Couch Surfing: acomodação gratuita; experiência que vale ouro!

pravernomundoNo topo da nossa lista de planejamento de uma viagem costumam estar passagem e acomodação. Afinal, são os itens que normalmente custam mais caro e, também, sem eles não se faz uma viagem (é preciso chegar e ter onde ficar pra tudo acontecer, né? :).

Quase sempre a gente fica em hostel, pousadinha ou hotel simples, mas na nossa lua de mel resolvemos fazer algo diferente: incluímos um hotel (em Milão, lembra?), várias casas de amigos (no Sul da Itália, em Genebra e em Munique), um hostel (em Praga), um apê alugado (em Berlim) e um sofá de casa de estranho (em Berna).

Isso mesmo. Vivemos a experiência do Couch Surfing na belíssima Berna (já viu os 10 motivos pelos quais eu acho que você deve conhecer a capital da Suíça? NÃO? Tá aqui!). E é sobre essa experiência que eu vou falar hoje…

Como tudo começou

“A Suíça é muito cara”. Acho que essa foi a frase que mais ouvi quando disse que estávamos pensando em incluir duas cidades deste país no nosso roteiro de lua de mel. Por esse motivo mesmo decidimos que Genebra seria uma delas. Lá era certeza que tínhamos lugar pra ficar. O João tem uma amiga que mora na cidade há anos e disse que a gente podia ficar na casa dela. Não podia ter sido melhor. Mas isso é assunto pra outra hora. ;)

Aí, na pesquisa pré-viagem me encantei com tudo que vi sobre Berna e a assim que estabelecemos que, ok, começaria a realizar meu sonho de conhecer a Suíça visitando Berna e Genebra, partimos para a parte do “tá, e onde vamos ficar em Berna?”.

O Couch Surfing apareceu rapidamente como uma opção interessante porque hotéis eram todos caros e até os hostels eram acima da média de preços que a gente curte pagar. Demos uma olhada nas experiências de outros blogueiros de viagens e vimos que a quantidade de gente falando bem dos sofás alheios (e da experiência como um todo) era muito maior do que a quantidade de gente falando mal e resolvemos fazer nosso perfil.

Ó nós aí! =D Adiciona a gente lá! ;)
Ó nós aí! =D Adiciona a gente lá! ;)

A busca

Logo de cara nos deparamos com um “problema”: havia MUITA gente oferecendo um lugar em sua casa em Berna.

Não, não, obviamente este não era o problema. O problema era decidir para quem pedir arrego duas vaguinhas.

E aí vem a primeira boa dica pra você: faça uma lista de prioridades. A nossa era assim:

  • Ser um casal (porquené, a gente é um casal, então seria mais legal trocar ideias com quem também é um casal);
  • Ter mais ou menos a nossa idade (o que também facilita a interação);
  • Falar inglês (o idioma oficial de Berna é alemão, gente, e eu só sei falar Gutten Tag nesta língua. Sorry!);
  • Morar em uma região central – ou pelo menos com transporte público por perto;
  • Ter boas avaliações – Acho que este deve ser o principal fator de decisão. Tá certo que não dá pra ter certeza se as pessoas foram ou não 100% sinceras em um depoimento, mas lendo com atenção dá pra perceber se vale ou não a pena investir naquele gentil emprestador de sofá. :)

Levando isso em consideração ficamos com 3 boas opções. E mandamos nossa solicitação pra todas.

Jamais imaginávamos que os três iam aceitar nos receber, mas foi isso que aconteceu. Pois bem, tivemos que escolher, e optamos por ficar na casa do Phillipe e da Manuela simplesmente porque fomos muito com a cara deles…

E como não ir com a cara desses fofos? :) Sério, se morássemos na mesma cidade acho que eu ia ser BFF da Manu. #exagerada Mas, sério, amei ela. Delicadeza em pessoa. <3
E como não ir com a cara desses fofos? :) Sério, se morássemos na mesma cidade acho que eu ia ser BFF da Manu. #exagerada Mas, sério, amei ela. Delicadeza em pessoa. <3

A experiência

Alguns dias antes da nossa viagem trocamos várias mensagens e eles nos explicaram o que e como deveríamos fazer para ir da estação de trem à casa deles. Era tudo muito simples, claro, mas obviamente tivemos dificuldadezinhas iniciais (a máquina de tickets do metrô estava em alemão e demoramos para entender como trocava para inglês) e pagamos um miquinho inicial chegando SUPER TARDE (tipo 23h!) na casa do Phil e da Nani (não lembro por que o apelido dela é Nani se o nome é Manu, mas tudo bem).

