Hotéis em Londres: onde se hospedar?

A gente recebe muitos perguntas sobre hotéis em Londres. E é sempre um pouco difícil responder por vários motivos:

1 – Nunca nos hospedamos em hotéis ou hostels (albergues) por aqui.
2 – A rede hoteleira da cidade é tão grande e diversa que recomendar um outro é um desafio homérico.

Só pra te dar uma ideia… Se você for no Booking.com agora vai encontrar mais de 2 mil hotéis por lá. Ou seja, como fazer um filtro disso tudo? Por essas e outras que o tema “hospedagem em Londres” sempre acabou ficando em segundo plano por aqui.

Mas dia desses recebemos um convite da Damares, do blog Keviagem, para participar de uma blogagem coletiva sobre hotéis em Londres e chegamos a conclusão de que era hora de encarar o desafio. Debatemos como poderíamos reunir boas dicas e encontramos uma fórmula que eu acho que será útil para todos.

Selecionei alguns dos meus bairros preferidos em Londres e, ao invés de apontar um hotel em cada área, vou deixar o link do Booking.com direto para a região. Assim você pode pesquisar por lá com mais tranquilidade e escolher um hotel que te agrada.

trafalgar square - Londres - Big Ben
Não, essa não será a vista do seu quarto . Mas você pode ver de graça a partir das escadas da National Gallery ;)

Decidi fazer isso porque como cada pessoa tem um orçamento e um objetivo diferente quando pensa em hospedagem- enquanto tem gente que quer apenas uma cama pra dormir tem os que gostam de luxo e mimos – achei que seria uma forma legal de ajudar os leitores. Hospedagem é algo MUITO particular. Tem a ver com gosto. E grana, claro. =)

Portanto achei melhor apontar regiões da cidade que eu me hospedaria feliz da vida para você conhecer e aí você procura no Booking, combinado?

Por que reservar seu hotel ou hostel no Booking.com?

Se você não costuma utilizar o Booking, antes de mais nada, para tudo. É uma excelente ferramenta! Por lá você consegue fazer buscas super detalhadas e usar filtrar como:

  • Faixa de preço
  • Estrelas
  • Refeições inclusas ou não
  • Avaliação dos usuários
  • Comodidades (Wi-Fi, estacionamento, traslado,etc.)
  • Ofertas e tarifas especiais
  • Comodidades do quarto
  • Tipo da hospedagem (hotel, hostel, apartamento, etc.)

Além de outras funções que facilitam MUITO a busca do viajante. Inclusive não é raro encontrar tarifas no Booking melhores que as praticadas nos próprios sites dos hotéis. É sério! Já conseguimos algumas barganhas por lá. Se você usar o filtro “Ofertas” vai poder comprovar essa dica.

Além de ser um parceiro do blog, a gente usa o Booking há vááários anos. Sempre que vamos reservar hospedagem, seja qual for a cidade, nos baseamos pelos que estão mais bem avaliados por lá. Então posso garantir que dá pra confiar.

Por fim, se você gosta do Pra Ver em Londres, vai curtir saber que se reservar seu hotel clicando nos links que estão no post ou no banner que fica na coluna da direita a gente ganha uma comissão sobre a venda. E não custa nada extra pra você. Ou seja, todo mundo fica feliz. \o/

Um último detalhe antes de falar sobre as regiões de Londres que recomendo: esse post nasce agora, mas minha ideia é que ele tenha vida própria e vá crescendo com o passar do tempo. Conto com você para deixar um comentário registrando sua experiência de hospedagem em Londres. Nada melhor do que pegar dicas de quem viveu a experiência, né? Me ajuda nessa? =)

Hospedagem em Londres: onde ficar?

Se é sua primeira vez em Londres e/ou se você tem poucos dias na cidade é BEM provável que suas locomoções sejam quase sempre a pé ou de metrô. (Leia tudo sobre o metrô de Londres aqui.) Por isso, escolher um hotel pertinho de uma estação do underground e que fique perto das principais atrações ou da região que você mais gosta será uma mão na roda.

