Primeiros dias em Bolonha em fotos e relatos

Nos mudamos para Bolonha! Queria te contar um pouco do que estamos sentindo. Vem comigo? :)

 

 

O amor que eu sinto por Londres como cidade, sinto pela Itália como país.

Eu falo isso desde 2010, quando, depois de uma temporada de seis meses vivendo na cidade do meu coração, pisei pela primeira vez no país que hoje chamamos de casa. Assim como aconteceu na minha primeira passagem por Londres (em 2005), foi amor à primeira vista…

 

 

E tem como não se apaixonar? Aaaah, Firenze! <3

 

João e eu éramos dois “ultrajovens” jornalistas (tínhamos 24 e 22 anos, respectivamente) com pouquíssimo dinheiro no bolso, mas muita vontade de explorar alguns dos principais tesouros da terra de onde veio a família Brotto – e tantas outras famílias que hoje são mais brasileiras do que italianas, talvez até mesmo a sua!

Nosso roteiro era um clássico: Roma, Veneza, Florença (e mais alguns vilarejos da Toscana) e Cinque Terre (cinco cidadezinhas litorâneas que são maravilhosas). História, amor, arte e belas praias. Quem poderia querer mais?

 

Que atire a primeira pedra quem nunca tirou uma foto jacu enquanto viajava! :)

 

 

O que vivemos naquelas duas semanas de outubro há quase sete anos nunca foi esquecido. E nos fez ter uma certeza: um dia ainda desembarcaríamos nesse país para uma longa temporada de explorações/dolce far niente, slow food, trabalho, vinhos, clima bom/sol, aprendizado e muito, muito amor. 

 

Veneza é ainda mais linda ao vivo. JURO!

 

Esse sonho começou a se tornar realidade há duas semanas (mais precisamente, no dia 12 de maio de 2017).

E os primeiros dias que vivemos aqui nos fizeram ter certeza de que a espera valeu muito a pena…

 

 

Bolonha, (já) ti voglio bene!

A cidade que escolhemos como base para a nossa aventura foi Bolonha (o João falou sobre isso neste post), conhecida como “la dotta, la grassa, la rossa“, ou, em bom português, “a erudita, a gorda, a vermelha”.

“Erudita” porque é a terra da primeira universidade do mundo ocidental. Pois é, a Università di Bologna foi fundada em 1088!

Desde então, ganhou notoriedade não apenas na cidade e na região, mas também no país e no continente, atraindo estudantes – e professores – de peso, como Nicolaus Copernicus, Umberto Eco e Dante Alighieri. Além de ter tido professoras mulheres desde os primórdios de sua história. Caso de Bettisia Gozzadini, considerada a primeira mulher a lecionar em uma universidade. Conta-se que as aulas dela atraíam tantas pessoas que precisavam acontecer não em salas de aula comuns, mas em praças públicas da cidade. #yougogirl

E a universidade continua superforte até hoje. De acordo com o site oficial, só no ano passado (2016), 84.724 estudantes escolheram estudar na Universidade de Bolonha, fazendo dela a instituição de ensino superior mais popular da Itália. Achei bacana! :D

 

arquitetura de bolonha

Bolonha é “gorda” porque aqui, meu caro, se come muito bem! 

 

 

Você já comeu um bom macarrão à bolonhesa na sua vida? Agradeça às nonnas “bolognesas” por isso! :)

Mas, ó, saiba que o prato original atende pelo nome de tagliatelle al ragu. “Bolonhesa” é coisa de brazuca mesmo – ou coisa feita especialmente para agradar (ou seria “para pegar”?) os turistas… Portanto, se quiser degustar o prato raiz, vá de ragu. O bolonhesa é “Nutella”. ;)

Comemos duas boas versões desse prato típico desde que chegamos. Pagamos entre 7 e 9 euros. Bom preço, né?

 

 

Tagliatelle al ragu em bolonha

Tagliatelle al ragu em bolonha-2
Concentradíssima saboreando meu pratão de macarrão! :D

 

E essa não é a única delícia gastronômica de Bolonha. Tudo o que você espera comer/beber de bom na Itália tem por aqui também – de pizzas a legumes frescos, passando por vinhos, bons drinks e assim por diante. <3

Bolonha é “vermelha” basicamente por dois motivos: 

1. Por causa das construções avermelhadas que estão espalhadas pelas ruas da cidade:

 

bolonha - a vermelha

 

2. Por ter sido a capital europeia antifascismo durante a Segunda Mundial, ter abrigado a sede do partido comunista italiano por muitos anos e por possuir uma forte cultura estudantil de protesto até hoje. O Museo della Resistenza, inclusive, fica bem perto aqui de casa. Pretendemos visitar em breve!

 

 

Bolonha - mercado delle terre
Olha aí o lado vermelho de Bolonha em ação: no Mercato delle Terre, num sábado de sol, jovens comunistas distribuíam panfletos que falavam sobre seu posicionamento político.

 

 

Atualização em 21/06: Fizemos uma visita rápida ao museu recentemente. Foi rápida porque não imaginávamos que seria tão informativo (o que exige tempo!) e já tínhamos marcado um almoço com um amigo. Mas gostamos muito do que vimos e vamos voltar logo. Basicamente, ele narra a história da Bolonha durante a ocupação nazista em 1943 e após a libertação da cidade, dois anos depois.

 

museo della resistenza - bologna
Ideologias políticas à parte, contestar, resistir e lutar é fundamental.

E tudo isso, junto, torna a cidade muito, muito interessante!

 

arquitetura de bologna-3

 

 

Primeiras observações sobre Bolonha

Nos últimos 15 dias, exploramos muuuuito essa cidade a pé (se você visse o app “Saúde” do iPhone do João ia entender do que eu tô falando!).

Nesses passeios, nos encantamos com os pórticos que surpreendem a (quase) cada mudança de quadra, nos assustamos com a quantidade de referências ao nazismo em pichações por aí (a foto abaixo é um exemplo)… 

 

nazismo em bologna
Essa balança fica na rua mais movimentada da cidade. Essa imagem é vista diariamente por milhares de pessoas. Sabe-se lá há quanto tempo está lá. E ainda tem muitos outros. Alguns, inclusive, bem em frente ao museu da resistência – falarei sobre ele mais pra baixo!

 

… vimos que não é só de vinho que vive a Itália – os cervejeiros de plantão (alô, migues!) podem ser muuuuito felizes aqui também (tem um bar da BrewDog, minha gente), ficamos um pouco preocupados com nosso futuro peso – e, principalmente, com a nossa saúde – ao perceber que a imensa maioria dos restaurantes tem menus compostos majoritariamente por massas (o que é uma delícia, masné?), percebemos que os motoristas nem sempre estão preocupados em respeitar a “lei das ruas”, que diz que o maior protege o menor, ouvimos sinos badalarem muitas e muitas vezes…

Enfim, curtimos com os olhos brilhando a nossa casa nova.

 

Bolonha - Itália - centro histórico
Por falar em casa, a porta da nossa é essa aí. É ou não é a rainha do charme? (O fato triste é que ela é nossa apenas por um mês, mas vamos fingir que tá tudo bem, que não estamos desesperados em busca de um novo lar, que não temos medo de morar embaixo da ponte no meio de junho e coisa e tal! OK? #SOS)

E a melhor forma de mostrar isso pra você é como? Por meio de fotos, claro!

 

Aliás, estamos postando muitas fotos aqui de Bolonha lá no nosso Instagram. Para seguir a gente por lá, basta clicar aqui.

 

 

Marido, apresenta aí sua seleção de fotos que eu conto para os nossos amigos leitores o que cada uma delas representa pra gente. ;)

 

Bolonha - pórticos - centro histórico

 

A arquitetura de Bolonha é de cair o queixo!

Ao todo, a cidade é “coberta” por cerca de 40 quilômetros (sim, QUILÔMETROS!) de pórticos – como esse da foto acima. O que isso significa? Que se proteger da chuva – e do sol! – nunca foi tão fácil e que a dor no pescoço é inevitável. Afinal, quem é que não quer olhar pra cima, pra baixo e para todos os lados para poder observar cada detalhe dessas verdadeiras obras de arte no meio da cidade?

Gente, não tem monotonia nesses pórticos! Mudam-se os pisos, os tetos, os lustres e as colunas a cada poucos metros!

 

pórticos de bolonha

 

Bolonha também tem áreas verdes!