Mas isso não foi um problema. O Phill nos recebeu super bem (a Nani já estava dormindo, ela entra cedão no trabalho), nos ofereceu algo para comer e nos apresentou a sala onde íamos ficar (e a gatinha fofa do casal).

A casa era uma graça. A sala em que ficamos tinha um sofá (o João dormiu nele) e um colchão (onde eu dormi), além de muitos jogos de videogame, dvds, quadros de filme, etc.

A gente até fez fotos da sala adaptada para nos receber - tinha um colchão de solteiro ao lado do sofá, mas a bagunça que conseguimos fazer em menos de 24 horas era TANTA que eu fiquei com vergonha de postar a foto. Sério! Então tá aí a imagem disponibilizada pelo casal no perfil deles do Couch Surfing. ;) Cantinho agradável, né?
A gente até fez fotos da sala adaptada para nos receber – tinha um colchão de solteiro ao lado do sofá, mas a bagunça que conseguimos fazer em menos de 24 horas era TANTA que eu fiquei com vergonha de postar a foto. Sério! Então tá aí a imagem disponibilizada pelo casal no perfil deles do Couch Surfing. ;) Cantinho agradável, né?

No dia seguinte, assim que acordamos tomamos um banho (chuveiro ótimo!), o Phill nos deu uns mapinhas da cidade para ajudar no nosso passeio, algumas boas dicas de como podíamos curtir Berna e nos avisou: à noite ia ter fondue. E cabia a nós estar lá às 19h. E só! Pois é, perguntamos se devíamos comprar alguma coisa, mas que nada, o casal queria nos oferecer a experiência suíça completa. A gente aceitou, claro.

Acredita que essa trilhinha  fofa aí era tipo ATRÁS da casa deles? Tô falando, Berna é MUUUUITO AMOR!
Acredita que essa trilhinha fofa aí era tipo ATRÁS da casa deles? Tô falando, Berna é MUUUUITO AMOR!

A verdadeira pira do Couch Surfing

E foi nesse jantar que entendemos por que o Couch Surfing é uma opção tão legal de acomodação e que fez meu título-clichê fazer tanto sentido. :)

Gente, foi tudo muito legal. O jantar estava delicioso, eles compraram cervejas artesanais suíças porque viram no nosso perfil que a gente curtia (!), trocamos muuuitas ideias (nos explicaram sobre a realidade invejável da Suíça, quanto eles pagam de aluguel, quanto viajam, etc. etc.) e posso assegurar com toda certeza do mundo que foi uma noite memorável.

O MELHOR FONDUE DA VIDA. Achei meio louco que tinha pera pra misturar com queijo e outros itens diferentes do "nosso" fondue jaguara, mas, poutz, excelente. Pode querer voltar no tempo e comer só mais um pouquinho? :)
O MELHOR FONDUE DA VIDA. Achei meio louco que tinha pera pra misturar com queijo e outros itens diferentes do “nosso” fondue jaguara, mas, poutz, excelente. Pode querer voltar no tempo e comer só mais um pouquinho? :)

Pode ser que a gente tenha tido muita sorte, mas a impressão que tenho hoje analisando a comunidade do Couch Surfing é que de maneira geral é esse mesmo o perfil de quem está disposto a receber alguém na sua casa. A galera quer apresentar sua cultura, conhecer outras culturas, interagir e facilitar a vida de quem tem o mesmo sonho lindo de explorar tudo o que o nosso mundão tem a oferecer.

A gente testou, adorou (cinco estrelas no critério Schiebel Brotto de qualidade), oferece o nosso sofá pra quem quiser visitar Curitiba e pretende repetir a dose. Entonces, #ficadica. ;)

estrelinhas2

Beijobeijo,

Nah.

 

Act like a local – Budapeste

Chegamos ao terceiro post da série “Act like a local”, na qual minha amiga Thalita Uba (tá esperando o que pra conhecer o blog dela? O Entretenha-me é incrível. Vai lá!) traz dicas pra quem quer curtir algumas das cidades mais interessantes da Europa como os locais fazem…

Já passmos por Bruxelas, Bruges e Antuérpia. O destino de hoje é Budapeste. Bora saber o que a Thali trouxe de lá?

Nossa viagem pelo mundo dos cidadãos europeus chega hoje a uma das capitais mais lindas que eu conheço: Budapeste! É tanta coisa legal que eu não sei nem por onde começar. Mas vamos lá.