Além disso, vai te ajudar a economizar uma boa grana com o transporte público. Pense bem se estiver em dúvida entre escolher um hotel mais barato que fica mais afastado ou pagar um pouco mais para ficar mais bem localizado. Sua experiência durante a viagem e a economia com o Oyster Card (cartão utilizado no transporte público) sofrerão um impacto significativo.

É por isso que a primeira região que eu recomendo, principalmente para quem vem a cidade pela primeira vez, é o West End. Vem comigo que vou explicar porque!

Pra Ver em Londres - metro de londres - plataforma
Priorize hotéis que ficam próximos a estações de metrô. Isso vai facilitar muito a sua vida

West End: para o turismo clássico e ‘perto de tudo’

O West End não é bem um bairro. É um termo criado para delimitar uma área que abrange boa parte das “obrigações” de quem vem fazer turismo em Londres.

É no West End que fica a Trafalgar Square, a Leicester Square, a Piccadilly Circus, a Oxford Street, o Soho, a Carnaby Street, o Covent Garden, diversos museus e muitas das principais atrações da cidade.

Ou seja, se estiver hospedado na região que abrange um pouco da área do mapa do metrô destacada abaixo poderá se locomover a pé tranquilamente por esses pontos que citei e vários outros. Caminhar por esses lugares por si só é uma das coisas mais legais pra se fazer em Londres. É no West End que você verá a Londres mais clássica e indispensável a todo visitante.

west end - londres
O divertido caos da Piccadilly Circus

É claro que pelo fato de concentrar boa parte das principais atrações turísticas da cidade a rede hoteleira da região é absurdamente enorme e um tanto inflacionada, mas se você seguir as dicas que comentei sobre o Booking certamente vai encontrar algo que atenda seu perfil.

Clique aqui para ir direto para a página do Booking.com que concentra as opções de hotéis no West End.

Se preferir, faça sua busca por “West End, Londres” direto nessa ferramenta:

Principais estações de metrô na região (use-as como referência para procurar seu hotel)

  • Baker Street
  • Bond Street
  • Chancery Lane
  • Covent Garden
  • Green Park
  • Holborn
  • Hyde Park Corner
  • Leicester Square
  • London Bridge
  • Marble Arch
  • Oxford Circus
  • Piccadilly Circus
  • Russel Square
  • Southwark
  • Tottenham Court Roud
  • Waterloo
  • Westminster

Bom para: famílias, viajantes com perfil mais tradicional e que fazem questão de ficar perto de (quase) tudo

East London: a meca dos criativos e da cultura alternativa

Ao leste de Londres fica o borough (bairro) de Hackney, que é formado pelos subbairros de Shoreditch, Hoxton, Brick Lane, Bethnal Green, Dalston, Hackney Wick, dentre outros. Já falamos em alguns posts sobre como é essa região da cidade, que há alguns anos era meio abandonada e mal frequentada, hoje foi tomada por pubs, cafés, restaurantes e baladas alternativas, arte de rua e demais adendos que formam uma boa cena alternativa. Se tua praia é essa, o East London é o lugar perfeito para se hospedar.

shoreditch - londres - osgemeos
Arte dos artistas brasileiros osgemeos pelas ruas de Shoreditch

A região é super vibrante, colorida e divertida. As conexões de transporte público são boas e há muito o que se ver e fazer na região. De uma forma geral, os preços médios dos hotéis serão mais baixos do que os do West End. Sugiro que dê uma olhada nos posts abaixo pra conhecer melhor a área.

Brick Lane: compras em Londres e muito mais

Columbia Flower Market: excelente maneira de começar o domingo em Londres

Uma cerveja, um café e um passeio pelo canal no leste de Londres

Clique aqui para ir direto para a página do Booking.com que concentra as opções de hotéis em East London.

