Se você já leu tudo isso, deve ter percebido que o que mais fizemos naqueles dias foi comer e beber (muito bem, por sinal). E você deve concordar comigo que depois de comer e beber muito bem não há nada melhor do que dormiiiiir numa cama bem gostosinha, né? :D
E se em Saint-Émilion o lugar escolhido para completar o combo do dia perfeito foi o delicioso bed and breakfastLa Gomerie, em Bordeaux nossa base por três noites foi o divertido, moderno, confortável e bem equipado Mama Shelter. A gente gostou bastante e achamos que valia a dica pra você que está planejando visitar essa cidade incrível. Então bora conhecer?
Mama Shelter Bordeaux
Pra começar, logo na entrada do hotel tem a área do café da manhã (que é supercompleto e delicioso, mas pago à parte – €17 para adultos e €8,50 para crianças)/bar/restaurante e que à noite vira até baladinha de sucesso (na primeira noite, a gente se assustou quando voltou da rua lá pelas 23h e viu o hotel lotado!).
Para curtir o que a área comum do Mama Shelter oferece não é preciso estar hospedado no hotel. Todos os menus estão aqui. No verão, há também um rooftop bar que parece incrível (e é mais um motivo pra gente planejar uma nova visita a Bordeaux, nénão, marido?).
Agora dá uma olhada no café da manhã. Servido das 7h às 11h, ele pode perfeitamente alimentar para a manhã toda de passeio. Tem de tudo um pouco: muitos pães franceses, croissants, cereais, café, chá, chocolate quente e assim por diante.
Vou confessar que bateu uma fominha vendo essas fotos e relembrando o sabor das delícias que comemos por lá, viu?
Mas, enfim, sigamos adiante. :)
Você tá querendo ver o quarto, né? Vamos a ele, então.
Os quartos do Mama Shelter
O hotel tem quatro tamanhos de quarto: small, medium, large e xl. Como você deve imaginar, o preço varia de acordo com o tamanho. Ficamos em um “medium” e achamos ótimo. Como a gente basicamente ia ao hotel para dormir, não tinha nem por que ficar em um quarto maior.
E por fim, o quarto propriamente dito:
Coisas a observar: escrivaninha para quem quer trabalhar, espelho de corpo inteiro, sofazinho pra jogar as tralhas (porque não dá nem tempo de sentar nele. haha), cabideiro e… máscaras penduradas no espelho.
Sim, minha gente, tem isso em todos os quartos. E a ideia é que você USE essas máscaras, tire fotos (tem essa função na TV que, na verdade, é um computador Apple) e compartilhe com o povo do hotel pela TV. Que tal? :D
Além disso, vale destacar que o hotel aceita animais de estimação, oferece wi-fi gratuito, tem um catálogo de filmes gratuito e é bem localizado. Dá para fazer muita coisa bacana a pé saindo dele e ainda há vários ônibus e trams circulando na região. No mapinha abaixo (que reúne quase tudo que fizemos nos cinco dias em Bordeaux e arredores e que é um ótimo ponto de partida para você programar a sua viagem) ele está destacado em vinho.
Ah, e não tem Mama Shelter só em Bordeaux, não. Esse hotel diferentão também é opção de hospedagem em Los Angeles (EUA), Lyon, Marseille e Paris (França) e, mais recentemente, no Rio de Janeiro. Uma boa, não? ;)
Informações práticas Mama Shelter Bordeaux:
Onde: 19, rue Poquelin Molière – 33000 Bordeaux
Quanto: os preços das diárias variam dependendo da época do ano, mas em minha pesquisa encontrei tarifas de €69 até €159
*A gente se hospedou no Mama Shelter a convite do Visit Bordeaux, mas pode ter certeza de que minha opinião nesse texto é 100% sincera! ;)
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Depois de um longo intervalo vim terminar de contar uma história que o João começou a contar em FEVEREIRO. :O
O post dele, que relata nossos dois primeiros dias em Bordeaux, está aqui. Sobre essa mesma viagem eu escrevi este post, em que conto como foi nossa passagem pelo vilarejo medieval Saint-Émilion <3, que fica a cerca de 4okm da “capital francesa” do vinho e que é uma excelente opção de bate-volta para quem vai a Bordeaux e quer se dedicar ao enoturismo na região.
Hoje, vou contar como foram os outros dois dias que passamos em Bordeaux.
Esse não é o último post da série sobre a viagem. Para completar, apresentaremos o hotel em que nos hospedamos na cidade, o diferentão – e superbacana – Mama Shelter. Ele vem logo, ok?
Para começar (e para facilitar pra você), aqui vai o mapa que reúne todos os restaurantes em que comemos e bares em que bebemos, além dos hotéis em que ficamos hospedados e de algumas das atrações turísticas que visitamos durante a viagem – ou seja, em Bordeaux, em Saint-Émilion e em uma pequena viagem bate-volta que fizemos por ali. Use-o como base para criar o seu roteiro!
Ah, as atrações do centro não estão todas nomeadas porque você vai andar e encontrar. Tenho certeza. Mas, de qualquer forma, elas foram apresentadas nos posts, se você quiser saber mais. :)
Um sábado regado a muito vinho francês e um jantar em um barco-restaurante
Como contei no último post sobre essa viagem, deixamos Saint-Émilion no sábado pela manhã com um compromisso agendado em Bordeaux: às 13h30 embarcaríamos em um ônibus para passar o dia explorando vinícolas da região em um tour guiado.
A gente estava bem animado para o passeio, mas preciso confessar que o verdadeiro motivo da minha empolgação naquele dia gelado e de sol atendia pelo nome de Thaline. :)
Depois de quase três anos eu iria rever uma grande amiga de infância. Madrinha do nosso casamento. Irmã de alma. E como boa parceira, Thatali topou se juntar a nós nessa aventura de 5h (e ainda trouxe junto o seu namorado, Gianluca, que foi uma ótima companhia)!
A ideia do tour é bacana, mas na prática ele foi meio decepcionante para nós.Isso porque das cinco horas de “expedição”, cerca de duas e meia a gente passou dentro do busão – minha sorte é que eu e a Thaline tínhamos muuuuitas fofocas para colocar em dia; e a sorte do João é que o Gian é italiano (de verdade verdadeira) e passou a viagem toda dando boas dicas sobre o país de origem dele pra gente. :D
Digo que a ideia é bacana porque os dois chateaux que visitamos eram lindos e os vinhos que degustamos eram deliciosos, mas o percurso foi cansativo.
