Como um vulcão nos fez ficar 5 dias no Canadá + outra história de vulcão

Quem nos acompanha há algum tempo, já deve ter percebido que dificilmente a gente reúne apenas dicas práticas de viagem em um post; sempre acabamos contando, mesmo que rapidamente, uma historinha que ajuda a ilustrar o tema em questão. Coisa de jornalista! :)

Porém, histórias que aparentemente são apenas boas histórias, muitas vezes acabam ficando guardadas na nossa “pasta” de boas recordações – e volta e meia falamos sobre elas entre nós.

Por trás dessa foto, por exemplo, tem uma história de sofrimento intenso. haha. Para conhecer as "cinco terras" (Cinqueterre, Itália), passamos um perrengue memorável...
Por trás dessa foto, por exemplo, tem uma história de sofrimento intenso. haha. Para conhecer as “cinco terras” (Cinqueterre, Itália), passamos um perrengue memorável…

Como originalmente blog é um espaço para o blogueiro registrar suas memórias, pensamos que estava na hora de tirar algumas dessas boas histórias da tal pasta. Mas, para não perder a característica principal do Pra Ver em Londres, que é ser um canal de “utilidade pública”, as histórias que contaremos nessa nova seção sempre terão uma “lição de moral”, que com certeza poderá ser útil para você um dia. :)

Para começar, conto hoje a primeira grande história de viagem que vivemos juntos. Um episódio que mostra que talvez seja uma boa ideia você nos perguntar, antes de comprar sua passagem, se por acaso a gente não vai viajar no mesmo dia que você… =)

Um raio cai, sim, duas vezes no mesmo lugar

Em 2010, João e eu éramos  recém-formados empolgadíssimos para vivermos nossa primeira grande experiência internacional juntos (já tínhamos passado dez dias em Buenos Aires antes, mas dessa vez íamos ficar seis meses em Londres. Oooutra história, né?).

Ói que babies, gente! :)
Ói que babies, gente! :)

Com tudo muito bem organizadinho, acordamos no dia 15 de abril daquele ano prontos para partir para a Terra da Rainha. Mas bastou ligarmos a tevê cedinho para termos a leve impressão de que nossa viagem podia ser mais complicada do que imaginávamos…

Um vulcão de nome feio e comprido (Eyjafjallajkull) tinha entrado em erupção na Islândia, e a fumaça dele já fechava alguns aeroportos do Velho Continente.

Nossa rota era a seguinte: Curitiba → São Paulo → Toronto (era barato, gente. Eu juro!) → Londres

Dava tempo de boa desse vulcãozinho parar de prejudicar os viajantes, né? #AHAMNatasha

Bom, era isso que a gente pensava. Nunca na minha jovem vida (tinha 22 anos) tinha ouvido falar de vulcão que fechava espaço aéreo por diiias e dias.

A gente só queria chegar logo em Londres. Era pedir muito? :'(
A gente só queria chegar logo em Londres. Era pedir muito? :'(

Nosso embarque em Curitiba foi tranquilíssimo (apesar da choradeira na despedida dos pais e amigos) e nosso pouso na terra da garoa também. Tudo começou a mudar na hora do check in na Air Canada. A mocinha que nos atendeu disparou:

– O aeroporto de Londres está fechado por causa do vulcão. Talvez o voo de vocês de amanhã, lá em Toronto, seja cancelado. Como estamos avisando ainda em São Paulo, vocês têm duas opções de escolha:

  1. Ficam aqui e a companhia se responsabiliza pelos custos de vocês enquanto as coisas não normalizarem;
  2. Embarcam e, caso o voo de vocês para Londres não saia amanhã, a responsabilidade dos gastos é toda de vocês.

Olhei para meu então Nahmorado e falei: “aaaah, até amanhã já tá de boa. Vamos pra Toronto”. Ele concordou comigo, assinamos um termo de responsabilidade e partimos.

