Sempre gostei demais de Curitiba. “Amo minha terra e torço pelo meu estado”, já diria a campanha publicitária vinda lá do Alto da Glória.
E acho que, parafraseando minha sogra, “as andanças pelo mundo” me ajudaram a ver que essa cidade é realmente muito especial.
Assim, sinto-me na obrigação de dar boas dicas aos viajantes que vem pra cá. E já adianto: é difícil demais fechar a lista dos imperdíveis de Curitiba!
E sem essa que só chove, que é frio, que o Atlético não ganha uma do Coxa e blablabla… Não dá pra descontar nossas frustrações em coisas que não se pode mudar, não é? ;)
Há algus anos Curitiba saiu da bolha que parece ter ficado por uns bons anos. A cidade ganhou cor, vida, arte, cervejas… Alguns podem dizer que isso se deve ao fato de que hoje 55% da população da cidade é composta por forasteiros. Talvez. Mas vejo a piazada se movimento muito pra inovar, e credito a isso o bom momento.
Ainda há muito a ser feito, claro. Em especial por parte dos governantes. Mas a veia empreendedora pulsa forte na cidade fria.
Muitos negócios incríveis surgiram ou se consolidaram por aqui nos últimos anos nos mais diversos segmentos: gastronomia, comunicação, educação, serviços, design, música, esportes, arte…
A inovação sacode as araucárias! Nesse contexto destaco o artigo Curitiba: uma cidade contra sua vocação, do Eloi Zanetti. Ele sintetiza isso tudo que estamos vendo e vivendo por aqui com sua maestria natural. Diz Eloi:
“Os tempos mudaram e hoje se percebe que há algo de novo no ar, os filhos e netos dos ‘soturnos e insulados curitibanos’, como o Jardim nos alcunhara, miscigenados com os neo-curitibanos, aparecem como a segunda oportunidade para a nossa cidade. São jovens com espírito e experiência cosmopolita, insatisfeitos e transformadores. Não dão a mínima para suas ascendências e raízes e se esforçam para colocar para fora suas ideias criativas.”
O exemplo que vem dos hostels
Dentre os mais diversos bons exemplos que a Economia Criativa vem trazendo aos nossos ares, os hostels curitibanos se destacam. E impressionam! E eu só fui descobrir isso há poucos dias.
São, provavelmente, sete na cidade. Talvez um ou outro a mais. E o boom dos últimos anos, quando nada menos do que quatro deles abriram – é a vocação mostrando sua cara – criou o melhor cenário possível para os viajantes.
Nós tivemos a oportunidade de conhecer quatro hostels em parceria com os amigos do Curitiblogando à convite do Curitiba Convention & Visitors Bureau, uma entidade sem fins lucrativos que promove o turismo em Curitiba e região.
Fomos ao Curitiba Hostel, Motter Home, Curitiba Eco Hostel e Knock Knock. Em cada um fomos recebidos e guiados pelos proprietários ou funcionários. E, pra surpresa geral, todos eram incríveis!
Muito melhores, inclusive, que vários hostels europeus. Ouso dizer que superam vários hotéis três estrelas por aí…
Foi uma experiência e tanto ver de perto essa rotina que não é tão comum de se acompanhar em sua própria cidade. Ser turista onde você mora, aliás, é uma algo que eu recomendo a todo mundo. Em especial se você curte pedalar. :)
O Eco Hostel Curitiba
Após o rolê com seis blogueiros de cinco blogs, cada blogueiro dormiu em um hostel diferente. A ideia é que cada blog passasse sua visão sobre o hostel que ficou. A opinião dos colegas sobre os outros hostels você pega ao fim do texto.
Nós fomos para o Eco Hostel. Sonho antigo do casal, inclusive. Fazia tempo que a gente se ensaiava para passar uma noite por lá.
Ele existe há 10 anos. O Eco foi pioneiro em Curitiba junto com o Roma Hostel. É comandado por dois irmãos na casa dos 40 e tantos anos. Rodrigo e Alexandre, dois surfistas gente boníssimas que nos receberam muito bem.
O nome sugere bem o que é albergue. Um terreno gigante de 8 mil metros quadrados abriga chalés e quartos em meio à muita mata. Até um pequeno córrego cruza o hostel. Eles ainda cultivam uma horta orgânica e têm um cuidado especial com o lixo. Rola até uma bike que você pedala para produzir energia.
O Eco fica um pouco afastado do centro, no bairro Campo Comprido. Isso pode ser bom ou ruim. Questão de gosto. Mas a tranquilidade do lugar é incrível. Perfeito pra relaxar e se desligar. Até mesmo pra você, curitibano. Vale aproveitar um fim de semana pra dormir lá. E tem um ponto de ônibus bem em frente ao hostel. Em 20 minutos você está no centro.
A estrutura do hostel é ótima. Os quartos são amplos, limpos, organizados. O chuveiro é bom e quente – algo importantíssimo nessa terra gelada! Os quartos privativos têm até televisão. Coisa rara!
O café da manhã também não decepciona. Nada de luxo, mas muito bem servido.
O Eco ainda tem piscina, churrasqueira, sala de tv com canais a cabo. A área comunal e o bar também são show!
Vai lá na fé que você não vai se decepcionar.
Preços e informações importantes
As diárias custam a partir de R$ 40,00. Aqui você confere a tabela com todos os preços.
O site do Curitiba Eco Hostel é bem completo. Você vai encontrar todas as infos que precisa.