Navigli: ótima pedida em Milão!

pravernomundoNão sei você, mas eu sempre ouvi falar que Milão não era uma cidade muito interessante. Ao longo da minha vida de viajante, ouvi várias pessoas dizerem que a cidade era “apenas” a capital da moda e do design (sem desmerecer moda e design, claro!).

Porém, a passagem de entrada na Itália mais barata SEMPRE foi a de Milão (na minha primeira ida para Londres, em 2005, fiz conexão lá também), e na época da nossa lua de mel não foi diferente. E aí que a gente quis aproveitar. “Já que vamos descer lá, vamos conhecer a cidade”, pensamos.

Com isso definido, começamos a visitar vários blogs de colegas viajantes que já tinham passado pela cidade (como Finestrino, Dri Everywhere e Básico e Necessário) para descobrir o que Milão tinha a oferecer – além do Duomo, da Galerie Vittorio Emanuelle e do Quadrilátero da Moda, que todo mundo já ouviu falar, néam? E, aos poucos, fui percebendo que esse povo que fala que Milão não tem nada pra ver só pode estar maluco. GENTE, minha lista de “o que quero fazer” era interminável. JURO! (E à medida que desbravavámos a cidade a lista só ia aumentando…)

É claaaro que o Duomo estava na nossa programação milanesa, mas a gente queria MAIS. Entende, né?! :)
É claaaro que o Duomo estava na nossa programação milanesa, mas a gente queria MAIS. Entende, né?! :)

E no primeiro post da série sobre a Milão que nos encantou vou falar de como começamos nossa passagem por lá. Com vocês, Navigli!

Curtindo o canal de Milão

Depois de uma maratona de 3 voos (Curitiba-SP/SP-Amsterdam/Amsterdam-Milão), chegamos em Milão na terça-feira, 28/08/12, quase 19h. Como tínhamos pouco tempo na cidade (3 noites e apenas dois dias inteiriiiinhos), chegamos ao hotel (logo falamos sobre ele!), tomamos um banho e pegamos nossa listinha de passeios para ver o que dava para fazer naquele mesmo momento.

Logo de cara Navigli pareceu uma ótima opção, pois até onde eu sabia (pelos guias) era uma região cortada por um canal que tinha vários barzinhos bacanas e restaurantes gostosos no seu entorno. Parada obrigatória – e com cara de primeira noite!

Pegamos o mapinha do metrô (a estação Centrale ficava BEM PERTINHO do nosso hotel), traçamos a rota e nos mandamos (no fim do post dou detalhes sobre como chegar!).

Antes de sairmos, porém, perguntamos ao pessoal da recepção do hotel a que horas partia o último trem do metrô. Afinal, já passava das 21h e se a gente não quisesse ficar na mão precisava se programar. Com a informação de que por volta da meia-noite o underground da cidade encerrava seus trabalhos partimos na missão. :)

O que achamos

Que bela decisão, hein? Navigli é SENSACIONAL!

Logo que saímos da estação Porta Genova demos de cara com MUITOS restaurantes que pareciam legais, muita gente na rua curtindo a noite quente, bicicletas espalhadas por todo canto… enfim, um ambiente super bacana.

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Escolhemos um restaurante (que era “ok”, mas, sinceramente, não vale a indicação – só a foto bonitinha :), jantamos por lá e depois seguimos a caminhada.

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E aí veio a ótEma surpresa da noite: o BQ, um bar de cerveja artesanal que oferecia uma enoooorme variedade de birra italiana boa e que o João tinha descoberto em suas pesquisas pré-viagem (mas que a gente ainda não sabia onde ficava) “estava” ALI! =D

Se você curte cerveja tanto quanto a gente e está planejando ir a Milão, não deixe de colocar o BQ na sua programação. Experimentar cervejas locais é obrigação de qualquer cervejeiro-viajante (tá aí, gostei dessa denominação. :).

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pois é, uma portiiinha, mas que guarda VÁRIAS birras italianas que são uma perdição! :)
pois é, uma portiiinha, mas que guarda VÁRIAS birras italianas que são uma perdição! :)

Tá vendo a foto aí de cima? Preciso contar algumas coisas sobre ela (e sobre o bar)…

Na teoria, cada cerveja (400ml) custava 5€. Mas, na prática, poderia sair por 4€, porque quem devolvesse o copo recuperava 1€! Só que tem outra couuusa. Tá vendo as mulheres paradas ali na porta? Então, elas ficavam pedindo pra galera dar os copos pra elas. Enquanto a gente estava lá, quase todo mundo deu. Elas tinham umas pilhas com uns 20 copos cada uma. JURO. E aí que no fim das contas quase todo mundo paga 5€ mesmo. :)

Na volta para a estação, ainda compramos nosso primeiro gelato em terras italianas. Um típico fragola (morango) no Orso Bianco. Valeu a noite! ;)

Explore Navigli!

Como deve ter dado para perceber, a única coisa que tínhamos em mente era que queríamos conhecer Navigli.

Os outros programas (restaurante+cervejaria+sorvete) a gente decidiu na hora, indo com a cara de cada um. E, sinceramente, acho que isso é o melhor de tudo. Não precisa seguir à risca as indicações de amigos, familiares, blogueiros. Caminhe por Navigli e descubra o que mais faz o SEU tipo. As grandes boas aventuras surgem assim. :)

Além disso, apesar de a gente ter ido apenas à noite (por falta de tempo MESMO),  o passeio por Navigli é uma boa pedida pra qualquer hora do dia. Ver o pôr do sol por lá deve ser lindo, curtr uma tarde ensolarada também e até uma chuvinha pode ser romântica (ou não, né?! haha).

Enfim, o importante é curtir umas boas horas dessa região deliciosa de Milão Vale MUITO a pena! ;)

Como chegar

A maneira mais simples para chegar a esse cantinho encantador de Milão é de metrô. De onde você estiver, trace uma rota para descer na estação Porta Genova, que fica na linha M2 (a verde). Descendo da estação você estará a poucos passos do paraíso. É só procurar pra onde vai a muvuca (é fácil, garanto) e seguir o fluxo que você vai cair lá!

o mapa do metrô de Milão é bem mais simpleso do que o de Londres, nénão? :)
o mapa do metrô de Milão é bem mais simples do que o de Londres, nénão? :)

Aproveitando: como íamos ficar apenas 2 dias inteiros, optamos por comprar um ticket que valia para metrô/tram/ônibus por 48h (Two-Day Pass) e que custava 8,25€. Usamos e abusamos dele. Por isso, valeu a pena!

E aí, curtiu as dicas? Se na sua passagem por Milão você passou por Navigli e tem algo a acrescentar, deixa um comentário aí. Sua experiência pode fazer a viagem de uma outra pessoa ainda mais inesquecível. :)

Beijobeijo e até a próxima,
Nah.

Serviço

Saiba mais sobre Navigli

O site oficial de Navigli tem tudo o que você precisa saber sobre esse cantinho adorável de Milão – incluindo bares, restaurantes, pizzarias e sorveterias apresentados em um mapa. Clique aqui e confira!