Se a gente tivesse visitado os mesmos chateaux de carro, por exemplo, teria sido mil vezes melhor. Portanto, toma nota dos nomes: Château du Taillan e Château d’Arsac.
É verdade que ao longo da viagem o guia dava informações interessantes, mas o fato de ele repetir os mesmos dados em francês e em inglês fazia com que a gente perdesse o foco, sabe? Ouvia em inglês, começava a conversar, e aí quando ele voltava a falar em inglês a gente não estava mais prestando a atenção. :(
Aliás, para quem não entende nenhum dos idiomas a coisa fica ainda mais complicada… Porque tem bastante explicação sobre os processos de fabricação e sobre as vinícolas em si em cada visita.
Além disso, a passagem pelos chateaux era rápida e quando a gente se empolgava na tacinha de vinho era hora de seguir viagem. Ah, e ao longo das 5h de tour não comemos nem um petisquinho… #sinceridades
O tour custa 38€ e os detalhes sobre ele estão aqui.
Bom dizer que não foi o passeio mais bacana do mundo na nossa opinião, mas pode agradar quem gosta de não ter muita preocupação na hora de fazer um tour, já que está tudo prontinho. É só embarcar no ônibus e curtir (ou não. huhu). ;)
O jantar é bom, não é “UAU, que maravilhosamente delicioso” (comemos em restaurantes bem melhores em Bordeaux – o Le Wine Bar e do Glouton Le Bistro, de que o João falou no post dele, por exemplo, são ESPETACULARES), mas a experiência é bem bacana.
É uma forma diferente de ver a cidade (apesar de que as janelas estavam bem embaçadas por causa do ar-condicionado) e o atendimento é impecável. Todos os garçons são muito gentis (teve um que até cantou “Pererê”, da Ivete Sangalo, quando dissemos que éramos brasileiros. hahaha) e os pratos não demoram muito a vir.
Eles têm dois cardápios diferentes: o Garonne (58€), que foi o que degustamos, e o Estuary (78€) – além do especial para crianças (35€). Bebidas à parte. Está tudo detalhado aqui.
As cerca de duas horas e meia que passamos a bordo do barco voaram. Isso é prova de que o conjunto da ópera funcionou, certo? Então, #ficadica. ;)
Além de jantares-cruzeiros, há outros programas a bordo do SICAMBRE. Para conhecer todas as opções é só clicar aqui. :)
Sem compromissos marcados na manhã e na tarde do domingo, nos permitimos dormir até um pouco mais tarde e recuperar as energias para curtir o último dia na inesquecível Bordeaux.
Domingo de muitos quilômetros andados e um jantar 5 estrelas
Nada como um belo café da manhã para começar bem um dia, né? Pois a mesa farta do Mama Shelter tinha tudo que a gente precisava para poder caminhar muuuito pelas próximas horas. :D
Dá uma olhada nas fotos pra ter noção do que eu estou falando:
Era MUITO bom. E MUITO completo. Pode apostar: o que você viu é só um aperitivo!
Saímos do hotel e nos mandamos para uma parte da cidade que ainda não tínhamos explorado: a região do mercado dos capuchinhos…
Que bela surpresa!
O mercado, que iniciou suas atividades em 02 de outubro de 1749 (bem menorzinho, claro!), tem muita comida regional, várias lojinhas supertípicas, e naquele dia um monte de locais estava curtindo o domingão por ali. A energia não podia ser melhor.
O mercado funciona de terça a sexta das 6h às 13h e aos sábados e domingos das 5h30 às 14h30. Não funciona às segundas-feiras!
Além disso, ele fica pertinho de uma praça em que estava rolando uma feira de antiguidades lindona. A praça fica em frente à basílica de Saint Michel, mas as informações sobre a feira em si são meio confusas e nada precisas. O que eu posso dizer é que a gente foi em um domingo e estava rolando. Espero que na sua passagem por lá também esteja! :)
Ali na praça também havia uma torre que no verão abre suas portas para quem quer admirar uma bela vista do alto da cidade (detalhes aqui!). Masné, a gente visitou Bordeaux no inverno, então perdemos essa atração. Vendo pelo lado “Pollyanna”, é mais uma desculpa para voltar lá em breve. :D
Dali, começamos a caminhar em direção ao restaurante onde almoçaríamos com a Thali e o Gian, a única coisa que nos fez desviar a rota foi esta loja:
Cerveja artesanal em em Bordeaux
QUANTA CERVEJA BOA, MINHA GENTE!
Tinha de todos os estilos, das mais diversas nacionalidades (inclusive do Brasil), e uma vendedora conhecedora dos melhores rótulos locais e europeus.
Como eles não têm licença para operar como bar, só como loja, escolhemos uma garrafa para levar e degustar depois.
O almoço com os amigos foi em um restaurantinho bacana, mas que fugiu da nossa câmera porque a gente queria curtir 100% o momento. :)
Alimentados, na sequência fomos os quatro bater perna para curtir o sol (e a bela cidade em que aconteceu o reencontro mais esperado do ano).
Ideia não só nossa, aliás, parece que todos os moradores de Bordeaux e os turistas que estavam na cidade naquele domingo pensaram em fazer a mesma coisa…
Também, pudera, o dia estava agradabilíssimo. O sol esquentava, os músicos levantavam o astral da região com seu talento e o rio ao lado compunha o cenário da melhor forma possível.
Fizemos uma caminhada despretensiosa até quase não haver mais Bordeaux.
Para retornar, pegamos o tram e fomos até a região da Place de la Bourse procurar um barzinho para tomar a última cerveja juntos. <3
Depois de nos despedirmos do casal de amigos, para encerrar nossa passagem por Bordeaux com chave de ouro jantamos no La Brasserie Bordelaise.
E como comemos bem, viu?
Olha só:
Saímos do restaurante mais do que satisfeitos, voltamos para o hotel e dormimos já sabendo que sentiríamos saudades dos dias incríveis que passamos nessa cidade linda, que tem pessoas mega simpáticas (e dispostas a ajudar) e oferece tantas delícias gastronômicas – na área dos comes e na área dos bebes. hehe
Hoje, escrevo esse post direto de um hotel em Modesto (Califórnia – EUA) com a certeza de que retornar a Bordeaux é mais que um sonho, é um plano.
Ainda há muito a explorar, comer e beber. Espero em breve poder contar como foi nosso dia 6, nosso dia 7 e tantos outros dias que iremos passar por lá. :)
Beijo e até o próximo post,
Nah!