 

E é assim que eu comemoro! \o/

 

Nossa primeira descoberta nesse sentido foi o Parco Della Montagnola, primeiro parque público da cidade, inaugurado no distante ano de 1662.

 

Bologna - parco della montagnola-2

Bolonha - parco della montagnola

 

Além de ótimo para quem busca um lugar para fazer um piquenique e para aqueles que gostam de dar uma corridinha de vez em quando, o Parco Della Montagnola é visualmente lindo.

Nas fotos acima você viu a escada que dá acesso a ele e a fonte que fica logo na entrada (duas belezuras, não?), e aqui embaixo tem dois registros do que você vê olhando para fora quando está dentro do parque…

 

Bologna - arquitetura

 

Direto do do meu Instagram pessoal:

Bologna sendo linda num sábado de sol e calor. ?

Uma publicação compartilhada por Natasha Schiebel (@nah_schiebel) em

 

 

Além disso, nossos primeiros dias por aqui tiveram muito sol, calor e céu azul, “gelatos” deliciosos para refrescar, a companhia de um casal de amigos mais do que parceiros para desbravar trilhas pela cidade e curtir o que Bolonha tem de melhor, um pulinho na Toscana – com vários amigos! – para comemorar nossos cinco anos de casamento (estamos pensando em fazer um post sobre esse momento porque, não é por nada, mas foi muito incrível!), várias jantinhas em casa feitas com os melhores ingredientes do mundo e, como já era esperado, muito, muito amor! <3

 

 

E esse é apenas o começo. Estaremos na região da Emilia Romagna pelo menos até dezembro deste ano. Aos poucos, vamos contando aqui, no Facebook, no Instagram, no YouTube, por e-mail e onde mais der na telha as melhores experiências que essa temporada italiana nos proporcionar.

Vem com a gente? :)

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Viva sua própria aventura, seja ela qual for

A gente anda um tanto sumido aqui do blog, é verdade. Não é a primeira vez que ficamos longas semanas sem escrever e – possivelmente – não será a última.

A desculpa é a mesma de sempre. O trabalho principal, com nossa agência de marketing de conteúdo, tem tomado conta de boa parte de nosso tempo e – sendo franco – depois de ficar longas horas sentado em frente ao laptop fritando o cérebro, o que mais queremos é distância do tec tec das teclas quando “fechamos o escritório”.

Saudade de escrever aqui a gente sente todo dia, acredite. Mas tem horas que é preciso priorizar, focar, abrir mão, fazer escolhas – e viver com isso.

Por alguns anos a gente alimentou o sonho de viver do blog, fazê-lo ser nossa principal fonte de renda, mas a blogosfera testou nossa paciência. Tivemos algumas decepções com esse mercado e decidimos não levar mais a carreira de blogueiros tão a sério. Até temos algumas ideias e projetos bem legais, mas nada que será tratado como prioridade – ao menos no curto e médio prazo.

O que é bom, porque isso nos tirou algumas amarras e pressões que nós mesmos nos colocávamos sobre TER que postar algo, TER que interromper momentos legais de uma viagem para registrar isso ou aquilo. Em nossa última viagem – para o Uruguai, no Carnaval – relaxamos como há tempos não relaxávamos simplesmente porque deixamos de lado as “obrigações” de blogueiro.

noite estrelada no container - playa atlantica - uruguay - aventura
Tentativa – quase frustrada – de permanecer imóvel para uma exposição de 30 segundos em uma das noites mais lindas da vida em algum lugar no litoral do Uruguai

De certa forma, foi um grito particular de liberdade

Não vamos deixar de escrever e nem abandonar o blog. A gente ama esse nosso filhão que completa sete anos de vida este mês. É mais uma coisa de não se preocupar tanto com o calendário de posts fixado na parede do escritório que está na minha frente, bem atrasado, agora mesmo.

Grandes mudanças estão por vir em nossas vidas. Será mais um episódio da vida semi-nômade, que eu expliquei aqui, quando ainda não se ouvia falar do “largue tudo, seja um nômade digital e viva da internet”. Tenho calafrios com gente irresponsável que vende falsas verdades e destrói sonhos.

→ Se você se interessa por nomadismo digital de forma séria, planejada e realista, recomendo o Pequenos Monstros. Eles tratam do tema de forma responsável. Tome cuidado com os pseudos gurus da internet. Tem muitos por aí!

Vida de nômade digital - trabalhando no aeoroporto
Aeroporto é sempre sinônimo de escritório pra nós

Dolce far niente (mas nem tão niente assim)

Em maio vamos nos mudar para a Itália para escrever um novo capítulo de nossa vida viajante. O país está em nossos planos há anos. Pra mim, é uma vontade que indiretamente sempre esteve presente em razão de raízes familiares, mas que foi crescendo desde que fomos pra lá pela primeira vez, em 2010.

Quando decidimos virar a página de Londres, a vontade de fixar raízes – temporárias ou não – na velha bota veio forte. Começamos a planejar essa mudança há mais de um ano.

A ideia inicial era ir para Florença, cidade que nos encantou, mas nas primeiras pesquisas vimos que viver lá não seria muito mais barato do que morar em Londres. Aí, entre pesquisas e conversas com amigos e bartenders italianos que encontrávamos nos bares londrinos sobre qual seria a cidade ideal, chegamos a Bologna.

por do sol em florença
Pôr do sol ao fundo do rio Arno, em Florença

Nossa vontade era encontrar uma cidade pequena, mas bem estruturada, com clima bom em boa parte do ano, bem localizada, com fácil acesso para viajar, que tivesse um custo de vida que coubesse no bolso, comida boa, lugares legais para pedalar e por aí vai. Esqueci de algo?

Ah, sim. Em dado momento, quando eu já estava bem inclinado a Bologna, mas a Nah ainda considerava alternativas, ela falou que só se mudaria pra lá se tivesse um bar da Brewdog, uma das melhores cervejarias do mundo.

E não é que tinha? :D

O mais curioso é que, além da inusitada Bologna, só Firenze abrigava a Brewdog na Itália. Mais tarde, abriu um bar da cervejaria em Roma também.

Foi uma piada dela, claro, mas vimos como um sinal do destino. Batemos o martelo e é pra lá que vamos, mas de coração aberto para mudar a rota se por algum motivo, la gorda – como a cidade é conhecida, por motivos óbvios – não nos conquistar.

É louco decidir, por conta própria, mudar para uma cidade em que você nunca pisou, mas depois de ir e vir algumas vezes para lugares diferentes, esse tipo de mudança passou a fazer parte da nossa vida.

Desapegar é difícil, mas preciso

Acho que falar sobre os porquês e os benefícios que essas mudanças de cidades e países nos trouxeram nos últimos anos é tema para aprofundar em outro texto, mas a verdade é que mudar é bom. Simples assim.

Nem sempre é fácil, é verdade. Toda mudança exige muito de nós. Mas o que eu sinto é que a gente cresce sempre quando muda algo que incomoda. E quando falo “a gente”, incluo você também.

Como bem diria Barney Stinson do seriado How I met your mother:

via GIPHY

Eu não estava planejando escrever esse texto. A ideia veio durante a leitura do livro Na natureza selvagem, de Jon Krakauer, clássico da literatura viajante que inspirou o filme homônimo e que é daqueles que mexem com os sentimentos e nos faz questionar verdades inquestionáveis que carregamos.

A gente assistiu há cerca de nove anos, ainda no cinema (matando aula na facul para um de nossos encontros “proibidos” #momentolovestory). Mas só agora parei pra ler a obra que o inspirou. Se você ainda não viu/leu, recomendo que veja/leia.

Depois que li uma carta escrita por Alex (personagem principal da história) para um senhor de 80 anos que se tornou um grande companheiro de estrada por algumas semanas foi quando, precisamente, senti que precisava compartilhar essa história com você.

yosemite national park - california
Fascinado pela estonteante beleza do Yosemite National Park – Califórnia

O jovem que, cansado do mundo, largou tudo para viver uma aventura épica consigo mesmo, escreveu a Ron um recado que também é importante pra mim e pra você.

