As melhores viagens que a gente já fez na vida foram aquelas que planejamos tin tin por tin tin. Milão, por exemplo, era um destino que muita gente dizia que era meio “blé”, mas aí eu fiz uma pesquisooooona sobre a cidade e planejei um roteiro incrível (modéstia à parte, claro. huhu). No fim das contas, AMAMOS os dias que passamos lá. :)
→ Todos os posts sobre a cidade estão aqui.
Mais recentemente, teve a trip pra Nova Iorque (quem aí acompanhou no Snapchat, hein?), que, ao contrário de Milão, era um lugar que eu queria muuuito conhecer (João não tinha tanta pira). Aí, meus caros, revirei essa internê de meu Deus pra fechar uma programação que fosse A NOSSA cara (não teve tanta atração turística, mas o que teve de cerveja e bons petiscos não tá no gibi. Os detalhes eu conto logo mais). E isso ajudou muito a tornar nossos dias na “cidade que nunca dorme” incríveis.
Com isso em mente, pensei que na nossa série de posts sobre a região do Lake District (o primeiro, cheio de fotos lindas, tá aqui) precisava fazer um post pra ajudar justamente nessa etapa de planejamento. Assim, você pode fazer de uma viagem para esse pedacinho maravilhoso da Inglaterra uma das melhores da sua vida. Que tal?
E, well, o post é esse que você tá lendo agora! :D
Senta que lá vem um montão de dicas práticas…
O que levar em consideração
Antes de mais nada, você precisa ter em mente que o Lake District é uma região da Inglaterra que ocupa uma área de mais de 2.200 km quadrados (naquela comparação clássica do jornalismo, isso significa cerca de 200 campos de futebol lado a lado. Coisa pra caramba!). Além disso, há em torno de 300 cidades e vilas na região! Ou seja, conhecer TUDO é uma meta meio complicada de se alcançar. Por isso, é preciso saber fazer escolhas – e o objetivo desse post é justamente garantir que você consiga fazer as melhores escolhas possíveis. ;)
Vamos tomar como base, claro, a nossa experiência. Ou seja: três dias tendo Bowness-on-Windermere como ponto de partida para explorar a região.
Se pudesse, eu incluiria pelo menos mais um dia inteiro (pelo menos!) na programação. Talvez não aumentasse o número de vilarejos visitados, mas com certeza passaria mais tempo em cada um. Fazendo uma média, diria que é possível curtir BEM duas cidadezinhas por dia. Você pode, por exemplo, passar a parte da manhã em uma (e almoçar por lá), depois se mandar para a próxima (e fazer um lanche por lá), aí retornar para a sua base no fim do dia.
Mas também dá para fazer um turismo mais express e conhecer mais do que dois vilarejos por dia. O importante é que você entenda que cada uma dessas localidades tem diversas atrações superbacanas (museus, trilhas para caminhada/pedalada, restaurantes, etc.), então, se você preferir passar por várias em um dia, pode ser que acabe deixando para trás atividades que gostaria de fazer e coisas que gostaria de ver. Um planejamento prévio para descobrir o que tem em cada lugar lhe ajudará a decidir o que é melhor fazer. Mas antes de a gente falar sobre isso, vamos falar sobre como chegar até a região?
Como chegar ao Lake District saindo de Londres
Basicamente, há três opções para ir de Londres à região dos lagos: ônibus, trem e carro.
A gente foi de trem (London Euston –> Windermere). A viagem levou cerca de 4h, com uma paradinha de dez minutos no meio do caminho, para trocar de trem. O trem era confortável (a poltrona não reclina, mas pelo tempo de viagem não sentimos falta disso), tinha um vagão com um cafezinho, tomada para os que precisam aproveitar a viagem para trabalhar (oi! :) e a “estrada”, supersegura. hehe.
Ah, os trens da Virgin têm Wi-fi, mas é preciso pagar para utilizar. A tabela completa de preços está aqui.
Os preços não são dos mais baratos, mas não dá para falar que custa entre “x” e “y” porque depende bastante de com quanta antecedência você compra. Por exemplo: Fiz uma pesquisa com o embarque previsto para sete dias depois do dia em que estava escrevendo esse post e encontrei ida e volta por 88 libras (para uma pessoa).
Estes são alguns dos sites que vendem passagem de trem para viagens dentro da Inglaterra:
–> National Express;
–> The Trainline;
–> Virgin Trains.
A viagem de ônibus, claro, é mais longa (cerca de 8h a mesma rota). No entanto, as passagens são mais baratas. Na pesquisa que fiz, encontrei ida e volta por 42 libras por pessoa.