*Fizemos alguns dos passeios e fomos a alguns dos restaurantes a convite do Bordeaux Tourist Office, mas deu pra ver que minha opinião é isenta e transparente, né? :)
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Ruas de pedra, vias estreitas, (bela) arquitetura padronizada, lendas antiquíssimas que tornam tudo ainda mais interessante, muita história, uma vista do alto de tirar o fôlego, comida deliciosa, vinhedos para todos os lados (e excelentes vinhos em todos os lugares), povo acolhedor, gatinhos circulando livremente… Motivos para se apaixonar por Saint-Émilion não faltam!
A gente precisou de um dia e meio na pequena cidade em que parece que o tempo parou para incluí-la na nossa lista de preferidas da vida (AHAM!). E as experiências que vivemos lá contribuíram muito para isso. É sobre elas, aliás, que eu falo hoje. :)
→ Esse é o segundo post sobre essa viagem. O primeiro, em que João contou o que fizemos no primeiro dia que passamos em Bordeaux, está aqui.
Um tour a pé guiado em um patrimônio mundial da UNESCO
Vou ser bem sincera com você: nossa passagem por Saint-Émilion começou com uma decepção!
Deixamos Bordeaux na sexta-feira pela manhã achando que chegaríamos ao pequeno vilarejo medieval francês que é considerado um patrimônio mundial da UNESCO pela sua paisagem repleta de vinhedos e faríamos um passeio de bicicleta pela região. As bikes já estavam reservadas e a gente estava bem ansioso.
Porém, logo nos primeiros quilômetros de viagem (Saint-Émilion está a cerca de 40km distante de Bordeaux – no fim do post tem informações práticas para você chegar lá), uma chuva insistente começou a cair, e nossa animação foi junto. Afinal, no céu, sinal nenhum indicava que podíamos ter esperanças. Para todos os lados que olhávamos só víamos nuvens cinzas.
Assim que estacionamos o carro no nosso destino final concluímos que o plano B teria que ser colocado em prática. E qual era esse plano? Um city tour guiado!
Em pouco tempo, o que era frustração virou satisfação. #tudumpá
Audrey, nossa guia, uma local de vinte e poucos anos que fez intercâmbio no Canadá e falava um inglês impecável, sabia MUITO sobre a cidade e estava mais do que disposta a contar tudo pra gente.
Com seu guarda-chuva na mão, no maior estilo Mary Poppins, ela iniciou o tour nos fundos do escritório de turismo da cidade, onde ficava uma bela igreja que foi erguida entre os séculos XI e XV.
Em um 1h30 de passeio, Audrey nos levou para conhecer o local onde o padroeiro do município viveu e construiu sua fama de santo (tá certo que tem quem questione suas histórias, mas que elas são bacanas é inegável), nos apresentou a bela igreja monolítica (ou seja, lapidada a partir de uma grande pedra! – é, chocante!) que é uma das principais atrações da cidade (mais informações a seguir), contou várias curiosidades sobre Émilion, mostrou uma rua perfeita para quem quer jogar a madrasta ladeira abaixo (calma, é uma brincadeirinha! :), nos levou para explorar construções subterrâneas que datam do século VIII (sim, OITO!) e muito, muito mais.
Selecionei algumas fotos para contar algumas das histórias que ouvimos…
Este aí é o santo que dá nome a esse apaixonante vilarejo medieval francês.
Segundo nossa guia, Émilion era um monge britânico que deixou para trás sua família para se dedicar à causa dos pobres e da religião. Existem algumas lendas a respeito da história dele, até hoje sobrevive uma que diz que a mulher que se senta em seu oratório, nas catacumbas em que fica essa imagem, engravida pouco tempo depois. A Audrey nos contou que o escritório de turismo da cidade recebe centenas de cartas por ano de mulheres que comprovam o “milagre”. Diz que tem muita gente que viaja por diiiias para colocar nas “mãos” do santo o seu futuro materno. E aí, você acredita nisso?
Você tem noção de que essa construção é SUBTERRÂNEA? A estrutura impressiona.
E esse é apenas um pequeno pedaço da Saint-Émilion que existe “debaixo da terra” e que só é possível visitar com a ajuda de um guia. A Audrey, guia que nos acompanhou, tinha as chaves das impressionantes galerias subterrâneas e nos revelou que essa é a maior construção desse tipo da Europa. Uma pena que tudo é muito escuro por lá e as fotos não conseguem registrar toda a suntuosidade desses “segredos” de Saint-Émilion.
Também no “underground” de Saint-Émilion, há uma igreja com ícones pagãos, arquitetura que mistura traços góticos com traços romanescos, enfim, uma mistura de “linhas de pensamento”.
Uma foto publicada por Pra Ver Em Londres (@praveremlondres) em
A chuva nos acompanhou durante todo o percurso, mas isso não foi um problema. Diversas das paradas eram cobertas, estávamos vestidos apropriadamente (aliás, muito importante passear por lá de tênis, já que o terreno é irregular, tem bastante subida e descida e, com chuva, os paralelepípedos ficam bem escorregadios) e o papo estava extremamente interessante.
Foi muito, muito legal. <3 Recomendo sem pensar duas vezes. É uma ótima forma de explorar a cidade e ver as coisas passarem a fazer sentido diante dos seus olhos. Uma boa guia faz toda a diferença. :)
Adultos pagam 13€ (22€ por casal), estudantes e adolescentes entre 12 e 17 anos pagam 10€ e crianças até 12 anos, acompanhadas dos pais, não pagam.Todos os detalhes sobre datas e horários (e também o link direto para reservas) estão aqui. É importante dizer que os tours são guiados apenas em inglês e em francês – e é preciso reservar com antecedência (até porque nem todos os tours acontecem durante o ano inteiro).
E esse não é o único tour guiado que você pode fazer em Saint-Émilion. Neste link estão todas as opções de tours oficiais do bureau de turismo local. Vale a pena dar uma boa olha na lista (que inclui opções para famílias, mais voltadas para o lado histórico, para quem quer saber mais sobre os famosos vinhos da região e assim por diante) antes de decidir qual tour fazer, até pra não se arrepender da escolha depois. ;)
Minha dica? Faz uma listinha com o que você considera mais importante em um tour, cruza os prós e contras de cada opção e manda ver na sua decisão. :)
Uma boa análise SWOT pode ajudar bastante!
Essa é uma ferramenta de gestão que sempre usamos quando estamos indecisos sobre o que fazer em nossas viagens. Basta listar forças e fraquezas, oportunidades e ameaças de cada opção a ser analisada e ver qual tem mais pontos fortes do que fracos. Dessa forma, as chances de errar em uma decisão são consideravelmente menores. ;)
Comida que aquece a alma
No fim do tour guiado, Audrey nos levou para almoçar no Chai Pascal.