“Acho que você deveria realmente promover uma mudança radical em seu estilo de vida e começar a fazer corajosamente coisas em que talvez nunca tenha pensado, ou que fosse hesitante demais para tentar. Tanta gente vive em circunstâncias  infelizes e, contudo, não toma a iniciativa de de mudar sua situação porque está condicionada a uma vida de segurança, conformismo e conservadorismo, tudo isso que parece dar paz de espírito, mas na realidade nada é mais maléfico para o espírito aventureiro do homem que um futuro seguro.
A coisa mais essencial do espírito vivo de um homem é sua paixão pela aventura. A alegria da vida vem de nossos encontros com novas experiências e, portanto, não há alegria maior que ter um horizonte sempre cambiante, cada dia com um novo e diferente Sol. Se você quer mais de sua vida, Ron, deve abandonar sua tendências à segurança monótona e adotar um estilo de vida confuso que, de início, vai parecer maluco para você. Mas depois que se acostumar a tal vida verá seu sentido pleno e sua beleza incrível. (…) Não hesite nem se permita dar desculpas. Simplesmente saia e faça isso. Você ficará muito, muito contente por ter feito. “

Alex Mc Candless em Na natureza selvagem

É um texto forte. É fácil, muito fácil, nos vermos presos à rotina. Não que a rotina seja algo ruim. Eu gosto de ter um (aparente) controle da maior parte do tempo. Ter horário pra dormir, acordar, trabalhar,  pedalar etc. A rotina ajuda a equilibrar a vida. Mas o problema, ao meu ver, começa quando a vida passa a acontecer de forma automática, tipo assim:

via GIPHY

É difícil não cair no clichê, mas eu também não sei por que sempre que falamos em clichê sentimos essa necessidade de nos defendermos e praticamente pedimos permissão para falar sobre. Clichês são clichês porque fazem parte da vida, oras!

De nossa vida só ficará a história que escrevemos

Qual foi a última vez que você se desafiou a fazer algo diferente? Algo que te assusta? Não precisa ser algo como largar tudo e viajar pelo mundo. Pode ser começar a praticar um esporte, empreender, falar aquilo que você sempre quis falar pra alguém, mas nunca teve coragem.

Seja o que for, lembre-se das palavras de Alex. Ele pode ter tido um final trágico em razão de seu grito de liberdade, é verdade, mas o seu legado, quase 30 anos depois, ainda inspira milhares de pessoas em todo o planeta.

Viva sua própria aventura, seja ela qual for. A nossa próxima começa em pouco mais de um mês!

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Scilla: uma bela surpresa do Sul da Itália

pravernomundoSe tem uma coisa que eu adoro como viajante é poder conhecer uma cidade com a ajuda de quem a conhece bem. Assim, logo que decidimos que o sul da Itália estaria nos planos da nossa lua de mel dei pulinhos de alegria por saber que uma grande e linda amiga minha de infância que há anos mora em Reggio di Calabria estaria por lá.

E não poderia ter sido melhor. Dona Vanise não apenas nos recebeu super bem como deu as melhores dicas de insider do mundo. A praia que vou te apresentar hoje é uma delas. Vem comigo!

Ni, minha linda, obrigada por tudo. Sou só orgulho da mulher sensacional que você se tornou. Batalhadora, guerreira, determinada, sonhadora, você é um exemplo. Que podemos nos rever muitas vezes por aí, por aqui ou em qualquer lugar do mundo. <3
Ni, minha linda, obrigada por tudo. Sou só orgulho da mulher sensacional que você se tornou. Batalhadora, guerreira, determinada, sonhadora, você é um exemplo. Que possamos nos rever muitas vezes por aí, por aqui ou em qualquer lugar do mundo. <3

Como tudo começou…

Como já falamos algumas vezes, um dos motivos para incluirmos o sul da Itália no roteiro dessa trip do ano passado foi o fato de que o João precisava finalizar o processo de cidadania italiana dele e tinha um advogado ítalo-brasileiro que fazia a ponte que era lá do bico da bota.

Por questões burocráticas, nossos 10 primeiros dias na Itália foram em Mammola, uma cidadezinha minúscula na Calabria com pouco mais de três mil habitantes (!) e da qual agora meu marido é cidadão. \o/

mammola1

mammola
Apesar de muito fofa, Mammola não tem nenhum grande atrativo, então não vou me estender nos detalhes sobre ela. Se quiser saber mais, clique aqui.

Passados esses dez dias, por um problema de comunicação (ou de sacanagem dos caras da cidadania, nunca vamos saber ao certo) acabamos viramos sem-teto na Itália. AHAM. haha. A justificativa deles é que aquela parte do processo tinha sido finalizada e que nossa acomodação lá não fazia mais parte do contrato (coisa que não tinham nos explicado antes). Desesperada, fui atrás da minha amiga para ver o que poderíamos fazer (sabendo que por mais que ela oferecesse a casa dela, lá não ia rolar ficar, porque o apê era pequeno). A ideia que ela nos apresentou ou reproduzo neste diálogo:

  • Nah: Ni, não sei o que fazer. Não temos onde ficar. Ou adiantamos o restante da nossa trip ou teremos que desembolsar uma grana em acomodação que não podemos.
  • Ni (bem de boa, do jeitinho fofo dela): Ai, amiga, fica calma. Vai dar tudo certo. Olha só, eu tenho uma amiga que tem uma casa em uma praia que fica bem pertinho aqui de Reggio que é enorme, e ela tá sozinha lá. Certeza que vocês podem ficar com ela esses 15 dias.
  • Nah (um pouco mais calma): Ai, Ni, não sei. Não é chato?
  • Ni (rindo da minha cara): Cala boca, amiga. É bem de boa. Vou fazer meu aniversário lá no sábado. Vocês vão comigo, dormem lá, conversam com ela e vêm como fica.
  • Nah (aliviada): Tá bom então, Ni. Fechou. :)

Nos mandamos para Scilla no começo da madrugada de sábado. Como chegamos tardão, nem tivemos tempo de ver nada. Dormimos na casa de um amigo da Ni que ficava em um “bairro” chamado Chianalea. Estava muito escuro para ver qualquer coisa da janela,  então capotamos! Quando acordei com o barulho do mar resolvi dar uma olhadinha e me deparei com esta imagem:

Só pra constar: não há uma ediçãozinha sequer nessa foto!
Só pra constar: não há uma ediçãozinha sequer nessa foto! No fim do post mostro um pouco mais de Chianalea. Guentaê! :)

… Naquele mesmo momento concluí que não ia ser difícil passar os tais 15 dias nesse pedaço do paraíso no sul da Itália. :)

A primeira cena da vida real que vimos no sábado de manhã foi esta. Muito Itália, né? <3
A primeira cena da vida real que vimos no sábado de manhã foi esta. Muito Itália, né? <3

Scilla em foco

Antes de mais nada, localize-se!  A) Milão B) Roma C) Reggio di Calabria D) Scilla
Antes de mais nada, localize-se!
A) Milão
B) Roma
C) Reggio di Calabria
D) Scilla

23 quilômetros separam a capital da província, Reggio di Calabria, de Scilla, cidade que fica no estreito de Messina e é composta de três partes: o centro, Chianalea e a Marina de Scilla, uma praia de águas transparentes de temperatura agradável (depois dos 5 primeiros minutos, claro), pedrinhas, Lidos (como o da foto abaixo), lanchonetes, restaurantes, hotéis e casas de veraneio de alguns privilegiados – inclusive da mais querida “calabresa” de todas, nossa anfitriã Chiara (a amiga da Ni).

    O tal "Lido". No verão, a praia é tomada por cadeiras de praia e guardas-sol pelos quais se paga 10 euros para usar o dia todo.
O tal “Lido”. No verão, a praia é tomada por cadeiras de praia e guardas-sol pelos quais se paga 10 euros para usar o dia todo.

Nos 15 dias que passamos lá, choveu mais ou menos meia hora. Nas outras muitas horas pegamos sol e calor e aproveitamos mergulhando com peixinhos coloridos no mar, saboreando deliciosos panini, macedonia (hummm… salada de fruta fresquinha), cornetto (croissant italiano), birras geladas, etc. etc. etc.

Essa é pra você entender a história do "mergulhando com peixinhos coloridos". Olha a cor dessa água! Com um óculos de mergulho simples e sem precisar ir muito no fundo você já aproveita demais o que esse marzão boniiito tem a oferecer!
Essa é pra você entender a história do “mergulhando com peixinhos coloridos”. Olha a cor dessa água! Com um óculos de mergulho simples e sem precisar ir muito no fundo você já aproveita demais o que esse marzão boniiito tem a oferecer!

Como se não bastasse tudo isso, Scilla ainda abriga um castelo de onde vimos um pôr do sol lindíssimo – arrisco dizer que foi um dos mais belos que já vi na vida. A entrada no Castello dei Ruffo custa simbólicos 2 euros, e dentre as poucas informações disponíveis a seu respeito está o fato de ele ter sido construído em meados do século IX.

