Vou começar este post sendo bem sincera: se você quer economizar umas boas libras, não tem muitas malas para carregar e tem uma certa dose de disposição, contratar um transfer para ir de qualquer aeroporto de Londres para o centro da cidade é praticamente desnecessário!
Acontece que os seis aeroportos da cidade oferecem opções consideravelmente mais baratas e relativamente fáceis para os viajantes de plantão (tá tudo detalhado, em inglês, aqui – mas se alguém precisar de uma ajudinha ou achar que vale um post só sobre o tema é só deixar um comentário, ok?).
Só que nem sempre as condições da viagem colaboram pra escolher as maneiras mais “roots” e baratas de chegar ao aeroporto de onde sai seu avião…
Tem dias que o voo sai muito cedo (ou muito tarde) e tem, também, aquelas ocasiões em que… well, a quantidade de bagagens e/ou o tamanho delas é o que torna quase impossível a tarefa de atravessar a cidade tendo que trocar de meio de transporte umas três ou quatro vezes. Foi o que aconteceu na última vez que retornamos de Londres:
Como a gente acumula coisa em um ano, né?
No nosso caso, foram duas bikes + vários itens de decoração + copos e mais copos de cerveja (alguns tiveram que ficar para trás, infelizmente) + alguns quilos de livros. :)
Por isso, quando o pessoal da Blacklane nos ofereceu um voucher para testarmos os serviços deles, não pensamos duas vezes e aceitamos.
E, olha, não podíamos ter feito escolha melhor…
Nossa experiência com a Blacklane
Não sei você, mas eu, quando curto um serviço fora do Brasil, penso: “aaaah, como seria bom se isso existisse na nossa terrinha também”.
Pois bem, esse é justamente um dos primeiros pontos fortes do Blacklane, na minha opinião: eles estão em mais de 180 cidades (!), de 50 países(!) – no Brasil, as duas contempladas até o momento são Rio de Janeiro e São Paulo. Isso significa que se você testar o serviço em Londres e gostar, pode contratar novamente em Buenos Aires, Sidney, Los Angeles, etc. (A lista completa de cidades atendidas está aqui)
Além disso, contratar a Blacklane é ridiculamente fácil e o agendamento funciona muito bem. É tudo feito pelo site (ou pelo aplicativo – disponível para iOs e Android) e lá mesmo você já sabe quanto vai pagar pelo percurso que pretende fazer. O preço varia de acordo com o tamanho do carro/do porta-malas e, claro, com a distância que você vai percorrer.
Como você deve imaginar observando nosso volume de bagagem naquela ocasião, nós tivemos que escolher o maior carro de todos: uma van. :D
Para você ter uma ideia, o preço do percurso da nossa antiga casa em Londres até o aeroporto de Heathrow (cerca de 45km no trajeto que vai por dentro da cidade – que foi o que o motorista fez) varia de 54 a 146 libras.
O mais barato é para um carro simples, que acomoda até três passageiros e duas malas. O mais caro não é o nosso. É um carro luxuoso, mas que também acomoda três passageiros e duas malas. O nosso, para até cinco pessoas e cinco malas, custa 123 libras.
Você consegue ver todas as opções de carros e preços logo depois de definir os detalhes do seu percurso (ponto de partida e de chegada, data e horário). Ah, e não há transação financeira com o motorista. O preço que está no site é o final e será debitado no seu cartão de crédito, então não é preciso se preocupar com isso durante o trajeto (pra quem está acostumado a usar o Uber, é a mesma pegada).
Obviamente, não é barato, mas, honestamente, acho que tá justo – principalmente porque há diferentes opções, que cabem em diferentes bolsos. :)
O dia da viagem
Como eu sou uma pessoa ansiosa, confesso que estava com um pouco de medinho de o motorista atrasar (eu gosto de chegar com bastante antecedência nos aeoportos!), mas no dia da viagem, logo cedo recebemos uma mensagem no celular confirmando tudo e cinco minutos antes do horário combinado outro SMS avisou que o motorista já estava na porta do nosso prédio.
Não tenho do que reclamar! Pelo contrário, sou só elogios mesmo. O motorista nos ajudou com as malas (que não são fáceis de carregar), nos ofereceu uma água para refrescar e, o mais importante, nos deixou na porta do aeroporto. <3
Coube a nós a “difícil missão” de apreciar o caminho curtindo a vista da janela…
… degustando a última cerveja da nossa geladeira londrina: uma Schwarzbier italiana inesquecível. #ficadica :)
Cheers!
Se você já usou o serviço da Blacklane em algum lugar, não deixe de comentar compartilhando sua experiência – positiva ou negativa. Sua história pode ajudar outros viajantes a decidirem se contratam ou não a empresa. ;)
E pra encerrar, deixo duas sugestões de leitura: os posts dos nossos amigos Jr. (do Tip Trip Viagens) e da Anna (do Finestrino) sobre a Blacklane, porque conhecer outras opiniões antes de tomar sua decisão é fundamental, né? :)
Ruas de pedra, vias estreitas, (bela) arquitetura padronizada, lendas antiquíssimas que tornam tudo ainda mais interessante, muita história, uma vista do alto de tirar o fôlego, comida deliciosa, vinhedos para todos os lados (e excelentes vinhos em todos os lugares), povo acolhedor, gatinhos circulando livremente… Motivos para se apaixonar por Saint-Émilion não faltam!
A gente precisou de um dia e meio na pequena cidade em que parece que o tempo parou para incluí-la na nossa lista de preferidas da vida (AHAM!). E as experiências que vivemos lá contribuíram muito para isso. É sobre elas, aliás, que eu falo hoje. :)
→ Esse é o segundo post sobre essa viagem. O primeiro, em que João contou o que fizemos no primeiro dia que passamos em Bordeaux, está aqui.
Um tour a pé guiado em um patrimônio mundial da UNESCO
Vou ser bem sincera com você: nossa passagem por Saint-Émilion começou com uma decepção!
Deixamos Bordeaux na sexta-feira pela manhã achando que chegaríamos ao pequeno vilarejo medieval francês que é considerado um patrimônio mundial da UNESCO pela sua paisagem repleta de vinhedos e faríamos um passeio de bicicleta pela região. As bikes já estavam reservadas e a gente estava bem ansioso.
Porém, logo nos primeiros quilômetros de viagem (Saint-Émilion está a cerca de 40km distante de Bordeaux – no fim do post tem informações práticas para você chegar lá), uma chuva insistente começou a cair, e nossa animação foi junto. Afinal, no céu, sinal nenhum indicava que podíamos ter esperanças. Para todos os lados que olhávamos só víamos nuvens cinzas.
Assim que estacionamos o carro no nosso destino final concluímos que o plano B teria que ser colocado em prática. E qual era esse plano? Um city tour guiado!
Em pouco tempo, o que era frustração virou satisfação. #tudumpá
Audrey, nossa guia, uma local de vinte e poucos anos que fez intercâmbio no Canadá e falava um inglês impecável, sabia MUITO sobre a cidade e estava mais do que disposta a contar tudo pra gente.
Com seu guarda-chuva na mão, no maior estilo Mary Poppins, ela iniciou o tour nos fundos do escritório de turismo da cidade, onde ficava uma bela igreja que foi erguida entre os séculos XI e XV.
Em um 1h30 de passeio, Audrey nos levou para conhecer o local onde o padroeiro do município viveu e construiu sua fama de santo (tá certo que tem quem questione suas histórias, mas que elas são bacanas é inegável), nos apresentou a bela igreja monolítica (ou seja, lapidada a partir de uma grande pedra! – é, chocante!) que é uma das principais atrações da cidade (mais informações a seguir), contou várias curiosidades sobre Émilion, mostrou uma rua perfeita para quem quer jogar a madrasta ladeira abaixo (calma, é uma brincadeirinha! :), nos levou para explorar construções subterrâneas que datam do século VIII (sim, OITO!) e muito, muito mais.
Selecionei algumas fotos para contar algumas das histórias que ouvimos…
Este aí é o santo que dá nome a esse apaixonante vilarejo medieval francês.
Segundo nossa guia, Émilion era um monge britânico que deixou para trás sua família para se dedicar à causa dos pobres e da religião. Existem algumas lendas a respeito da história dele, até hoje sobrevive uma que diz que a mulher que se senta em seu oratório, nas catacumbas em que fica essa imagem, engravida pouco tempo depois. A Audrey nos contou que o escritório de turismo da cidade recebe centenas de cartas por ano de mulheres que comprovam o “milagre”. Diz que tem muita gente que viaja por diiiias para colocar nas “mãos” do santo o seu futuro materno. E aí, você acredita nisso?
Você tem noção de que essa construção é SUBTERRÂNEA? A estrutura impressiona.