Budapeste – Budapest

O centro corporativo, econômico e cultural da Hungria tem quase 2 milhões de habitantes distribuídos em uma área de 525 km2. Sexta maior cidade da União Europeia, Budapeste foi classificada como cidade global alpha (indicador de que a cidade é um ponto importante no sistema econômico global) pela Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC).  Fundada em 1893, essa capital maravilhosa nasceu da união das cidades de Buda, na margem direta do Danúbio, com Peste, que ficava à esquerda. Por sua proximidade com Viena (que fica a apenas 217 km), era considerada a segunda capital do Império Austro-Húngaro, e era lá que Sissi, a famosa imperatriz, sempre ia passear (dizem por aí que ela, na verdade, era amante do primeiro ministro húngaro, mas abafa o caso).

Act like a local in Budapest

Não tem como não pensar em Budapeste como duas coisas distintas, pois a parte de Buda e a parte de Peste são realmente bem diferentes e devem ser aproveitadas também de maneira diferente.

Buda é a parte mais histórica, onde fica o imenso Castelo de Buda, a igreja de São Matias (que é absolutamente maravilhosa), a Citadela, o Bastião dos Pescadores e a famosa casa de banhos Gellert. Esse é o dia em que você deve vestir a carapuça de turista mesmo e fazer os passeios mais usuais (esses todos que eu falei ali em cima), pois são todos pontos obrigatórios e ver tudo isso leva muitas horas. É de Buda, também, que se tem a melhor vista do parlamento húngaro, que é uma das construções mais lindas do mundo. A dica aqui é nunca, jamais, sob hipótese alguma comer, beber ou comprar qualquer coisa no castelo e seus arredores. Passeio pra turista, preço pra turista. Não custa nada dar uma andadinha a mais pelas ruas próximas pra achar restaurantes e lojinhas com preços bem mais camaradas.

Legenda: Oi! Essa sou eu :)
Oi! Essa sou eu :)

Em Peste é que nossa diversão começa! Pra começar, alugue uma bike. Budapeste, como tantas outras cidades da Europa, tem ciclovias em todos os lugares e os motoristas realmente respeitam os ciclistas. Além disso, essa parte da cidade é toda plana (ao contrário de Buda, que é montanhosa), então pedalar por lá é supertranquilo. Depois de visitar o parlamento (que também é parada obrigatória), pegue sua bike e dê umas voltas pelas ruas em torno da praça Erzsébet, ali tem um monte de restaurantezinhos pequenos e caseiros onde você não pode deixar de apreciar algumas das delícias locais, herança do extinto Império Austro-Húngaro: goulasch (uma sopa apimentada feita com pedaços de carne), túrós batyu (uma espécie de pastel recheado com requeijão) para sobremesa e, pra acompanhar, um vinho tinto Egri Bikavér (gente, deu até água na boca!). O restaurante onde eu fui foi indicado por um nativo, que disse que era o lugar onde ele ia “pra relembrar a comida da avó” e era realmente simples e gostoso: o Kisharang, que fica aqui.

o tal goulasch
o tal goulasch

Budapeste também é o lugar onde você vai encontrar os bares mais doidos e divertidos do mundo. Os chamados “ruinpubs” são bares que foram construídos em locais que foram abandonados depois da guerra e onde a decoração se resume a um amontoado de sucatas e velharias das mais diversas que você pode imaginar. Tem pedaços de bicicletas, vinis, cartazes antigos da URSS, manequins, brinquedos, fotos, aparelhos eletrônicos, enfim, de tudo mesmo.

Um dos ruinpubs mais legais para se parar durante o dia (ou seja, durante seu passeio turístico de bike por Peste) é o Kertem, que fica bem no meio do maior parque da cidade, o Varosliget, que é um dos meus lugares preferidos na cidade toda. Com poucos turistas, muitas pessoas locais, cerveja gelada e uma paisagem absolutamente maravilhosa, o Kertem é um lugar bem agradável pra fazer aquela pausa no meio da tarde. Além disso, volta e meia tem música ao vivo por lá (mesmo durante a semana e no meio da tarde!).

Kertem! (Fonte: http://www.kapcsolodj.be/)
Kertem! (Fonte: http://www.kapcsolodj.be/)

Dentro deste mesmo parque tem uma casa de banhos superbadalada, a Széchenyi. Eu confesso que não fui (fui só à Gellert), mas quem foi me garantiu que é bem legal.

