permita rodar somente na zona 1 poderá pegar ônibus em qualquer área da cidade sem pagar mais por isso.

Dica de ouro

O site do Transport for London (TfL) é um grande aliado de qualquer um que mora em Londres ou está visitando a cidade. Além de disponibilizar todas as informações de preços, mapas de metrô, trem, ônibus, DLR, ciclistas, etc., ele tem uma ferramenta chamada Journey Planner que é uma mão na roda pra você que quer planejar seus passeios.

Ela fica na home, do lado direito, e tem essa cara:

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Usar o Journey Planner é MUITO simples. Basta dizer onde você está (e se é uma estação/parada, código postal, endereço ou lugar de interesse), onde quer chegar, a que horas e clicar em Plan journey.

Na página seguinte você encontrará todas as informações sobre as possibilidades de trajeto, como você vê abaixo.

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Além disso, se você quiser pode ainda limitar as possibilidades de rota fazendo algumas escolhas. Para isso, basta clicar naquele “Travel Preferences (Edit)” no topo da imagem. A tela que vai aparecer é esta:

Como você pode ver, deixei marcado apenas a opção "bus". Assim, no resultado só obterei informações de como ir da Tower of London à Liverpool Street Station de ônibus.
Como você pode ver, deixei marcado apenas a opção “bus”. Assim, no resultado só obterei informações de como ir da Tower of London à Liverpool Street Station de ônibus.

E aí, clique de novo em Plan Journey e, pronto, receba as informações que precisa para circular tranquilamente em Londres…

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Bacana, né? 🙂

 

Esperamos tê-lo ajudado. Porém, como sabemos que o assunto pode gerar dúvidas, fica aqui o recado: se precisar de mais alguma ajuda, conte conosco. Os comentários estão abertos e nossa caixa de emails também (contato@praveremlondres.com.br).

Abraços!

Trabalho em Londres e o que fazemos para nos manter

Alguns leitores já nos perguntaram sobre trabalho e como fazemos para nos manter. Já escrevi aqui que é complicado sobreviver somente com o emprego que arranjar em Londres, já que o visto atual permite apenas 10h semanais de trabalho para quem vem com visto de estudante para cursos de longa duração (mais de três meses). Para quem vem com visto de curso de curta duração, nem trabalhar é possível.

UPDATE EM 14/02/2013: hoje em dia NENHUM VISTO DE ESTUDANTE PARA CURSOS DE CURTA TEMPORADA PERMITE TRABALHO. Nem as míseras dez horas. A informação do primeiro parágrafo dizia respeito à lei vigente em 2010. Atualmente, apenas os estudantes que vêm para fazer pós-graduação, MBA, Mestrado ou Doutorado têm esse direito.

LEMBRANDO: INFORMAÇÕES DE 2010 E REFERENTES A UM ESTILO DE VIDA DE ESTUDANTE QUE CONTA MOEDAS PRA COMPRAR PÃO

  • Aluguel de um quarto para casal na zona 2: £600/mês;
  • Transporte: £69,20/mês (para transitar livremente entre as Zonas 1 e 2 com o Oyster Card para estudantes) – UPDATE: para ter sempre as informações de custos de transporte atualizadas clique aqui;
  • Alimentação: £50/mês (fazendo comida em casa, porque comer fora é caríssimo – UPDATE: comprávamos sempre no Morrison’s – que, na época, era o mais perto de casa – além disso, comprávamos sempre comidas da marca do mercado. SIM, vivíamos com mais ou menos £50 por mês de mercado. E a gente JURA que não passava fome. 🙂.
  • Total: £719,20

Esse é o custo básico do básico para um estudante que economiza tudo o que pode. Lembre-se que ainda precisará se divertir e pagar outras contas. Hoje, em 2016, morando em um apartamento só nosso, comendo melhor e nos divertindo mais, o custo aumentou bastante comparado a esse.