E esse é apenas um pequeno pedaço da Saint-Émilion que existe “debaixo da terra” e que só é possível visitar com a ajuda de um guia. A Audrey, guia que nos acompanhou, tinha as chaves das impressionantes galerias subterrâneas e nos revelou que essa é a maior construção desse tipo da Europa. Uma pena que tudo é muito escuro por lá e as fotos não conseguem registrar toda a suntuosidade desses “segredos” de Saint-Émilion.
Também no “underground” de Saint-Émilion, há uma igreja com ícones pagãos, arquitetura que mistura traços góticos com traços romanescos, enfim, uma mistura de “linhas de pensamento”.
Uma foto publicada por Pra Ver Em Londres (@praveremlondres) em
A chuva nos acompanhou durante todo o percurso, mas isso não foi um problema. Diversas das paradas eram cobertas, estávamos vestidos apropriadamente (aliás, muito importante passear por lá de tênis, já que o terreno é irregular, tem bastante subida e descida e, com chuva, os paralelepípedos ficam bem escorregadios) e o papo estava extremamente interessante.
Foi muito, muito legal. <3 Recomendo sem pensar duas vezes. É uma ótima forma de explorar a cidade e ver as coisas passarem a fazer sentido diante dos seus olhos. Uma boa guia faz toda a diferença. :)
Adultos pagam 13€ (22€ por casal), estudantes e adolescentes entre 12 e 17 anos pagam 10€ e crianças até 12 anos, acompanhadas dos pais, não pagam.Todos os detalhes sobre datas e horários (e também o link direto para reservas) estão aqui. É importante dizer que os tours são guiados apenas em inglês e em francês – e é preciso reservar com antecedência (até porque nem todos os tours acontecem durante o ano inteiro).
E esse não é o único tour guiado que você pode fazer em Saint-Émilion. Neste link estão todas as opções de tours oficiais do bureau de turismo local. Vale a pena dar uma boa olha na lista (que inclui opções para famílias, mais voltadas para o lado histórico, para quem quer saber mais sobre os famosos vinhos da região e assim por diante) antes de decidir qual tour fazer, até pra não se arrepender da escolha depois. ;)
Minha dica? Faz uma listinha com o que você considera mais importante em um tour, cruza os prós e contras de cada opção e manda ver na sua decisão. :)
Uma boa análise SWOT pode ajudar bastante!
Essa é uma ferramenta de gestão que sempre usamos quando estamos indecisos sobre o que fazer em nossas viagens. Basta listar forças e fraquezas, oportunidades e ameaças de cada opção a ser analisada e ver qual tem mais pontos fortes do que fracos. Dessa forma, as chances de errar em uma decisão são consideravelmente menores. ;)
Comida que aquece a alma
No fim do tour guiado, Audrey nos levou para almoçar no Chai Pascal.
Passava de meio-dia e meio e o salão estava lotado. A maître nos revelou qual era o prato do dia e todos acatamos sua sugestão: uma carne de panela que, segundo as duas, era um prato típico da região.
Para acompanhar, pedimos uma taça do “vinho da casa”, que por essas bandas do mundo é sempre uma excelente pedida.
Fazia um frio danaaaaado naquele dia e a comida não apenas nos alimentou e aqueceu as pancinhas, mas emocionou, sabe? Era tudo simples e delicioso – além de o ambiente ser bem agradável. Saímos de lá satisfeitíssimos e prontos para o momento mais esperado da viagem para Saint-Émilion: o tour pelas vinícolas. \o/
A incrível experiência de beber um bom vinho direto da fonte
A chamada “Grande Saint-Émilion”, que abrange o vilarejo de mesmo nome e outras oito pequenas cidades ao redor, tem 7846 hectares de terra dedicados ao plantio de uvas para vinho, o que equivale a uma área de 78.46 km2 só de vinhedos. <3
No total, são 820 châteaux produzindo vinhos da melhor qualidade.
Por isso mesmo, o que não faltam por lá são opções de tour para conhecer alguns dos produtores da região (dá uma olhada nesse link e nesse também para entender do que eu tô falando).Nossa programação incluía a visita a duas vinícolas: Lapelletrie e Toinet-Fombrauge.
Em ambas fomos recebidos pelos donos, que nos contaram um pouco da história do château e sobre os vinhos que produzem, apresentaram sua estrutura de produção, falaram sobre a distribuição (os dois vendem na França e em alguns outros países da Europa, infelizmente não é possível encontrá-los no Brasil) eeee… serviram seus vinhos para que a gente pudesse degustar! \o/
As duas visitas foram muito legais. Na primeira, exploramos até uma cave subterrânea, sem luz e com morcegos. Haha
A cave em si não está mais em uso, hoje eles modernizaram o processo e os barris ficam em uma área menos roots, digamos assim. De qualquer forma, foi muito legal ver a evolução do processo de produção e saber como era quando o avô de Anne era o responsável pelo plantio, colheita e produção dos vinhos. :)
Mas o mais louco aconteceu no segundo château, o Toinet-Fombrauge.
Lá, o dono, Bernard Sierra, abriu um barril em que a safra de 2014 “envelhecia” e nos serviu uma taça direto dali.
GENTE, foi um dos melhores vinhos que eu já tomei na vida. Era muito, muito bom (pode ser que eu estivesse emocionada demais, porque a experiência em si já era muito legal, mas lembro com carinho daquele primeiro gole. haha).
Depois da tacinha de degustação, eu não resisti e perguntei: “amigo, rola a gente comprar uma garrafa?”.
Ele fez uma firula, disse que o vinho não estava pronto, que precisava de mais uns meses, que a garrafa nem tinha rótulo ainda, pensou, pensou e pensou mais um pouco até dizer: “€20!”
Foi uma daquelas compras emocionais, sabe? Já compramos vinhos exceleeeentes por bem menos do que isso. Mas não dava pra resistir.
Vimos ele encher nossa garrafinha lisinha, sem informação alguma, colocamos ela embaixo do braço e partimos para o bed and breakfast que seria nossa hospedagem naquela noite prontos para beber aquele vinho até o último gole. #glup
La Gomerie: é hotel, mas bem que podia ser casa
Até aqui, o dia tinha sido frenético.
Pegamos a estrada às 9h da manhã. Chegamos em Saint-Émilion e fomos direto para o city tour. Almoçamos e fomos direto visitar os châteaus. Com alguns mililitros de vinho no sangue e cansada por causa do dia puxado (não tô reclamando, pelamor, foi puxado, mas foi incrível!), tudo o que eu queria era tomar um banho e dar uma descansadinha/trabalhadinha (pois é, era preciso) antes do jantar.
Por isso, ainda de dentro do carro, dei um suspiro quando avistei o La Gomerie…
Casinha de pedra, cachorro correndo de um lado pro outro, os filhos dos donos (Maryjoe e William, um casal pra lá de gente boa) brincando na porta de casa, um montão de parreiras no entorno. Parecia cenário de filme.
Aí entramos na casa e pensei: “aaaah, podia morar aqui pra sempre!”.
Era tudo muito bonitinho e aconchegante, além de limpo e organizado. Chuveiro bom, cama gostosa, áreas comuns (copa e cozinha) bem práticas… enfim, um lugarzinho incrível para passar uma noite.
Dois detalhes importantes: o La Gomerie não fica NO CENTRO de Saint-Émilion (está cerca de 1,5km distante do centrinho do vilarejo) e apesar de o WiFi ser gratuito, não funcionava bem no quarto. Mas, sinceramente, não acho que isso prejudique a qualidade da estadia. :)
→ Se quiser se hospedar lá ao mesmo tempo em que dá uma mãozinha pra gente, faça sua reserva por este link. A gente ganha uma pequena comissão e você não paga a mais por isso. ;)
De banho tomado, servimos nossas duas taças do vinho “desrotulado”, brindamos e tomamos um único gole. O resto teve que ficar para o dia seguinte, pois aquela sexta-feira inesquecível acabava ali.
–> Antes de decidir onde vai se hospedar em Saint-Émilion quer dar uma olhada em outras opções? Aqui tem várias!
Dicas práticas para você curtir Saint-Émilion
Além desse dia inteiro que passamos em Saint-Émilion, tivemos mais uma manhã na cidade. Era sábado e dava pra contar nos dedos as almas vivas circulando pelas ruas. Tinha mais gatinho do que gente nas pequenas vielas do vilarejo. :)
Além disso, o comércio estava quase todo fechado, então só batemos perna mesmo.
Foi uma delícia, mas eu confesso que queria mais um dia útil por lá. Acho que dois dias inteirões – e com tudo aberto – tá de bom tamanho pra cidade. Claro, se você quiser visitar mais châteaux da região e explorar melhor a parte histórica do vilarejo, dá para incluir um terceiro dia, com certeza não será motivo para tédio.Ao mesmo tempo, uma daytrip bem planejadinha cobre bem os principais pontos turísticos, então é tudo questão de organização e de vontade mesmo. ;)
Para se programar nesse sentido, recomendo uma visita ao site do escritório de turismo (aqui). É supercompleto e pode ajudar bastante. ;)
–> Como chegar
Saindo de Bordeaux, dá para chegar a Saint-Émilion de trem, de ônibus ou, como a gente fez, de carro.