BQ

TUDO o que precisa saber sobre o BQ está no site deles (aqui). Como você vai ver, não é só em Navigli que dá pra encontrar esse bareco bacana. Tem outros endereços também. ;) #ficadica

Orso Bianco

Ao que tudo indica, o Orso Bianco não tem site. :(
Mas, ó, é bem facinho de achar essa sorveteria gostosa. É só sair da estação Porta Genova no sentido Navigli que na primeira quadra, quaaaase chegando no canal estará este gelatinho goixtoso – mas não o melhor de Milão (na nossa opinião, claro). O melhor mesmo (que a gente foi TRÊS VEZES em dois dias) é… well, conto num outro post. Pode ser? :)

45 dias e um roteiro incrível: nossa lua de mel na Europa

No fim de 2007 eu me apaixonei pelo João. No começo de 2008 ficamos pela primeira vez. Em agosto do mesmo ano começamos a namorar.
Em julho de 2009 terminamos por 15 dias. No dia em que completamos um ano de namoro (sem contar esse break, claro) ele me deu uma aliança de compromisso enquanto víamos um belíssimo pôr do sol no Farol da Ilha do Mel (PR).
Em abril de 2010 embarcamos para Londres.Nos seis meses que passamos lá superamos as dificuldades iniciais de uma vida a dois e vimos que era para sempre.
Em janeiro de 2011, no Brasil, passamos a morar juntos.
Em março de 2012 decidimos nos casar – é, assim mesmo. Decidimos. Juntos. O pedido oficial veio só uma semana antes do casamento, no meu chá de lingerie, na frente das minhas amigas. #aiqueromântico :)
Menos de dois meses depois, no dia 19 de maio de 2012, vivemos o dia mais lindo das nossas vidas até então: o nosso casamento.

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Contei isso tudo para revelar a você o que iniciamos hoje: uma série de posts sobre a lua de mel mais incrível da vida (hihihi), que é uma viagem SUPER legal para você fazer também. Independentemente do estado civil (casado, solteiro, separado, com a família, com os amigos), com certeza você vai curtir! ;)

O roteiro

Como a gente precisava ir para a Itália (que dureza, né?! haha) para agilizar o processo da cidadania italiana do sr. Brotto, definimos que o destino inicial seria a terra da famiglia do marido – onde obrigatoriamente teríamos que ficar 30 dias (que dureza². haha). Depois, incluímos algumas algumas cidades no roteiro e fechamos a programação dos nossos 45 dias de lua de mel.

Nos próximos dias e semanas você terá aqui dicas de:

  • Milão;
  • Várias cidades/praias do Sul da Itália;
  • Berna e Genebra (Suíça);
  • Munique e Berlim (Alemanha);
  • Praga (República Tcheca).

Não preciso nem dizer que vale a pena acompanhar, né?! Só adianto uma coisa: você vai querer sair fazendo tudo o que a gente fez! Então se prepare para ver sua bucket list de cidades a conhecer crescer bastantão. :)

O primeiro post vem no começo da semana que vem, e vai falar da nossa primeira parada nessa viagem (Milão), mas para despertar a sua curiosidade e a certeza de que poderemos contar com a sua companhia ao longo de toda esta saga deixo você com algumas fotos que marcaram a nossa inesquecível lua de mel…

o impressionante Duomo de Millão é lindo de dia...
o impressionante Duomo de Millão é lindo de dia…
... e à noite também!
… e à noite também!
o Sul da Itália "esconde" tesouros maravilhosos. Scilla é um desses tesouros. Passamos 15 dias lá e em nossos posts vamos convencê-lo a visitar essa pequena cidade calabresa.
o Sul da Itália “esconde” tesouros maravilhosos. Scilla é um desses tesouros. Passamos 15 dias lá e em nossos posts vamos convencê-lo a visitar essa pequena cidade calabresa.
um vulcão, MUITA história, ruas incríveis. Essa é Taormina.
um vulcão, MUITA história, ruas incríveis. Essa é Taormina.
Ai, Tropea... <3
Ai, Tropea… <3
Berna é a materialização da cidade dos sonhos pra mim. QUE CIDADE LINDA!
Berna é a materialização da cidade dos sonhos pra mim. QUE CIDADE LINDA!
não faltam bandeiras em Genebra, a terra da ONU.
não faltam bandeiras em Genebra, a terra da ONU.
Uma honra pra um cervejeiro que se preze participar da verdadeira Oktoberfest (Munique).
Uma honra pra um cervejeiro que se preze participar da verdadeira Oktoberfest (Munique).
como não amar?
como não amar?
uma cidade que respira jazz não podia não ser incrivelmente linda. (Praga)
uma cidade que respira jazz não podia não ser incrivelmente linda. (Praga)

Já deu pra ver que vem coisa boa por aí, não?! =D

Eu, se fosse você, entraria aqui todo dia pra poder ver se tem novidade. hihihi

Pesquisa

Para poder fazer uma série de posts que seja útil para você que vai planejar uma viagem com um roteiro semelhante ao nosso, gostaria de saber quais são suas principais dúvidas, quais assuntos mais interessam (acomodação, custos, atrações imperdíveis, transporte, etc.), o que você acha desnecessário postar, etc. Aguardo seu comentário.

Até logo mais.

Beijos,

pravernomundoNah.

Forneria Copacabana: boa opção para conhecer cervejas paranaenses

curitiblogandoAntes de começar este post, pergunto: você é cervejeiro? Se sim, deixa um comentário respondendo a seguinte pergunta: que nota você daria, em geral, para os restaurantes da sua cidade, no quesito “carta de cerveja”? Pergunto isso porque aqui em Curitiba a gente daria uma nota bem baixinha, viu? E se na sua cidade é diferente podemos pensar seriamente em mudar pra ela. hahaha

Brincadeiras à parte, o fato é que existem muitos bons restaurantes na terra das araucárias, mas pouquíssimos que se preocupam em não apenas servir boa comida, mas também em oferecer uma boa variedade de cervejas que harmonizem com seus pratos.

No quesito “vinho”, no entanto, a avaliação já é bem melhor. Só que aí é que tá. A gente é cervejeiro, pow, e queremos jantar bem e aproveitar para conhecer novas marcas de cerveja e saborear estilos que combinem com o que estamos comendo (nem só de Pilsen e Lager vive o mundo das cervejas!), etc.

Assim, ficamos surpresos positivamente ao chegar na Forneria Copacabana na quinta-feira passada na companhia da galera do Curitiblogando e perceber que lá a coisa é diferente. Dá pra comer (super) bem e, ainda por cima, tomar uma boa cervejinha. :)

E é sobre isso que resolvemos falar nesse post! Antes, é claro, um breve resumo da nossa opinião sobre a Forneria Copacabana em si…

Sobre o restaurante

A gente já tinha tido a oportunidade de provar as delícias da casa em um jantar romântico no Dia dos Namorados do ano passado, e a avaliação tinha sido extremamente positiva: bons pratos, preço legal (em comparação com restaurantes do mesmo nível), ambiente bacana e atendimento de qualidade.