Parênteses – Pare e pense comigo: eu tinha 22 anos, o João 23. O gato precavido que eu arranjei tinha feito até que uma boa poupancinha pra viagem. Eu não! Tá certo que íamos manter nossos jobs para empresas brasileiras no período, mas o dinheiro era bem contadinho.

Bom, chegamos em Toronto e logo soubemos que, pois é, a situação era mais grave do que os tolinhos aqui imaginavam. Diziam nossos informantes que os aeroportos europeus podiam ficar fechados por diiiiiias, talvez até semanas.

Bateu O desespero.

Começamos a ligar para os hotéis da região e em pouco tempo vimos que as diárias não sairiam por menos de 70 dólares canadenses. =/

Mas a escolha já tinha sido feita, né? Assim, nos restava aproveitar…

Imagiiiina, dinheiro nem é um problema, por isso somos só sorrisos nessa vida de reis em Toronto! haha #sóquenão
Imagiiiina, dinheiro nem é um problema, por isso somos só sorrisos nessa vida de reis em Toronto! haha #sóquenão
Pobres, mas felizes. Esse era o nosso lema!
Pobres, mas felizes. Esse era o nosso lema!

Por isso, os primeiros posts do blog foram apelidados de “Pra Ver em Toronto”. Te convido a ler…

Cinco dias depois, finalmente embarcamos para Londres. Alguns dólares mais pobres, mas bem felizes com o tanto de experiência “surpresa” que pudemos viver por culpa de um vulcãozinho…

Eu olho essas fotos e acho a gente com muita cara de nenê. haha. Mas, enfim, aí estamos nós na nossa segunda casa de Toronto: o aeroporto (embarcando para Londres! =D). Chamo de segunda casa porque todo dia a gente ia lá no guichê da cia aérea chorar para tentar uma remarcação de voo. :) Contamos o fim dessa história neste post.
Eu olho essas fotos e acho a gente com muita cara de nenê. haha. Mas, enfim, aí estamos nós na nossa segunda casa de Toronto: o aeroporto (embarcando para Londres! =D). Chamo de segunda casa porque todo dia a gente ia lá no guichê da cia aérea chorar para tentar uma remarcação de voo. :) Contamos o fim dessa história neste post.

Moral da história:

  • Com dinheiro contado, caso aconteça algo semelhante com você, pense bem se não vale a pena aceitar a opção que a companhia aérea se dispõe a pagar! =D
  • Agora, se o dindin não for problema, conhecer um destino inesperado pode ser uma boa. Se jogaaa! ;)
  • Ah, e jamais duvide da força da natureza!

Mas como assim um raio cai, sim, duas vezes no mesmo lugar?

Pensou que a história acabava assim, que o casal já viveria feliz para sempre? Well, não foi bem assim…

Quando voltamos de Londres em outubro de 2010, decidimos que no ano seguinte precisávamos dar um irmão para o Pra Ver em Londres, e surgiu a ideia de gerar o Pra Ver em Buenos Aires.

Em março de 2011, então, embarcamos rumo a uma temporada na capital hermana.

Nosso apezinho em Buenos era uma delííícia. #saudadesacada
Nosso apezinho em Buenos ficava em Palermo e era uma delííícia. #saudadesacada

Em tempo: o blog Pra Ver em Buenos Aires não existe mais, mas já trouxemos alguns dos posts de lá para cá. Quer ler? Clique nos links abaixo:

Na ida, nenhum vulcão atrapalhou nossas vidas. Foi na volta que a nossa história foi, mais uma vez, afetada por um soltador de fogo.

Nosso time, o Coritiba, tinha garantido sua vaga na final da Copa do Brasil (jogaríamos contra o Vasco), e a gente nem cogitou não estar presente no Couto Pereira na grande final. Antecipamos nossa passagem aérea sem custo algum, mas no dia anterior à viagem veio a notíca: o vulcão Puyehue, do Chile, estava trabalhando e já fechando aeroportos na região – inclusive nosso querido Ezeiza.