Quando o visitamos, pudemos passear pela estrutura (que inclui esse farol lindão cercado de flores da foto abaixo), curtir o incrível visual e ainda conferir uma exposição fotográfica que mostrava o fundo do mar da da Calabria. Bem bacana. :)
farol

Chianalea vista do Castello
Chianalea vista do Castello dei Ruffo

beach

Lá se vai o sol se dormir atrás de Messina...
Lá se vai o sol se dormir atrás de Messina…

boatAlém de tudo isso, ainda fomos presenteados com uma cena belíssima um dia enquanto trabalhávamos em um café no centro da cidade. Era mais ou menos 17h30 quando escutamos o sino da igreja ao lado badalar e concluímos que uma cerimônia de casamento estava chegando ao fim (a pompa dos convidados denunciava isso). Corremos para a porta e de pertinho vimos a saída dos noivos e a liberação de dois pombos brancos. Fechou nossa temporada em Scilla com chave de ouro. O João fez este belo registro:

weddingPor todos esses e por vários outros motivos (a simpatia do povo, a culinária deliciosa, as facilidades da vida por lá, as vespas espalhadas por todos os cantos…), Scilla nos encantou. Entrou pra lista de cidades preferidas do mundo, cidade que pretendemos revisitar e passar mais alguns dos dias mais felizes de nossas vidas. Uma cidade que mostra que é preciso ter muito pouco para ser feliz.

Foi bem difícil escrever esse post pois apesar de ser pequena em tamanho, Scilla é enorme em qualidades, e daria para falar mais e mais e mais sobre ela, além de postar um milhão de fotos. Porém, meu objetivo aqui é convencê-lo a incluir esse pedaço do paraíso na terra em seu roteiro pelo Sul da Itália (consegui até aqui?), então para concluir dou uma mãozinha no planejamento com dicas práticas. Que tal?

Vamos começar pelo “como chegar…”

Como disse anteriormente, a maior cidade próximo de Scilla é Reggio di Calabria. De Reggio, a melhor maneira de ir para Scilla é, sem dúvidas, de carro. Em 20 minutinhos você vai de uma cidade a outra pela autoestrada A3 ou, se preferir, pode ir por dentro das cidades que ficam no caminho, admirando toda a italianice e, em 30/40 minutos você estará lá. Manda ver no GPS e vai com fé. :)

Caso você não esteja de carro, dá para ir de trem. Aliás, de trem você consegue cruzar a Itália de Norte a Sul, como contamos neste post. :)

Para isso, basta acessar o site da Trenitalia e buscar a passagem ideal. Antes de mais nada, se assim como eu você no parla italiano, troque o idioma da página para o inglês. Depois, na busca, troque “ticket” por “passes”, pois na opção ticket ele só busca trens Le Frecce, eo Le Frecce não faz esses trechos regionais.

Deu pra entender?
Deu pra entender?

Depois disso, apesar de você poder visualizar os horários dos trens pode ser que não consiga comprar sua passagem online, porque são estações menores e às vezes é preciso comprar pessoalmente. Mas pelo menos você tem as informações que precisa para se planejar, né? A viagem de trem entre Reggio e Scilla dura mais ou menos 40 minutos e o preço gira em torno de 10 euros.

Dependendo de onde você estiver antes de chegar a Reggio di Calabria você pode ir pra lá de trem, carro, ônibus e avião. A cidade tem o aeroporto Tito Menniti e lá pertinho tem também o Lamezia. Dá uma pesquisadiola! ;)

Onde ficar?

Como a gente ficou na casa de uma amiga não podemos recomendar especificamente um hotel/hostel em Scilla. No entanto, para não deixá-lo na mão pesquisei algumas opções (não vou ganhar nada por isso, ok? :). Aqui, ó:

Agora é com você. Defina datas, como chegar, onde ficar e APROVEITE! Entre nos restaurantes que for com a cara, passeie pelas ruas que achar mais encantadoras, compre seu snorkel, óculos de mergulho, pé-de-pato e vá nadar com peixinhos coloridos. Você vai se divertir. Só não vá fazer como o João e se deixar queimar por uma água-viva. Machuca. :)

Ah, e largue o carro. Passeie por Scilla a pé. Enfrente as escadas para subir e descer do centro (a não ser que decida fazer como nós e ficar 15 dias, porque aí complica. hehe), vá da Marina a Chianalea fazendo uma deliciosa caminhada e observe todos os detalhes a sua volta. Seus dias por lá ficarão ainda mais incríveis assim!

Pra encerrar deixo você com mais umas fotinhos dessa terra encantadora…

nah

Só nesse mirante dá pra passar umas boas cinco horas. haha. Muito lindo. Sério!
Só nesse mirante dá pra passar umas boas cinco horas. haha. Muito lindo. Sério!
Chianalea é incrível...
Chianalea é incrível…
... tanto de dia...
… tanto de dia…
... como à noite! Reserve um tempo para explorá-la com carinho. Lá há muitos restaurantes e bares bacanas.
… como à noite! Reserve um tempo para explorá-la com carinho. Lá há muitos restaurantes e bares bacanas.

Bora sair do roteiro clássico italiano Roma-Florença-Veneza-Pisa e explorar o sul também?! =D

Beijobeijo e até a próxima,
Nah.

Milão: foi um prazer

Aconteceu que nossa viagem para a Itália começaria por Milão. Cidade que nunca esteve entre meus grandes sonhos de viagem. Nunca ouvi alguém falar que Milão era demais, pouco havia lido sobre ela… Fora isso, aquela aura moda/business/design nunca havia me seduzido a ponto de fazer questão de conhecer a cidade. Mas quis o destino e o preço das passagens para a Itália que assim fosse… então fomos! =)

Desembarcamos no acanhado Linate Airport e pegamos um ônibus ali mesmo (não tem erro. Basta sair do aeroporto, avistar os ônibus e pagar direto para o motorista!). Por cinco euros e cerca de 30 minutos, chegamos à Stazione Centrale, belíssima!

Na estação já deu pra mandar pra lua qualquer espécie de pré-conceito sobre a cidade. O lugar impressiona pela arquitetura ao seu maior estilo italiano de ser. Impactante, imponente, artística e histórica. O dom da italianada pra erguer prédios incríveis é demais, não?

As fotos falam melhor que eu…

stazione centrale

stazione

stazione_3

Nosso hotel ficava a poucas quadras dali. Fomos caminhando. O Hotel Terminal, alías, já foi tema de texto da Nah. É uma boa dica de hotel em Milão se você não liga pra luxo, mas quer conforto. ;)

Largamos nossas coisas, ficamos umas duas horas resolvendo algumas pendências de trabalho (essa vida de empreendedor/jornalista/blogueiro viajante ainda vai ser tema de post, aliás. Temos algumas coisas legais para falar sobre e, quem sabe, te inspirar) e saímos do hotel para conhecer a região de Navigli.

Eu nem sabia que Milão tinha canais até a Nah me falar dias antes da viagem. Que lugar! Muitos bares, restaurantes, lojas de artesanato, gelaterias, gente na rua, bicicletas. Uma festa do cotidiano da cidade. Era uma quarta-feira, cerca de 21h de uma noite com temperatura muito agradável.

Tomamos um chopp no BQ, uma casa de cerveja artesanal que eu havia colocado na lista de lugares pra conhecer em Milão, mas não tinha a menor ideia que era ali. Perfeito, não? Pra saber mais corre ler o texto que a Nah comenta sobre o bar.

Bebemos, jantamos num lugar que parecia legal, mas decepcionou. Após o jantar voltamos para o hotel. Já era perto da meia noite, hora em que o metrô para de funcionar.

A essas horas Mião já havia me conquistado.

O metrô e as bicicletas em Milão

O sistema de transporte público de de Milão surpreende como a cidade. Moderno e eficiente, mas que ainda preserva muita história com os charmosos bondinhos nas ruas. Ponto pra Milão.

bondinho

Informações sobre preço das passagens você pode ver no site da Azienda Trasporti Milanesi  (ATM), mas adianto: o bilhete mais barato, que dá direito a circular quantas vezes quiser por até 90 minutos, custa 1,50€. Mas há várias opções diferentes. Vale acessar o site para ver o que mais se adequa ao que você precisa.

Lá você também encontra informações sobre o Bikemi, o sistema de aluguel de bicicletas. Milão tem investido muito nesse modal de transporte. São mais de 1900 bikes e a malha cicloviária está em constante ampliação.