Se preferir, faça sua busca por “Hackney, Londres” direto nessa ferramenta:

Principais estações de metrô na região (use-as como referência para procurar seu hotel)

  • Bethnal Green
  • Liverpool Street
  • Mile End
  • Stratford

O overground tem uma boa presença na região. Fique de olho também nessas linhas:

  • Dalston Junction
  • Haggerston
  • Hoxton
  • Shoreditch High Street (área mais movimentada, vibrante e concorrida de East London)

Bom para: solteiros, casais jovens (de idade ou espírito), gente que gosta de arte e vida noturna

Greenwich: no centro do mundo, uma Londres especial

Nos arredores do famoso Meridiano de Greenwich (atenção para a pronúncia correta: Grênuích) fica um dos bairros mais gostosos de Londres. A gente mora pela região, então é fácil defender. Greenwich reúne um pouco de tudo.

Se você ficar hospedado por ali será fácil deixar o bairro te sugar, no bom sentido. Tem museus lindos, um parque fantástico com uma vista linda, o Meridiano, um observatório astrônomico, pubs maravilhosos, bons restaurantes, um mercado de rua perfeito, muitas lojinhas legais, està à beira do Tâmisa e fica a menos de 15 minutos de trem de London Bridge, área super central da cidade.

Além disso, em Greenwich tem um ponto do Thames Clippers, que é o barco do transporte público que te leva para diversos pontos da cidade pelo rio. É praticamente um cruzeiro (exagerando um pouco) que te possibilita cruzar a cidade e ver um visual lindo por um preço bem camarada.

greenwich park - londres
Visual mágico de Canary Wharf a partir do Greenwich Park

Recomendo Greenwich pra todo mundo que vem a Londres porque o bairro é realmente uma delícia. Ele acaba ficando em segundo plano por muita gente talvez por não ter uma estação de metrô, mas, como eu falei, em menos de 15 minutos de trem você chega em London Bridge. Além disso, dá pra ir e vir de Greenwich de barco, DLR (trem  elétrico de superfície) e ônibus. Garanto que não vai se arrepender se decidir se hospedar por lá.

Clique aqui para ir direto para a página do Booking.com que concentra as opções de hotéis em Greenwich.

Se preferir, faça sua busca por “Greenwich, Londres” direto nessa ferramenta:

Principais estações na região (use-as como referência para procurar seu hotel)

Como eu falei ali em Greenwich não tem metrô ( a mais próxima é Canary Wharf), mas a região é bem alimentada por trem, DLR e barco.

Fique de olho nessas estações do DLR:

  • Cutty Sark for Maritime Greenwich
  • Greenwich

Bom para: famílias, pessoas que gostam de um lugar mais tranquilo e não fazem questão de estar no epicentro da cidade

Camden Town: o berço do punk, bem conectado e uma região linda

Dia desses a gente voltava de um show em Camden Town e, no metrô, um casal de brasileiros na faixa dos 60 anos conversava perto da gente. A senhora falou ao maridão: “não gostei muito daqui. Muito alternativo”. A gente riu, mas não dá pra discordar dela. Camden é mesmo uma loucura. Por ali você encontra de tudo. De punks com moicanos gigantes a vovós de cabelo colorido, lojas de roupas diferentes, estúdios de tatuagem e por aí vai.

Talvez isso assuste os mais tradicionais e é justo dizer que talvez não seja o melhor lugar para uma família se hospedar, por exemplo. Não que o bairro seja perigoso, mas é bem diferente daquela Londres classuda, elegante e aristocrática.

camden town - londres - camden lock
Camden é um lugar pra ver de tudo um pouco em Londres

Só que, ao mesmo tempo, é difícil não gostar, viu. Se não pelas maluquices, pelos mercados de rua ou pelo belíssimo visual do Regent’s Canal e do passeio maravilhoso que você pode fazer a partir dali até o Regent’s Park. Além disso, Camden fica a menos de 10 minutos de metrô da Leicester Square, situada no West End, que foi minha primeira sugestão de bairro.

Clique aqui para ir direto para a página do Booking.com que concentra as opções de hotéis em Camden Town.