Passava de meio-dia e meio e o salão estava lotado. A maître nos revelou qual era o prato do dia e todos acatamos sua sugestão: uma carne de panela que, segundo as duas, era um prato típico da região.
Para acompanhar, pedimos uma taça do “vinho da casa”, que por essas bandas do mundo é sempre uma excelente pedida.
Fazia um frio danaaaaado naquele dia e a comida não apenas nos alimentou e aqueceu as pancinhas, mas emocionou, sabe? Era tudo simples e delicioso – além de o ambiente ser bem agradável. Saímos de lá satisfeitíssimos e prontos para o momento mais esperado da viagem para Saint-Émilion: o tour pelas vinícolas. \o/
A incrível experiência de beber um bom vinho direto da fonte
A chamada “Grande Saint-Émilion”, que abrange o vilarejo de mesmo nome e outras oito pequenas cidades ao redor, tem 7846 hectares de terra dedicados ao plantio de uvas para vinho, o que equivale a uma área de 78.46 km2 só de vinhedos. <3
No total, são 820 châteaux produzindo vinhos da melhor qualidade.
Por isso mesmo, o que não faltam por lá são opções de tour para conhecer alguns dos produtores da região (dá uma olhada nesse link e nesse também para entender do que eu tô falando).Nossa programação incluía a visita a duas vinícolas: Lapelletrie e Toinet-Fombrauge.
Em ambas fomos recebidos pelos donos, que nos contaram um pouco da história do château e sobre os vinhos que produzem, apresentaram sua estrutura de produção, falaram sobre a distribuição (os dois vendem na França e em alguns outros países da Europa, infelizmente não é possível encontrá-los no Brasil) eeee… serviram seus vinhos para que a gente pudesse degustar! \o/
As duas visitas foram muito legais. Na primeira, exploramos até uma cave subterrânea, sem luz e com morcegos. Haha
A cave em si não está mais em uso, hoje eles modernizaram o processo e os barris ficam em uma área menos roots, digamos assim. De qualquer forma, foi muito legal ver a evolução do processo de produção e saber como era quando o avô de Anne era o responsável pelo plantio, colheita e produção dos vinhos. :)
Mas o mais louco aconteceu no segundo château, o Toinet-Fombrauge.
Lá, o dono, Bernard Sierra, abriu um barril em que a safra de 2014 “envelhecia” e nos serviu uma taça direto dali.
GENTE, foi um dos melhores vinhos que eu já tomei na vida. Era muito, muito bom (pode ser que eu estivesse emocionada demais, porque a experiência em si já era muito legal, mas lembro com carinho daquele primeiro gole. haha).
Depois da tacinha de degustação, eu não resisti e perguntei: “amigo, rola a gente comprar uma garrafa?”.
Ele fez uma firula, disse que o vinho não estava pronto, que precisava de mais uns meses, que a garrafa nem tinha rótulo ainda, pensou, pensou e pensou mais um pouco até dizer: “€20!”
Foi uma daquelas compras emocionais, sabe? Já compramos vinhos exceleeeentes por bem menos do que isso. Mas não dava pra resistir.
Vimos ele encher nossa garrafinha lisinha, sem informação alguma, colocamos ela embaixo do braço e partimos para o bed and breakfast que seria nossa hospedagem naquela noite prontos para beber aquele vinho até o último gole. #glup
La Gomerie: é hotel, mas bem que podia ser casa
Até aqui, o dia tinha sido frenético.
Pegamos a estrada às 9h da manhã. Chegamos em Saint-Émilion e fomos direto para o city tour. Almoçamos e fomos direto visitar os châteaus. Com alguns mililitros de vinho no sangue e cansada por causa do dia puxado (não tô reclamando, pelamor, foi puxado, mas foi incrível!), tudo o que eu queria era tomar um banho e dar uma descansadinha/trabalhadinha (pois é, era preciso) antes do jantar.
Por isso, ainda de dentro do carro, dei um suspiro quando avistei o La Gomerie…
Casinha de pedra, cachorro correndo de um lado pro outro, os filhos dos donos (Maryjoe e William, um casal pra lá de gente boa) brincando na porta de casa, um montão de parreiras no entorno. Parecia cenário de filme.
Aí entramos na casa e pensei: “aaaah, podia morar aqui pra sempre!”.
Era tudo muito bonitinho e aconchegante, além de limpo e organizado. Chuveiro bom, cama gostosa, áreas comuns (copa e cozinha) bem práticas… enfim, um lugarzinho incrível para passar uma noite.
Dois detalhes importantes: o La Gomerie não fica NO CENTRO de Saint-Émilion (está cerca de 1,5km distante do centrinho do vilarejo) e apesar de o WiFi ser gratuito, não funcionava bem no quarto. Mas, sinceramente, não acho que isso prejudique a qualidade da estadia. :)
→ Se quiser se hospedar lá ao mesmo tempo em que dá uma mãozinha pra gente, faça sua reserva por este link. A gente ganha uma pequena comissão e você não paga a mais por isso. ;)
De banho tomado, servimos nossas duas taças do vinho “desrotulado”, brindamos e tomamos um único gole. O resto teve que ficar para o dia seguinte, pois aquela sexta-feira inesquecível acabava ali.
–> Antes de decidir onde vai se hospedar em Saint-Émilion quer dar uma olhada em outras opções? Aqui tem várias!
Dicas práticas para você curtir Saint-Émilion
Além desse dia inteiro que passamos em Saint-Émilion, tivemos mais uma manhã na cidade. Era sábado e dava pra contar nos dedos as almas vivas circulando pelas ruas. Tinha mais gatinho do que gente nas pequenas vielas do vilarejo. :)
Além disso, o comércio estava quase todo fechado, então só batemos perna mesmo.
Foi uma delícia, mas eu confesso que queria mais um dia útil por lá. Acho que dois dias inteirões – e com tudo aberto – tá de bom tamanho pra cidade. Claro, se você quiser visitar mais châteaux da região e explorar melhor a parte histórica do vilarejo, dá para incluir um terceiro dia, com certeza não será motivo para tédio.Ao mesmo tempo, uma daytrip bem planejadinha cobre bem os principais pontos turísticos, então é tudo questão de organização e de vontade mesmo. ;)
Para se programar nesse sentido, recomendo uma visita ao site do escritório de turismo (aqui). É supercompleto e pode ajudar bastante. ;)
–> Como chegar
Saindo de Bordeaux, dá para chegar a Saint-Émilion de trem, de ônibus ou, como a gente fez, de carro.