É barato e fácil de usar. A diária sai por 2,50€ e se você trocar a bike ou entregá-la antes de 30 minutos de uso não há taxas extras. Apenas lembre-se de fazer um cadastro prévio via internet.

bikes

Sou suspeito pra falar por ser um ciclista convicto, mas não há nada como conhecer uma cidade sobre uma bike.

Uma Itália diferente

As diferenças entre Milão e qualquer outra cidade que conhecemos na Itália (Roma, Firenze, Veneza, Reggio Calabria e algumas outras cidades menores) são imensas.

Milão é a mais europeia das cidades italianas quando falamos em organização, limpeza, eficiência, emprego, etc.). A cidade funciona bem. Coisa que não é tão comum em outros centros italianos, que muitas vezes lembram nosso Brasil…

milano

A prosperidade de Milão, talvez, ou obviamente, existe em razão de sua riqueza. A cidade concentra boa parte das indústrias, empresas e eventos de negócios do país. É a válvula propulsora de uma combalida economia local. Os milaneses ganham, em média, 47% a mais que seus compatriotas. A taxa de desemprego está em 5,8%, contra expressivos 8,4% na média do país. Essas infos são do Assolombrada, uma associação que reúne mais de 5 mil empresas de Milão.

lambretta_armani
Um capacete Armani para sua Lambretta que combina com o vestido. Va bene.

O que ficou de Milão

Milão é o oposto do que boa parte da Itália é. Por si só isso já deveria valer sua visita. O choque cultural é imenso. Milão fala inglês. Coisa rara na Velha Bota.

Não que o resto da Itália seja uma porcaria. Cazzo, não. Quem não se encanta com a Itália, me desculpe, não vê a beleza da vida.

A cidade tem sua própria mágica…É muito diferente de ver o romantismo de Veneza, a arte de Firenze e a História de Roma. É uma cidade livre de rótulos se você ignorar a moda, o design e os negócios. Se você não pensa em ir a Milão, tente. Foi o que eu fiz. Não podia ter sido melhor…

Curta a cidade é como eu sugeri ali em cima: sem pré-conceitos ou julgamentos antecipados. Aproveite o que ela tem de melhor e deixe-se levar. Não tenho dúvidas de que sairá de lá com um sorriso na orelha e dizendo:

Piacere, Milano! Ci Vediamo, bella!

duomo

Curiosidades de Milão

Algumas coisas chamaram nossa atenção nos dias que passamos por Milão. E não podíamos deixar de registrá-las no último post sobre a cidade…

1) O calor imperava nos nossos dias milaneses. Porém, nas ruas, poucas pessoas bebiam cerveja. O vinho branco parecia ser a bebida preferida de quem queria se refrescar;

2) Boa parte das descargas dos banheiros públicos que usamos (retaurantes, estações de trem/metrô, etc.) eram elétricas. Até aí, tudo lindo maravilhoso. O problema é que ao contrário de evitarem o desperdício, elas desperdiçavam água. A qualquer movimento, lá vinha uma nova descarga;

3) Indianos vendem bonesquinhos iluminados que voam, africanos vendem pulseirinhas no Duomo, vendedores de diversas nacionalidades oferecem rosas nas ruas (e até dentro dos restaurantes/bares);

4) Há muitas fontes de água espalhadas pelas ruas da cidade. Por isso, tenha sempre uma garrafinha em mãos e pare para abastecê-la quando sua água acabar;

5) Outra ótima maneira de se refrescar estando em Milão é saboreando um delicioso gelato. E não faltam boas opções. Basta passear pela cidade, escolher o seu e aproveitar! :)

 

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Duomo de Milão: um combo de vista + arquitetura que vale a pena!

Apesar de morrer de medo de altura, eu sou LOUCA por uma cidade vista de cima. Pois é, eu sei, parece contraditório. Mas é verdade. E as fotos abaixo comprovam isso…

A MELHOR parte de Edimburgo: a vista do St. John Hill. Vale muito a pena a caminhadinha!
A MELHOR parte de Edimburgo: a vista do St. John Hill. Vale muito a pena a caminhadinha!
Ver Oxford do topo da Carfax Tower foi bom demais!
Ver Oxford do topo da Carfax Tower foi bom demais!
A London Eye proporciona uma vista INCRÍVEL de Londres... <3
A London Eye proporciona uma vista INCRÍVEL de Londres… <3

Quando estou no alto, fico imaginando o que está acontecendo nas ruas e nas casas, penso nos bebês nascendo, nos casais namorando, em quem está trabalhando… enfim, tiro uma pira. hehe

Assim, quando começamos a planejar nossos diazinhos em Milão eu logo de cara coloquei na programação a visita à catedral da cidade (Duomo di Milano), que do seu topo proporciona uma das vistas mais belas da cidade.

Porém, a missão de realizar esse sonho foi mais difícil do que eu poderia imaginar…

Duomo tentativa 1: #fail

Logo na nossa primeira manhã em Milão (depois da noite de Navigli, que contei aqui) acordamos cedo, nos arrumamos, pegamos a linha M1 do metrô (a vermelha!) e nos mandamos para a estação “Duomo”.

O dia estava lindo e fazia um calorzinho bem gostoso naquele setembro (2012!). Eu, como quase sempre, vestia um vestidinho. Mas, juro pra você que sua mãe/avó/bisavó jamais iriam criticar o comprimento do pobrezinho. Era acima do joelho, gente. Ó a foto:

dress

Não disse??

Pois é, mas nossos amigos católicos não tiveram a mesma opinião, e eu fui proibida de entrar no Duomo naquele dia. :( #ficadica

Duomo tentativa 2: a missão

No dia seguinte, com outros passeios programados (como ao museu de ciência e tecnologia e ao Castelo Sforzesco), deixamos o Duomo quietinho – ainda mais porque era mais uma manhã/tarde ensolarada e eu queria era tirar meus vestidos da mala. =D

Foi no último dia, com uma garoinha chata, que decidimos, então, fazer a segunda (e última) tentativa de entrar na tal igreja. Coloquei uma calça jeans, uma blusa comportada (sem decote, pra não arriscar, né? haha) e lá fomos nós.

Autorização concedida, foi hora de curtir. E valeu a pena, hein, minha gente?

A qualquer hora do dia ou da noite, ele impressiona!
A qualquer hora do dia ou da noite, ele impressiona!

Nossa opinião

A igreja por si só já vale a visita (e a entrada é gratuita!). As fotos sem flash eram permitidas, então o João fez estes belos registros…

santos

vitral

interior-duomo

duomo

altar-duomo-milano

Demais, não? :)

Mas o melhor veio mesmo com a subida dos 201 degraus – €7 (se você não tiver disposição para encarar a escada, não se preocupe, dá pra ir de elevador também! – €12!). O que impressiona mais não é nem a vista (a do Duomo de Florença é mais bonita!), mas a própria estrutura da catedral. Dá pra passar HORAS analisando cada (impressionante) detalhe…

Para tudo! olha só que incrível!
Para tudo! olha só que incrível!
Sério, é apaixonante!
Sério, é apaixonante!

la-de-cima

E aí a nossa foto preferida. Uma verdadeira poesia, não acha? :)
E aí a nossa foto preferida. Uma verdadeira poesia, não acha? :)

Depois dessas fotos todas, não dá pra negar: pela primeira vez desde o nascimento da avaliação estrelada do Pra Ver em Londres temos uma atração 5 estrelas! \o/

Tá, o lance de eu não ter conseguido entrar na primeira tentativa foi chato e desnecessário, mas são regras e temos que respeitá-las, então não tira o brilho desse passeio que, sério, você PRECISA colocar na sua programação de Milão se curte uma igreja bonita, arquitetura top e uma bela vista. :)

estrelinhas2

Planeje-se!

No site oficial do Duomo (clique aqui!) você tem acesso a todas as informações sobre horários de abertura e fechamento da catedral, como chegar de diversas maneiras e preços detalhados. Porém, para ajudar no seu planejamento, adianto informações importantes…

Chegar lá de metrô é simples. As linhas M1 (vermelha) e M3 (amarela) levam à estação Duomo (que, saindo dela, você dará DE CARA com esse espetáculo da natureza do homem).

Como disse anteriormente, a visita à catedral é gratuita (se você for sozinho ou em casal, por exemplo. Grupos maiores pagam €2 por pessoa – detalhes aqui). Para subir ao topo, paga-se €7 para ir a pé ou €12 para ir de elevador. Para ambos os ingressos existe meia entrada (crianças entre 6 e 12 anos; idosos acima de 65l grupos de estudantes e grupos de igreja).