Na quinta-feira passada, o veredicto se repetiu. Eu escolhi o “bife do Arthur” (R$ 47,90) e o João o Carré da Vila (R$ 54,90) e gostamos muito das nossas escolhas (você pode conferir o cardápio completo clicando aqui – os preços dos pratos variam entre R$ 40 e R$ 60)…

curitiba_forneriacopacabana

 

curitiba_forneria_2

Identifiquei apenas um problema: a precária (ou romântica) iluminação na área em que ficamos (parte externa do restaurante!) dificultou a identificação dos itens no meu prato, e eu preferia ter visto onde estava a gordura da minha carne para poder retirar. Deixamos o recado pros garçons! ;)

De resto, tudo lindo. As fotos – retiradas do próprio site, já que o quesito iluminação também dificultou na produção das nossas fotos – mostram um pouco disso. Ó que belezinha é lá dentro:

escada

areaexterna

bar

A carta de cervejas

estrelinhas

 

 

Mas vamos ao que interessa: a carta de cerveja!

Nada de Skol ou Kaiser (desculpa, gente, mas essas a gente toma nos botecões da vida, nénão?), chopp Brahma e Stella e, o melhor de tudo: várias marcas artesanais de Curitiba e da região que produzem beras (birras, brejas, beers…) excelentes e que fazem combinações perfeitas com alguns dos pratos do cardápio.

Começamos com a cerveja de trigo “Madalosso” (que apesar de local a gente ainda não conhecia) e, olha, que surpresa boa. Até eu que curto as mais amargas gostei bastante!

madalosso5

Depois, seguimos para as clássicas Way, tomando uma de cada (Cream Porter, Irish Red Ales e American Pale Ale). Se você não conhece, pode colocar todas elas na lista. Qualidade excepcional!

waybeer_pint

Como se não bastasse nossas queridinhas e um clássico paranaense em formato cerveja (sim, porque “Madalosso” é isso mesmo!), ainda tem Gaudenbier (Pagan Strong Bitter e Pagan Porter), Brooklyn (Pale Ale e Lager), Estrella Barcelona e as mais comerciais Stella Artois e Budweiser.

(As cervejas que tomas custavam entre R$ 9 e R$ 13, mas existem opções mais baratas – como Bud e Stella – e outras um pouco mais caras)

Ou seja, pra quem quer juntar boa comida + boa cerveja e está em Curitiba, a Forneria Copacabana é uma ótima pedida. A gente recomenda! Só não vale sair dirigindo depois, hein?! ;)

*Volta e meia a Way abre as portas de sua fábrica (que fica em Pinhais, do ladiiinho de Curitiba) para visitação. A gente já foi em alguns eventos deles e foi sempre muito bacana. Porém, ultimamente não tem rolado o esquema do almoço + visita à fábrica aos sábados. Mas a gente recomenda que, se você tiver interesse, dê uma ligadinha lá  (41-3653-8853) para se informar sobre possíveis tours! ;) Para mais informações visite o site http://www.waybeer.com.br/home/
*Volta e meia a Way abre as portas de sua fábrica (que fica em Pinhais, do ladiiinho de Curitiba) para visitação. A gente já foi em alguns eventos deles e foi sempre muito bacana. Porém, ultimamente não tem rolado o esquema do almoço + visita à fábrica aos sábados. Mas a gente recomenda que, se você tiver interesse, dê uma ligadinha lá (41-3653-8853) para se informar sobre possíveis tours! ;) Para mais informações visite o site http://www.waybeer.com.br/home/
Um viva aos curitiblogueiros! \o/
Um viva aos curitiblogueiros! \o/

 

Serviço

A Forneria Copacabana fica na Rua Itupava, 1155, no Alto da XV (em Curitiba, claroclaro! :)

Telefone: (41) 3363-5565

Site

Aberto de segunda a sábado apenas para jantar – 19h-00h00

 

curitiblogando

 

 

O jantar na Forneria Copacabana fez parte do projeto Curitiblogando.

Participaram da 1º edição do Curitiblogando que ocorreu entre 28 e 31 de março de 2013: Anna Martinelli e Mariana Fachin (Finestrino), Marcos Coqs e Amanda Malucelli (Viajão), Carol Moreno (Mochilão Trips), Beta Rodrigues e Dea Sales (Férias de Mochila), Robson Franzói (Um Viajante), Natasha Schiebel e João Guilherme Brotto (Pra Ver em Londres) , Simone Jung (Flashes de Viagem), Leidinara Batista (Férias Now), Fernanda Souza (Preciso Viajar), Jr Caimi (TipTrip Viagens). Blogueiras convidadas: Erika Marques (Outros Ares) e Renata Campos (Revivendo Viagens).

A organização das atividades do primeiro encontro dos blogueiros contou com os seguintes parceiros: CCVB – Curitiba Convention Visitors Bureau, PG1 Comunicação e Assessoria, IEME Comunicação, Home City Home, Vacanze Viaggio. Também tivemos como colaboradores: Duc Club, Forneria Copacabana, Restaurante Madalosso, Cold Stone, Serra Verde Express, Bazar Doce e Cervejaria Devassa.

A inesquecível Veneza

Sabe aquela história de encerrar as coisas com chave de ouro? Então, ela é praticamente um mantra pra mim. Tanto é que assim que chegamos em Londres em abril de 2010 decidimos que antes de irmos embora (em outubro do mesmo ano) teríamos que fazer uma viagem dos sonhos, pra fechar com chave de ouro os melhores seis meses das nossas vidas. O destino?! La piu bella Italia, o país dos antepassados do João, da comida gostosa, do berço do Direito, da torre torta… enfim, la piu bella Italia! :)

E é sobre os dez dias que passamos na terra dos antepassados do João que vamos falar nos próximos posts. A primeira parada?! Veneza!

Vem com a gente!

veneza - Pra Ver em Londres

O planejamento

Planejar uma viagem é delicioso, porém trabalhoso. É preciso pensar em cada detalhe com muito carinho para não extrapolar o orçamento, não deixar de conhecer cantinhos incríveis… enfim, para aproveitar cada lugar como ele merece.

O nosso planejamento para esta viagem começou cerca de um mês antes de ela acontecer. De cara, decidimos que seriam dez dias e que dividiríamos a trip em três partes (nesta ordem): Veneza, Firenze (+ viagem de carro pela Toscana) e Roma.

Como chegar saindo de Londres

Logo vimos que ir de trem da Inglaterra para a Itália não seria fácil (muito menos barato) e que a melhor opção mesmo eram as companhias aéreas low cost. A Ryan Air foi a escolhida para nos levar de Londres a Veneza e, na época, encontramos passagem ida e volta por cerca de 40 libras por pessoa. Vai dizer, bom DEMAIS pagar 80 libras – já com taxas (que na época dava mais ou menos 180 reais) para nós dois irmos e voltarmos de Firenze, né?