Os preços variam bastante dependendo da época e da antecedência com que você compra os bilhetes. Então, sugiro que acesse os sites para se programar direitinho.Na cidade em si dá pra fazer tudo a pé – especialmente se você ficar hospedado bem no centrinho (o que não foi nosso caso), mas um carro ajuda bastante se seu objetivo for mais turistar pelos châteaux mais afastados (claro que isso vai impedir que você tome todas. Mas, honestamente, esse não costuma ser o foco dessas visitas. A ideia é conhecer a vinícola e degustar UMA taça de vinho – o que não será problema para você dirigir por ali).
–> Quando ir
Se a gente for fazer uma análise fria, janeiro, quando nós visitamos Saint-Émilion, é uma época PÉSSIMA para turistar na cidade. O clima não é dos melhores, a paisagem não está no seu ápice (a colheita das uvas é feita em setembro e elas só voltam a dar as caras lá pelo meio de maio), nem tudo fica aberto e não há muito movimento de pessoas. Porém, contudo, entretanto, nós AMAMOS a experiência. Ou seja, diria que sempre é tempo de conhecer esse pedacinho maravilhoso da França – até porque é bem bacana circular por Saint-Émilion deserta, como você vê nas fotos (isso é tipo praticamente impossível na alta temporada). :)
Mas se você quer pegar a cidade em seu auge, programe sua viagem no intervalo entre meio de maio e fim de setembro, pois as temperaturas estão melhores, a programação cultural é intensa, as cores da natureza deixam a cidade ainda mais fotogênica, dá para visitar os vinhedos DE VERDADE… enfim, é quando tudo colabora para a experiência ser a melhor possível!
–> Onde comer
Quer escolher os restaurantes em que vai comer antes mesmo de chegar a Saint-Émilion? Dá uma olhada neste link. Tem várias boas sugestões.
Diz aí, consegui convencer você a incluir Saint-Émilion na sua lista de viagens dos sonhos? Espero que sim, porque eu já estou louca pra voltar. <3
*Essa viagem teve apoio do Bordeaux Tourist Office, mas minha opinião é isenta e transparente (apesar de apaixonada). :)
–> Quer ver mais fotos de Saint-Émilion? Veja o álbum que criamos no Facebook. Ele reúne as imagens que tiveram que ficar de fora desse post.–> Logo mais faremos outros posts sobre essa trip. Se você não leu o primeiro relato, que conta o que fizemos assim que chegamos a Bordeaux, clique aqui.
Está planejando uma viagem para Saint-Émilion ou qualquer outro lugar?
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A ideia de conhecer Bordeaux (França) surgiu ao acaso, na última Black Friday. Entrei no site da Ryanair pra ver se tinha alguma boa oferta e encontrei o melhor cenário que já havia visto por ali: uma lista com passagens para várias cidades custando £4 IDA E VOLTA a partir de Londres. Nada mau, né?
Fizemos uma rápida análise. Não me lembro bem de todas as opções que estavam com esse preço, mas tinha algumas cidades na Itália, outras na Espanha, na Noruega, países diversos do leste europeu, e, na França, uma das cidades mais conhecidas do mundo pelos vinhos que produz.
Não era uma escolha fácil, mas optamos por Bordeaux porque pensamos que seria a oportunidade perfeita para fazer uma viagem despretenciosa e relax, dedicada ao vinho. E como é legal programar uma viagem assim, meio sem querer, não?
Passamos cinco noites lá. Período suficiente pra conhecermos quase tudo o que tínhamos planejado.
Bordeaux tem pouco mais de 200 mil habitantes e boa parte das atrações da cidade podem ser vistas a pé. Tivemos tempo, inclusive, para dormir uma noite em Saint-Émilion, vilarejo medieval que tem menos de 500 habitantes e fica a 40km de Bordeaux, numa região cercada por vinhedos.
Uma foto publicada por Pra Ver Em Londres (@praveremlondres) em
Hoje vou começar a contar a história dessa viagem fazendo um resumo dos nossos dois primeiros dias por lá.
Primeiro dia: tour guiado e muito vinho
Logo que chegamos no Mama Shelter, um hotel boutique com uma pegada divertida e super bem localizado (em breve falaremos sobre em detalhes), largamos as malas e saímos para um tour guiado por uma profissional do departamento de turismo da cidade. Enquanto caminhávamos pela cidade, ela contava sobre a história e curiosidades de Bordeaux.
Um dos fatos mais curiosos que ela contou foi que o prefeito de Bordeaux está no cargo, acredite, desde 1995. O cara é uma unanimidade! Não por pouco. Mudou completamente a cidade fechando ruas para carros, trocando estacionamentos por áreas verdes e privilegiando o transporte público. As fotos do antes e depois que estão expostas em um pequeno museu na Place de la Bourse falam por si:
Bordeaux está classificada desde 2007 como patrimônio mundial da UNESCO pelo seus belíssimos e muito bem conservados prédios do século XVIII, que combinam características da arquitetura clássica e neoclássica às margens do rio Garonne.
Uma das coisas que mais chamaram a minha atenção na cidade é como ela é silenciosa. Como na maior parte da região central o tráfego é formado basicamente por trams, ônibus de baixa emissão de CO2 e bicicletas – em alguns trechos a circulação de carros é proibida -, a calma e a tranquilidade conduzem a rotina.
Em duas horas de tour, tivemos uma bela primeira impressão da cidade e nos preparamos da melhor forma possível para explorar o que Bordeaux tinha a nos oferecer…
Rota urbana do vinho em Bordeaux
Na noite do primeiro dia fizemos um tour guiado para explorar alguns dos melhores wine bars da cidade. O Urban Wine Trail Bordeaux é conduzido pelo Thibault (se fala Tibô), um enólogo gente boa de 28 anos que trabalha no escritório de turismo como responsável pelo enoturismo.
Por enquanto, o tour está restrito à imprensa, mas aqui você pode pegar um mapa e fazer o passeio por conta. São 14 bares escolhidos a dedo por ele. Dica quente: se você fizer o passeio e falar que está fazendo a rota vai ganhar um mimo nos estabelecimentos. Não sei o que é, mas vale tentar a sorte. ;)
O tour – que, aliás, tem uma proposta parecida com a do nosso tour A Rota da cerveja artesanal em Londres – foi divertidíssimo. O plano era visitarmos três bares para degustar vinhos de Bordeaux e região, aprender sobre a bebida e provar iguarias locais, como queijos variados e o foie gras – aclamado pelo franceses e condenado pelos ambientalistas.