Fechou? :)

Beijos e até o próximo post,

Nah.

Vai pra Milão? Põe o Triennale Design Museum na programação!

pravernomundoComo eu disse no post sobre Navigli (não sabe do que eu tô falando? Clica aqui e confere essa super dica! ;), antes de ir pra Milão minha visão da cidade era influenciada pelo que os outros falavam pra mim: Milão é moda e design.

E apesar de ver com meus próprios olhos que é BEM MAIS do que isso (bike+história+futebol+natureza…), é claro que eu queria explorar o lado “clássico” da cidade também nessa passagem por lá.

E esse foi um dos motivos que nos fizeram incluir o Triennale Design Museum no nosso roteiro. E, mais uma vez, que bela escolha fizemos! (Tô falando, minha gente, Milão é SENSACIONAL)

Quer entender por quê? Acompanha meu raciocínio. :)

O Triennale

outside

Antes de mais nada, é importante deixar bem claro que eu entendo MUITO pouco de design. O que entendo, aprendi na faculdade de Jornalismo e aprendo lendo diariamente reportagens interessantes sobre o assunto. Por isso, se você quer ouvir uma opinião mais embasada sugiro que fique de olho na Helô Righetto, que é fera no assunto e já falou sobre Milão tanto no Básico e Necessário (o blog pessoal dela), quanto no Aprendiz de Viajante (em que ela é uma das blogueiras).

Bom, tirando isso, o que eu posso dizer é que a impressão que tivemos do Triennale foi a melhor possível. Achei o trabalho de curadoria do museu sensacional, porque das cinco exposições que vimos na tarde que passamos lá, três nós AMAMOS, uma eu adorei e o João não e a outra achamos legal, mas nem tanto.

Na nossa passagem por lá, a exposições rolando eram as seguintes:

  • Geralzona sobre design – conta a história do design e, de quebra, da publicidade, por meio de imagens. Super, hiper, ultra, mega legal!
  • Kitsch – um monte de obras de arte “kitsch” (não sabe o que é? Clique aqui e entenda o conceito), que também nos encantou!
  • Obras de um artista chileno – gente, tinha de tudo: cadeiras gigantonas, mesas looongas e suntuosas, vasos que pareciam do tempo dos mais… enfim, era tudo lindo de viver. Uma frase do artista me chamou muito a atenção. Ele dizia algo como: “a arte é cheia de conceitos. Eu quero transformá-los em memória”. Mission accomplished, honey. :)
  • Fotos de um fotógrafo milanês – essa eu curti e o JG não. Ele achou basicona demais. Eu achei que retratava a realidade do cara e achei isso legal.
  • Trabalho de um trio de designers italianos – essa exposição meu caderninho diz que a gente achou legal, mas nem tanto. E não diz mais NADA. Que raiva dele (pra não dizer de mim, né?! haha).

Aqui, um parênteses: não anotei os nomes dos artistas. Estava tão entretida com tudo que esqueci. Desculpa, gente. Que vergonha. :( E pior que não tem no site também. :(

E aí que não podia fotografar. Mas a gente precisava registrar pelo menos algumas coisitchas lá de dentro pra mostrar pra você e convencê-lo a colocar o Triennale na programação da SUA viagem, então burlamos um pouquiiinho a regra e fizemos estas fotos (com o celular):

Parte da exposição sobre design/publicidade. Só ela já vale o ingresso!
Parte da exposição sobre design/publicidade. Só ela já vale o ingresso!
Olha que lindos os anúncios da Pirelli! <3
Olha que lindos os anúncios da Pirelli! <3

kitsch

AHAM. Isso aí é DENTRO do museu, Parte da exposição de Kitsch. Legal, né? :)

pictures

skull

Infelizmente, a exposição do artista chileno era em uma sala pequena e com grande fiscalização. Até tentamos tirar foto, mas não deu. :(

De qualquer forma, como as exposições são itinerantes, as chances de você não ver estas mesmas na sua ida à Triennale são grandes. Porém, como disse lá em cima, gostamos de quase tudo que vimos, e tivemos a impressão de que o cuidado com a escolha do que será apresentado é enorme. Assim, mesmo que não seja pra ver o que a gente viu, programe-se para ir até lá. Você não vai se arrepender. :)

Na nossa avaliação estrelada, o Triennale Design Museum de Milão quase atingiu a nota máxima…

estrelinhas

Como  uma exposição achamos mais ou menos e outra o João não curtiu, acho que as 4 estrelinhas foram justas. Concorda? :)

Como se não bastasse o interior super bacana, o Triennale Design Museum ainda fica em uma região agradabilíssima de Milão. Saímos de lá e demos um rolê por perto que valeu super a pena. #ficadica

A entrada para o museu custa €8 por exposição e o bilhete único, que dá direito a ver tudo o que está rolando, sai por €10 (!).

Chegar lá é bem fácil. As linhas 1 e 2 do metrô levam até a estação Cadorna – Triennale, que fica bem pertinho do museu (como você pode ver no mapa), e a linha 62 de ônibus também para lá perto.


Ver mapa maior

comentePara saber mais (horários, exposições do momento, etc.), acesse o site oficial do museu clicando aqui.

Agora é com você! Comece a programar sua viagem e coloque o Triennale Design Museum no roteiro! ;)

Até o próximo post!

Nah.

Birrificio Lambrate: o paraíso cervejeiro em Milão

pravernomundoDentre tantas paixões que Londres despertou em nós, uma das maiores foi o prazer em experimentar novas e diferentes cervejas. Nada mais justo. Afinal, que lugar melhor no mundo para desbravar incríveis e inesquecíveis pale ales, stouts, porters, lagers e tantas outras especiarias do que a terra dos pubs?

Da nossa passagem em Londres em 2010 pra cá fomos aprofundando nossas experiências no mundo cervejeiro. Por sorte, no mesmo período o Brasil parecia estar em sintonia conosco. Muitas microcervejarias surgiram nos últimos anos, em especial no sul do Brasil. Bem como novos eventos, bares e lojas especializadas em birras que circulam por fora do tradicional varejo cervejeiro.

*Pra quem vem a Curitiba, demos uma boa sugestão de restaurante com boa carta de cervejas artesanais aqui. #ficadica

Por essas e outras que nossa passagem por Milão não poderia deixar de contar com visitas aos bares onde os milaneses bebem suas boas cervejas.

Após descobrir que os italianos chamam a cerveja artesanal de birra artigianali e que cervejaria se chama birrificio, eu tinha em mãos tudo o que precisava para encontrar os melhores picos da cidade para tomar umas e outras. Um deles foi o BQ, sobre o qual a Nah falou no post sobre Navigli – uma área que você não pode deixar de visitar em Milão!

Em Navigli, o BQ é parada obrigatória para os cervejeiros viajantes!
Em Navigli, o BQ é parada obrigatória para os cervejeiros viajantes!

Mas a melhor experiência cervejeira que tivemos em Milão foi o INCRÍVEL Birrificio Lambrate, que descobri nas minhas pesquisas pré-viagem.

O Lambrate é um pequeno e aconchegante pub não longe do centro, mas completamente fora do circuito turístico tradicional da cidade da moda. Ótima pedida para se afundar na cultura milanesa.

birrificio

O site deles traz uma frase que resume bem o astral do lugar. There are no strangers here. Just friends who haven’t met yet! No bar, a mesma frase “grita” em um cartaz pendurado no balcão. Vá pra lá sem pressa e sem grandes perspectivas para depois, porque os VÁRIOS chopes que estão nas traves vão te conquistar. Olha como a gente saiu de lá:

couple

Mangia que ti fa bene

A paixão dos italianos por comer bem é tocante e invejável. E o Lambrate cumpre com louvor o que manda a “lei” dos bons costumes da mesa italiana. Vimos ali algo que nunca imaginei que pudesse existir. Ao entrarmos no bar nos deparamos com um buffet com as mais variados delícias (petiscos, saladas, massas, pães, doces e frutas) ao lado de pratos e talheres descartáveis.

food

Nada convencional para um pub alternativo, quase punk. Curioso e instigado para provar as delícias, perguntei ao bartender (um italiano cabeludo e gente boa que se vira no inglês) como funcionava o esquema dos rangos. A resposta foi direta e óbvia. “It’s free!”.