Fiz uma pesquisinha básica hoje (07/02/2013) e não encontrei preços tão bons. Na pesquisa mais barata achei por £50 (por pessoa!) ida e volta.  Mas vale sempre ficar de olho! ;)

Londres Veneza RyanAir

 

O fato é que viajar de Ryan Air vale MUITO a pena financeiramente, mas não dá pra esquecer que a companhia não é lá das melhores. É sempre bom lembrar que pra conseguir essas tarifas pequeniníssimas sua bagagem deve ter APENAS 10kg. Mais do que isso, tem que pagar, e não é pouco! Mas se você SABE que sua mala tem mais de 10kg, uma boa saída é usar esta jaqueta que a noss colega blogueira @karenbryan apresenta neste vídeo:

Bacana, né?! Os detalhes sobre essa maravilha estão neste post do blog dela. Não deixe de conferir!

Onde ficar

O segundo passo do nosso planejamento foi encontrar um hostel legal pra ficar. E aí, meu caro, nossa dica de sempre é: fuce os sites como Hostel World e Hostel Bookers e fique de olho no preço, na localização e nos comentários de quem já ficou lá. Sérião, é quase impossível errar na escolha levando isso em consideração.

A gente escolheu o Camping Alba D’oro, da rede PLUS Hostels, e ADORAMOS! O quarto em que ficamos era bacaninha (limpo, bom ressaltar!), privado e o preço era super bom (na época, pagamos 20 euros por dia para nós dois, e pelo que vi no site os preços continuam nessa faixa). O único “problema” é que ele não ficava no centrão da cidade, mas havia duas opções de transporte que faziam isso de foma rápida e barata. O ônibus que a gente pegava do outro lado da rua custava dois euros e nos deixava na principal estação de ônibus da cidade. A vanzinha que saía de dentro do hostel fazia o mesmo serviço por um pouco mais – 8 euros. A gente, é claro, ia de bus! :)

Reunimos quatro fotos que dão uma ideia de quão bacana é o Alba D’oro Camping, de Veneza. A primeira mostra a entradinha do albergue, super colorida; a segunda mostra como era a casinha em que nós ficamos (com duas camas e um banheiro só pra nós); a terceira mostra outras opções de acomodação (maiores e, é claro, mais caras); e a terceira mostra a área de lazer, que além da piscina conta ainda com bar e salão de jogos. A gente aprovou e recomenda!

Com esses dois detalhes definidos, só precisávamos chegar em Veneza no dia 02 de outubro de 2010 e curtir tudo o que a cidade tem a oferecer. Mas isso aí já é história pra outro post que, prometo, vem loguinho loguinho – e cheio de dicas! :)

Beijos,

Nah.

 

Serviço

Alba D’oro Camping – Plus Hostels

RyanAir

 

passarinho Veneza PVEL
Ps: No meio das fotos de Veneza, encontrei este incrível registro do meu excelentíssimo que mostra um passarinho tomando um banho. É um “relato do cotidiano” que se encaixa bem aqui. Afinal, quando se viaja de mochila nas costas tudo o que a gente quer é voar, que nem esse passarinho… :)

Windsor, Cheddar Gorge, Bournemouth e Durdle Door: let’s go get lost

O Pra Ver em Londres nos proporcionou muita coisa legal. Conhecemos pessoas incríveis, fizemos grandes amizades e guardamos memórias inesquecíveis das aventuras que vivemos com essa galera.

Conhecemos a Dy e o Rodrigo no encontro que promovemos num pub em Camden. E não demorou para marcamos uma road trip pelo UK com eles. Havia alguns lugares que queríamos muito ir e eles também estavam loucos para pegar um carro e se jogar na estrada. Então, combinamos a data com eles, alugamos um carro e viajamos por dois dias. O destino: Windsor, Cheddar Gorge, Bournemouth, Durdle Door, London.

Esse foi o nosso roteiro. Quase 600km de estrada!
Esse foi o nosso roteiro. Quase 600km de estrada!

A primeira parada foi Windsor, cidade em que dorme a rainha em seu imponente castelo construído no século XI e que hoje é o maior castelo habitado do mundo. A viagem é curta. São apenas 40 km a oeste de Londres.

Chegamos lá ainda de manhã, demos uma volta pela cidade, que é bem pequena por sinal, e logo seguimos viagem. Decidimos não conhecer o interior do castelo porque as filas estavam imensas e nossa viagem estava apenas começando, ainda tínhamos muita estrada pela frente. Seguramente dá pra dizer que um dia é suficiente pra curtir legal a cidade. Fica a dica para uma day trip.

Ah, na época não sabíamos, mas Windsor também abriga a Legoland, um parque construído inteirinho de Lego. Uma boa opção para levar os pequenos. Ou ainda, para os grandinhos que querem voltar a se sentir criança. Isso sempre vai bem. =)

Windsor Castle: Preços para visitação

  • Adultos: £16.50
  • Acima de 60 anos/Estudantes (com identificação): £15.00
  • Menores de 17 anos: £9.90
  • Menores de cinco anos: Grátis
  • Família (2 adultos e 3 menores de 17 anos): £43.50

Clique para mais infos.

Viajar sem rumo é bom demais

Quando saímos de Windsor ainda não sabíamos exatamente para onde íamos, então folheamos os guias em busca de algo que nos chamasse a atenção. Após alguns debates decidimos rumar em direção a  Cheddar Gorge (sim, foi lá que nasceu o famoso queijo).

Mas o motivo maior de escolhermos Cheddar como destino era a paisagem que vimos nas fotos. Uma estrada de 5 km percorre a base de um desfiladeiro.

A cidade é um pequeno vilarejo de pouco mais de cinco mil habitantes. Vale uma passada para percorrer a estrada que tem um visual bem diferente e comer um queijo excepcional nas lojinhas turísticas.

Há também umas cavernas que a gente pagou pra ver, mas se arrependeu. Numa escala de 0 a 10 a nota seria 6,5. Interessante, mas um tanto tedioso. Aqui você pode ver uma série de infos sobre Cheddar e umas fotos bem legais também.

Depois de Cheddar seguimos em direção a Bournemouth, uma simpática cidade litorânea que é destino de muitos estudantes do mundo todo. Foram aproximadamente 3h de viagem para percorrer cerca de 140 km.

No trajeto, passamos por estradas rurais e pequenos vilarejos de que mostravam uma Inglaterra que poucos imaginam existir. O que mais nos impressionou foi a condição das estradas. Todas impecáveis, mesmo as mais remotas.

Já em Bournemouth, o desafio foi encontrar um lugar para dormir. A cidade estava movimentada. Vários hostels e hotéis lotados. Após uma longa procura encontramos um bed&breakfast que tinha apenas um quarto com uma cama de casal disponível. Vimos com o gerente a possibilidade de ele jogar um colchão extra no mínusculo quarto. Ele topou. E melhor, não cobrou extra! Apenas £ 40 para dividir em quatro. =D

Do hotel, fomos dar uma volta pela cidade. Já era noite e estávamos com fome. O cheddar da tarde já não era suficiente. Acabamos num pub comendo um fish and chips 100% nojento que pingava óleo (é, faz parte) e tomando umas pints. Em seguida compramos uma cervejas e fomos beber na praia acompanhados por muito frio e uma lua cheia espetacular.