Começamos a rota muito bem, caminhando pelas charmosas ruelas de Bordeaux com suas luzes amareladas e acompanhados por uma lua cheia que não espantava o frio, mas era um convite a ficar na rua.
O primeiro bar, Wine More Time, era muito legal. Como a gente é muito acostumado a frequentar bares de cerveja artesanal onde quer que estejamos, é sempre legal visitar algo similar, mas com o foco em outra bebida. A atmosfera era parecida, inclusive. Principalmente o quadro negro que anunciava a carta de vinhos da noite.
O bar tem mais de 400 rótulos – os mais baratos custam cerca de €10, e o mais caro sai por €400. Muitos deles você pode consumir em taças ou garrafas.
Ficamos um bom tempo lá ouvindo o Alexandre, dono do bar, falar sobre os vinhos de Bordeaux e dar dicas sobre como degustá-los melhor, sentindo seus taninos e decifrando aromas e sabores.
Conversamos sobre sobre a paixão dos franceses pelo foie gras e a polêmica envolvendo sua produção. O foie gras é o fígado de pato engordado, que recebe uma alimentação forçada e bastante invasiva a ponto de ser proibido em alguns países. Se tiver curiosidade, dê uma googleada. Alerto que as imagens são perturbadoras.
O que ficou claro pra mim é que o foie gras é algo tão cotidiano na cultura dos franceses que eles pouco se importam como a forma que ele é “obtido”. Eu experimentei ali pela primeira vez e não me fez muito a cabeça, não. Confesso que as imagens da tortura que as aves sofrem me vieram à mente enquanto comia.
A experiência me fez pensar também sobre como nossos hábitos, nossa cultura e a realidade que vivemos muitas vezes nos cegam a respeito de absurdos que, de tão enraizados, parecem normais. Aí podemos falar de consumo de carne, corrupção, violência, “jeitinhos”…
O wine bar comandado por italianos
O Le Wine Bar, nossa segunda parada no tour, é comandado por Giancarlo e Emmanuel, dois cunhados italianos que apesar de não morarem mais em sua terra natal, levam a cultura italiana por onde passam. Sim, porque onde tem italiano tem comida boa, não é mesmo? Além de uma imensa carta de vinhos e um ambiente pequeno e acolhedor (aliás, recomenda-se fazer reserva ao menos um dia antes), lá, você vai poder provar uma burrata sensacional – além de outras delícias típicas da Itália.
Emmanuel, o chef, nos contou que ele é o único importador dessa burrata da foto em Bordeaux. Ela vem de um pequeno produtor da região de Puglia, principal referência na iguaria italiana. Ficamos um bom tempo conversando com ele, que falava um ótimo português por já ter morado em Moçambique, e que sonha em conhecer o Brasil e visitar as cidades cantadas por Chico Buarque em Paratodos.
“Renderá uma bela viagem, Giancarlo.” Foi o que falamos a ele entre um gole de vinho e uma garfada na burrata!
Ficamos tanto tempo lá, aliás, que perdemos a hora (e a prova do quanto gostamos dali foi que acabamos voltando outro dia!). Quando chegamos ao terceiro bar (Oenolimit) ele já estava fechando.
Nosso bro “Tibô” nos pediu perdão pelo vacilo, mas a gente não esquentou nem um pouco. A noite tinha sido memorável e renderá histórias que, com o perdão do pieguiesmo, nos farão lembrar de Bordeaux pra sempre.
Segundo dia: um tour tecnológico, comida boa e mais vinho
No dia seguinte, fazia um frio congelante e uma neblina intensa tomou conta da cidade. Nossa manhã foi dedicada a um tour tecnológico pelas ruas.
Com Ipads na mão, fones na orelha e um app interativo que trazia à vida a estátua de Louis-Urbain-Aubert de Tourny, administrador de Bordeaux que viveu no século XVIII e teve grande influência no desenvolvimento urbanístico da cidade, fizemos um passeio bastante divertido e informativo.
Caminhamos por pouco mais de uma hora ouvindo histórias contadas por estátuas vivas, uma gangue de mascarons, as simpáticas cabeças renascentistas que estão espalhadas pela cidade (são mais de 3.000), e personagens diversos da época.
Se você é daqueles que não tem paciência pra ouvir um guia falando, mas quer aprender sobre o local que visita, essa é uma forma interessante. Nós gostamos! São nove paradas no tour que durou aproximadamente duas horas. Aqui você pode saber mais e reservar. Custa €10.
Uma cerveja antes do almoço…
Uma de nossas missões de vida, onde quer que estejamos, é procurar bares de cervejas artesanais. Temos, aliás, uma lista grande de bares em diversas cidades em nossos “posts pendentes”. Pode cobrar! Nesta viagem, demos a sorte de ter um pubzinho a uma quadra do hotel. Como tínhamos um tempinho entre o tour e o almoço que tínhamos reserva, fomos ao Jaqen tomar uma cerveja artesanal de Bordeaux.
O bar tinha tudo o que a gente podia querer: uma boa oferta de cervejas locais na trave de chopes e mais de 100 garrafas, não só francesas, nas prateleiras. As ótimas londrinas Kernel e Beavertown estavam lá representando o UK.
Ok que Bordeaux é a cidade do vinho, mas a cultura da cerveja artesanal cresce forte por lá. No quarto dia de viagem acabamos em uma loja sensacional e conhecemos um bar que produz a própria cerveja. Segura aí!
Um almoço para apreciar a gastronomia local
Na sequência, fomos almoçar no Glouton Le Bistrot, um pequeno bistrô com pratos assinados pelo chef Ludovic Le Goardet . O menu é inspirado na gastronomia da região e muda de acordo com os ingredientes da época. Comemos muito bem!
Eles oferecem um menu fixo ao custo de justíssimos €14 que dá direito a prato principal, sobremesa e café, mas também têm opções à la carte (pratos principais entre €16 e €23).
Conhecendo a Cidade do Vinho
Depois do almoço fomos visitar a obra da La Cité du Vin, um prédio incrível em formato de decanter que eternizará o amor da cidade pela bebida.
A cidade do vinho abrigará uma exposição permanente sobre as civilizações e culturas ligadas ao vinho, que desde o ano 5.500 a.C. está presente na vida do ser humano, terá um restaurante panorâmico, espaço para eventos e outras surpresas.
A inauguração será em junho de 2016. Saímos de lá impressionados com a obra e futuro legado e empolgados com o próximo programa.