Entrei em pânico. Chorei, esperneei, falei “eu não quero perder a final do meu timeeeeeeee”.

Ainda Nahmorado, João falou: “calma, Nah, daremos um jeito”.

Sabe qual foi o jeito? 24 horas de busão + 1 hora de voo de Porto Alegre até Curitiba. E, claro, alguns bons pesos/reais mais pobres. =/

No fim das contas, no dia seguinte à nossa partida de ônibus, o dia em que devíamos ter embarcado de avião, o aeroporto de BsAs estava aberto. hahaha

Mas o que importa é que chegamos em Curitiba a tempo de participar do churras pré-jogo com os amigos, torcer muuuuito pelo glorioso e ir pra casa sem o título. :'( Mas valeu a pena!

... e como valeu a pena!
… e como valeu a pena!
Um pedacinho do nosso império de coxas doidos. <3
Um pedacinho do nosso império de coxas doidos. <3

Sofremos momentaneamente nos dois casos, mas nos divertimos também (você não tem noção do tanto de história engraçada que ouvimos no ônibus Buenos – POA! Rende até um post “histórias de viagem – o episódio das 24h de busão”. haha).

Moral da história 2:

  • Não deixe que o estresse causado por um “probleminha” no meio da sua viagem estrague a diversão. A história que fica para contar valerá a pena. ;)

E aí, o que achou do primeiro post dessa nova seção? Podemos contrar outras? Sabe como é, né, o blog é escrito pra você que nos lê, então sua opinião é muuuito importante. Aguardo seu comentário para decidir se conto a segunda história, de uma burrice que cometemos em Londres, ou não. hehe

Beijobeijo,

Nah

Ganhando (pouco) e perdendo (muito) no Casino Puerto Madero [Buenos Aires]

pravernomundoEu nasci numa família bem chegada a jogos de azar. Quando era pequena, os natais na casa da amada vó Didi e do querido vô Décio eram regados a muito bingo. Quando empolgado, meu vô liberava uns vários R$ 50 pros netos que fechavam a cartelinha toda. Era uma felicidade enorme!

Depois, quando cresci, esses mesmos avós me provaram que não é preciso ser jovem para ter pique para ficar até altas horas fora de casa. Viciados num binguinho (como minha vó chama), o casalzinho vivia chegando em casa depois das 2h da matina. Beeeem depois, na real.

Em 2003, porém, Roberto Requião, então governador do Paraná, resolveu acabar com a farra dos velhinhos. Proibiu a existência dos bingos no estado. =/

Os bingos brasileiros não eram bem cassinos, mas tinham vários atrativos que podiam levar famílias à falência, como as mesas de bingo e as máquinas caça-níqueis. A foto é do portal G1
Os bingos brasileiros não eram bem cassinos, mas tinham vários atrativos que podiam levar famílias à falência, como as mesas de bingo e as máquinas caça-níqueis. A foto é do portal G1

Mas, enfim… contei essa história para explicar que era simplesmente IMPOSSÍVEL eu ir a Buenos Aires e não me arriscar em um cassino. Seria um desaforo ao meu lado “Penha”. Sim, porque tem ainda minha mãe que adoraaaava uma maquininha caça-níquel e meus irmãos que são viciadíssimos em poker.

Apesar disso, eu sempre me considerei “controlada”. Acho que meu lado “Schiebel” é forte o bastante para não me permitir apostar todo meu precioso dinheirinho. Quer dizer, pelo menos eu acreditava nisso até conhecer o Casino Puerto Madero… =(

Casino Puerto Madero

Em uma quinta-feira à noite, nos arrumamos, juntamos alguns vários pesos e nos mandamos para o tal cassino.