Pra fechar o dia (depois que você devolver a sua bike), duas opções. A primeira: conhecer o ruinpub mais antigo da cidade: o Szimpla kert! Aberto em 2002, o pioneiro dos ruinpubs é provavelmente o bar mais maluco a que eu já fui na vida – e simplesmente sensacional! Localizado em um prédio bem antigo e no meio do “nada” (é até estranho o caminho desértico até lá, mas não se assustem, é bem tranquilo!), o Szimpla tem uma série de cervejas locais, drinks dos mais variados e uma decoração completamente doida (e superdivertida). Sempre tem um DJ animando a noite e o ambiente é pra lá de descontraído.

Szimpla (Fonte: https://www.facebook.com/szimplakert)
Szimpla kert (Fonte: https://www.facebook.com/szimplakert)

A segunda opção é para aqueles que gostam de arte e música: um espetáculo na ópera. A ópera de Budapeste é simplesmente linda e os ingressos mais caros custam apenas 60 euros. Isso mesmo. Ou seja: mesmo que você não queira gastar tanto, dá pra assistir a algo bem bacana por 20, 40 euros – um preço, cá entre nós, bastante razoável. Os estudantes de música da universidade costumam comprar os ingressos mais baratos (de 6 euros) pra ficar láááá em cima e estudar a música tocada pela orquestra que geralmente acompanha o espetáculo. Então aqui fica outra dica: se você quiser mergulhar de cabeça na cultura local fazer o mesmo, vá em frente! Certamente vai render algumas conversas interessantes com os músicos.

Act like a local - Budapeste - Opera

Nossa próxima parada é (infelizmente) a última! Encontro vocês na bela capital austríaca. Até lá!

Mais uma cidade pra bucket list, né? :)

Adorei, Thali. Muito obrigada pelas dicas preciosas. Esperamos você (já com saudade) na semana que vem. Tenho certeza que o último post vai encerrar a série com chave de ouro.

Beijobeijo,

Nah.

Act like a local – Bruxelas

No mês passado, enquanto minha amiga Thalita Uba fazia uma super euro trip eu cuidava da área cervejeira do blog dela – o Entretenha-me. Na mala de volta da viagem a Thali trouxe um presente pra você que lê o Pra Ver em Londres: uma série suuuper legal de posts sobre algumas das cidades que visitou – e que estão na nossa bucket list. \o/

O primeiro você confere hoje. Com vocês, Thalita Uba!

Salve, salve, digníssimos leitores do Pra Ver em Londres! Depois da brilhante passagem da minha querida Natasha pelo Entretenha-me durante a minha ausência (não conhece o blog? Ixi, então corre lá), chegou a minha vez de retribuir as dicas excelentes que ela deixou por lá (aliás, quem não viu devia aproveitar o embalo e ver agora aqui, aqui, aqui e aqui).

Pra quem não me conhece, sou a Thalita Uba – jornalista, tradutora, editora de livros, crítica de cinema do Literatortura, “mãe” do Entretenha-me e globe-trotter nas horas vagas, o que me traz (finalmente) a o que eu vim fazer aqui.

O Act like a local vai ser uma pequena série em que esta que vos escreve vai dar algumas dicas para quem, como eu, gosta de viajar pra se inserir de corpo e alma na cultura local, conhecendo pessoas locais, frequentando os lugares aonde elas costumam ir, comendo o que elas comem, bebendo o que elas bebem, enfim, agindo como um local! Então se você também gosta de fingir – mesmo que apenas por alguns dias – ser cidadão de um outro país, welcome aboard!

Bruxelles – Brussel – Bruxelas

Bruxelas é a capital da pequenina Bélgica – um dos menores e mais fofos países da Europa – e capital oficial, vejam só, da União Europeia. Com uma população de 145 mil habitantes e uma área de 161 km2, é uma cidade que dá para conhecer em poucos dias (e aproveitar para conhecer outras cidades próximas, como Bruge e Antuérpia), mas que tem muitas coisas legais (e gostosas) para fazer (e comer e beber!).

O maior cartão postal da cidade é, sem sombra de dúvidas, a Grande Praça (La Grand-Place, em francês, e Grote Markt, em holandês – os dois idiomas oficiais do país), onde fica uma série de construções góticas deslumbrantes (dentre elas, a residência do rei e a câmara municipal). Já viram, alguma vez, uma foto de uma praça bem grande com um tapete de flores gigante? Então, é lá (só que esse tapete é colocado só a cada dois anos, geralmente em agosto).