Dicas extras sobre custo de vida em Londres

Custo de vida em Londres: (quase) tudo que você precisa saber sobre aluguel

Custo de vida em Londres: os melhores supermercados e preços de diversos itens

O que nós fazemos

Olha aí o "escritório" do João na nossa casinha londrina...
Olha aí o “escritório” do João na nossa casinha londrina…

Nós temos o que pra muita gente que mora aqui é um privilégio. Somos jornalistas e mantivemos os trabalhos que tínhamos no Brasil. Eu na área de assessoria de imprensa e a Nah como redatora.

Como já fazíamos home-office no Brasil, só tivemos que exportar nosso escritório e lidar com o fuso horário. Este sim, muito complicado. Nosso maior inimigo, arrisco dizer, já que estamos 4h adiantados do Brasil e temos que trabalhar diariamente até às 22h daqui (18h do Brasil).

Fora os nossos trabalhos convencionais estamos sempre em busca de freelances para complementar nossa renda. Afinal, não existe palavra que jornalista goste mais do que freela.

Até agora conseguimos alguns trabalhos para revistas feitas por brasileiros para brasileiros que vivem em Londres. Trabalhamos com a Leros e a Real. Vale conhecer as publicações.

Fora isso, estamos sempre em contato com veículos de comunicação do Brasil sugerindo pautas que possamos cumprir daqui. Essa é uma das vantagens do Jornalismo.

Apesar de dificilmente você ver algum jornalista rico, a profissão permite essa flexibilidade de tempo e espaço de trabalho.

Fica aí a dica. Se você tem vontade de viajar por um tempo e trabalha em alguma área que não exija que bata cartão na sede da empresa todos os dias, pense seriamente sobre a possibilidade de se jogar no mundo. Só não se esqueça de que ninguém virá até você pra oferecer trabalho. Portanto, cuide bem do networking.

Feito isso é só escolher o destino e se mandar!

Jornal impresso londrino cresce e caminha na contramão do mercado editorial

Não é de hoje que os profetas da tecnologia anunciam o fim do jornalismo impresso. Concordemos que alguns dados como a queda das vendas e redução da arrecadação com anunciantes é a realidade de muitos. Isso obviamente sugere que a triste teoria possa vir a se confirmar.

Mas enquanto o Juízo Final não chega é importante ressaltar quem está superando a crise e crescendo em meio ao caos.

Já falamos aqui do London Evening Standard, jornal gratuito que é distribuído diariamente a partir das 16horas em Londres.

Com um conteúdo de primeira formado por matérias diversificadas que abordam desde os principais acontecimentos da cidade até análises da economia e política global, sem deixar de lado o turismo, esportes, moda, tecnologia, cultura, humor e tudo mais que deve fazer parte de um grande jornal o Standard anunciou que a partir de outubro aumentará em 100 mil exemplares sua tiragem, que atualmente gira próximos dos 600 mil.

Vale lembrar que até outubro do ano passado o Standard era pago e vendia pouco mais de 140mil dessa mesma quantidade.

20 mil exemplares diários distribuídos somente na Oxford Circus Station
20 mil exemplares diários distribuídos somente na Oxford Circus Station

A receita encontrada pelos proprietários foi partir para a gratuidade e apostar no aumento da arrecadação com anunciantes. O “grátis” já foi proposto por Chris Anderson, editor da revista Wired e autor do clássico empresarial A Cauda Longa. Ele escreveu recentemente Free – O Futuro dos Preços (por um tempo o livro ficou disponibilizado gratuitamente na internet).

Fala justamente sobre o poder da gratuitadade, modelo muito contestado por diversos empresários, mas que tem se mostrado eficiente em algumas ocasiões. Esta aí o Standard que não nos deixa mentir.

O jonal reverteu uma situação de crise quando parou de cobrar pelo seu produto. Irônico? Não, planejamento!

Conseguiu isso graças a um eficiente programa de redução de custos e a um investimento em logística para otimizar a distribuição. Mas o principal vai além.