Sabendo que câmeras fotográficas não são permitidas lá dentro, deixamos a nossa querida companheira Larápia em casa. Uma pena, porque a gente tava muito chique. haha

Mas é claro que eu não ia deixá-los na mão. Vasculhei a internet à procura de imagens do dito cujo e encontrei algumas dignas. Comece a imaginar a pompa… =)

Foto: http://tucasinoenlinea.com/
Foto: http://tucasinoenlinea.com/
Para entrar nos torneios de poker do Casino Puerto Madero é preciso investir de verdade. Vi que as entradas custavam a partir de $200 quando fomos. A foto é da ESPN
Para entrar nos torneios de poker do Casino Puerto Madero é preciso investir de verdade. Vi que as entradas custavam a partir de $200 quando fomos. A foto é da ESPN

 

Para entrar no cassino não é preciso pagar nada. Logo de cara a decoração chama a atenção. Muitas cores, espelhos, música, luzes… enfim, um ambiente bem convidativo.

Famintos, decidimos parar no Color Resto Bar para comer algo antes de começar a maratona de jogos (quem vê pensa!). Pedimos uma pizza de queijo, jamón crudo, tomate seco e rúcula e adoramos. Sério, ela era incrível. Custou cerca de $25, era “individual”, mas nos serviu bem.

Tomamos uma berinha e nos mandamos. E aí, meu caro, eu entendi qual é a pira do negócio! hua hua huaaaa!

A aventura

Comecei procurando mesas de bingo. Blé. Não encontrei. Eu achava que os caça-níqueis (slots) não iam me agradar muito, sabe? Mas eu estava errada. =/

Em pouco tempo estávamos nos sentando em uma das maquininhas.

Começamos cautelosos. O João colocou $10 na máquina e eu fiquei só do ladinho, dando uns palpites como: “aperta aqui, aperta ali”. Tudo, é claro, com muito conhecimento, noção do que estava fazendo… técnica, sabe?! #NOT

Ok. Em 5 minutos perdemos os $10. Primeira decepção da noite.

Escolhi uma outra máquina e fui tentar minha sorte. Que coisa linda. Em menos de cinco minutos meus $10 viraram $69, e eu achei que era muito foda (desculpa o palavrão, mas achei mesmo, fazer o que?!).

A empolgação tomou conta de mim e eu queria mais e mais e mais. Mas depois dessa eu registrei uma sequência incrível de derrotas, não parecendo nenhum pouco meu glorioso Coritiba Football Club, que em 2011 venceu 24 partidas seguidas e entrou para o Guinness Record World Book como o mais vitorioso clube de todos os tempos. \o/ Tábom, parei!

Pausa para o intervalo

Depois de algumas rodadas de fracasso decidimos mudar de ares. Andamos em todos os andares do cassino, observando qual é que era o esquema.

Quem gosta do seriado Friends talvez se lembre de um episódio em que eles vão pra Las Vegas e a Mônica se empolga numa roleta. Então, num andar desses eu me senti a verdadeira Mônica. Louca, louquinha dá uma empinadinha para colocar umas fichas em uns números aqui, outros acolá.

Olha o que eu acheeei! A imagem da Natasha e do João em Vegas. Piadinha sem graça. É a Mônica e o Chandler, de Friends! =) A foto estava no site Cool Spotters, que é bem legalzinho, por sinal!
Olha o que eu acheeei! A imagem da Natasha e do João em Vegas. Piadinha sem graça. É a Mônica e o Chandler, de Friends! =) A foto estava no site Cool Spotters, que é bem legalzinho, por sinal!

Voltando à ativa

Depois de percebermos que os andares que não de slots não eram para a gente (é preciso mais experiência, né?!) resolvemos voltar para as tais “maquininhas”.

Já tínhamos gastado umas boas dezenas de pesos quando o João me alertou: Nah, depois dessa a gente para. Chega de perder!

Minha cara deve ter sido triste essa hora, mas, tudo bem, eu sabia que ele tinha razão.

Fui, então, à procura da máquina ideal. E encontrei: LONDRES. Os “bonequinhos” eram toooodos relacionados à capital inglesa: tinha Big Ben (que dava muitos pontos), guarda real… e o resto eu não lembro. hahha

Coloquei $10 lá e fui calminha. Só apostando x20, 2 vezes (sei lá se isso é bom) e de repente ganhei um bônus.