Pena que a câmera que estávamos não era das melhores, mas como o que vale mesmo é a lembrança, impossível não sorrir ao lembrar dos bons momentos e das risadas que demos por la.

Ainda sobre as fotos, hum, a gente esqueceu de fotografar a cidade. Sorry.

Péssimas fotos, mas grandes lembranças. Cheers, lovely Bourne

No dia seguinte acordamos cedo e partimos em direção ao lugar mais esperado por todos: Durdle Door. Tínhamos visto fotos espetaculares de Durdle. Daí o desejo e a ansiedade em conhecer o lugar.

Uma bela praia, situada abaixo de um grande penhasco, com águas límpidas e uma curiosa formação rochosa em forma de arco poucos metros mar adentro.

O acesso é bem tranquilo, a entrada é grátis, mas paga-se estacionamento. Se não me engano, algo como £4 por duas horas.

Ventava muito. Muito mesmo. E o frio não era pouco. Mas a paisagem compensava. O lugar é realmente espetacular. As fotos falam por si só.

Passamos algumas horas lá, sentados na praia de pedrinhas e, depois, no alto do morro contemplando o visual do penhasco.

O caminho de volta para Londres era o trecho mais longo da viagem: 200km.

Chegamos e já era noite de domingo. Como íamos devolver o carro somente no dia seguinte, deixamos a Dy e o Rodrigo em casa e fomos para a nossa. Exaustos, mas felizes por termos feito uma viagem inesquecível e certos de que a Inglaterra é um país lindo e surpreendente.

 

PS: No dia 07/02/2013, quando atualizamos este post, rolou na internet um vídeo falando sobre o que Bournemouth tem a oferecer. Um vídeo bem “british humour” que a gente acha que você deve assistir… :)

The Beatles Story em Liverpool: por dentro da história de uma das principais bandas de rock do mundo

Eu não comecei a gostar dos Beatles à  toa. Meu primeiro namorado sempre foi fã incondicional dos caras. Diz ele que na década de 80 tinha um poster do John Lennon atrás da porta do quarto, onde todos os dias lia a letra de Imagine.

Põe o som na caixa aí e curte o post com a trilha do John em tempos de Yoko!

Hum… Já sei, as datas não estão batendo, né? Pois é, meu primeiro namorado já tem seus 51 anos. E na verdade é meu pai! Piadinha interna que para mim faz todo sentido. :)

Devo a ele algumas das minhas principais paixões. Entre elas, o glorioso verdão (Coritiba Football Club) e os Beatles – sem contar ele mesmo, minha mãe e meus irmãos, é claro.

Lembro que quando era pequena ia pra escola com o dads curtindo os caras de Liverpool naquelas fitinhas de rádio.

Depois, lembro que em 2001 comprei meu primeiro CD do quarteto, a coletânia “1”, que reúne boa parte dos clássicos que qualquer beatlemaníaco sabe decor e salteado. No dia em que eu curtia pela primeira vez o CD, meu pai entrou no meu quarto com uma carinha que eu nunca vou esquecer e disse: “ouve Penny Lane, você vai gostar!”.

Ele tinha razão…

is in my ears and in my eyes
is in my ears and in my eyes

Okok, chega de enrolação. Falei tudo isso só pra que você entenda o quanto eu esperei essa visita a Liverpool. Fora meu pai, tem ainda minha tia (Marieee), meu tio Lelo e bons amigos como Thatali e Kinho que também me ajudaram a ser ainda mais fã de John, Paulo, George e Ringo.

Ah, e só a título de curiosidade: tive um cachorro chamado Ringo (pastor alemão que foi nosso companheiro por 13 anos) e tenho outro chamado Lennon (também pastor). Entendeu, né?! :)

Mas, vamos ao que interessa: The Beatles Story Exhibition, o museu que conta a história dessa banda que, na minha opinião, é a melhor da história do mundo!

O museu

Casal faceirão na entrada do museu!
Casal faceirão na entrada do museu!

Nem sempre os Beatles foram “The Beatles”. Explico! Quando John começou a banda ela se chamava The Quarrymen, e os primeiros integrantes eram amigos dele da escola (Quarry).

PAUSA: Logo logo faremos um post de dica cultural que vai fazê-lo saber maaais sobre o líder dos Beatles (o John!). =)

Play de novo!

Em pouco tempo, Paul foi apresentado à  banda e passou a fazer parte dela. Na sequência, o caçula George Harrison entrou pr’aquela bandinha que fazia um som que impressionava nas festas da escola e da igreja da região. Hehe

Instrumentos que pertenciam os músicos do The Quarrymen em exibição no museu
Instrumentos que pertenciam os músicos do The Quarrymen em exibição no museu

O The Quarrymen fazia um som muito bacana mesmo. O estilo, conhecido como skiffle, era uma espécie de folk com cara de caipira americano. Humm… Não sei explicar. Fica com o vídeo! hehe

Mas não demorou muito para a formação da Quarrymen chegar a que conhecemos como Beatles e a banda começar a ganhar fama.

E depois que The Quarrymen vira The Beatles, então, a história impressiona. Entre conquistar Liverpool, a Inglaterra, a Europa e o mundo vão apenas poucos meses.

Na primeira passagem dos meninos pelos Estados Unidos um terço da população do país parou para vê-los na TV, como o João disse no último post. Impressionante, né?

O Cavern Club "está" dentro do museu! Impossível não ficar imaginando eles tocando ali...
O Cavern Club “está” dentro do museu! Impossível não ficar imaginando eles tocando ali…
Achei isso o MÁXIMO. Os comerciantes da época já inventavam maneiras de convencer os fãs a comprarem coisas! haha
Achei isso o MÁXIMO. Os comerciantes da época já inventavam maneiras de convencer os fãs a comprarem coisas! haha
Não precisa de legenda, né? É claro que a mais famosa foto dos caras (na Abbey Road, aqui em Londres) tinha que estar no museu. Pra quem não sabe, é na Abbey Road que fica um dos estúdios em que os Beatles gravavam seus discos – e essa foto aí foi a capa do CD que tem o mesmo nome! ;)
Não precisa de legenda, né? É claro que a mais famosa foto dos caras (na Abbey Road, aqui em Londres) tinha que estar no museu. Pra quem não sabe, é na Abbey Road que fica um dos estúdios em que os Beatles gravavam seus discos – e essa foto aí foi a capa do CD que tem o mesmo nome! ;)
A fase psicodélica dos Beatles foi bem produtiva. Que fã não curte Magical Mistery Tour?
A fase psicodélica dos Beatles foi bem produtiva. Que fã não curte Magical Mistery Tour?

Com o fim dos Beatles (os motivos até hoje não são claros, mas eu não gosto da Yoko Ono!), a história dos quatro continuou, é claro.

E o museu conta isso de uma forma brilhante. Uma seção para cada um deles, com os detalhes do que eles fizeram depois da separação. A gente tava tão entretido que acabamos deixando de fotografar. Só registramos a seção do John. Mas, não dá nada, quando você for vai ter uma surpresa beeem legal. (Desculpa esfarrapada, eu sei! Sorry about that, guys!)