Os preços variam bastante dependendo da época e da antecedência com que você compra os bilhetes. Então, sugiro que acesse os sites para se programar direitinho.Na cidade em si dá pra fazer tudo a pé – especialmente se você ficar hospedado bem no centrinho (o que não foi nosso caso), mas um carro ajuda bastante se seu objetivo for mais turistar pelos châteaux mais afastados (claro que isso vai impedir que você tome todas. Mas, honestamente, esse não costuma ser o foco dessas visitas. A ideia é conhecer a vinícola e degustar UMA taça de vinho – o que não será problema para você dirigir por ali).
–> Quando ir
Se a gente for fazer uma análise fria, janeiro, quando nós visitamos Saint-Émilion, é uma época PÉSSIMA para turistar na cidade. O clima não é dos melhores, a paisagem não está no seu ápice (a colheita das uvas é feita em setembro e elas só voltam a dar as caras lá pelo meio de maio), nem tudo fica aberto e não há muito movimento de pessoas. Porém, contudo, entretanto, nós AMAMOS a experiência. Ou seja, diria que sempre é tempo de conhecer esse pedacinho maravilhoso da França – até porque é bem bacana circular por Saint-Émilion deserta, como você vê nas fotos (isso é tipo praticamente impossível na alta temporada). :)
Mas se você quer pegar a cidade em seu auge, programe sua viagem no intervalo entre meio de maio e fim de setembro, pois as temperaturas estão melhores, a programação cultural é intensa, as cores da natureza deixam a cidade ainda mais fotogênica, dá para visitar os vinhedos DE VERDADE… enfim, é quando tudo colabora para a experiência ser a melhor possível!
–> Onde comer
Quer escolher os restaurantes em que vai comer antes mesmo de chegar a Saint-Émilion? Dá uma olhada neste link. Tem várias boas sugestões.
Diz aí, consegui convencer você a incluir Saint-Émilion na sua lista de viagens dos sonhos? Espero que sim, porque eu já estou louca pra voltar. <3
*Essa viagem teve apoio do Bordeaux Tourist Office, mas minha opinião é isenta e transparente (apesar de apaixonada). :)
–> Quer ver mais fotos de Saint-Émilion? Veja o álbum que criamos no Facebook. Ele reúne as imagens que tiveram que ficar de fora desse post.–> Logo mais faremos outros posts sobre essa trip. Se você não leu o primeiro relato, que conta o que fizemos assim que chegamos a Bordeaux, clique aqui.
Está planejando uma viagem para Saint-Émilion ou qualquer outro lugar?
Faça suas reservas de carro, hotel, seguro viagem e atrações com nossos parceiros. Você compra com segurança, bons preços e ajuda o blog se manter firme e forte. A cada vez que você finaliza a compra a partir de um clique no blog a gente ganha uma comissão e você não paga mais por isso.
Futebol, pra gente, é coisa séria. Ontem (quarta-feira, 02/07) ficamos até às 3h da matina acordados para ver o jogo do nosso Coritiba. Já viajamos 24h de ônibus para conseguir chegar em tempo para um jogo (um vulcão entrou em erupção e os aeroportos fecharam – contei essa história aqui). Certa vez, dormimos na rua na frente do estádio do Coxa para, na manhã seguinte, garantir nossos ingressos para final do campeonato paranaense (gente doida!).
A photo posted by Pra Ver Em Londres (@praveremlondres) on
Talvez por conta desse amor louco pelo alviverde paranaense, não conseguimos engatar uma paixão verdadeira por nenhum time de Londres. Já fomos em jogos do Chelsea e do Tottenham, mas o amor não surgiu de verdade com nenhum dos dois times. Até torcemos, apoiamos, mas… humm… não é o Coxa, sabe? :)
Talvez por isso [2], falamos muito pouco sobre futebol por aqui (temos um post escrito pelo meu irmão do meio sobre o “inglesão” de 2013/2014, outro sobre nossa visão de um título do Chelsea e mais um sobre a Copa de 2010). Sempre que estamos em Londres, sentimos saudade do nosso Cori, aí já viu, né?, melhor não começar a falar do assunto porque o coração fica apertado e os olhinhos se enchem de lágrima. #drama :’)
Só que um dia desses, depois de assistir pela televisão à comemoração do Chelsea pela conquista do título do campeonato inglês, a gente se olhou e disse: “Chega de palhaçada, tá na hora de deixar o verdão um pouquinho de lado e explorar o lado futebolístico de Londres!”. O estádio escolhido para iniciarmos nossa peregrinação pelos templos do futebol na cidade foi o do Chelsea justamente por ele ser o mais recente campeão inglês. Bora saber como foi a visita? ;)
O tour pelo Stamford Bridge
Quando o horário do próximo tour vai se aproximando (detalhes no fim do texto), pessoas de todas as idades e de vários países tomam a loja do museu do clube, que é onde tudo começa.
Ali, no meio de camisas do time, chaveiros, bolas com o escudo dos blues e diversos outros souvenires que deixam qualquer amante do futebol louco, o que chama a atenção mesmo é o que está no canto direito da loja. Em uma pequena redoma de vidro fica guardado o símbolo da mais recente conquista do time comandado por José Mourinho: a taça do campeonato inglês, conquistada em maio de 2015. Por £10, você pode tirar uma foto com a taça e levar essa recordação para casa.
Mas se não quiser fazer esse investimento, pode só contemplar o belo troféu de longe (não invente de tirar foto porque vai levar bronca) e seguir para o tour, que, querendo ou não, também é um prêmio para os amantes do futebol. Na saída da loja, o guia orienta o grupo e explica por onde iremos passar. “Diferentes áreas do estádio, sala de imprensa (os jornalistas piram), vestiários (visitante e dono da casa) e até túnel de entrada no gramado”, adiantou o carismático “Chelsea fan” que nos apresentou as dependências do clube. “Parece legal”, pensei. :)
Em cerca de uma hora e meia de passeio, nosso guia, que entendia tudo de Chelsea e de futebol, contou excelentes histórias (algumas detalhadas nas legendas das fotos, não deixe de ler), apresentou o estádio e contou sobre os bastidores de um jogo na casa dos blues. Além, é claro, de dar tempo para todo mundo tirar fotos em todos os setores e fazer perguntas.
Curiosidades que descobrimos visitando o Stamford Bridge
Bastante coisa bacana, não? :)
Além disso tudo, nosso guia também nos contou algumas curiosidades gerais sobre o estádio, sobre os dias de jogos e sobre a história do Chelsea. Olha só:
– O Stamford Bridge pode receber até 41.620 torcedores em dias de jogo;
**
– Em 1974, o lado leste do estádio foi reconstruído. Depois disso, nenhuma grande mudança aconteceu. Eles até gostariam de ampliar ainda mais o estádio, mas a única área que poderia ser ampliada no momento tem um hotel bem atrás, o que dificulta que isso aconteça – o hotel precisaria ser derrubado para a ampliação poder acontecer;
**
– Em dias de jogo, cerca de 200 profissionais de segurança trabalham no Stamford Bridge;
**
– A família dos jogadores fica em uma área chamada de “glass box”, ou caixa de vidro. Cada jogador tem direito a até quatro ingressos por jogo;
**
– Na Champions League, 25% da área do estádio é destinada a torcedores do time adversário. Na Premier League, os times maiores costumam levar cerca de 3.100 torcedores para ocupar esse espaço. Uma verdadeira aula de Chelsea, na melhor sala de aula possível! :)
**
Gostamos bastante. Mas quer saber? Tanto quanto curtimos o estádio em si, curtimos o museu. Quem paga pelo tour tem direito a visitá-lo (antes ou depois do tour!).
O museu é interativo demaaais. Tem espaço pra você dar uns chutes numa bola e tentar acertar alvos específicos, tem uma área em que você pode ver os melhores momentos de cinco grandes jogos do time, tem um display com camisas de vários jogadores importantes (você pode selecionar cada uma e saber um pouco sobre o jogador em questão), tem os detalhes da construção do estádio, vários troféus importantes e até uma remontagem da sala de Mourinho – e um dos casacos clássicos que ele usa quando está comandando o time na beira do campo. Muito, muito legal mesmo!
Olha só umas fotos que fizemos lá:
Pra quem curte futebol, este é um excelente programa para fazer em Londres. Fora que a região em que o estádio fica é superlegal (Fulham Broadway/Chelsea), então você pode almoçar pelos arredores, bater perna por ali, explorar bem o bairro e ter um dia ultra gostoso. :) Fizemos uns registros bacanas do nosso passeio por lá, ó:
–> Quem aí quer um roteiro a pé por Chelsea logo mais? Já temos um por Greenwich e outro partindo da Tower of London. Vale a pena clicar nos links. ;)
Programe-se!