Estes são alguns dos sites que vendem passagem de ônibus para viagens dentro da Inglaterra:
–> National Express;
–> Megabus.
A distância entre Londres e Windermere é de cerca de 450km. De carro, se você for direto, dependendo da velocidade, pode levar entre cinco e seis horas para chegar, mas se você for como a gente e se sentir atraído pelas plaquinhas de lugares que parecem legais, pode levar mais tempo. :D
Ah, e vale dizer que há muitas estradas apertadas lá na região do Lake District, e como você vai estar dirigindo “do lado contrário”, pode ser que não se sinta muito à vontade. Então, é bom levar isso em consideração na hora de decidir que meio de transporte usar.
O preço do aluguel de carro varia por vários fatores: ponto de retirada, quantidade de dias que você vai ficar com o carro, modelo, quanto você vai rodar (= quanto vai precisar de combustível) e assim por diante. Por isso, não vou falar em valores. Este é o site que usamos quando queremos alugar um carro.
Acho que cada meio de transporte tem seus prós e contras, mas cabe a cada um fazer uma “matriz de priorização” (Por exemplo: minha ordem de importância é –> conforto > preço > tempo de viagem) e decidir qual é a opção que atende melhor suas necessidades. De acordo?
Indo e vindo no Lake District
Chegou lá? Legal! Então, agora é a hora de falarmos sobre como se locomover PELA região dos lagos da Inglaterra. ;)
Nos três dias que passamos no Lake District, visitamos vários vilarejos (como Windermere, Ambleside, Grasmere e Keswick) e usamos quatro meios de transporte para isso: ônibus, barco, micro-ônibus e taxi (que a gente usou algumas vezes para ir do hotel – que era mais afastado – ao pier de Bowness. Gastamos sempre £6.50 para um rolê de uns 10 minutos).
O sistema de transporte público na região é bem interessante. Há um passe de ônibus que pode ser usado pelo dia todo (com você entrando e saindo quantas vezes quiser), que custa 8 libras, e que conecta Grasmere, Ambleside, Windermere e Bowness. Como é tudo bem pertinho, se você quiser só dar uma passadinha em alguma das cidadezinhas menores, essa pode ser uma excelente opção.
Mesma coisa com os barcos tipo “cruise”. Dá pra fazer diferentes rotas com um passe só (o passe de 24h custa 14,30£ ). Durante o trajeto, os comandantes dos barcos contam curiosidades sobre os lagos e deixam a “viagem” ainda mais interessante.
Você pode, ainda, fazer um tour guiado de micro-ônibus e, durante um dia, passar por vários vilarejos e lagos. A gente fez isso em um dos dias e foi bem bacana. Contaremos em detalhes no post que faremos para apresentar nosso roteiro completo, mas já fica a dica. A empresa que usamos para isso foi a The Mountain Goat.
E, bem, se você tiver alugado um carro para ir até lá, pode aproveitá-lo para explorar a região por conta própria. Assim, você para onde quiser, quando quiser e por quanto tempo quiser. :)
No mapa abaixo, marquei dez dos vilarejos de Lake District que têm atrações bacanas (sejam elas naturais ou não), pra dar uma ideia do quanto é preciso rodar por lá para curtir bem a viagem. No dia que fizemos o tour de micro-ônibus, fomos até Keswick, que no mapa parece superlonge, mas nem é tanto assim. E foi um vilarejo que a gente curtiu conhecer, então fica a fica! ;)
Ou seja, há diversas formas de explorar a região. Cabe a você encontrar a opção que mais lhe agrada!