As ideias de John
As ideias de John
John completamente diferente. Na fase John + Yoko. Eu não gosto dela, mas fazer o que se ele gostava, né?
John completamente diferente. Na fase John + Yoko. Eu não gosto dela, mas fazer o que se ele gostava, né?

No fim do passeio, um trecho com frases de músicos importantes contando como se influenciaram pelos Beatles e uma seção dedicada a Imagine. Coisa liiiiiinda.

Para e imagina ele compondo aquela beleeeeza de música aí... =D
Para e imagina ele compondo aquela beleeeeza de música aí… =D

Eu tenho que admitir que o John me decepcionou um pouco no fim da vida dele. Tááá, eu sei que em 8 de dezembro de 1980 eu ainda nem era viva, mas pelo que li acho que ele morreu beeem diferente do John dos Beatles.

Nas palavras dele, a única crença que ele tinha era nele e na Yoko. Não acreditava nos Beatles e dizia que o sonho tinha chegado ao fim. Uma pena, porque realmente a carreira antes da Yoko dava uma sensação completamente diferente do cara. haha. Tá, eu tenho birra com a mulher mesmo.

Mas, de qualquer forma, nada apaga o brilho desse que foi um dos grandes poetas da humanidade.

Eu espero, sinceramente, que meus filhos curtam a música dos Beatles assim como eu, e que um dia eu possa voltar a Liverpool com eles (e mais meus pais, meus irmãos e meu amor!).

... but I'm not the only one. I hope someday you'll join us and the world will live as one!
… but I’m not the only one. I hope someday you’ll join us and the world will live as one!

Espero ter conseguido despertar em você a vontade de conhecer mais sobre os Beatles e de visitar o museu, que custa £12,95 para adulto e realmente vale a visita.

O que você viu aqui é apenas um resumo do resumo. Um aperitivo pra você ficar com fome! hehe

Para saber mais (e descobrir como chegar lá), acesse o site oficial clicando aqui.

Um beijo e até o próximo post,

Nah.

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Liverpool!

Bandas que permanecem vivas na era do iPod mesmo após terem encerrado suas atividades há décadas merecem respeito. Sou muito fã de muitos e ótimos rockeiros, jazzeros, regueiros e clássicos que já pararam de tocar ou passaram dessa pra um outro plano ou galáxia.

Até porque muitos deles são mitos que parecem ser impossíveis de serem superados. Quem supera a magia do Pink Floyd, a energia do Bob Marley e a levada do Grateful Dead? Pra lembrar de alguns…

Dentro desse seleto grupo ainda estão os que até hoje são uma indústria milionária e fazem uma economia brutal girar.

Não tem como não pensar já de cara nos Beatles, que com sua simplicidade romântica e sonhadora já fizeram um terço dos EUA pararem para vê-los na TV quando apareceram no The Ed Sullivan Show, em 1964 – ocasião da primeira turnê que fizeram para aqueles lados. O vídeo mostra um pouco da loucura.

Os meninos malucos de Liverpool que até hoje vendem discos, camisetas e muito mais em todos os cantos do mundo, colocaram a pequena cidade inglesa no mapa dos viajantes e amantes do rock.

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O que seria de Liverpool sem os Beatles?

Liverpool preserva alguns traços da arquitetura residencial de Londres, tem quase nenhum grande edifício e uma ótima estrutura comercial. É uma cidade limpa, que transmite segurança e parece oferecer um bom sistema de transporte público.

Seria uma Londres em menores proporções, menos pontos turísticos e melhor qualidade de vida? Talvez…

A questão é que não fossem os Beatles, essa simpática cidade de pouco mais de 400 mil habitantes situada ao norte da Inglaterra certamente teria pouco destaque nos guias de turismo.

tudo começou com ele
tudo começou com ele

Mas os Beatles existiram! E deixaram suas caras estampadas em todos os cantos da cidade, a começar pelo nome do aeroporto: John Lennon Airport. Mais do que isso, parecem ter feito com que todos ali sintam um orgulho imenso por nascer na terra dos talentosos besouros. A responsabilidade de receber bem os visitantes que vem do mundo todo é cumprida com louvor pela população.

Grande surpresa para os que insistem em pré-conceitos do tipo: ingleses são rudes, estúpidos e detestam estrangeiros.

Já havíamos sido “alertados” pela Hellen, uma ex-professora da Rose, que Liverpool era perfeita e que o povo era o mais amável e receptivo da Inglaterra. Natural de lá, ela nos disse, porém, que até se mudar – na adolescência – não dava muita bola para a sua terra.

Viveu em outras cidades na Inglaterra, em um vilarejo em Eritreia, quando trabalhou como voluntária, e hoje está em Londres. Foi só depois de morar em outros lugares e ser apenas visitante em Liverpool que passou a dar valor e admirar sua cidade. Quantos não são assim, hein?

Ela nos falava com tanta paixão da cidade, recomendando lugares e falando do quão legais eram as pessoas, que era impossível não ter ainda mais vontade de tomar uma pint no Cavern Club, bar onde os Beatles tocaram 292 vezes.

clássico
clássico

Fomos, enfim, para Liverpool no último fim de semana. Com o ônibus da National Express em promoção, pagamos £5 por cada trecho e uma diária de £15 no Everton Hostel. Falaremos em breve sobre ele.

Por fornecer comida e pints a preços consideralvemente inferiores aos de Londres, Liverpool foi uma viagem não só muito prazerosa, mas bastante econômica. A título de curiosidade: enquanto uma pint de Guinness custa entre £3,50 e £4,20 em Londres, em três pubs diferentes de Liverpool não pagamos mais do que £2,20. Isso na Mathew Street, endereço do Cavern e do início da história da banda.

Essa semana publicaremos uma série de textos sobre a cidade que todo amante do rock’n’roll deve conhecer! Nas palavras da minha mãe, Âque não é a maior roqueira do mundo, mas cresceu ouvindo: “é realmente um sonho! Estou tão feliz, pois sou uma grande fã e você está realizando um sonho que já existia antes de você existir.”

yeah yeah yeah
yeah yeah yeah

Até lá fique com esse vídeo espetacular que mostra 13.500 pessoas cantando Hey Jude em plena Trafalgar Square, no centro de Londres. Impossível não se arrepiar quando chega no beter, better, better, betteeeeeeeeeeeeeeeeer…

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH.

A linda e pitoresca Bath: o Império Romano no UK

Sempre ouvimos muito sobre Bath. Coisas como “a cidade é linda” ou “vocês TÊM que ir”. Então, num dia desses nos programamos pra mais uma day trip – como são boas essas trips bate-volta. :)

Os preços das passagens de trem nos horários mais convenientes não eram muito atrativos: £28,50. A gente também não estava muito animado pra passar quase 4h em um ônibus – que tinha preço a partir de £5.

Mas como consumidores conscientes que somos, seguimos em busca de uma pechincha e pesquisamos, pesquisamos e pesquisamos. Até que achamos passagens por £9,50 saindo da Paddington Station às 6:30h. Ok, pela economia e horário que chegaríamos em Bath, valeria a pena. Nada que um night bus não resolva.