–> Como chegar?
O estádio Stamford Bridge fica na Fulham Road, London, SW6 1HS
A estação “Fulham Broadway” do metrô (District Line – verde) fica a poucos metros dali
–> Quanto custa o tour?
Há diferentes formatos de tour. O clássico, que é o que a gente fez, custa £19 para adultos (acima de 16 anos), £13 para crianças (entre 5 e 15 anos). Menores de 5 anos não pagam. Esses preços são para compra pela internet. Se você comprar por esse linknão paga taxa extra e ainda nos faz ganhar uma pequena comissão. Quem compra na hora paga sempre £2 a mais!
–> Horários de funcionamento:
De segunda a sábado, os tours acontecem das 10h às 17h (iniciando a cada 20 minutos)
Aos domingos, os tours acontecem das 10h às 16h20
Já a loja, abre das 09h30 às 18h de segunda a sábado e das 09h30 às 17h aos domingos
O museu funciona das 09h30 às 18h30 de segunda a sábado (última entrada às 18h) e de 09h30 às 18h aos domingos (última admissão às 17h20)
Há algumas datas em que o tour não está disponível. Clique aqui para saber quais são.
*Agradecemos ao pessoal do marketing do Chelsea pelo convite e pela parceria! :)
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Uma notícia movimentou o Facebook do blogontem. Divulgamos uma pesquisa* feita pelo MasterCard (e que saiu no jornal Gazeta do Povo, de Curitiba) que apontou Londres como o principal destino turístico do mundo pela quinta vez em sete anos. Segundo a pesquisa, 18.82 milhões de turistas devem visitar a cidade só este ano! Para comparar, em 2013, o BRASIL recebeu pouco mais de seis milhões de turistas estrangeiros. É mole?
Essa informação nos inspirou a revirar nossos arquivos para relembrar alguns dos melhores posts do blog, que ajudam a entender por que taaaanta gente deseja conhecer “a terra da rainha”. Fazer turismo em Londres é demais! E hoje a gente vai mostrar por quê.
Antes disso, aproveite pra se cadastrar em nossa lista de e-mails. Com isso você sempre vai receber novidades em primeira mão – além de conteúdo exclusivo.
Cada tópico que listamos abaixo direciona pra um post cheio de detalhes. Aproveite para clicar nos links e fazer sua listinha “pra ver em Londres”. Combinado? :)
5) Um pub a (quase) cada esquina. Assim é Londres. Os pubs fazem parte da cultura e da história da cidade. Aos poucos, estamos apresentando os nossos preferidos aqui. Estes cinco representam bem os que a gente mais gosta.
6) Uma volta, 30 minutos e uma vista inesquecível: London Eye, claro!
13) “E pra comer?”, você pode perguntar. A gente responde: “Ih, tem um montão de coisa boa. A começar pelo café da manhã maravilhooooso do Towpath, que fica no Regent’s Canal, em uma área LINDA que os turistas desavisados passam longe”. <3 Sorte sua estar aqui. =D
Há uma célebre frase do escritor Samuel Johnson que nunca sai de moda. “Se você está cansado de Londres está cansado da vida”.
É isso aí! Tem sempre o que fazer por essas bandas. Sempre coisas novas a descobrir. Veeeeeem! ;)
Quer reservar seu hotel em Londres?
Está vindo a Londres e ainda não reservou seu hotel? Se você fizer sua reserva no Booking.com clicando nesse link ou no banner abaixo, você pode vasculhar toda a rede hoteleira da cidade e, ao fazer sua reserva, ainda nos ajuda. A gente ganha uma comissão por cada reserva feita a partir desse clique. Você não paga mais por isso e ainda ajuda o blog a se manter. Que tal?
Ah, a reserva não precisa ser para Londres. Vale pra qualquer cidade do mundo! A gente usa o Booking.com há anos e super recomenda. É a melhor ferramenta para ver diferentes hotéis, comparar preços e encontrar boas tarifas.
E pra você, qual é ou quais são os motivos que fazem com que Londres seja o principal destino turístico do planeta? Queremos saber!
Dia desses fomos ver a exposição Genesis, de Sebastião Salgado, um dos mais belos e impactantes ensaios já produzidos no fotojornalismo. É aquela arte que cativa, perturba, inspira e e te faz pensar por dias… “Minhas fotografias são um vetor entre o que acontece no mundo e as pessoas que não têm como presenciar o que acontece. Espero que a pessoa que entrar numa exposição minha não saia a mesma”, diz o criador do Instituto Terra.
No que depender de mim, sua missão está cumprida, Sebastião. ;)
Você sabia que o Terra plantou mais de dois milhões de árvores de 300 espécies diferentes em 15 anos de atividade? A ONG fez renascer uma área do Vale do Rio Doce, entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Uma região que antes era completamente árida, hoje é verde. Pássaros e animais diversos que há décadas não eram vistos na região voltaram e ganharam sua casa de volta. É um projeto realmente espetacular. No fim do post tem um link se você quiser saber mais.
“Cada árvore plantada alivia um pouquinho nossas preocupações a respeito do futuro do planeta”, dizem Salgado e sua esposa Lélia Deluiz Wanick, idealizadores do Instituto Terra, em um texto na exposição.
Durante a faculdade de Jornalismo não era raro professores diversos citarem a obra de Salgado. Ele ia além das aulas de fotojornalismo. Seguramente um cara que me inspirou e continua me inspirando a buscar novos ângulos e contar histórias através de imagens com a fotografia, mas também a sonhar com viagens incríveis, ser uma pessoa melhor e acreditar num futuro melhor.
Registros do cotidiano de Londres
E foi aí que, influenciado pela exposição e por lembranças acadêmicas, decidi vasculhar meus arquivos de fotos de Londres para encontrar imagens que captam a essência do fotojornalismo. Encontrei um pouco de tudo. São fotos da rua, da vida acontecendo, do metrô de Londres, do céu azul, do pub, do parque, do inesperado…cenas clássicas ou nem tanto do cotidiano londrino.
O fotojornalismo sempre foi uma das minhas maiores paixões desde mesmo antes da universidade. Poder praticá-lo em Londres é pra mim não menos do que extraordinário. Espero que goste do post e das fotos tanto como eu curti fazê-lo.
Cada foto tem uma breve legenda pra contextualizar ou contar um pouco do momento registrado.
Essa imagem renderia um bom início para um romance literário, não?
O metrô de Londres é sempre uma ótima forma de eternizar o cotidiano. Vidas acontecendo e pessoas indo e vindo
Na capa do tablóide: Mais um dia cinza na capital
Hora do almoço no Regent’s Park
Nah, com seu Standard na mão, que acabara de sair do forno, esperando eu fazer a foto pra entrar na estação de Charing Cross. Nesse post contamos um pouco sobre o jornal que diariamente é lido por milhares no metrô de Londres
Açougue gaúcho não é o que você pode imaginar ver em Londres. Se procurar acha! Aqui contamos onde fica o da foto
A Cecil Court é o pote de ouro no fim do arco íris para os amantes da literatura. A ruela reúne lojas diversas que vendem obras raras. Até Harry Potter autografado por J.K. Rowling você encontra lá, só pra citar um
Na British Library, um dos lugares mais incríveis de Londres, que muita gente frequenta para estudar. A inspiração que vem do plano de fundo ajuda, não? Já escrevemos sobre B.L aqui
A chuva fica muito mais legal com um guarda-chuva transparente
O outro lado da rua da fachada de um pub é outro ótimo ponto para registrar o cotidiano londrino
Quer mais um clássico? As escadarias da National Gallery (post aqui!) e o visual impagável da Trafalgar Square
Pra encerrar, um registro feito em uma noite de inverno qualquer em Greenwich
Eu tenho mais algumas dezenas de fotos feitas em situações gerais, sem um objetivo maior do que registrar um instante. Se você curtiu a ideia de ampliar o fotojornalismo por aqui me diz aí nos comentários que preparo mais um post, pode ser?
Eu sei, eu sei, não tá fácil. Libra a mais de R$ 6 (jan/2016) não é coisa de Deus. Mas, calma, se você está planejando uma viagem pra Londres logo mais não precisa se desesperar (quer dizer, um pouquinho pode) e muito menos desistir da viagem (isso não pode mesmo!). Nessas horas, é bom lembrar de algumas coisinhas que acalmam o coração. Que coisinhas? Eu chamei de “motivos que valem a ida a Londres mesmo com a libra nas alturas”.
O tema que abre essa série de posts é uma das maiores verdades para quem viaja (vale para Londres e para qualquer outro canto do mundo): bater perna é de graça!
Pois é, se ainda não te contaram, eu conto: bater perna é um programão para se fazer em Londres.