O que fazer no Lake District
Aimeusanto, tanta coisa. :)
Pra você ter uma noção, nos três dias que passamos lá reunimos mais de 30 folhetos de sugestões de programas na região. =O
Pois ééé, coisa pra caramba. E foi pensando em você que pegamos tudo isso! A ideia, aqui, é apresentar vários programas que você pode fazer nos vilarejos do Lake District, além de curti-los caminhando (que já é uma delícia). Essas opções, aliás, podem lhe ajudar a decidir quais cidadezinhas visitar. Olha só:
- Windermere Lake Cruises – O lago Windermere é o maior da Inglaterra. Ele conecta vários vilarejos do Lake District. Andar de barco por ele é uma das melhores formas de visualizar a região. Essa empresa, que foi a que usamos (que tem aquele passe de 24h, que citei anteriormente), tem diversas rotas bacanas, com preços variados. Visite o site para saber mais. –> Saídas dos seguintes vilarejos: Lakeside, Bowness, Brockhole, Ambleside
- Electric Mountain – Empresa de aluguel de bike. Para quem quer explorar o Lake District sobre duas rodas. Eles têm mountain bikes, bikes elétricas, bikes híbridas (boas tanto para o asfalto, como para trilhas) e tour guiados. Os preços estão todos no site deles. –> Fica em Bowness (mas há outras empresas de aluguel de bike na região. Basta você procurar por “bike hire at NOME DA CIDADEZINHA” para encontrar uma perto de onde você estiver)
- Lakeland Motor Museum – Curte automóveis? Então você pode aproveitar seus dias no Lake District pra conhecer esse museu do automóvel. A entrada para adulto custa £8. –> Fica em Lakeside
- Hawkshead Brewery – Nossa maior frustração dessa viagem foi não ter conseguido visitar essa cervejaria. :( Você pode fazer o tour para ver as cervejas da casa nascendo e, de quebra, beber direto da fonte. Que tal? –> Fica em Staveley
- The Lakes Distillery – Prefere uma dose de whisky a uma pint de cerveja? Visitar essa destilaria pode ser um programa divertido enquanto você estiver no Lake District. Além do tour (£12.50), você pode almoçar/jantar no bistrô deles. As fotos dos pratos que estão no site são de dar água na boca! (clica pra ver!) –> Fica em Setmurthy, no lago Bassenthwaite
- The Lakeland Wildlife Oasis – Esse é o zoológico da região. Para quem vai com crianças, pode ser uma boa opção de programa. Adultos pagam £8.85 e crianças até 15 anos, £5.95 –> Fica em Milnthorpe
- Levens Hall & Gardens – Sabe aqueles casarões de filme, com jardins impecáveis? Então, o Levens Hall & Gardens é bem assim – quer dizer, não fomos até lá para confirmar, mas é isso que o folheto e o site vendem. Parece tudo muito lindo. Adultos pagam £9 para visitar os jardins e £12.50 para fazer o passeio completo (casa + jardins) e crianças até 16 anos pagam £3 pela visita ao jardim e £5 na visita completa – queria ser criança. Mais alguém? haha –> Fica em Kendal
- The world of Beatrix Potter attraction – A escritora inglesa Beatrix Potter tinha um carinho muito grande pelo Lake District, e a região retribui esse carinho relembrando-a em diversas atrações – inclusive nessa, que é 100% dedicada ao mundo criado por ela. A gente entrou apenas na área do café e da lojinha e, olha, não teve como não fazer “ooohhhhnnn”. Era tudo muito fofo. haha. Mas a atração em si é mais infantil, então resolvemos pular. Para adultos custa £6.95 – crianças pagam £3.65 (menores de dois anos não pagam). –> Fica em Bowness
- The antiques emporium – Curte antiguidades? The antiques emporium pode lhe agradar! A entrada é gratuita e o “museu de antiguidades” fica em Kendal.
- Ravenglass & Eskdale steam railway – Esse foi outro programa que a gente ficou bem triste em não conseguir fazer. Deve ser muuuito legal andar de trem a vapor nessa região tão linda! Mas não é sempre que rola, então é preciso acessar o site e ver as datas certinhas. O passeio custa a partir de £7.50 para adultos, mas há diferentes opções de preços, então vale a pena checar para encontrar o que se adequa às suas necessidades. –> o trem sai de Ravenglass
- Wray Castle – Olha, não vou enganar ninguém: a gente foi ao Wray Castle e achou meio furada. Tem coisas legais, sim, mas não é imperdível – nem de longe. A arquitetura externa vale mais do que o que tem lá dentro (crianças podem curtir, porque pra elas é bem interativo). –> Tem uma parada nos cruzeiros do Windermere Lake Cruises que se chama Wray Castle
- Sightseeing tours of the Lake District Mountain Goat – Esses caras têm diversos tours guiados na região de Lake District. A gente fez o que apresenta dez lagos ao longo de um dia (a bordo de um micro-ônibus) e curtimos (não AMAMOS, mas curtimos – contaremos a experiência em detalhes logo mais). Pra quem tem pouco tempo, é uma ótima forma de ver bastante coisa. Os tours custam a partir de £30. –> Há tours saindo de diversos vilarejos, como Windermere, Bowness, Ambleside, Grasmere e Kendal
- Lake District Mountain Adventures – Para os mais aventureiros, o Exped Adventure tem vários passeios legais, como introdução à escalada (£40 por pessoa para o pacote de meio dia e £65 para um dia inteiro), caminhada guiada pelas montanhas da região (£45 por pessoa – dia inteiro) e acampamento de aventura (a partir de £70 por pessoa – dois dias inteiros). –> A base fica em Staveley
- Caminhadas guiadas – Explorar as cidadezinhas a pé é o seu objetivo? Neste site, você encontra um montãããão de guias que podem lhe fazer companhia nessa jornada, contando fatos curiosos sobre a região e mostrando tesouros que, sozinho, dificilmente você descobriria. –> Tem saídas de vários vilarejos. Depende de onde é a base do guia.