Embarcamos num sábado com perspectivas chuvosas e 8:30h chegamos na ainda adormecida Bath. Ruas vazias, comércio fechado, aquele arzinho frio que só o sol pra aquecer e aquele cheiro de asfalto molhado. Tudo em um cenário com características romanas. O dia prometia!

Começamos a andar e logo nos deparamos com uma bela paisagem:

avon river
avon river

Já estava esquecendo de falar, mas Bath é uma pequena cidade que fica a 156km de Londres no sudoeste da Inglaterra. É tombada pelo Patrimônio Mundial da UNESCO em função de suas águas termais. Estima-se que os romanos descobriram as propriedades das águas de Bath por volta do ano 50, quando batizaram a cidade com o nome de Aquae Sulis, em homenagem à  deusa celta Sulis, que fora identificada como Minerva, a deusa romana da sabedoria, das artes e da guerra.

Os romanos curtiram tanto a cidade que se instalaram por lá e construíram o que acredita-se ser o primeiro spa do mundo. Um complexo incrível com espaços para banhos quentes, massagem e outros dengos.

Bath, Inglaterra, roman bath
obra dos romanos no século I

Parte do que foi erguido no início da era cristã ainda está lá e hoje abriga um museu muito legal cheio de história e, é claro, águas termais. A entrada custa £12,50 ou £10 para estudantes (não esqueça a carteirinha) e vale muito a pena. É cheio de detalhes e objetos históricos. Alguns cantos têm um cheiro que mistura mofo com umidade que faz você se sentir um verdadeiro romano da época em que Jesus era vivo! =D

Algumas fotos do Roman Baths:

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essa área está cheia de estátuas de imperadores. Esse é Constantino, o Grande.
essa área está cheia de estátuas de imperadores. Esse é Constantino, o Grande.

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Nessa época foram construídos o templo de Sulis Minerva e um conjunto de banhos com finalidades higiênicas e terapêuticas. O templo era um centro de culto a Minerva. Banhos lá eram proibidos. O legal é que o lugar ainda existe! Até hoje o pessoal joga moedinhas e faz seus pedidos.

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uma viagem, não?
uma viagem, não?

A profundidade das águas chega a incríveis 3 mil metros e a temperatura está sempre em 46,5ºC. Infelizmente não é permitido mergulhar nas águas do templo, mas você pode curtir essa experiência no Thermae Bath Spa. Por duas horas de banho você paga £24, mas existem outros planos. Vale conferir.

Saímos do templo e voltamos a andar. A cidade tem outras atrações como o Fashion Museum, a Victoria Art Gallery e o Bath Balloons, mas a gente preferiu ficar só caminhando pelas ruas.

Mais pro fim da manhã começamos a perceber uma movimentação de pessoas vestidas com uma camisa de um time, que até então não sabíamos qual era. Logo descobrimos que se tratava do Bath Rugby. Pelo jeito ia rolar jogo mais tarde.

Dá-lhe, Batão!
Dá-lhe, Batão!

Pra nossa sorte estávamos passando pela região do modesto estádio bem na hora que ia começar a partida. Como bons amantes de esporte que somos decidimos ver de perto qual era a desse jogo estranho que se perde entre o nosso futebol e o dos yankees. Por £5 (estudantes) fomos assistir o glorioso Batão jogar contra os escoceses da nossa querida Edinburgh.

entrada em campo com nuvem cabulosa ao fundo
entrada em campo com nuvem cabulosa ao fundo

Muitas famílias no estádio, cerveja liberada (bons tempos em que podíamos beber no Brasil) e uma torcida não muito animada. Na hora do primeiro gol/touchdown – se alguém souber como se chama o ponto no game me corrija, por favor – a gente comemorou mais do que todo mundo no estádio. =D Após os 40 minutos da primeira etapa o Batão já goleava, claro, e a gente decidiu que a experiência já tinha sido bem aproveitada.

apesar da boa torcida, a nossa vibração era maior que a deles!
apesar da boa torcida, a nossa vibração era maior que a deles!

Saímos do estádio lá pelas 16h já tendo andado por praticamente toda a cidade, mas o nosso trem de volta só seria às 22h. Andamos mais um pouco e logo o sol começou a cair e trazer de volta o mesmo frio de quando chegamos, com o plus de uma chuvinha. Precisávamos de um refúgio e um lugar para passar o tempo. Nada como um pub e uma Guinness pra encerrar mais uma ótima viagem.

Se me permite falar, Bath é linda e você TEM que ir!

;)

 

entrada do Roman Baths com música ao vivo
entrada do Roman Baths com música ao vivo
que tal morar numa casinha dessas?
que tal morar numa casinha dessas?
como eu não sei pintar quadros, fica o registro fotográfico
como eu não sei pintar quadros, fica o registro fotográfico

 

na beira do Avon
na beira do Avon

 

ruelas surpreendentes
ruelas surpreendentes
até a próxima!
até a próxima!

 

Passagens para Bath

Ônibus

Trem

Um fim de semana na Escócia: Parte III – Highlands Scotland

Depois de uma noite bem dormida no albergue da juventude de Stirling (que o João falou neste post), acordamos no domingo cedo, entramos no ônibus e seguimos para Highlands Scotland, as terras altas da Escócia, conhecida por suas montanhas e lagos.

Reynold foi junto nos contando diversas historinhas e lendas do país e até cantando musiquinhas que até hoje estão na nossa cabeça, como esta do vídeo abaixo.

O passeio

O dia foi beeem diferente do que imaginávamos. Passamos a maior parte do tempo dentro do ônibus, apenas vendo pela janela paisagens praticamente indescritíveis, de tão lindas. Os lagos da Escócia são maravilhosos e as montanhas ao redor me fizeram lembrar daqueles filmes que passam na sessão da tarde, em que famílias americanas vão passar um fim de semana em regiões inóspitas e são atacadas por ursos. Clássico, né? haha.

Achei melhor contar um pouco mais da viagem por meio de fotos (com legendas explicativas) porque assim dá pra você ter uma ideia melhor de tudo o que vimos. Ah, e antes que você saia procurando uma foto do monstro do lago Ness, ou do próprio Loch Ness (como eles chamam no “dialeto escocês”), eu já adianto: ele não está aí. Vimos vários importantes e enoooormes lochs, mas o Ness era longe de onde estávamos, por isso não o conhecemos.

Antes das fotos, nossa “conclusão”: apesar de termos adoraaaado tudo o que vimos, o fato de termos feito apenas duas paradas ao longo de umas seis horas de viagens nos deixou um pouco frustrados. Queríamos poder sair andando por todos os cantos, explorando aquilo tudo. Mas, como era um grupo de turismo grande e a viagem era curta, entendemos a “fórmula”.

Porém, sugerimos que você faça diferente se tiver mais tempo. Alugar um carro e sair dirigindo por lá deve ser sensacional!! Já fizemos uma viagem de carro (para Stonehenge, Winchester e Andover) e achamos que é uma opção beeem interessante. Vale dar uma olhada!