Claro que muito provavelmente você não vai conseguir sobreviver sem gastar com transporte público, mas organizando bem os roteiros de cada dia que você vai passar na cidade dá pra gastar bem pouco, sim.
Para comprovar isso, selecionei três regiões diferentes da cidade e montei um roteirinho para cada uma delas para você fazer a pé! A ideia é que você vá até o nosso ponto de partida de transporte público e passe o dia curtindo as atrações que ficam por aquela região sem ter que entrar em um ônibus/metrô/trem até o fim da rota!
O roteiro de hoje tem como ponto de partida a Tower of London – um museu incrível que vale a visita (mas, se você não quiser pagar para entrar, vale a pena ao menos admirar por fora).
Antes do roteiro, porém, alguns comentários…
1) A lista de sugestões do que fazer em um dia partindo da Tower of London ficou BEM grande. Ou seja, provavelmente você não vai conseguir fazer tudo o que eu sugeri em um único dia. Você tem, então, duas opções: analisar bem todas as dicas que estão no mapa abaixo e incluir no seu roteiro o que mais agrada a você (não vá só pela minha opinião, hein?) ou reservar dois dias para essa área. Se você tiver vários dias na cidade pode ser uma boa ideia.
2) Apesar de a lista de dicas ser extensa, há muito mais o que se fazer nessa região. Use meu roteiro como ponto de partida para explorar a área, não como regra, ok? Aliás, deixei já marcado no mapa, com pontinhos em vermelho, opções de paradas extras.
3) Eu simplesmente detesto que me digam que eu devo fazer tal coisa às “x” horas, ficar “y” minutos lá, sair de lá e ir pro lugar tal, tirar uma foto em frente ao monumento “z” (porque não vai dar tempo de entrar. OI?) e assim por diante. Por isso, meu roteiro pra você não é assim. Peço desculpas se você preferia que fosse, mas eu acho, sinceramente, que cabe a você decidir o que exatamente incluir no seu roteiro e como incluir.
Prometo me esforçar pra ajudar na decisão fornecendo bastante informação sobre cada sugestão. Beleza? (Ah, às vezes vou linkar outros posts nossos, pois se já escrevemos detalhadamente sobre a atração anteriormente não tem por que eu deixar esse post ainda mais gigantesco, né?)
4) Como a fome vai bater ao longo dessa caminhada, abaixo do mapa revelo quais das paradas podem ser boas opções baratas para os momentos de barriga roncando. Mas, é claro, há muitas outras opções (às vezes até mais baratas) pelo caminho. Revelo o que você pode encontrar pertinho de algumas das atrações também na lista de indicações. São os pins pretos do mapa!
5) A princípio você pode achar que é uma caminhada pesada. Mas lembre-se que é para curtir em um dia todo. E nenhuma parada é obrigatória. Você pode pular as sugestões que não fazem seu tipo, claro. Essa é apenas uma forma de te ajudar a programar um dia econômico (vai fazer tudo a pé) e gostoso em uma das regiões mais bonitas de Londres. As decisões finais ficam por sua conta. Ok? ;)
Agora sim, vamos ao roteiro!
O que fazer a pé em Londres tendo a Tower of London como ponto de partida
Assustado com a quantidade de pins no mapa? Calma, calma. Apresento cada um a partir de agora! :)
A ordem que você vai ler abaixo é a que sugiro como roteiro. Os itens que estão no mapa, mas não estão citados na lista, são extras. Se não der tempo de ver tudo, não se desespere. O importante é curtir bem o que você conseguir ver. Fechou?
Como disse, não vou dizer que horas você tem que chegar em cada atração, mas para a primeira recomendo que seja CEDO, ok? Se você for visitar a Tower of London, seria legal chegar um pouquinho antes do primeiro horário (de terça a sábado abre às 09h. Domingo e segunda abre às 10h), porque costuma formar fila.
Vamos lá?
1) Tower of London
Um dos museus mais incríveis de Londres, a Tower of London já foi um castelo, mas hoje conta parte da história da cidade e do país de uma forma brilhante. Tem jóia da coroa, tem ambientes que serviram de prisões, tem ambientes da época… tem muita coisa bacana. Não vou entrar em detalhes porque esse não é o objetivo do post, mas adianto que é INCRÍVEL!
Como é uma atração paga (£24.50 para quem compra na entrada), vale a pena dar uma boa olhada no site deles (link no fim!) para ver se é sua cara antes de decidir incluir no roteiro. Se você chegar ali com fome e quiser tomar um café da manhã gostosinho, minha dica é o Costa que tem logo ao lado da bilheteria e proporciona uma vista bacana da área (pin preto no mapa). ;) Amo o chai latte deles acompanhado de uma boa torrada.
Comprar seu ingresso antecipadamente é uma ótima forma de diluir os gastos da viagem e também de evitar ter que pegar fila para entrar. Como parceiros do VisitBritain (o órgão de turismo do Reino Unido), somos comissionados pelos ingressos que você compra no site deles – e você não paga nada mais por isso. Para garantir já seu ingresso para a Tower of London (e nos ajudar!) clique aqui ou no banner abaixo.
2) Tower Bridge
Juntiiiinho da Tower of London está a ponte mais linda do mundo (nem tente questionar). Você pode cruzá-la a pé e, se quiser, pode pagar umas librinhas para fazer uma visita ao seu interior e à passarela que proporciona mais uma vista do alto (a partir de £4.50 para adultos). Mas não dá para não admirá-la.
O VisitBritain também vende ingressos para a Tower Bridge Exhibition. Compre o seu aqui!
3) The Draft House
Cruzando a Tower Bridge para o lado Sul do Tâmisa está o primeiro pub da rota: The Draft House. Nosso post sobre ele está aqui. Se você passou algumas horas visitando a Tower of London, essa pode ser uma parada estratégica para um almoço, já que o cardápio está recheado de delícias. A carta de cervejas é IMPECÁVEL!
4) The Shard
O prédio mais alto de Londres proporciona “A” vista da cidade. Contamos nossa experiência aqui. Mas o preço do ingresso (£32.95 + uma taça de champagne para adultos com mais de 18 anos) pode afastar os turistas mais econômicos. Se esse é o seu caso, fique de olho na dica número 12 (Vertigo 42), que pode encaixar melhor no seu orçamento.
Já sabe que quer incluir o The Shard na sua programação? Garanta já seu ingresso (e ajude o Pra ver em Londres!) comprando por este link. Você não paga nada a mais e a gente é comissionado. ;)
5) The Barrowboy & Banker
Se a vontade de mais uma cervejinha bater depois desses primeiros metros de caminhada, The Barrowboy & Banker é uma boa pedida. O pub é LINDO e é assinado pela cervejaria Fuller’s, o que garante uma boa carta de cervejas.
6) Borough Market
Curte mercados de rua? Curte comidinhas deliciosas por preços camaradas? Encaixe uma paradinha estratégica no Borough Market no dia em que seu roteiro a pé por Londres passar por ali. Tem muita delícia nesse pedacinho de paraíso em Londres. Nosso post completo sobre o mercado está aqui.
7) Shakespeare’s Globe
Seguindo a caminhada você logo vai encontrar a réplica de um teatro shakesperiano que é sensacional. Contamos neste post como é a visita. Pra quem viaja economizando centavos o ingresso pode ser meio salgadinho (£13.50). Mas antes de decidir se quer ou não incluir no seu roteiro dá uma lida no nosso post. ;) E, de qualquer forma, vale admirá-lo por fora!
Ao lado do Shakespeare’s Globe tem um Starbucks (sinalizado em preto no mapa), se a vontade de um outro café já tiver batido.
Clique aqui e compre seu ingresso para o Shakespeare’s Globe Theatre and Tour Exhibition.
8) Tate Modern
Estamos com um post sobre a Tate Modern quase pronto. Mas, enquanto ele não vem, adianto que essa galeria/museu é meio que um ame-ou-odeie de Londres. Isso porque ela abriga algumas obras de arte que para alguns parecem loucas demais (prometo nosso veredito em breve!). A entrada para as exposições fixas é gratuita. E de uma das varandas do museu se tem uma vista liiiinda da região!
9) Millenium Bridge
Quase em frente à Tate Modern está a ponte que apareceu em um dos filmes da série Harry Potter e que foi construída para marcar a passagem do milênio. Obviamente, você não precisa pagar para atravessá-la. Rende fotos bacanas!
10) St. Paul’s Cathedral
Logo do outro lado da Millenium Bridge está a St. Paul’s Cathedral, que para quem curte igreja é imperdível. Nela, casaram-se Lady Di e Príncipe Charles. A visita em “dias aleatórios” é paga, mas em dias com missa você pode entrar para participar da celebração e, claro, fazer um turisminho básico. Há, ainda, a opção de subir ao topo dela. Nunca fizemos isso, mas dizem as boas línguas que a vista é bacana (se bem que temos outra sugestão de vista do alto pra logo mais. Aguarda aí!). Nos arredores da igrejá há vários restaurantes bacaninhas e também um mercado (se você preferir comprar algo mais barato para comer). São os pins em preto no mapa! Se você clicar neles vai ver o que escrevi sobre cada!