Se preferir, faça sua busca por “Camden Town, Londres” direto nessa ferramenta:


Principais estações na região (use-as como referência para procurar seu hotel

  • Camden Town
  • Chalk Farm
  • Euston
  • Morning Crescent
  • King’s Cross St. Pancras

Bom para: jovens (de idade ou espírito), pessoas que gostam de lugares agitados, vida noturna e cultura alternativa

City of London: onde Londres começou e onde os contrastes arquitetônicos impressionam

Foi nessa região, hoje tomada por sedes de bancos e grandes empresas, que Londres foi fundada pelos romanos no ano de 43. Recomendo muito a área porque além de estar bem conectado e perto de atrações como a St. Paul’s Cathedral, Tower of London, Tower Bridge, Museum of London, dentre outras, é uma das áreas mais legais da cidade para caminhar e ver os contrastes entre as primeiras construções da cidade em vielas estreitíssimas com os imponentes prédios que abrigam algumas das maiores corporações do mundo.

city of london - londres
Detalhe de um dos contrastes da City of London

A região é super movimentada durante os dias de semana já que milhares de pessoas trabalham por ali, mas aos fins de semana a impressão é que você está em uma cidade fantasma. Pra quem gosta de fotografar, é o cenário perfeito.

Clique aqui para ir direto para a página do Booking.com que concentra as opções de hotéis na City

Se preferir, faça sua busca por “Bank, Londres” direto nessa ferramenta:

Principais estações na região (use-as como referência para procurar seu hotel

  • Bank
  • Cannon Street
  • Liverpool Street
  • Monument
  • Moorgate
  • St. Paul’s
  • Tower Hil

Bom para: apaixonados por Hitória, arquitetura e de ver a vida normal acontecendo na cidade que visita

Sobre a blogagem coletiva

O objetivo dessa blogagem coletiva é reunir boas dicas para ajudar os leitores a escolher sua hospedagem em diferentes cidades. Os blogueiros participantes moram nas cidades ou manjam muito sobre ela ou sobre os hotéis indicados. Aproveite para conhecer os outros blogs que estão participando desta ação.

Keviagem – escrito por Damares Lombardo, que depois de viver mais de 20 anos em Milão, agora vive em Colônia, Alemanha, e oferece roteiros personalizados para toda a Europa.

Dicas de Roma – Escrito por Dani Furlan com dicas primordiais sobre a Cidade Eterna. A autora acabou de lançar um guia sobre a capita italiana.

Casal California – Ana e Paulo estudam e moram no campus da Universidade de Stanford e dão muitas dicas legais sobre o Golden State e viagens que fazem.

Uma brasileira na Grécia – Virna Lize Mitrogianni mora na Grécia desde 2008 e criou o blog para compartilhar suas experiências pra quem quer conhecer não apenas o tradicional, mas também o inusitado.

Viva Viena – Leticia Diethel mora em Viena há alguns anos e criou o blog com o intuito de mostrar tudo o que a cidade oferece para ajudar turistas e moradores.

Tem alguma sugestão de hotel ou hostel em Londres?

Ah, conto com vocês pra me ajudar a melhorar essa lista? Quando veio pra cá, onde ficou? Gostou? Recomenda? Compartilhe sua experiência com nossa comunidade. Você certamente vai ajudar muita gente e vai deixar esse blogueiro muito feliz e agradecido.

Por dentro de uma verdadeira casa britânica

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Quando nos mudamos para nossa atual casa falamos no post Em busca do lar doce lar sobre a dificuldade de encontrar uma casa legal para morar e também sobre o golpe em que quase caímos. Mostramos algumas fotos, mas não apresentamos nosso cantinho para vocês, de verdade, como vocês merecem. =)

Por isso, hoje pensamos em fazer algo diferente: um vídeo mostrando exatamente como é o lugar em que moramos. Sinceramente?! Somos MUITO privilegiados. Nossa casinha tem cara de casa de verdade – o que a maioria que visitamos não tem.