Degustação de vinho às cegas
Da Cité du Vin fomos direto para o The Wine Bar do Boutique Hôtel, onde faríamos uma degustação às cegas de vinhos franceses acompanhados por queijos e frios e conduzida por um sommélier.
Foi uma experiência bem legal porque antes da degustação, o expert falou sobre os aromas e sabores que poderíamos sentir e, durante, nos orientou a percebê-los. Também falou sobre as diferenças entre os vinhos do sul (mais escuros) e norte (mais claros) da França.
É fato que chegar no nível dos caras que identificam os mais complexos sabores no vinho é tarefa duríssima – e pra mim, às vezes inimaginável -, mas a experiência certamente nos ajudou a evoluir na arte. Provamos vinhos que variavam de €15 a €109 a garrafa, aprendemos e rimos bastante.
A experiência pode ser reservada diretamente no site do hotel e custa €35.
Saímos de lá alegrinhos e rindo à toa, mas estávamos mortos e capotamos no hotel. Até porque no dia seguinte iríamos acordar cedo, pegar um carro e ir até Saint-Émilion, um vilarejo medieval distante 40km de Bordeaux que estávamos loucos pra conhecer.
Mas essa história eu vou deixar pra Nah contar num próximo post. Ainda temos muito mais pra compartilhar sobre essa despretenciosa viagem…
*Fizemos alguns dos passeios e fomos a alguns dos restaurantes à convite do Bordeaux Tourist Office, mas minha opinião é isenta e transparente.
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Quando João e eu ainda nem éramos namorados (só peguetes! hehe) uma vez a gente assistiu um filme francês que se chamava “Dois dias em Paris”, ou algo do tipo. Era uma quarta-feira à noite e eu estava matando aula na faculdade para ir à Cinemateca com o cara que eu sonhava que fosse meu namorado. =)
Tá, mas não é esse o assunto desse post e eu prometo parar com melação por aqui. Só falei disso porque naquele dia sonhei com um fim de semana em Paris com mon amour. E eu achei que ia realizar esse sonho no fim do mês passado. Mas não foi bem assim… =/
A viagem
A convite da UkStudy (que oferece viagens baratas e de curta duração, já que os estudantes precisam voltar para casa no domingo e estar de pé cedinho na segunda para ir à escola), participamos do tour de fim de semana deles a Paris – que normalmente custa £145,00 por pessoa – o que inclui passagens de ida e volta de ônibus e uma noite de hotel no Ibis.
Assim, na sexta-feira 23 de julho, às 19h daqui (15h do Brasil) estávamos na Victoria Station para encontrar o pessoal que ia com a gente.
A viagem não foi das mais fáceis. O banheiro do ônibus estava trancado e não seria aberto de jeito nenhum (o motorista fazia pequenas paradas ao longo do caminho) e as poltronas não eram as melhores do mundo. Mas deu pra dar uma dormida bacana até chegarmos no ferry boat onde todos tiveram que descer e se deliciar no free shop, nas lanchonetes e nos caça-níqueis por 1h30. SÉRIO, QUE DIVERSÃO! =D
De volta ao ônibus, faltava cerca de 300km pra Paris. O João resolveu tomar um vinhozinho enquanto lia um livro (eu estava dormindo, é claro) e… meia hora depois me acorda desesperado dizendo que precisava muito fazer xixi e que eu precisava pedir pro motorista a chave do banheiro. Eu ri da cara de desespero dele, porque rio quando fico nervosa, mas saí correndo pedir socorro. Implorei para o motorista abrir a porta e ele disse que era para o João ter paciência que pararíamos dali 10km. Dito e feito! Namorado aliviado, hora de voltar para a estrada! ;)
Parrí, Parrí
Chegamos em Paris e já era quase 11h de sábado. Como vocês viram aqui recentemente, ao invés de curtirmos a cidade corremos para Disneyland Paris, para passar o dia.
No caminho, vimos a Torre Eiffel e o comecinho da Champs-Élysées e só. O dia foi todo de Mickey Mouse e companhia – e foi demais!
Voltamos pra Paris perto da meia noite. Comemos um crepe de presunto e queijo, típico francês ,e fomos ver a torre iluminada. Aqui, pausa para os risos: há há há. Doce ilusão. Ela estava acesa quando paramos pra comprar o crepe. Quando chegamos perto dela tudo se apagou e foi-se embora o sonho de vê-la iluminada. =(
Antes de irmos para o hotel, porém, fomos para a Champs-Élysées e vimos o Arco do Triunfo iluminado. Liiindo!!!!
Eram quase 2h da matina quando deitamos no hotel… para acordar freneticamente às 10h atrasadíssimos para visitar o resto da cidade. =/
Só deu tempo de dar uma passadinha na Basílica de Sacré Coeur (maravilhosa, e com uma vista encantadora), no Louvre (para fotos turísticas, =/) e na Champs-Élysées – que estava lotaaada por causa da chegada do Le Tour de France (a principal corrida de bikes do mundo). Tínhamos que estar de volta ao hotel às 14h porque o ônibus saía esse horário. =(
Ah, mas é claro que paramos na tal da Ladurée, para provar os melhores macarons do mundo. E eles são absolutamente fantásticos. Uns sabores loucos e deliciosos e outros loucos e horrorosos, tipo um de flor que tinha gosto de purificador de ar de banheiro. Hahaha
Ficam as fotos de registro! ;)
Logo vamos pra Escócia. Prometemos nos planejar melhor, já que vamos novamente com a UKstudy para poder curtir de verdade Edimburgo. ;)
As trips da UKstudy
Concluímos que as trips tipo bate-volta da UKstudy valem a pena pelo preço e por você conhecer uma galera bacana. No entanto, se você tem tempo para curtir bem cada cidade que vai visitar essa não é a melhor opção, já que é preciso correr bastanteee para poder fazer tudo de legal que as cidades oferecem.
Se você quiser saber mais, clique aqui e confira todas as opções de tours da UkStudy.
Esse texto tinha que ser escrito a quatro mãos porque se eu (Nah) escrevesse sozinha muita gente com certeza ia dizer que eu “sou suspeita pra falar” – e eu até entendo, porque quem me conhece sabe que uma das minhas maiores paixões é a magia Disney e tudo o que a maior companhia de entretenimento do mundo produz. Até trabalhar lá eu trabalhei (quer saber como? Clique aqui e conheça o Walt Disney World International College Program).
Até pouco tempo, o João achava que eu exagerava quando falava de tudo isso, até porque eu costumo exagerar quando falo das minhas paixões. Mas, no sábado passado, ele viu que nada do que eu contava para ele era exagero. Certo, namorado?