Dá para comprar ingresso para o tour pela St. Paul’s Cathedral por este link!
11) Museum of London
Um pouquinho mais acima está o Museum of London (temos post sobre ele. Leia aqui!), o museu que conta a história da cidade. A visita é gratuita (para as exposições fixas. Exposições temporárias costumam ser pagas) e ele é incrivelzão!
12) Vertigo 42
Um Champagne Bar que fica no quadragésimo segundo andar de um prédio na City of London parece uma boa, não? É uma excelente, garantimos. :) A consumação mínima é de 10 libras por pessoa (é preciso reservar com antecedência!), sai mais barato que a visita ao Shard e a vista é bem lindona também. Tem post aqui!
Uma excelente maneira de encerrar nosso primeiro roteiro a pé por Londres! ;)
E aí, curtiu? Espero que sim! :)
Os pins extras também são dicas excelentes. Analise-os antes de fechar seu roteiro direitinho. ;)
Pra encerrar, repito aqui o mapa, para tudo ficar mais claro:
O que fazer a pé em Londres tendo a Tower of London como ponto de partida
Abaixo, deixo mais posts que podem auxiliar quem quer planejar uma viagem não muuuito cara e, ainda, apresento os links que levam aos sites das atrações. Tudo para facilitar sua vida.
Partiu Londres?!
Beijobeijo e até o próximo post,
Nah
—
*Política de transparência:
Como parceiros do VisitBritain, somos comissionados por toda compra que nossos leitores fazem usando os links que reunimos neste post. Porém, você não paga nada a mais por isso. Ou seja, você agiliza sua viagem ao mesmo tempo que ajuda a gente. Que tal? E o VisitBritain oferece ingressos para muitas atrações bacanas de Londres. Clique no banner abaixo, faça suas buscas e, na hora de fechar a compra, saiba que você estará nos ajudando a manter o blog firme e forte. Desde já, agradecemos sua contribuição. ;)
* Esse é um post patrocinado. E tem vantagem pra você no fim.
Moedas me fascinam. Não que eu seja um grande colecionador ou estudioso do assunto, mas acho legal entender o que significam os símbolos e imagens impressas e quem são os figurões estampados nas notas e moedas de diferentes países.
A curiosidade me motivou a conhecer um pouco mais sobre a poderosa libra esterlina, a mais antiga moeda do mundo. Se você curte História, garanto que vai gostar das curiosidades que reuni. O legal de aprender sobre notas e moedas é que, de certa forma, sua viagem acaba se tornando mais completa. Nada melhor do que uma imersão na cultura local para se sentir mais parte do país que está visitando. Concorda?
Quando escrevi sobre a história da bandeira do Reino Unido recebemos vários comentários pedindo mais posts com curiosidades sobre a história da Reino Unido. Então, vamos lá:
Entendendo as moedas da libra
São sete valores diferentes de moedas, sendo a de 1p (one penny) a de menor valor, e a maior, a de £2. Até existem moedas comemorativas de maior valor, mas como elas não estão em circulação não vou entrar em detalhes, ok? Mas rola até, acredite, uma moeda de um milhão de libras.Já pensou carregar uma dessa no bolso?
–> No fim do post tem alguns links caso você tenha interesse em conhecer as moedas comemorativas.
Uma curiosidade que vale destacar é que não se usa “centavos” ou “cents” no Reino Unido, mas penny, no caso da moeda de menor valor, e pence para as superiores. Ou seja, se algo custa 0,20 você diz que custa twenty pence e escreve 20p.
O design das moedas atuais
Em 2008, todas as moedas receberam um novo design, com exceção da de £2, que havia sido atualizada pouco tempo antes. E é sobre essa última linha de moedas que vou comentar. Digo isso porque você certamente vai encontrar em sua viagem moedas com símbolos diferentes dos que aqui estão. Elas foram emitidas em outras décadas, mas, naturalmente, continuam em circulação.
O mais incrível do design atual é que o responsável pelo novo visual das moedas é um jovem que tinha 26 anos na época da criação. Matthew Dent ganhou um concurso promovido pela The Royal Mint, a casa da moeda dos britânicos. Eles receberam nada menos do que quatro mil propostas de design e a de Matthew foi escolhida porque, segundo a casa, sintetizava a moderna Grã Bretanha do século XXI.
Pensa na moral do jovem galês que hoje ganha a vida como designer em Londres.
Abaixo está o resultado do trabalho de Dent. Você consegue perceber uma ligação entre cada uma delas? Olhe bem, já vou explicar.
A inspiração dele veio do real brasão de armas do Reino Unido. É possível que você já tenha visto o brasão em algum lugar. Parte dele está na camisa da seleção inglesa de futebol.
Repare na moeda de one pound. Ela representa o brasão na totalidade. Cada uma das outras moedas traz apenas detalhes do brasão. O legal é que se você reunir todas as moedas como mostra a imagem abaixo forma-se um mosaico. Entenda:
Sentiu falta do País de Gales? Pois, é… Bem como os galeses não estão representados na bandeira do Reino Unido como contei aqui, também ficaram de fora do brasão real. Se eu fosse galês acho que teria um belo remorso com tanto desprezo do seu reino.
O verso das moedas
A outra parte das moedas é sempre representada por ela, a rainha Elizazeth II, junto com os dizeres em latim: ELIZABETH II DEI GRATIA REGINA FIDEI DEFENSOR, que significa Elizabeth II, pela graça de Deus, rainha e defensora da fé.
As notas da libra esterlina
São apenas quatro notas diferentes: 5, 10, 20 e 50 libras. Cada uma é representada de um lado pela mesma figura da rainha Elizabeth II e, do outro, por um personagem histórico do Reino Unido.
£5 – Elizabeth Fry
Elizabeth Fry viveu entre 1780 e 1845 e dedicou a vida a lutar pelos direitos dos presos. Tornou-se, segundo matéria da BBC, “não apenas a mais importante reformadora penal britânica, mas líder na Europa”. Sua vida também foi marcada por ajudar moradores de rua em Londres.
Encontrei esta frase dela que me chamou a atenção: “Punição não é uma vingança, mas algo para diminuir a criminalidade e transformar criminosos.” Na nota, ela aparece lendo para prisioneiras.
Fry estampa a nota de cinco libras desde 2002, mas seus dias estão contados. A partir de 2016, sir Winston Churchill vai assumir seu posto com esta nota:
A imagem da futura nota mostra o ex-primeiro ministro em frente ao Parlamento britânico com o Big Ben marcando 15h, horário em que Churchill fez seu primeiro discurso como prime minister, no dia 10 de maio de 1940, em meio às batalhas contra os nazistas. Foi na ocasião que ele proferiu a famosa frase: “Não tenho nada a oferecer a não ser sangue, trabalho, lágrimas e suor”.
Ao fundo da nota ainda há uma imagem do Prêmio Nobel de literatura que ele ganhou em 1953 pela “sua maestria histórica e biográfica e pela sua brilhante oratória em defender e exaltar os valores humanos”, diz o site do Prêmio Nobel.
£10 – Charles Darwin
A nota de 10 pounds, ou tenner na linguagem local, estampa ninguém menos do que Charles Darwin, que, aliás, é um dos maiores viajantes que o mundo já viu. A aventura que deu a base para Darwin produzir A origem das espécies durou mais de três anos e rodou o mundo.
Sua imagem na nota é acompanhada por flores e um beija-flor, em alusão ao que ele viu em sua grande viagem além do navio que o conduziu em sua jornada. Darwin é o 10 pounds oficial desde 2000, mas como Elizabeth Fry, seus dias de glória acabarão em 2016. Ele será substituído por ninguém menos do que Jane Austen, uma das mais importantes escritoras do Reino Unido, reconhecida por suas personagens femininas fortes, que mostram que as mulheres definitivamente não são “o sexo frágil”.
Chama a atenção o trecho extraído de Orgulho e Preconceitoimpresso na nota: “Eu declaro que não existe maior prazer que a leitura!”
£20 – Adam Smith
Nada mais justo do que dar ao pai da economia moderna a honra de ilustrar a nota de 20 pounds. O filósofo e economista escocês Adam Smith viveu entre 1723/1790 e desde 2007 é o dono dos 20 pounds. Parte de seus estudos era dedicada a defender os livres mercados. Segundo Smith, o capitalismo deve funcionar sem intervenção do Estado.
Uma de suas teses é a de que a riqueza das nações se dá a partir dos interesses individuais de cada cidadão, que são movidos pelos seus próprios interesses e a partir disso fazem a grande roda da economia girar. Dizia Smith: “Não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu ‘auto-interesse’.”
