Pra Ver no Mundo

Act like a local – Bruxelas

No mês passado, enquanto minha amiga Thalita Uba fazia uma super euro trip eu cuidava da área cervejeira do blog dela – o Entretenha-me. Na mala de volta da viagem a Thali trouxe um presente pra você que lê o Pra Ver em Londres: uma série suuuper legal de posts sobre algumas das cidades que visitou – e que estão na nossa bucket list. \o/

O primeiro você confere hoje. Com vocês, Thalita Uba!

Salve, salve, digníssimos leitores do Pra Ver em Londres! Depois da brilhante passagem da minha querida Natasha pelo Entretenha-me durante a minha ausência (não conhece o blog? Ixi, então corre lá), chegou a minha vez de retribuir as dicas excelentes que ela deixou por lá (aliás, quem não viu devia aproveitar o embalo e ver agora aqui, aqui, aqui e aqui).

Pra quem não me conhece, sou a Thalita Uba – jornalista, tradutora, editora de livros, crítica de cinema do Literatortura, “mãe” do Entretenha-me e globe-trotter nas horas vagas, o que me traz (finalmente) a o que eu vim fazer aqui.

O Act like a local vai ser uma pequena série em que esta que vos escreve vai dar algumas dicas para quem, como eu, gosta de viajar pra se inserir de corpo e alma na cultura local, conhecendo pessoas locais, frequentando os lugares aonde elas costumam ir, comendo o que elas comem, bebendo o que elas bebem, enfim, agindo como um local! Então se você também gosta de fingir – mesmo que apenas por alguns dias – ser cidadão de um outro país, welcome aboard!

Bruxelles – Brussel – Bruxelas

Bruxelas é a capital da pequenina Bélgica – um dos menores e mais fofos países da Europa – e capital oficial, vejam só, da União Europeia. Com uma população de 145 mil habitantes e uma área de 161 km2, é uma cidade que dá para conhecer em poucos dias (e aproveitar para conhecer outras cidades próximas, como Bruge e Antuérpia), mas que tem muitas coisas legais (e gostosas) para fazer (e comer e beber!).

O maior cartão postal da cidade é, sem sombra de dúvidas, a Grande Praça (La Grand-Place, em francês, e Grote Markt, em holandês – os dois idiomas oficiais do país), onde fica uma série de construções góticas deslumbrantes (dentre elas, a residência do rei e a câmara municipal). Já viram, alguma vez, uma foto de uma praça bem grande com um tapete de flores gigante? Então, é lá (só que esse tapete é colocado só a cada dois anos, geralmente em agosto).

Imagem retirada do site do jornal Zero Hora

Act like a local in Bruxelles/Brussel

A Bélgica, no geral, é bastante famosa por duas coisas: a cerveja e o chocolate (ou seja, o país é praticamente o paraíso!). Então pra ser um bom belga, é preciso, em primeiro lugar, ser um bom bebedor (pra não sair do bar caindo na sarjeta que nem turista sem-noção). Além disso, como Bruxelas (tal qual todas as outras cidades da Bélgica) é uma cidade bastante pequena, você certamente vai fazer quase tudo a pé, então pode tirar seu scarpin salto 12 e botar o bom e velho tênis no pé. Por fim, não vale ser enjoado. Mesmo. Aquele papo de que as pessoas não usam desodorante, que tem rato nos restaurantes e que eles não lavam as mãos pra fazer sua comida é tudo verdade. E ninguém morreu por isso ainda, então comece a ser um bom belga agora e deixe o nojo de lado antes de ir pra Bruxelas.

Chegando lá, você obviamente vai visitar todos os pontos turísticos “obrigatórios”, como a praça central, o Atomium (a “torre Eiffell” dos belgas), a Galeria Hubert, a catedral, o palácio, a ópera, o jardim botânico e até aquele famigerado menininho que faz xixi (o Manneken Pis), uma das coisas mais sem graça que eu já vi na vida. (Aliás, prepare-se para se perder nas inúmeras ruelas estreitas rodeadas de lojas e restaurantes porque você vai se perder, pode ter certeza).

Mas depois de ter feito esse turismo “obrigatório”, você pode começar a se inserir na cultura local indo comprar chocolate nas lojinhas em que não tem ninguém. Isso mesmo: belga mesmo não compra Godiva e Cote D’Or (isso é coisa de turista trouxa :P), prefere comprar marcas locais menos famosas mas igualmente boas e bem mais em conta. São inúmeras as lojas que vendem chocolates de todos os tipos e sabores em “blocos” bem mais generosos que aquelas caixinhas com meia dúzia de bombons. Vejam só:

Deu água na boca, né? Mas guarde esses pra sobremesa, que antes você não pode deixar de comer um suculento hambúrguer gourmet acompanhado das típicas batatas com maionese belgas – que é o que muitos belgas comem no almoço e é absolutamente delicioso (mas cuidado! Os hambúrgueres são enormes e super recheados, comer sem fazer lambança é uma façanha e tanto!).

Para coroar tudo, uma cerveja local – mas tem que ser a cerveja certa! Nada de trapistas para acompanhar a comida – para os belgas, as trapistas devem ser bebidas naqueles momentos em que você está no bar, tarde da noite, com os amigos, reclamando do chefe. Para acompanhar a refeição, melhor optar por uma cerveja de trigo ou, melhor ainda, uma Kriek – cerveja tipo Lambic maturada com uma frutinha chamada amarena (para os que preferem algo mais docinho, tem também as Framboise, que são maturadas com framboesas) –, que é algo super belga.

À noite, muitos dirão pra você ir ao bar da Delirium (uma das maiores cervejarias belgas, cujo logo é um elefante rosa), que fica na badaladíssima Rue des Bouchers (bem no meio da Galeria Hubert). É uma cilada, Bino! Digo, se você gosta de gente demais, barulho demais, calor demais, enfim, aquela muvuca generalizada, vá em frente – é, definitivamente, o point dos turistas baladeiros. Mas pra quem quer vivenciar a cultura local, o melhor mesmo é tentar os bares que ficam pro lado da Bolsa de Valores – que é pra onde a galera local vai pra fugir dos turistas. Lá, você vai encontrar um monte de bares e boates bem legais e que têm as mesmas opções de cerveja que a Delirium (tá, não tem tantas, mas ninguém vai tomar mais de 300 tipos de cerveja numa noite mesmo). Não deixe de tomar a Kwak e a La Corne, que vêm em copos superdivertidos, além das trapistas (são seis, ao todo).

Por fim, se você quiser mesmo não passar recibo de turista, lute contra aquela vontade irresistível de roubar os copos. Ao invés disso, procure-os no mercado de pulgas, na Place du Jeu de Balle, que também é bem legal. Se não achar, tudo bem, renda-se e compre nas lojinhas de souvenires mesmo – mas se por acaso for à Antuérpia, deixe pra comprar lá, que é bem mais barato.

Nossa próxima parada, aliás, é lá mesmo, Antuérpia, com uma passada por Bruge. Até lá!

YEY, obrigada pelo ótimo primeiro post da série, Thali. Eu adorei, e você aí? :)

Tem dúvidas sobre Bruxelas ou quer pedir alguma coisa em específico sobre Bruge ou Antuérpia? Deixa um comentário, vai. A gente agradece. ;)

Beijobeijo,

Nah.

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