Tudo começou a apitar e eu ganhei 15 apostas gratuitas. Uhuuuu!

Ao final delas, de novo, meu crédito de $10 virou $69. Tirei meu vale, fui pra maquininha (tipo um caixa eletrônico), peguei meu dindin e… tive que apostar de novo! =(

Ok, mas eu paro por aqui. É claro que perdi na máquina liiinda do Sex And The City, mas isso a gente deixa pra lá.

Infelizmente o Mr. Big não estava no Casino Puerto Madero, mas o slot gracinha do Sex And The City era bem esse aí! =) A foto é do blog Las Vegas Now
Infelizmente o Mr. Big não estava no Casino Puerto Madero, mas o slot gracinha do Sex And The City era bem esse aí! =) A foto é do blog Las Vegas Now

Saí de lá bem feliz. Foi uma diversão diferente. Não gastamos tanto assim não, mas aproveitamos.

Enfim, é um programa que a gente recomenda pra quem tem autocontrole, não é alérgico a cigarro (é permitido fumar lá dentro; infelizmente!) e gosta de sair um pouco do roteiro de pontos turísticos numa ida a Buenos Aires. A diversão é certeira. :)

#ficadica

Serviço

Ficou afim de ir? Saiba como chegar!

O Casino Puerto Madero fica na Calle Elvira Rawson de Dellepiane sem número, Dársena Sur Puerto de Buenos Aires
Ele fica aberto todos os dias, 24h por dia! =D
Não se é preciso dizer, mas menores de 18 anos não entram.
E, lembrando: nada de câmeras fotográficas!

Beijos e até o próximo post,

Nah.

El Gato Negro: um bar notable imperdível! [Buenos Aires]

pravernomundoBuenos Aires é famosa por seus bares notables, estabelecimentos que, por preservar aspectos originais de sua arquitetura do início do século XX, por terem grande importância histórica ou tido como clientes grandes nomes da cultura argentina foram tombados pelo Patrimônio Cultural da cidade.

O mais famoso dos 60 listados pela prefeitura (você pode ver a lista completa aqui) é o Café Tortoni, que é realmente um espetáculo, mas se você procura um lugar não tão visado por turistas e que tem um charme único, não pode deixar de conhecer o El Gato Negro. 

fachada

Situado no coração de uma das mais queridas avenidas dos porteños, a Corrientes, bem perto dos grandes teatros e livrarias, o El Gato Negro pode passar despercebido aos olhares menos atentos, mas não mais para você.

O encanto começa quando você olha a vitrine, repleta de especiarias e grãos de café diversos.

A vitrine chama a atenção e instiga a curiosidade.
A vitrine chama a atenção e instiga a curiosidade.
Na porta, o aviso de que você está prestes a entrar em um lugar cheio de história.
Na porta, o aviso de que você está prestes a entrar em um lugar cheio de história.

O El Gato Negro foi fundado em 1928 por Victoriano López Robredo, um viajante espanhol que havia rodado a Ásia comercializando especiarias.

Marcelo Barbão, que enquanto estávamos na capital hermana era o responsável pelo ótimo blog Direto de Buenos Aires, certa vez lembrou que o povo diz que o El Gato Negro é como um mercado árabe em pleno coração de Buenos Aires. “Concordo mesmo nunca tendo entrado num mercado árabe, mas quem nunca imaginou todos aqueles cheiros assistindo a filmes?”, comenta.

Ouso dizer que os amantes da gastronomia ficariam fascinados diante dos mil temperos e cheiros desse pequeno grande espaço.