Antes de você conferir todos os detalhes do nosso cantinho, aproveito para falar sobre algumas coisas que esqueci na hora da gravação (nervosismo bateu no meu primeiro vídeo. hehe).

Nossos “irmãos”

Como vocês verão no vídeo, e como falamos neste post, moramos com mais quatro rapazes:

*um escocês (o Gerry, que mora na primeira porta, e que tem praticamente uma casa toda só para ele – não divide nada conosco);

*um inglês (o Mark, que mora na segunda porta, e que vive palpitando em tudo o que fazemos);

*um português (o Luiz, que mora no sótão e que é muito gente boa – nos ensinou onde fica o mercado mais barato da região, o Morrison’s);

*um chinês (que até hoje não descobrimos o nome e que mora do lado do toilet!).

Nosso relacionamento com eles não é muito intenso. Nos damos bem com todos, mas não somos amigos. Logo que chegamos, o dono da casa (landlord, como eles chamam as pessoas que alugam casas) nos explicou que não poderíamos fazer festas, porque esse era o acordo entre a rapaziada.

Por um lado isso é muito bom, já que a casa está sempre organizadinha e ninguém se incomoda com bagunça alheia. Por outro lado isso é péssimo, já que muitas vezes sentimos falta de amigos por perto. Até pensamos em trocar de casa por isso, mas ao ver nosso vídeo você vai entender por que ainda estamos aqui… =)

Detalhes

nossa adorável rua
nossa adorável rua

Na cozinha, tudo é meu, teu, dele, nosso, deles; menos a comida. Dividimos talheres, pratos e panelas com nossos “irmãos”, mas temos nosso próprio frigobarzinho (que às vezes é pequeno para nossa fartura e o Mark, então, nos cede uma gaveta da geladeirona deles) e a comida ali é só nossa.

No valor do aluguel (£600 por mês, para nós dois), estão incluídas todas as contas: luz, água, telefone (ligações locais; para telefones fixos) e internet.

Chega de papo. Vamos ao vídeo, que mostra bem como é o nosso cantinho e que fará você entender como é uma casa tipicamente britânica. Os méritos do vídeo caprichadinho são todos do meu excelentíssimo. =)

Espero que vocês tenham gostado. Elogios e críticas ao meu desempenho são bem-vindos. hehe

Quer saber mais alguma coisa sobre a nossa casa? Deixe um comentário ou escreva para nós no contato@praveremlondres.com.br. Responderemos com o maior prazer! :)

Um beijo e até o próximo post,

Nah.

Em busca do lar doce lar

Logo que decidimos que viríamos para Londres começamos a pensar em como seria nossa casinha. Quem visse as nossas trocas de email na época iria imaginar que moraríamos em um mini-castelo (como eu sonhava…).

Sabendo que teríamos que chegar no aeroporto com um endereço para ficar, decidimos reservar duas semanas em uma casa de família (a escola que providenciou; falamos sobre isso mais pra frente) e nesse período procuraríamos o nosso lar doce lar. Assim, além de termos tempo para escolher direitinho nosso cantinho, ainda poderíamos praticar o inglês no dia a dia.

Chegando aqui, fomos direto para a casa da nossa hostfamily (que na verdade era uma hostmother e uma hostcat!).

A casa da Wendy era uma delícia, mas não vou falar sobre ela porque esse não é o objetivo. A questão é a seguinte: tínhamos duas semanas para achar nossa verdadeira casa ou então em 15 dias viraríamos sem-teto em Londres; que tal?

A casa da Wendy é a da esquina. Foi nossa casa por 15 dias.
A casa da Wendy é a da esquina. Foi nossa casa por 15 dias.

A tentativa de golpe

Seguimos os conselhos de amigos e conhecidos e começamos a buscar casas pela internet. Gumtree, Into London e Star Flats eram alguns dos sites. Além disso, os jornais e revistas brasileiros (Brazilian News e Leros) também estavam na lista.

No começo, tínhamos na cabeça que acharíamos uma casa só nossa. E isso foi parecendo cada vez mais possível, já que apareciam uns flats liiiindos por precinhos muito camaradas (75 libras por semana, para o casal!).