E é aí que entra o bom jornalismo. O jornal é o queridinho dos “londoners”. Quase ninguém vai pra casa sem o seu Standard debaixo do braço. A maioria o vê como infinitamente superior ao concorrente Metro.

Enquanto muitos contestam a mídia impressa e condenam sua existência a um futuro não muito distante, outros encontram a solução simplesmente fazendo um bom trabalho – a prova maior de que algo bem feito sempre será reconhecido pelo mercado.

Peço desculpas por ter saído um pouco do foco do bog, mas como jornalista não podia deixar de comentar o feito desse jornal que tanto gostamos. E se não fizesse isso em meu próprio blog onde mais seria?

😉

Se quiser ler uma análise mais aprofundada do case do Standard recomendo a leitura deste artigo do Guardian (em inglês).

Um ensaio sobre o Big Ben

O Big Ben é um daqueles monumentos que você cresce vendo na tevê, em fotos e filmes. É a identidade suprema de Londres. O maior símbolo inglês. Representa a ordem, a realeza, o chá das cinco, o parlamento.

São poucas as cidades que têm o privilégio de ter em suas raízes algo capaz de transmitir sua própria identidade de forma tão singular. Quando você chega perto dele pela primeira vez tudo isso que descrevi e muito mais fazem perfeito sentido.

O que senti foi como se ele estivesse lá esperando por mim por todos esses anos. Não é tão alto quanto eu imaginava, ms seu charme, beleza, imponência e magia são indescritíveis. Ver o Big Ben pela primeira vez é como se fosse seu batizado londrino.

Não só por ele! Mas pelo Tâmisa que o banha, a London Eye que o observa, a placa do underground que parece ter nascido junto com ele e, indo além, pela Londres que o protege em seu colo tão bem quanto acolhe a todos que pra cá vem.

Esse post não tem outro objetivo senão ser uma dedicatória a um dos mais belos cartões-postais do mundo.

reinando absoluto
reinando absoluto
cartão-postal da mamãe
cartão-postal da mamãe
visto do SeaLife
visto do SeaLife
enquanto a arte acontece
enquanto a arte acontece
a tal placa
a tal placa
eternos companheiros
eternos companheiros
ruas praticamente vazias, Visão inesquecível!
ruas praticamente vazias, Visão inesquecível!
essa foi uma das primeiras imagens que vimos do Big Ben
essa foi uma das primeiras imagens que vimos do Big Ben

 

O que podemos aprender com os ingleses: doação de roupas

Uma das vantagens em morar no exterior é poder de ver de perto o que os gringos fazem bem para poder pensar em maneiras de importar suas ideias para o Brasil.

Hoje pela manhã fui levar o lixo pra fora e me deparei com algo inesperado. Na porta de casa havia um saco de lixo cheio de roupas e um bilhete solicitando doações.

Campanhas para doação de roupas começam no início do verão.
Campanhas para doação de roupas começam no início do verão.

Uma iniciativa muito válida e conveniente. Quantas pessoas não doam roupas porque acabam se esquecendo de levá-las até o local indicado pela prefeitura ou ONG? Falo com autoridade, pois já deixei de participar de uma campanha dessas por lapsos da memória.

Com essa ação, que não é promovida é prefeitura, mas pela SOS Clothes, ninguém tem desculpa para não participar. Basta colocar a roupa que não usa mais e está ocupando espaço em seu armário no saco que está na porta da sua casa que eles recolhem ao final do dia.

Outra boa sacada é o momento que a campanha está sendo feita. Bem no início de verão em um dia ensolarado, com a temperatura próxima dos 25ºC.

Fica a dica para as prefeituras de todo o Brasil. Com um pouco de planejamento e organização podemos contribuir pra minimizar o sofrimento de milhares de brasileiros que passam frio todos os anos.