De cair o queixo, não? Itália, obrigado por existir! A dica pra aproveitar os quitutes é chegar cedo. Eles abrem às 18h e logo começam a servir. Lá pelas 20h30 não tem mais nada. O mesmo vale se você quiser pegar uma mesa.

Sentamos em uma mesa ao lado do balcão, a área mais nobre de todo bar. Afinal, é ali que a magia acontece, não é verdade?

No balcão, bem ao nosso lado, estava um daqueles clientes fiéis. O cara, que tinha até sua caneca exclusiva, tinha uma companhia das melhores. Um lindo labrador chamado Patita, que parecia não se incomodar com a intensa movimentação e barulho do bar. Estava imóvel ao lado de seu companheiro. Pelo que percebemos, o cane era amigo de todos ali. Seria Patita o Lou Dog (épico cão do Sublime) reencarnado? Digo isso porque em boa parte do tempo em que ficamos lá o Sublime dominou a trilha sonora.

Ei, gente, Nah na área! =D Escolhi essa foto não pelo marido mais lindo do mundo, JURO, mas porque o doguinho que o João falou tá aí. Achou? :)
Ei, gente, Nah na área! =D Escolhi essa foto não pelo marido mais lindo do mundo, JURO, mas porque o doguinho que o João falou tá aí. Achou? :)

Cervejas variadas e premiadas

Tanta coisa pra falar sobre o Lambrate que a cerveja virou quase um detalhe. Mas não pense que elas não são tão excelentes quanto todo o resto. Muito pelo contrário. Provamos sete diferentes (Gaina – pale ale, Lambrate – bock, uma baltic porter, uma stout e outras três que não nos lembramos agora) e curtimos muito todas elas. Elegemos a Gaine e Lambrate como as favoritas. Vou pular aquele blábláblá de cervechato, ok? Senta lá, tome todas e seja feliz! =D

beer

Vale dizer que eles ganham prêmios com frequência. Placas de eventos cervejeiros italianos preenchem toda uma parede.

Enquanto estivemos lá o som foi de Sublime a Pink Floyd. Todo esse contexto me fez ter a certeza que passamos uma noite no paraíso.

Como chegar

Depois que nós conhecemos o Birrificio Lambrate, eles abriram um segundo bar em Milão. Os endereços estão no site, mas de metrô é fácil e rápido chegar no brewpub (o que fomos, que é o original e o com cervejaria lá mesmo). Basta descer na estação Lambrate, que fica na linha M2 (verde) a três paradas ao norte da Centrale.

Saia do metrô, siga pela Via Giovanni Pacini, vire à direita na Via Astolfo, então à direita na Via Vallazze e à esquerda na Via Adelchi. O Lambrate fica quase no fim da pequena rua, no lado esquerdo.


Ver mapa maior

Cheers!

A parte “lua de mel” da experiência no Lambrate

Eigente, Nah de novo! =D

Resolvi me intrometer no post do João para contar como uma tarde/noite de bebedeira se encerrou romântica… <3

Antes, uma observação: em Milão (e em várias outras regiões da Itália) é bem comum que vendedores de rosas interrompam seu passeio para tentar oferecer a você uma rosa. Quer dizer, oferecer não é bem a palavra. Eles querem vender, é claro.

E aí que a gente nunca aceitava a “oferta”. Mas nesse dia, depois de algumas várias cervejas, ao ir ao banheiro antes de irmos embora quando voltei meu excelentíssimo me aguardava com um botão. Não preciso nem dizer que derreti, né? :)

Olha aí que lindão:

hihihi
hihihi

Como se não bastasse isso, quando saímos do bar ainda rolava uma chuvinha gostosa e a gente foi namorandinho super apaixonados até o metrô (onde tiramos a foto lááá de cima – a que a rosa está quase na minha boca). :)

Enfim, precisava deixar o meu registro apaixonado aqui para eternizar esse momento.

Beijobeijo,

Nah.

Hotel Terminal em Milão: testado e aprovado!

Posso dizer que aqui em casa o planejador oficial de viagens é o João. Nunca vi como ele tem um faro bom para encontrar atrações bacanéééérrimas fora do roteiro turistóide, hotéis/hostels BBBs, quitutinhos goixtooosos e acessíveis… enfim, desculpaê, mas meu marido é O CARA! :)

Sabendo disso, deixei a missão “escolha da acomodação” de Milão nas mãos dele, é claaaaro. E ele foi direto para os nossos sites preferidos: Hostel World e Hostel Bookers. Enquanto eu listava as atrações que TÍNHAMOS que conferir, ele vasculhava esses sites em busca do cantinho ideal para nossas 3 noites à milanesa (aiquebrega!).

Em pouco tempo, ele me avisou: “Nah, achei um hotel que parece bacana. 50 euros por noite para nós dois, com café-da-manhã, wi-fi no quarto (importante, né, gente?!) e duas quadras da estação central de trem e metrô”.

Aqui, um parêntese: na temporada londrina de 2010, SEMPRE ficamos em hostels. Lembro bem que pagamos 20 euros CADA no Bob’s Youth Hostel (falamos sobre ele aqui) de Amsterdam para ficar num quarto com 12 camas. OU SEJA, achei MUITO DIGNO 50 euros para os dois para um quartinho só nosso e com todos os benefícios que contei ali em cima. Nénão?

O Hotel

Aigente, ADORO quando fotos não enganam. Sei que devia ser SEMPRE assim. Mas não é. E foi com o HT! =D

Olha só que bonitinho (fotos do hotel em si são do site. As do quarto, nossas):

É, eu sei, a gente não dá nada pela entrada. Mas, calmae... :)
É, eu sei, a gente não dá nada pela entrada. Mas, calmae… :)
olha a recepção, que bacaninha! :)
olha a recepção, que bacaninha! :)

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Pelo que vi no site, existem quartos BEM melhores que o nosso lá. Mas, pow, o que eu menos quero viajando é passar hoooras no hotel. Por que eu iria querer mais do que esse aconchego todo?
Pelo que vi no site, existem quartos BEM melhores que o nosso lá. Mas, pow, o que eu menos quero viajando é passar hoooras no hotel. Por que eu iria querer mais do que esse aconchego todo?
Com um banheiro bem limpinho, a banheira no fim do dia de passeios era ÓTEMA pedida!
Com um banheiro bem limpinho, a banheira no fim do dia de passeios era ÓTEMA pedida!

Banho bom, internet funcionava bem (até o jogo do Coxa conseguimos assistir! :), preço do frigobar justo (1 euro uma água – foi só o que consumimos), ar condicionado ok, quarto limpo… enfiiim, nesse quesito tudo nota 10.

Depois da primeira noite felizões, acordamos cedo pra o café da manhã. E aí a decepção: era MUITO RUIM. Sério, suco de laranja esquisito, café aguadããão, croissant mais esquisito ainda, abacaxi e pêssego EM CALDA – sem frutas naturais… bem fraquinho. Mas a conclusão final é: forra o estômago pra um começo de dia de turista. E, no fim das contas, é isso que importa, não? :)

Ah, e se serve de consolo tem yogurte disponível lá. Eu peguei um e levei comigo – ajudou a amenizar uma fomezinha no meio da manhã! ;)

O café rolava aí. Pena que o conteúdo não era tão bom quanto a aparência. =/
O café rolava aí. Pena que o conteúdo não era tão bom quanto a aparência. =/

Assim, nosso último comentário negativo é: staff not friendly.

Tínhamos lido isso nas avaliações do Hostel World, mas não nos importamos porque a gente passa tão pouco tempo dentro do hotel que isso é o que menos importa, né? Só que aí no último dia o cara da recepção foi GROSSO comigo. A camareira tinha pedido pra gente dar a chave do quarto pra ela, que ela ia arrumar, e a gente deixou. E aí que ele disse que a gente não podia ouvir a camareira, que TINHA que deixar na recepção e ficou repetindo isso por HORAS (2, minutos, ok, mas pareciam horas. Haha) e eu fiquei DE CARA. Só repetia: “ele não pode fazer isso com um cliente, ele não pode fazer isso com um cliente”. Cês concordam comigo, néam? :)

Mas vale os 50 euros por casal. Eu ficaria suuusse lá de novo. #ficadica

Como chegar?