A boa notícia para Smith é que não há previsão de ele perder seu posto na nota.
£50 – Matthew Boulton and James Watt
Os caçulas das notas atuais ilustram a mais nobre das notas da libra esterlina desde 2011. Matthew Boulton, escocês (1728/1809), e James Watt, inglês (1736/1819), tiveram um papel fundamental para acelerar a Revolução Industrial.
A dupla foi responsável por criar inovações nas máquinas a vapor que aumentaram exponencialmente sua produtividade e, consequentemente, ajudaram a construir parte da História recente da humanidade.
Bacana conhecer essa história toda, não é mesmo? :)
Quer saber mais sobre a história da libra esterlina?
Uma boa opção é visitar o Bank of England Museum, em Londres. Ainda não estivemos lá, mas dá uma olhada no site pra entender melhor o que tem por lá.
Quer comprar libra esterlina? Conheça a Flex Câmbio
A Flex Câmbio é a agência em que sempre compramos moeda quando vamos viajar. Uma empresa séria que sempre tem uma cotação vantajosa e é reconhecida por fazer saldões de moeda de tempos em tempos. Vale a pena ficar de olho nas promoções. O Facebook deles é o melhor canal.
O único porém é que eles entregam somente em Curitiba e região. Então, se você é da terra das araucárias, fica a dica para sua próxima viagem! A Flex também é uma grande parceira do Curitiblogando, grupo de blogueiros de viagem de Curitiba do qual fazemos parte.
O objetivo da rede é fomentar o turismo em Curitiba e região, além de promover eventos para promover a integração entre blogueiros de todo o Brasil em nossa amada cidade natal.
Desconto especial para leitores do Pra Ver em Londres
Conversamos com o pessoal da Flex para eles darem um agrado para os nossos leitores. E a boa notícia é que até o dia 09/04/2015 você pode comprar libra esterlina em papel moeda com um desconto de 2%. Pra garantir a oferta é só apresentar o cupom improvisado que eu criei agora ou informar que leu sobre a promoção aqui no blog.
Nesses tempos loucos um descontinho vai muito bem, né?
No site da Flex você consegue verificar a cotação em tempo real. Hoje (09/03/15) o pound está valendo exatos R$ 5,00 por lá.
O sábado 8 de novembro de 2013 amanheceu cinza e chuvoso. Se a gente estivesse no Brasil, provavelmente seria um dia de ficar de boa em casa, curtindo nosso gatinho e assistindo algum de nossos seriados preferidos.
Mas não estávamos. Era apenas o começo da nossa temporada Londres 2013/2014, e tudo que a gente queria era sair pra rua pra curtir a cidade.
Como boa planejadora de viagens que sou (#simitidando), já sabia que aquele era o dia do tal Lord Mayor’s Show. Então não era uma chuvinha mequetrefe que ia me fazer desanimar de participar de mais um tradicional evento londrino. #Há :)
Mas o que é o Lord Mayor’s Show?
Talvez você já saiba, mas preciso repetir para deixar as coisas claras.
Existem duas Londres. A “London” e a “City of London”. A City é um “cidadezinha” dentro da “cidadezona” (simplificando, claro). Olha só:
Pois é, e esse pedacinho dentro todo é bem importante, viu? Tem até governo próprio!
Este vídeo explica de uma maneira bem didática. Assista antes de continuar a leitura:
–> Dá pra colocar legenda em Português no vídeo, viu? Para isso, primeiro você tem que clicar em “Subtitles” – ícone que parece uma telinha com duas linhas de texto e que está no canto inferior direito – e, depois, em “Settings” – a roldana – e “Subtitles/CC. Aí, vai abrir uma lista de idiomas disponíveis, mas não vai aparecer “Português”. Então, você clica em “Translate captions” – última opção da lista – e na sequência em “Portuguese”. Pronto! A legenda é ruim, mas já ajuda quem não entende inglês a captar a mensagem. ;)
Legal, né? :)
E aí que anualmente a City elege seu próprio prefeito. E é para comemorar a eleição do comandante da “Square Mile” (como também é conhecida a City, já que esse pedacinho da cidade tem cerca de uma milha quadrada de área) acontece, sempre no começo de novembro, o evento que é a nossa dica de hoje: o Lord Mayor’s Show.
Essa tradição nasceu em 1215, quando o Rei John concedeu, na Carta Magna (que está na British Library, assunto para outro post), o direito à City de eleger seu próprio prefeito e manter suas leis e direitos.
Mas apesar desse aparente poder, o prefeito da City, claro, deve respeitar a Realeza Britânica. E essa é a função da parada – levar o prefeito da City até Westminster, onde ele deve jurar lealdade à Coroa.
O prefeito eleito este ano se chama Alderman Alan Yarrow.Fiona Woolf é quem vai passar o bastão para ele. Olha os dois no registro oficial:
Atualmente, como você deve imaginar, o desfile é muito mais uma festa do que qualquer outra coisa, mas eu acho legal conhecer essa tradição. Concorda?
Enfim, neste ano, o Lord Mayor’s Show acontece no próximo sábado (08). E você está convidado, claro! :)
As festividades começam às 08h30, com o Tâmisa cheeeio de navios bonitões “circulando”.
Para você se programar: a Tower Bridge abre às 9h25 para a passagem da frota, e o prefeito chega à City lá pelas 9h30.
O início do desfile está marcado para às 11h. Serão 7 mil participantes, 20 bandas, 150 cavalos, um montão de carruagens, carros antigos, modernos, ônibus a vapor, tratores, tanques, ambulâncias, carros de bombeiros, monociclos, robôs, helicópteros, navios e diversas outras atrações. (!!!!)
Tipo assim:
Depois de tudo isso percorrer todo o trajeto, um pouco depois das 17h ainda tem uma queima de fogos sobre o Tâmisa para encerrar lindamente o evento.
Bacana, né? :)
Nossa experiência no Lord Mayor’s Show
Voltando a 2013…
Apesar da chuva, chegamos à City lá pelas 13h30 e conseguimos ver boa parte do desfile.
E, gente, foi muito legal. A empolgação dos participantes era evidente, e não tinha como não entrar no clima. Em pouco tempo eu já estava dando tchauzinho super feliz pra todo mundo. hahaha
E isso que estava chovendo, hein?
Aliás, acho que por ver o pessoal enfrentando a fina garoa enquanto sorria deixava quem estava só vendo ainda mais empolgado, até pra dar uma força para os participantes, né? :)
Lá pelas tantas, a animação da galera ficou ainda mais intensa. É porque a prefeita eleita (sim, a City foi governada por uma mulher no último mandato! \o/) estava chegando em sua carruagem. Deem as boas-vindas à Fiona Woolf – a advogada que botou ordem na City por um ano:
Era sinal de que a passeata estava chegando ao fim.
Satisfeitos e felizes por termos vivido essa experiência, pegamos nosso guarda-chuva e nos mandamos para um dos mais antigos pubs de Londres para almoçar um clássico britânico: fish and chips. E, claro, para tomar boas cervejas:
O show de fogos a gente perdeu. É que no mesmo dia as luzes de Natal da Regent Street iam ser ligadas, e como a gente já tinha visto show de fogos na semana anterior (na Bonfire Night), aproveitamos para participar desse outro evento. Mas todo mundo diz que é sensacional, então #ficadica de todo mundo. hehe
Gostou do que viu por aqui e ficou afim de presenciar o Lord Mayor’s Show sábado? O site do evento é bem completinho. Clique aqui e se programe.
Para encerrar, deixo pra você o mapa oficial da parada, com as estações de metrô mais próximas marcadas, para você não ter dificuldade para encontrar um lugar para ver a banda passar. ;)
No início desta semana, nossa leitora e amiga virtual Mari Arakaki contou no Twitter que a bike do seu marido tinha sido roubada em Londres e que eles estavam pertinho de recuperá-la. Curiosa, pedi que ela me contasse essa história com mais detalhes. Achei tudo tão interessante que perguntei se podíamos contar a história aqui no blog. Ela topou, respondeu umas perguntinhas e hoje você conhece o incrível caso da bicicleta roubada (e recuperada) em Londres! =D
Mas, antes do relato da Mari, alguns números para você entender a realidade dos ciclistas ingleses…
Os ingleses passam em média 23 meses com suas bikes antes de elas serem roubadas (sendo que quando as compram esses ciclistas dizem pretender ficar com suas magrelas por 10 anos!);
Um em cinco donos de bicicletas tem sua parceira de pedaladas roubadas em até 6 meses!;
Pesquisas revelam que o número de roubos a bicicletas cresceu 7% no ano passado, mas esse dado pode ser ainda pior já que estima-se que apenas um terço dos furtados relatam o caso à polícia – isso porque quase metade dos outros dois terços (49%) não acha que compensa o esforço e 24% simplesmente acredita que a polícia não dará a mínima para esse tipo de crime;
Em 2011 a polícia recebeu registros de 114 MIL bikes roubadas na Inglaterra – 26 mil só em Londres.É muita coisa, nénão?;
E, pasme, até sua casa pode não ser um lugar seguro para sua bicicleta. Três em 10 órfãos de bike disseram que as suas bicicletas foram levadas da garagem de casa. =/
Escolher um bom cadeado para prender sua bicicleta por aí é um bom começo. O que é um bom cadeado? Este vídeo explica:
Tá, mas o que você quer saber MESMO é da história da Mari, né? Okok, vamos lá! :)
Como tudo começou…
No domingo passado (04/08), a Mari e o Fernando (marido dela) iam receber alguns amigos para o almoço e o Fernando precisava comprar algumas coisinhas que estavam faltando para o rangones. Chegou lá e fez o de costume: parou a bike no paraciclo e prendeu com corrente e cadeado. 15 minutos depois, quando voltou, a bike tinha sumido.:(
Naquele dia, com as visitas em casa, o casal preferiu não investigar o roubo. a Mari apenas entrou em contato com a polícia e informou o que tinha acontecido.