Até onde me lembro as campanhas do gênero que são realizadas em Curitiba começam no outono, época em que o frio já começa a vir e você acha que vai precisar dos seus casacos no inverno gelado que vem chegando.

No verão, pelo contrário, ficamos mais suscetíveis a querer nos livrar das roupas pesadas.

Outro argumento defendido pela SOS Clothes está ligado à preservação do meio ambiente. Dados de 2006 da European Comission apontam que as roupas correspondem de 5% a 10% dos impactos ambientais emitidos pelos 27 países que fazem parte da União Europeia. A iniciativa contribui, poranto, não somente para ajudar os necessitados, mas para minimizar os danos ambientais.

Londres: onde comprar eletrônicos e os melhores supermercados

Recentemente, um leitor que não se identificou deixou um comentário perguntando quais são os melhores lugares para comprar eletrônicos em Londres e, também, que supermercados têm os melhores preços. Aqui vai a nossa opinião – a começar pelos eletrônicos:

Argos

É uma loja de departamentos que vende de tudo, tudo mesmo. Só que você só consegue comprar pela internet ou por um catálogo de milhares de páginas. Nas lojas você confere os produtos pelo catálogo e solicita o que deseja no balcão. Em geral, os preços são bem bons e sempre ocorrem promoções no site.

www.argos.co.uk
www.argos.co.uk

Jessops

Especializada em fotografia. Você encontra todas as marcas e modelos de câmeras fotográficas, filmadoras, lentes e acessórios. Também tem bons preços e promoções frequentes.

www.jessops.com
www.jessops.com

PC World

Para comprar computadores, notebooks, softwares e tudo mais que for relacionado à informática. Uma coisa legal é que eles vendem computadores de segunda mão com preços bastante vantajosos. Os demais também não são caros.

www.pcworld.co.uk
www.pcworld.co.uk

Maplin

Aqui você encontra tudo o que pode imaginar de eletrônicos, TVs, notebooks, acessórios para video game, som e muito mais. Um hard disk externo de 1 Terabyte (1000 Gigabytes), por exemplo, sai por £64,99. Os preços são atrativos e existem diversas lojas espalhadas por Londres.

www.maplin.co.uk
www.maplin.co.uk

Supermercados

Os melhores são Asda, Sainsbury’s, Morrisons e Tesco. São todos grandes redes e estão espalhados por toda a cidade. A grande vantagem deles é que comercializam diversos produtos com marcas próprias. Os preços desses produtos são bem inferiores aos concorrentes e a qualidade não deixa a desejar em nenhum aspecto a não ser na aparência das embalagens, que são extremamente simples:

www.asda.co.uk

www.sainsburys.co.uk

www.morrisons.co.uk

www.tesco.com

Os pequenos mercados indianos ou turcos, comuns nos bairros, também podem ser boas opções. Alguns produtos que eles vendem às vezes estão mais baratos do que nas grandes redes. A dica é a mesma do que se deve fazer no Brasil. Pesquise e compare!

Esperamos que essas informações lhe sejam úteis.

E caso você tenha alguma outra dica compartilhe com a gente e com os leitores!

Festivais musicais movimentam o verão de Londres

É quase verão em Londres. Tempo de guardar os casacões no armário, jogar umas tralhas na mochila e pegar a estrada rumo a um dos diversos festivais que começam a rolar em todos os cantos da Inglaterra.

Do hippie ao eletrônico, as festas são para todos os gostos e idades. As atrações são de primeira linha e os ingressos concorridíssimos. Com muitos, inclusive, já esgotados.

Todos sonhamos com a liberdade. Vivemos na esperança de que um dia finalmente seremos livres para fazer o que sempre sonhamos. Durante essa caminhada trabalhamos feito cães e aturamos desaforos porque no final tudo vai valer a pena. Huum… Vai?

A resposta pra isso talvez seu pai ou avô tenha. Conversa com ele(s) e depois conta pra gente.