- Brockhole – Aluguel de bike, aluguel de barco, mini-golf, pônei… Brockhole é o paraíso da criançada! Parece uma excelente opção para quem quer um dia mais agitado para os pequenos gastarem energia. hehe –> Fica em Windermere
Esses, claro, são apenas alguns dos programas legais que você pode fazer enquanto estiver na região do Lake District. Mas eles ajudam a mostrar que opções não faltam (e olha que eu nem falei de restaurantes, mas é que nesse sentido eu sou fã do: olha, vai com a cara, entra e corra o risco. hehe). Uma outra boa sugestão é você ir aos centros de informações turísticas de cada cidadezinha (sempre tem plaquinhas indicando onde ficam) e pegar maaaaais flyers. Você com certeza vai encontrar outras várias atrações que lhe agradam. ;)
Quando ir para o Lake District
O fato é o seguinte: se você acha que chove em Londres, espera só até ir para o Lake District para entender o que é chuva de verdade! Lá, a coisa pega mesmo. Nos nossos três dias na região, a chuva foi companhia frequente.
Se você quer pegar dias mais secos por lá, segundo o site World Weather Online, deve programar sua viagem para os meses de março, abril, maio e junho, que costumam ser os menos chuvosos.
De qualquer forma, roupas/calçados impermeáveis não podem ficar de fora da sua mala. Ninguém merece ir pra um lugar TOP como esse e não conseguir curtir direito porque ficou com o pé molhado, né? :)
Já no inverno (entre outubro e janeiro), o índice de chuva costuma ser altíssimo. Porém, o mesmo site afirma que essa época costuma proporcionar as mais belas paisagens (pode ter neve, tem dias bonitos, tem água… é, dá pra imaginar a beleza mesmo). Então, é preciso colocar na balança o que você prefere e se jogar. Só não dá pra não ir!
E, gente, não tem muito calor, não, sabe? Mesmo no verão, as temperaturas não costumam subir tanto. Além disso, tem um vento sul (mentira, não sei vento o que que é, só acho legal quando os amigos surfistas falam essas coisas e quis imitar. haha #aboba) que peeeega, então é bom proteger as orelhinhas e a cabeça. E aí, é só curtir!
Onde se hospedar
Como disse no início, este post foi baseado na nossa experiência, e como viajamos a convite do VisitBritain*, não tivemos que pesquisar para escolher em que vilarejo ficar e nem em qual hotel. Bowness-on-Windermere foi nossa base e o INCRÍVEL Storrs Hall, nossa “casa” (falaremos sobre ele em breve, mas você já pode reservar seu quarto lá clicando aqui).
O que posso dizer, então, é que essa é uma excelente escolha. Bowness fica superbem conectada e o hotel é sensacional, então não tem erro.
Porém, há muitas outras cidadezinhas que podem ser boas como ponto de partida na exploração do Lake District – como Ambleside, Windermere e Kendal. Se você quiser buscar acomodação nesses lugares, sugiro que utilize este link. Ao fechar sua acomodação com o Booking, você não paga a mais e ainda ajuda a manter o Pra Ver em Londres vivo, pois somos comissionados pela sua reserva. Que tal?
Mostra um pouco mais, Nah? :)
Opa, claroclaro. Vou encerrar nosso papo de hoje com umas fotos. Afinal, tenho certeza que elas vão ajudá-lo a querer planejar essa viagem logo. Tá aí:
Partiu Lake District?
E aí, consegui dar um bom panorama para ajudá-lo a planejar essa viagem? Espero que sim! :)
Mas a série sobre essa viagem não termina aqui! Olha só sobre o que ainda vamos falar:
- Nosso roteiro detalhado
- O <3 hotel <3 em que ficamos – o melhor da vida! <3
- Vídeo com imagens de tirar o fôlego!
- Coisas que queríamos ter feito no Lake District, mas que não deu tempo…
–> Ah, e o primeiro post já publicado está aqui: 11 motivos para conhecer a fascinante região dos lagos no Reino Unido. Não deixe de ler. ;)
Porque esse pedaço do paraíso na Inglaterra precisa ganhar um espaço no coração dos viajantes que vêm ao Reino Unido. E a gente vai batalhar por isso! \o/
Até a próxima!
Beijos,
Nah
* Nós viajamos a convite do VisitBritain, mas as opiniões aqui registradas são 100% pessoais. Recomendo que você os siga no Facebook, Instagram e Twitter. Eles sempre postam boas dicas e fotos lindas!
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