Esse aí é o Hamish, um animal escocês que se adapta ao inverno e ao verão local, mesmo com todo esse pêlo. O Reynold nos contou que ele é o xodozão da Escócia. A gente adorou o dito cujo!
Esse aí é o Hamish, um animal escocês que se adapta ao inverno e ao verão local, mesmo com todo esse pêlo. O Reynold nos contou que ele é o xodozão da Escócia. A gente adorou o dito cujo!
Chegando no vilarejo de Killin. Lindo, lindo.
Pra posteridade: Highlands Scotland e amor
Chegando no vilarejo de Killin. Lindo, lindo.
Chegando no vilarejo de Killin. Lindo, lindo.
A impressão que dá, no vilarejo de Killin e em todos os outros das Highlands, é que a vida para quem mora lá é até mais fácil por causa da beleza toda em volta... Queríamos que nossas avós pudessem estar como essa senhorinha! =)
A impressão que dá, no vilarejo de Killin e em todos os outros das Highlands, é que a vida para quem mora lá é até mais fácil por causa da beleza toda em volta… Queríamos que nossas avós pudessem estar como essa senhorinha! =)

 

A beleza dos lagos e das montanhas se reflete até nas casas dos vilarejos da região.
A beleza dos lagos e das montanhas se reflete até nas casas dos vilarejos da região.

 

Depois da parada em Killin, mais lagos e montanhas. Segundo o Reynold, a lenda diz que os monstros não saem de dentro dos lagos, mas sim que descem as montanhas para assustar as pessoas que estão nos lagos.
Depois da parada em Killin, mais lagos e montanhas. Segundo o Reynold, a lenda diz que os monstros não saem de dentro dos lagos, mas sim que descem as montanhas para assustar as pessoas que estão nos lagos.
Outra versão da lenda diz que o monstro é o próprio lago, já que as águas são muuuito geladas e muitas pessoas já morreram neles porque congelaram enquanto davam um mergulho. =/
Outra versão da lenda diz que o monstro é o próprio lago, já que as águas são muuuito geladas e muitas pessoas já morreram neles porque congelaram enquanto davam um mergulho. =/

 

Os escoceses fazem dos lagos suas praias. Até topless eu vi da janela do ônibus. =)
Os escoceses fazem dos lagos suas praias. Até topless eu vi da janela do ônibus. =)

 

Na volta, parada nas Forth Bridges. Uma delas é essa aí... Te lembra alguma outra ponte beeem conhecida?! =)
Na volta, parada nas Forth Bridges. Uma delas é essa aí… Te lembra alguma outra ponte beeem conhecida?! =)
E essa é a outra, que, segundo o Reynold, passa constantemente por pinturas pois seu material se "corrói" com o clima local.
E essa é a outra, que, segundo o Reynold, passa constantemente por pinturas pois seu material se “corrói” com o clima local.

*Quer saber mais sobre essas pontes? Clique aqui e confira o site oficial.

É isso aí. Mais uma viagem e mais uma super indicação para você que nos lê.

Talvez a Escócia nunca tenha passado pela sua cabeça como um bom lugar para conhecer, assim como não passava muito pela nossa, mas pelo pouco que vimos o país é sensacional e vale muuuito ser explorado. Queríamos poder ter mais tempo para poder conhecer tudo, mas já ficamos felizes com isso tudo. :)

Espero que você tenha gostado e se animado ainda mais para vir para o Reino Unido. É fácil demais ir de Londres para lá. Trens, ônibus e aviões não faltam. Basta você pesquisar e encontrar a melhor alternativa!

Precisando de ajuda conte conosco. Nosso email contato@praveremlondres.com.br está sempre à disposição.

Um beijo e até o próximo post,

Nah.

Um fim de semana na Escócia: Parte II – Stirling: um vilarejo incrível e cheio de história

No fim do dia saímos de Edinburgh e fomos para o hostel em Stirling sem esperar muita coisa.

A impressão que tínhamos era que não ia ter nada de bom para se fazer por lá, pois os nossos guias não haviam dito nada de interessante sobre a cidade. Como só iríamos dormir lá para partir para as Highlands (tema do próximo post) no dia seguinte, fomos sem muita expectativa.

Mas é nessas horas que a vida nos surpreende. Stirling acabou se revelando um pequeno paraíso recheado de história, construções incríveis e um ar de lugar mal assombrado.

rua principal da parte velha da Stirling
rua principal da parte velha da Stirling

Como fascinado que sou pelos sombrios tempos da Idade Média, o vilarejo de pouco mais de 30 mil habitantes me deixou fascinado. A cidade não tem nada a oferecer além de um castelo no alto de uma colina, umas poucas ruelas com casas medievais, um cemitério assustador colado ao nosso hostel (que havia sido uma igreja anos atrás) e um centrinho com pubs e algumas lojas.

Mas para quem gosta de viajar para lugares desconhecidos e com poucos turistas, assim como Winchester, na Inglaterra, o lugar é perfeito!

o tempo parou em Stirlng
o tempo parou em Stirlng

Fora toda a questão arquitetônica e sombria, Stirling foi palco de um importante capítulo da história escocesa. Foi ali, sob o comando de “Mel Gibson” William Wallace, que rolou a Battle of Stirling Bridge, ocasião em que os escoceses derrotaram o exército safado do rei Edward I. A pancadaria rolou em 11 de setembro de 1297 e foi uma das etapas da luta dos escoceses por sua independência.

William Wallace em um monumento erguido em sua homenagem
William Wallace em um monumento erguido em sua homenagem

O filme Coração Valente (1995) retrata um pouco dessa fascinante história que é um grande exemplo do quanto a liberdade é importante para quem não a possui. Nem mesmo quando estava prestes a ser decapitado Wallace abriu mão do seu maior sonho: a liberdade de seu país.

Vale assistir ao filme. O vídeo abaixo é a arrepiante cena final:

Após a decapitação, sua cabeça foi pendurada na London Bridge, como um sinal aos traidores e desordeiros. Pendurar cabeças na ponte, aliás, era tradição na Londres medieval.

Saber mais sobre a história da Escócia me fez valorizar muito mais aquele pequeno país, que tão pouco ouvimos falar. A luta deles pela liberdade é linda! Ok, sem mais viagens… minha colega de blog sempre briga comigo quando eu começo a devanear! =p

Se você tiver a oportunidade de ir a Escócia não deixe de visitar essa cidade. A Nah gostou muito de ~Edinbrá, mas pra mim conhecer Stirling foi muito mais marcante! Ou seja, você já tem aí dois bons motivos pra ir pro norte da ilha. No próximo post vamos falar sobre as Highlands, nossa última parada por lá.

Enquanto isso fique com algumas fotos de Stirling!

Stirling

entrada do hostel
entrada do hostel
jardim do hostel
jardim do hostel
prisão
prisão
que tal o clima de filme de terror?
que tal o clima de filme de terror?
não se escutava um suspiro na madrugada...
não se escutava um suspiro na madrugada…