Outra alternativa é usar a música como inspiração. Os hippies um dia sonharam em um mundo melhor criando e cantando canções que celebravam a paz e o amor. Alguns ainda tentam, mas a maioria acaba esbarrando em uns problema$ e desviando o foco.

Bobbi e Nick: Woodstock, 1969.
Bobbi e Nick: Woodstock, 1969.

Confira quais são o principais festivais que vão rolar por aqui. Estamos nos mobilizando pra ir em pelo menos um. Torçam pra que role que depois a gente conta como foi.

Glastonbury

O Glastonbury é um dos maiores festivais da Inglaterra e no ano em que completa 40 anos já está com os ingressos esgotados. As principais atrações são Gorilaz, Shakira, Steve Wonder, Scissor Sisters, LCD Soundystem, Jack Johnson e muito mais.

Quando: 24 a 29 de julho

Ingressos: Esgotados

Mais info: www.glastonburyfestivals.co.uk

Wireless

Já o Wireless, que acontece em pleno Hyde Park, no centro de Londres, traz como destaque Daft Punk, Fatboy Slim, Basement Jaxx, Dizzee Rascal, Klaxons e o LCD Soundsystem de novo.

Quando: 2 a 4 de julho

Ingressos: A partir de £47,50

Mais info: www.wirelessfestival.co.uk

Hop Farm Festival

Uma opção pra quem curte um folk é o Hop Farm Festival. A grande atração é ninguém menos do que Bob Dylan. Mas o legal desse evento é que ele acontece em uma fazenda no maior clima Woodstock. Outros destaques são o lendário Seasick Steve, Van Morrison, Mumford & Sonds e Laura Marling.

Quando: 2 e 3 de julho

Ingressos: a partir de £45

Mais info: www.hopfarmfestival.com

Womad

Na mesma linha hiponga, o Womad Festival promove um encontro de três dias com música de 30 países e de diferentes gerações. Crianças também são bem-vindas no evento, que terá espaço excluviso para os pequenos. Os destaques musicais ficam por conta de Salif Keita (Mali), Gil Scott-Heron (EUA), Staf Benda Bilili (Congo), Lepisto e Lethi (Finlândia) e outros.

Quando: 23 a 25 de julho

Ingressos: A partir de £25

Mais info: www.womad.org

Reading Festival

Os fãs do bom rock’n’roll têm motivos de sobra para ir ao Reading. Guns’n Roses, Blink-182, Arcade Fire, Weezer, Nofx, The Libertines, Limp Bizkit e Bad Religion são algumas das dezenas de bandas que subirão ao palco.

Quando: 27 a 29 de agosto

Ingressos: Esgotados

Mais info: www.readingfestival.com

V Festival

O V Festival, promovido pela Virgin, rola em agosto e já está com os ingressos esgotados. As principais atrações são Kings of Leon, Stereophonics, The Prodigy, David Guetta, Pet Shop Boys, Kasabian e Cheryl Cole.

Quando: 21 e 22 de agosto

Ingressos: Esgotados

Mais info: http://vfestival.com/

Latitude

O Latitude Festival diferencia-se por contar não só com atrações musiciais, mas com tendas de comédia, teatro, cinema, literatura, poesia, além de uma área infantil. Entre os destaques musicais estão Florence and The Machine, Belle and Sebastian e Vampire Weekend. “É mais do que apenas um festival”, diz a organização do evento.

Quando: 16, 17 e 18 de julho

Ingressos: A partir de £80

Mais info: www.latitudefestival.co.uk

Creamfields

A Creamfields é uma das maiores festas eletrônicas do mundo. Aterrissa em Londres trazendo um line-up poderoso: Tiesto, Paul Van Dyk, David Guetta e Ms Dynamite.

Quando: 28 e 29 de agosto

Ingressos: A partir de £55

Mais info: www.creamfields.com

Bobbi e Nick: Pine Bush, 2009
Bobbi e Nick: Pine Bush, 2009