Imagem retirada do site do jornal Zero Hora
Imagem retirada do site do jornal Zero Hora

Act like a local in Bruxelles/Brussel

A Bélgica, no geral, é bastante famosa por duas coisas: a cerveja e o chocolate (ou seja, o país é praticamente o paraíso!). Então pra ser um bom belga, é preciso, em primeiro lugar, ser um bom bebedor (pra não sair do bar caindo na sarjeta que nem turista sem-noção). Além disso, como Bruxelas (tal qual todas as outras cidades da Bélgica) é uma cidade bastante pequena, você certamente vai fazer quase tudo a pé, então pode tirar seu scarpin salto 12 e botar o bom e velho tênis no pé. Por fim, não vale ser enjoado. Mesmo. Aquele papo de que as pessoas não usam desodorante, que tem rato nos restaurantes e que eles não lavam as mãos pra fazer sua comida é tudo verdade. E ninguém morreu por isso ainda, então comece a ser um bom belga agora e deixe o nojo de lado antes de ir pra Bruxelas.

Chegando lá, você obviamente vai visitar todos os pontos turísticos “obrigatórios”, como a praça central, o Atomium (a “torre Eiffell” dos belgas), a Galeria Hubert, a catedral, o palácio, a ópera, o jardim botânico e até aquele famigerado menininho que faz xixi (o Manneken Pis), uma das coisas mais sem graça que eu já vi na vida. (Aliás, prepare-se para se perder nas inúmeras ruelas estreitas rodeadas de lojas e restaurantes porque você vai se perder, pode ter certeza).

Mas depois de ter feito esse turismo “obrigatório”, você pode começar a se inserir na cultura local indo comprar chocolate nas lojinhas em que não tem ninguém. Isso mesmo: belga mesmo não compra Godiva e Cote D’Or (isso é coisa de turista trouxa :P), prefere comprar marcas locais menos famosas mas igualmente boas e bem mais em conta. São inúmeras as lojas que vendem chocolates de todos os tipos e sabores em “blocos” bem mais generosos que aquelas caixinhas com meia dúzia de bombons. Vejam só:

chocolates

Deu água na boca, né? Mas guarde esses pra sobremesa, que antes você não pode deixar de comer um suculento hambúrguer gourmet acompanhado das típicas batatas com maionese belgas – que é o que muitos belgas comem no almoço e é absolutamente delicioso (mas cuidado! Os hambúrgueres são enormes e super recheados, comer sem fazer lambança é uma façanha e tanto!).

hamburguer e batatas

Para coroar tudo, uma cerveja local – mas tem que ser a cerveja certa! Nada de trapistas para acompanhar a comida – para os belgas, as trapistas devem ser bebidas naqueles momentos em que você está no bar, tarde da noite, com os amigos, reclamando do chefe. Para acompanhar a refeição, melhor optar por uma cerveja de trigo ou, melhor ainda, uma Kriek – cerveja tipo Lambic maturada com uma frutinha chamada amarena (para os que preferem algo mais docinho, tem também as Framboise, que são maturadas com framboesas) –, que é algo super belga.

lindemans kriek e framboise

À noite, muitos dirão pra você ir ao bar da Delirium (uma das maiores cervejarias belgas, cujo logo é um elefante rosa), que fica na badaladíssima Rue des Bouchers (bem no meio da Galeria Hubert). É uma cilada, Bino! Digo, se você gosta de gente demais, barulho demais, calor demais, enfim, aquela muvuca generalizada, vá em frente – é, definitivamente, o point dos turistas baladeiros. Mas pra quem quer vivenciar a cultura local, o melhor mesmo é tentar os bares que ficam pro lado da Bolsa de Valores – que é pra onde a galera local vai pra fugir dos turistas. Lá, você vai encontrar um monte de bares e boates bem legais e que têm as mesmas opções de cerveja que a Delirium (tá, não tem tantas, mas ninguém vai tomar mais de 300 tipos de cerveja numa noite mesmo). Não deixe de tomar a Kwak e a La Corne, que vêm em copos superdivertidos, além das trapistas (são seis, ao todo).

kwak e la corne

Por fim, se você quiser mesmo não passar recibo de turista, lute contra aquela vontade irresistível de roubar os copos. Ao invés disso, procure-os no mercado de pulgas, na Place du Jeu de Balle, que também é bem legal. Se não achar, tudo bem, renda-se e compre nas lojinhas de souvenires mesmo – mas se por acaso for à Antuérpia, deixe pra comprar lá, que é bem mais barato.

Nossa próxima parada, aliás, é lá mesmo, Antuérpia, com uma passada por Bruge. Até lá!

YEY, obrigada pelo ótimo primeiro post da série, Thali. Eu adorei, e você aí? :)

Tem dúvidas sobre Bruxelas ou quer pedir alguma coisa em específico sobre Bruge ou Antuérpia? Deixa um comentário, vai. A gente agradece. ;)

Beijobeijo,

Nah.