Vamos aos poucos, namorada.
Antes, uma contextualização: não sou muito fã de parques de diversões, confesso. Não vejo graça em pagar pra sofrer em loopings de montanhas-russa ou em quedas no vazio dentro de elevadores em alta velocidade. Mas como a Disney é mais do que um sonho pra Nah eu não tive como fugir dessa. Além do mais, imaginava mesmo que seria legal, afinal, havia de ter algo muito especial nesse parque para tê-lo tornado um império da magia.
Pra te ajudar a entrar no clima dê o play no vídeo abaixo e deixe o som rolando de fundo enquanto lê!
Mas o João não se apaixonou logo de cara pelo que viu. =/
Compramos nossos ingressos antecipadamente, pelo site da Disneyland Paris, e compramos para os dois parques: o Disneyland Park e o Walt Disney Studios Park. Como eu vi que o segundo era menor e que fechava antes, decidimos que nossa primeira parada seria lá. E o passeio de mais ou menos duas horas por lá não agradou muito meu excelentíssimo.
Não esperava menos da Disney que comprar um experiência inesquecível, afinal é isso o que o marketing deles vende e é isso que escuto desde que conheço a ex-colaboradora do Mickey Mouse. Devido a essa expectativa, o Studios Park foi bem frustrante. Excluindo o glamour da marca Disney, pouco vi de diferente com relação ao que vi no Beto Carrero, por exemplo.
E pior que eu concordo com o João. O parque não tinha a magia que eu estava acostumada a ver. A principal montanha-russa, inspirada na Rock ‘n’ Roller Coaster, do Studios de Orlando, não era tão legal quanto a original. Ao invés das palmeiras de Los Angeles, apenas uma escuridão “sem sentido” e, é claro, a música do Aerosmith de fundo. Além disso, a atração que parecia maaaais legal, o novo brinquedo do Procurando Nemo, tinha filas intermináveis e não dava a opção de fast pass. :'(
Assim, fomos apenas em alguns dos brinquedos de lá, como Armageddon e Studio Tram Tour, e nos mandamos pra o Disneyland Park. E aí o João conheceu a verdadeira magia Disney.
De fato! O parque é incrível. Impossível não fazer uma viagem no tempo e lembrar dos tempos em que assistia Bernardo & Bianca, Duck Tales e Tico e Teco certo de que não existia nada melhor no mundo do que ver aqueles desenhos incríveis. Ou quando meu pai contava histórias daquele livros da Disney que trazia um conto por dia, distribuídos em quatro edições que correspondiam às quatro estações.
A magia se dá logo que você entra e avista, de longe, o castelo da Bela Adormecida.
E depois dessa primeira visão é IMPOSSÍVEL não voltar a ser criança. A gente teve um sábado encantado. Claro que fomos nos brinquedos de adulto (como a Space Mountain, uma montanha-russa em que você viaja pelo espaço bordo de uma super nave), mas também fomos, com muito orgulho e um baita sorriso no rosto, no brinquedo da Branca de Neve, no do Pinóquio e no It’s a Small World, que me lembra MUUUUITO minha infância porque toca uma música que meus pais cantavam pra mim quando eu era ainda menor do que sou hoje… “Há um mundo bem melhor, todo feito pra você, é um mundo pequenino que a ternura fez…”. Pausa para o momento família: gosto muito! <3
Em um momento, uma mãe perguntou para os filhos: querem ir comer? Eles, todo empolgados: sim, sorvete! Não, crianças. Estou falando do almoço. Tá bom, mãe. Pipoca! =D
Tem como dizer não a um pedido desses? A Nah resumiu bem. A Disney faz qualquer um voltar a ser criança e não se preocupar com mais nada a não ser em brincar e ser feliz. Peter Pan sintetizou durante a parada que assistimos: “vamos, Wendy. Está na hora de fazer nossos sonhos virarem realidade”.
E foi durante a parada que eu ganhei todo o meu dia. Ali vi que o meu amor tinha gostado da minha paixão. hehe. O João tirava fotos dos personagens com o mesmo olhar de encantamento que qualquer pessoa que vai à Disney tem. Não importa idade, sexo, nacionalidade… todo mundo se encanta por aquilo tudo.
É lindo ver os pais acompanhando os filhos, as crianças empolgadas para tirar foto com as princesas (eu só não tirei porque as filas estavam enormes) e o cuidado que todos têm para que você saia de lá tendo curtido ao máximo a sua visita.
A gente curtiu tanto que ficamos até o fechamento do parque, às 23h, com o fim do show de fogos, que é espetacular.
Não senhora, o show de fogos não é tããão espetacular assim. Ficou longe de superar o Green Hell do nosso glorioso verdão. Mas de resto é tudo perfeito. Os brinquedos, as ruas, os personagens, a trilha musical no parque todo – ah se a vida real tivesse música ambiente!
Saí de lá com a certeza de que todas as crianças do mundo devem visitar a Disney. E devem levar seus pais, tios e avós!
Serviço
Como dissemos no texto, os ingressos podem ser comprados antecipadamente pela internet. Nós pagamos 51 libras (cada um) para curtir um dia nos dois parques. Porém, existem diversos preços, que dão opções diferentes, como: ingresso só para um parque e ingresso para os dois parques, de quatro dias. Acessando http://www.disneylandparis.co.uk/ você confere todas as opções.
Lá dentro, a comida é cara, mas os restaurantes são convidativos (cada um com um tema diferente, e super produzido) e é bem provável que você queira comer em alguns deles. Porém, se a ideia é não gastar muito, levar um lanchinho pode ser uma saída! ;)
Por último, se você quiser fazer umas comprinhas extras para as crianças da família (a gente comprou uma barbie Branca de Neve liiiinda pra nossa sobrinha amada), as opções são milhaaaares. Por isso, entre em todas as esquinas possíveis. =)
Enfim, um dia nos parques da Disney que ficam na região de Paris é algo que vale muito a pena. Nós amamos e recomendamos!
Como chegar
Estando em Paris, pegue o RER A (linha vermelha) em alguma dessas estações: Charles de Gaulle Etoile, Auber, Chatelet Les Halles, Gare de Lyon ou Nation e vá até a última estação de uma das pontas; a Marne le Vallee. No mapinha diz que lá estão os parques. É bem fácil! =)
Um beijo e muiiiiito pixie dust pra você, Nah e João.
Ps: Não conhece o Green Hell do Coritiba? É de arrepiar!!!!