Mulher observa, fascinada, as especiarias da casa. :)
Mulher observa, fascinada, as especiarias da casa. :)
temperos, pós, ervas, condimentos....
temperos, pós, ervas, condimentos….
À frente, os cafés especiais. Ao fundo, algumas das especiarias
À frente, os cafés especiais. Ao fundo, algumas das especiarias

Além dos cheiros, a decoração do lugar é bem interessante. Grandes estantes cheias de potes, latas e vasilhas se estendem pelo alto pé-direito do ambiente. A máquina de moer grãos parece estar ali desde sua fundação. O chão amarelado não esconde as marcas do tempo. Os mozos (garçons) se vestem com roupas bem tradicionais e um tiozinho com cara de ator de filme gangster dos anos 40 é o responsável pelo caixa.

Você pode comprar aquelas charmosas latas para conservar seu café. Tem de vários tamanhos e cores.
Você pode comprar aquelas charmosas latas para conservar seu café. Tem de vários tamanhos e cores.

A quantidade de ervas, pós, condimentos, raizes e todas essas coisas de Mercado Municipal é impressionante. Só de curry eu vi umas cinco variedades. Eles ainda comercializam quatro tipos de cafés especiais que você pode levar para casa em grãos ou moído, sendo que na nossa passagem por lá estavam disponíveis três brasileiros e um colombiano, além de várias delícias que só um bom café pode oferecer.

Seu café será moído nesta máquina.
Seu café será moído nesta máquina.

O que comer e beber?

O cardápio não tinha uma grande variedade de quitutes, mas tudo parecia muito bom. De qualquer forma a visita já vale só por estar lá. Mas como uma diquinha sempre vai bem, adianto o que pedimos. A Nah tomou um Submarino (leite quente + chocolate em barra para misturar com o leite – um clássico porteño), que diz ser o melhor que já tomou naquelas terras, e eu um Café Brasil Santos Cereza, que também valeu a pedida.

Provamos um bolo que não me recordo o nome, mas era feito com uma massa que sua avó invejaria, levava uma incrível cobertura de coco ralado e era recheado com MUITO doce de leite cremoso.

Não hesite em pedir essa delícia.
Não hesite em pedir essa delícia.

A forma como eles expõem os bolos e tortas, aliás, é bastante curiosa. Os quitutes ficam sobre o balcão, enrolados em papel filme e identificados por meio de simpáticas plaquinhas. Mais caseiro, impossível.

Com jeitinho de lanche de vó.
Com jeitinho de lanche de vó.
Os porteños adoram ler em seus bares notables. Fazem muito bem. :)
Os porteños adoram ler em seus bares notables. Fazem muito bem. :)

Em sua visita a Buenos Aires, reserve umas horas para visitar o El Gato Negro e aproveite para conhecer o Paseo La Plaza e o Star Club dos Beatles que ficam logo em frente e, também, para passear por uma das regiões mais culturais e tradicionais de Buenos Aires. O rolezinho vai acabar no cruzamento da Corrientes com a 9 de Julho, em frente ao Obelisco.

Um domingo tipicamente porteño [Pra Ver em Buenos Aires]

pravernomundoCalma, calma, amigão. Você não está no blog errado. Esse ainda é o Pra Ver em Londres. Mas é o Pra Ver em Londres ~modernin, que fala do mundo todo (nota mental: menos, Natasha. MENOS. Mundo todo AINDA não). Okok, sorry “nota mental”, quis dizer o mundo que a gente já viu. Perdoada?! :)

Bom, o fato é que Buenos Aires foi nossa casa por três meses. AHAM. Em 2011, passamos uma temporada na terra do dulce de leche (oh, delícia), das empanadas dos hermanos e de mais um montão de belezas que a Amanda do Buenos Aires para chicas apresenta como ninguém (admiro MESMO, galeura. Acompanhem sem medo! ;).

E aí que nossos posts sobre a terra dos hermanos estavam se perdendo. E eu resolvi trazê-los para cá. Ou seja, de vez em quando você vai ver por aqui também o que a gente viu e curtiu en nuestro Buenos Aires querido.