Como eu disse no começo do texto, o Hotel Terminal fica BEM pertinho da estação central de Milão. Dá pra ir a pé susse, susse. O mapa abaixo mostra bem, ó:

meu mapinha tosco te ajuda a se localizar? Mission accomplished! :)
meu mapinha tosco te ajuda a se localizar? Mission accomplished! :)

O site deles é bem completinho e dá pra você programar direitinho sua estada lá a partir de lá. Se você gostou da dica e quer se hospedar lá também, clique aqui e comece a planejara sua viagem agora mesmo! ;)

estrelinhas

Avaliação final: o Hotel Terminal de Milão cumpre bem a sua proposta – não tem luxo, mas é aconchegante. O preço é justo. Podia melhorar no café da manhã e na equipe. Apesar disso, no nosso ranking estrelado ganhou três amarelinhas.

Gostou do post? Deixa um comentário pra fazer essa blogueira feliz, vai. Prometo retribuir com posts super legais. hehe

Beijobeijo e até a próxima,
Nah.

Navigli: ótima pedida em Milão!

pravernomundoNão sei você, mas eu sempre ouvi falar que Milão não era uma cidade muito interessante. Ao longo da minha vida de viajante, ouvi várias pessoas dizerem que a cidade era “apenas” a capital da moda e do design (sem desmerecer moda e design, claro!).

Porém, a passagem de entrada na Itália mais barata SEMPRE foi a de Milão (na minha primeira ida para Londres, em 2005, fiz conexão lá também), e na época da nossa lua de mel não foi diferente. E aí que a gente quis aproveitar. “Já que vamos descer lá, vamos conhecer a cidade”, pensamos.

Com isso definido, começamos a visitar vários blogs de colegas viajantes que já tinham passado pela cidade (como Finestrino, Dri Everywhere e Básico e Necessário) para descobrir o que Milão tinha a oferecer – além do Duomo, da Galerie Vittorio Emanuelle e do Quadrilátero da Moda, que todo mundo já ouviu falar, néam? E, aos poucos, fui percebendo que esse povo que fala que Milão não tem nada pra ver só pode estar maluco. GENTE, minha lista de “o que quero fazer” era interminável. JURO! (E à medida que desbravavámos a cidade a lista só ia aumentando…)

É claaaro que o Duomo estava na nossa programação milanesa, mas a gente queria MAIS. Entende, né?! :)
É claaaro que o Duomo estava na nossa programação milanesa, mas a gente queria MAIS. Entende, né?! :)

E no primeiro post da série sobre a Milão que nos encantou vou falar de como começamos nossa passagem por lá. Com vocês, Navigli!

Curtindo o canal de Milão

Depois de uma maratona de 3 voos (Curitiba-SP/SP-Amsterdam/Amsterdam-Milão), chegamos em Milão na terça-feira, 28/08/12, quase 19h. Como tínhamos pouco tempo na cidade (3 noites e apenas dois dias inteiriiiinhos), chegamos ao hotel (logo falamos sobre ele!), tomamos um banho e pegamos nossa listinha de passeios para ver o que dava para fazer naquele mesmo momento.

Logo de cara Navigli pareceu uma ótima opção, pois até onde eu sabia (pelos guias) era uma região cortada por um canal que tinha vários barzinhos bacanas e restaurantes gostosos no seu entorno. Parada obrigatória – e com cara de primeira noite!

Pegamos o mapinha do metrô (a estação Centrale ficava BEM PERTINHO do nosso hotel), traçamos a rota e nos mandamos (no fim do post dou detalhes sobre como chegar!).

Antes de sairmos, porém, perguntamos ao pessoal da recepção do hotel a que horas partia o último trem do metrô. Afinal, já passava das 21h e se a gente não quisesse ficar na mão precisava se programar. Com a informação de que por volta da meia-noite o underground da cidade encerrava seus trabalhos partimos na missão. :)

O que achamos

Que bela decisão, hein? Navigli é SENSACIONAL!

Logo que saímos da estação Porta Genova demos de cara com MUITOS restaurantes que pareciam legais, muita gente na rua curtindo a noite quente, bicicletas espalhadas por todo canto… enfim, um ambiente super bacana.

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Escolhemos um restaurante (que era “ok”, mas, sinceramente, não vale a indicação – só a foto bonitinha :), jantamos por lá e depois seguimos a caminhada.

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E aí veio a ótEma surpresa da noite: o BQ, um bar de cerveja artesanal que oferecia uma enoooorme variedade de birra italiana boa e que o João tinha descoberto em suas pesquisas pré-viagem (mas que a gente ainda não sabia onde ficava) “estava” ALI! =D

Se você curte cerveja tanto quanto a gente e está planejando ir a Milão, não deixe de colocar o BQ na sua programação. Experimentar cervejas locais é obrigação de qualquer cervejeiro-viajante (tá aí, gostei dessa denominação. :).

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pois é, uma portiiinha, mas que guarda VÁRIAS birras italianas que são uma perdição! :)
pois é, uma portiiinha, mas que guarda VÁRIAS birras italianas que são uma perdição! :)

Tá vendo a foto aí de cima? Preciso contar algumas coisas sobre ela (e sobre o bar)…

Na teoria, cada cerveja (400ml) custava 5€. Mas, na prática, poderia sair por 4€, porque quem devolvesse o copo recuperava 1€! Só que tem outra couuusa. Tá vendo as mulheres paradas ali na porta? Então, elas ficavam pedindo pra galera dar os copos pra elas. Enquanto a gente estava lá, quase todo mundo deu. Elas tinham umas pilhas com uns 20 copos cada uma. JURO. E aí que no fim das contas quase todo mundo paga 5€ mesmo. :)

Na volta para a estação, ainda compramos nosso primeiro gelato em terras italianas. Um típico fragola (morango) no Orso Bianco. Valeu a noite! ;)

Explore Navigli!

Como deve ter dado para perceber, a única coisa que tínhamos em mente era que queríamos conhecer Navigli.

Os outros programas (restaurante+cervejaria+sorvete) a gente decidiu na hora, indo com a cara de cada um. E, sinceramente, acho que isso é o melhor de tudo. Não precisa seguir à risca as indicações de amigos, familiares, blogueiros. Caminhe por Navigli e descubra o que mais faz o SEU tipo. As grandes boas aventuras surgem assim. :)

Além disso, apesar de a gente ter ido apenas à noite (por falta de tempo MESMO),  o passeio por Navigli é uma boa pedida pra qualquer hora do dia. Ver o pôr do sol por lá deve ser lindo, curtr uma tarde ensolarada também e até uma chuvinha pode ser romântica (ou não, né?! haha).

Enfim, o importante é curtir umas boas horas dessa região deliciosa de Milão Vale MUITO a pena! ;)

Como chegar

A maneira mais simples para chegar a esse cantinho encantador de Milão é de metrô. De onde você estiver, trace uma rota para descer na estação Porta Genova, que fica na linha M2 (a verde). Descendo da estação você estará a poucos passos do paraíso. É só procurar pra onde vai a muvuca (é fácil, garanto) e seguir o fluxo que você vai cair lá!

o mapa do metrô de Milão é bem mais simpleso do que o de Londres, nénão? :)
o mapa do metrô de Milão é bem mais simples do que o de Londres, nénão? :)

Aproveitando: como íamos ficar apenas 2 dias inteiros, optamos por comprar um ticket que valia para metrô/tram/ônibus por 48h (Two-Day Pass) e que custava 8,25€. Usamos e abusamos dele. Por isso, valeu a pena!

E aí, curtiu as dicas? Se na sua passagem por Milão você passou por Navigli e tem algo a acrescentar, deixa um comentário aí. Sua experiência pode fazer a viagem de uma outra pessoa ainda mais inesquecível. :)

Beijobeijo e até a próxima,
Nah.

Serviço

Saiba mais sobre Navigli

O site oficial de Navigli tem tudo o que você precisa saber sobre esse cantinho adorável de Milão – incluindo bares, restaurantes, pizzarias e sorveterias apresentados em um mapa. Clique aqui e confira!

BQ

TUDO o que precisa saber sobre o BQ está no site deles (aqui). Como você vai ver, não é só em Navigli que dá pra encontrar esse bareco bacana. Tem outros endereços também. ;) #ficadica

Orso Bianco

Ao que tudo indica, o Orso Bianco não tem site. :(
Mas, ó, é bem facinho de achar essa sorveteria gostosa. É só sair da estação Porta Genova no sentido Navigli que na primeira quadra, quaaaase chegando no canal estará este gelatinho goixtoso – mas não o melhor de Milão (na nossa opinião, claro). O melhor mesmo (que a gente foi TRÊS VEZES em dois dias) é… well, conto num outro post. Pode ser? :)