Aí, surgiu um “problema”: os donos das casas iradas e baratas pediam para que a gente fizesse um depósito antes de visitar a casa, utilizando os serviços da Western Union. Demos uma pesquisadinha e algumas pessoas nos disseram que isso era normal. “Ok, vamos fazer o depósito”, pensamos.

Mas algo nos dizia que aquilo estava estranho. Um dos apês que vimos – o mais lindo do mundo! – ficava em Marylebone (zona 2, super bem localizado) e custava só 50 libras por semana para nós dois. O cara dizia que tinha vários flats e que cobrava barato porque queria ajudar estudantes. A Wendy, nossa hostmother, só dizia “isso é estranho, muito estranho…”.

Pesquisamos novamente e descobrimos: esse é um golpe muito comum por aqui! O cara finge ter um flat legal, diz que não mora em Londres e que precisa que você faça o depósito antes para ter certeza que você não vai fazê-lo vir até aqui e decidir não ficar no flat, e depois que você faz o depósito o cara some. A polícia não tem como descobrir quem são essas pessoas porque elas não moram em Londres e continuam aplicando golpes! =/

Por sorte, desistimos em tempo. No entanto, foi-se junto o sonho de uma casinha só para nós, já que vimos que essa casa dos sonhos seria muito cara.

A decisão

A partir de então, começamos a procurar não mais apartamentos, mas quartos em casas, por que chegamos à conclusão de que só encontraríamos algo a nosso alcance (£) assim.

Selecionamos alguns quartos e começamos a fazer visitas. Sério, no primeiro dia eu quase chorei quando deitei na cama. Os quartos eram horríveis, pareciam sujos e eu sabia que ia ser infeliz neles (drama básico, é claro!).

No segundo dia, tínhamos dois para visitar: um de um brasileiro (que achamos na revista brasileira Leros, e que não tinha fotos) e um que pela internet tínhamos achado bem bacaninha.

Os dois tinham prós e contras. O do brasileiro era feio; o “outro” era lindo. O contrato no do brasileiro podia ser quebrado a qualquer hora; o do “outro” era de no mínimo cinco meses. Os dois eram bem localizados. Os dois tinham o mesmo preço; 140 libras por semana.

Eu saí do “outro” decidida: era lá que eu queria morar. O quarto era grande, arejado, a cozinha era bacana e eu sabia que ia ser feliz lá. O João estava balançado. O contrato de cinco meses fazia ele ter medo, já que sabemos que podemos conhecer alguém com uma opção melhor (£) ao longo desse tempo.

Mas, como todos sabem, a decisão de uma mulher sempre prevalece! Há. E cá estamos: no “outro”. \o/ Em Clapton, na zona 2 de Londres, há menos meia hora de trem e metrô da escola e vivendo com quatro ~irmãos: um londrino, um escocês, um chinês e um português. Mas a relação com eles rende outro post, certo?

A casa é realmente muito gostosa e estamos felizes e satisfeitos – mas mais pobres, já que gastamos 600 libras mensais só com moradia!

Nossa rua em um dia ensolarado em Londres! =)
Nossa rua em um dia ensolarado em Londres! =)
Nosso quarto é o da maior janela do segundo andar.
Nosso quarto é o da maior janela do segundo andar.

O que fica pra você

Dessa história toda, o que eu quero deixar para você, que vem para cá e vai ter que procurar um lugar para morar é o seguinte: pesquise muito antes de tomar uma decisão; saiba que propostas tentadoras podem ser tentativas de golpe e pense no que importa para você. Eu preferi pagar um pouquinho mais e viver bem do que pagar menos e ser infeliz em um lugar escuro, feio e sujo! :)

Espero que as nossas dicas tenham sido úteis. Se ficou alguma dúvida, sinta-se à vontade para nos deixar um comentário ou mandar um email (contato@praveremlondres.com). Vai ser um prazer respondê-lo!

Até o próximo post,

Natasha.