Para começar, apresento pra você um dos nossos programas preferidos na cidade: a feirinha de San Telmo…

O típico domingo porteño

gardel

Muita gente inclui Buenos Aires em um roteiro turístico de vários dias pela América do Sul e separa para a capital hermana algo em torno de quatro ou cinco dias.

Até aí, tudo bem. A cidade é relativamente pequena se compararmos às maiores metrópoles do mundo e nesse tempo dá mesmo para conhecer muita coisa.

Porém, existe um problema que esse planejamento curtinho pode ocasionar: o fato de você NÃO estar aqui no melhor dia da semana da cidade (na minha opinião, é claro); o domingo.

Nos bairros residenciais, Buenos Aires praticamente morre no último (ou seria primeiro?!) dia da semana. Sério, perto da casa onde morávamos (Palermo) era um marasmo só.

Porém, existe um bairro que já é charmoso por natureza e que no domingo fica AINDA mais: San Telmo.

No domingo, uma incrível feira de artesanatos, antiguidades e otras cositas más toma várias, várias e várias quadras do bairro mais boêmio e um dos mais tangueiros da cidade.

Confesso, com certa dor no coração, que esta feira é ainda mais bela que a do meu amado Notting Hill, em Londres, sobre a qual falamos aqui.

Acho que as fotos que fizemos num domingo ensolarado de verão falam muito mais do que qualquer palavra. Depois do break continuamos o papo… =)

Pode parecer caótico, mas se revela calmo, "aconchegante". Impossível não se apaixonar, ainda mais com um solzão desse acompanhando!
Pode parecer caótico, mas se revela calmo, “aconchegante”. Impossível não se apaixonar, ainda mais com um solzão desse acompanhando!
Tango Show!
Tango Show!
Ah, claro, tem tango em San Telmo também. "Espetáculos" com profissionais e outros com amadores. Neste, o homem era profissa. A mulher arriscava uns passinhos. =)
Ah, claro, tem tango em San Telmo também. “Espetáculos” com profissionais e outros com amadores. Neste, o homem era profissa. A mulher arriscava uns passinhos. =)
No meio da caminhada, algumas formas de arte impressionavam. Nessa, por exemplo, o casal estava congelado nessa posição parecia há séculos. Repare nos detalhes da produção. Muito legal!
No meio da caminhada, algumas formas de arte impressionavam. Nessa, por exemplo, o casal estava congelado nessa posição parecia há séculos. Repare nos detalhes da produção. Muito legal!

San Telmo além da feirinha de domingo

Mas San Telmo não é só o bairro da feirinha de domingo. É, também, o bairro do mercado (de antiguidades/frutas/bazares, etc.), dos cafés notáveis, da Mafalda… enfim, de Buenos Aires. Vale muito, muito, muito visitar esse bairro incrível.

Coresde várias "espécies". Na arte, nas frutas, no mercado!
Coresde várias “espécies”. Na arte, nas frutas, no mercado!
Dentro do mercado tem de tudo. Essa lojinha, por exemplo, vendia altas preciosidades. Ou seria inutilidades?!
Dentro do mercado tem de tudo. Essa lojinha, por exemplo, vendia altas preciosidades. Ou seria inutilidades?!
Um dia talvez eu aprenda a dançar tango. Hoje, porém, só faço pose na frente dos tangueiros! :)
Um dia talvez eu aprenda a dançar tango. Hoje, porém, só faço pose na frente dos tangueiros! :)
A Mafalda fica na esquina de Chile e Defensa, em San Telmo
A Mafalda fica na esquina de Chile e Defensa, em San Telmo

E aí, consegui te convencer?! :)

Serviço

A feirinha de San Telmo funciona todos os domingos das 10h as 17h.

Vai de ônibus? Qualquer um destes passa por lá: 2, 3, 10, 17, 22, 24, 28A, 28B, 29, 33, 39, 45, 54, 61, 62, 64, 70, 74, 86, 91, 93, 100, 103, 126, 130, 143, 152, 159

Para saber mais clique aqui.