Na segunda-feira, porém, enquanto o marido trabalhava ela resolveu entrar no Gumtree (que tem fama de ter muitas bicicletas roubadas à venda) para ver se a magrela estava lá e, pum, a primeira que apareceu quando ela buscou pela marca foi justamente a deles. =O
“Entrei em choque! Quase não tinha informações, falava apenas que a bicicleta custa originalmente £500 e ele ‘fazia’ por £150! Um absurdo!”.
Sujeitinho safado esse, hein?
E aí que a Mari não deixou barato, né? Menina esperta, ligou pra polícia e… teve uma decepção. “Tinha toda certeza do mundo que eles iam pegar as informações (anúncio e telefone) e ir atrás do cara, né? Sonho meu! Não pegaram o número do anúncio nem o telefone. Disseram que em alguns dias alguém me telefonaria para pegar mais informações”, contou. Poutz. :(
Como você pode imaginar, isso deixou a Mari de cara (pra usar uma palavra leve). “Eu estava com as informações na mão e ninguém ia fazer nada? Eu disse para a policial que me atendeu que nesses ‘alguns dias’ a bicicleta já teria sido vendida, o chip do telefone jogado fora e eu nunca mais veria nem a cor dela! E ela calmamente me explicou que tinham muitos outros casos para serem resolvidos antes do meu (realmente é compreensível, afinal é só uma bicicleta, mas na hora eu estava revoltada!)”. A gente super te entende, amore. :)
“Eu mesma ia atrás desse ladrãozinho! Fiz um e-mail falso e mandei uma mensagem no anúncio dizendo que eu tinha interesse na bicicleta. Em menos de um minuto o dito cujo respondeu. Trocamos uns cinco e-mails e combinamos de nos encontrar em um ponto turístico aqui de Londres no mesmo dia para eu ‘comprar’ a bicicleta!”.
Boooooa, Mari! =D
“Depois de combinado a hora e local com o cara resolvi ligar para a polícia para avisar o que eu ia fazer.Nossa, eu podia ter falado que eu ia colocar uma bomba no parlamento que eu teria a mesma reação! Em menos de 30 minutos 5 policiais diferentes me ligaram desesperados! Diziam para eu não podia ter feito isso, que eu podia me machucar.Eu disse que eu entendia os riscos e por isso estava pedindo ajuda para a polícia! Em algumas horas e após muuuuitas ligações da polícia tudo foi arrumado! A polícia ia se encontrar com o ladrãozinho no meu lugar! \o/”.
Aí sim, seu puliça!
O esquema armado
“Uma policial feminina disfarçada ia se passar por mim enquanto outros 10 (DEZ!!!!) policiais iam ficar de tocaia. Antes do encontro uma policial veio aqui em casa falar comigo para pegar todos os detalhes e meu depoimento. Imagina a minha surpresa quando a policial me fala que esse rapaz é ‘conhecido’ da polícia (reconheram pelo número do telefone dele), que ela mesmo já tinha prendido ele três vezes (creio que seja menor de idade)! Me pediram para de maneira alguma chegar nem perto do local do encontro. E assim fiquei em casa! Quando meu marido chegou do trabalho ficamos os dois olhando para o telefone esperando a ligação. Eu morria de medo do cara não aparecer! Quase caí da cama quando meu telefone tocou 30 minutos depois da hora do encontro. Era a policial responsável dizendo que tinham pegado o cara e estavam com a bicicleta! =D”.
UHUHUHUUUU! #todascomemora
Mas e aí, Mari?
“Quando a polícial me disse que conhece o cidadão eu tentei pegar o máximo de informação possível! Ela me tranquilizou dizendo para não ter medo, que ele não é ‘perigoso’, que ele é ladrãozinho de bicicleta, mas só! Eles me disseram que agora reuniram informações suficientes para manter ele preso! Tomara mesmo!”.
Tomara mesmo. E tomara que ninguém mais tenha suas bikes roubadas por este “cidadão”. Hunf.
Mari, amada, obrigada por contar sua história por aqui. Que sirva de lição pra todo mundo que nos acompanha e que pensa em pedalar em Londres. :) Aliás, sobre isso tenho algumas sugestões de leitura…
1) O London Cycling Campaign fez um post sobre o que fazer em caso de bike furtada. O post está aqui.Aliás, vale a pena conhecer o projeto London Cycling Campaign (clicando aqui) e se animar para pedalar mais por Londres. :)
2) A City of London Police tem ótimas dicas de segurança para quem pedala aqui.
3)Este site é tipo um catálogo de bikes roubadas no Reino Unido. Vale a pena dar uma olhada e, quem sabe, ajudar um ciclista a recuperar aquela que você viu rodando por aí. ;)
4) Não esqueça que as bikes de aluguel são uma ótima opção para pedalar na cidade. Falamos sobre elas aqui e aqui.
É porque podem haver vários “riscos” do pedal em Londres (e em qualquer lugar), mas não há nada como conhecer uma cidade sobre duas rodas. Meu marido que o diga…
Há poucos dias, a leitora Cidinha Rocha nos escreveu contando que seu filho está vindo para Londres nos próximos meses e que ela estava em dúvida sobre “que tipo de dinheiro” disponibilizar para a viagem dele. Achamos que a dúvida dela poderia ser comum e resolvemos escrever sobre o assunto.
Vou falar um pouco sobre a nossa visão pessoal de cada uma das opções na esperança de ajudá-lo a fazer a melhor decisão possível. Acompanhe.
Dinheiro – Impossível vir para Londres sem pelo menos uma nota de 5 pounds na carteira. Primeiro porque existe a possibilidade de na chegada o pessoal da imigração pedir para você mostrar dinheiro em espécie para comprovar que você tem como se manter durante sua estadia. Segundo porque alguns estabelecimentos comerciais podem não aceitar seu cartão e, sem dinheiro, você fica na mão. Sacar de contas nacionais pode sair muito caro.
*ConclusãoTraga ao menos um pouco de dinheiro em espécie para se manter. Analise os preços das casas de câmbio da sua cidade, faça uma reserva em dinheiro e troque por libra. Vale a pena!
Cartão de débito/crédito internacional – Esse é o nosso maior aliado aqui em Londres. Fazer pagamentos com o “dinheiro de plástico” é muito fácil. Você não paga taxas extras e ainda não precisa ter medo de ficar carregado uma “fortuna”. O único ponto negativo é a taxa para saques. Tirar dinheiro da sua conta brasileira por aqui pode não sair barato. Verifique as taxas que seu banco cobra antes de sair fazendo saques – se é que seu banco permite!
*Conclusão Seu cartão não é internacional? Pense na possibilidade de fazer um. Você pode precisar.
UPDATE: EM 2010 NÃO SE PAGAVA IOF – IMPOSTO SOBRE OPERAÇÃO FINANCEIRA – EM COMPRAS NO CARTÃO DE CRÉDITO USADO NO EXTERIOR. HOJE, 15/02/2013, ESSE IMPOSTO É DE CERCA DE 6% – VTM TÁ VALENDO MAIS A PENA!
Visa Travel Money (VTM) – Antes de virmos para cá, achávamos que esse seria nosso grande aliado. Mas, no fim das contas, com o cartão do banco nas mãos ele acabou se tornando importante só para saques, já que as taxas dele são menores que as cobradas pelo banco.
*Conclusão (ATUALIZADA EM 15/02/2013) – Hoje, o VTM nos parece a melhor opção. Pra ele não tem IOF, as taxas de saque são baixas e você só tem que declarar no Imposto de Renda caso seu aporte nele seja maior que R$ 10 mil.
Espero ter ajudado. Se tiver dúvidas, já sabe, né? Deixe um comentário ou escreva para contato@praveremlondres.com. Teremos prazer em ajudá-lo.