Trabalho em Londres e o que fazemos para nos manter

Alguns leitores já nos perguntaram sobre trabalho e como fazemos para nos manter. Já escrevi aqui que é complicado sobreviver somente com o emprego que arranjar em Londres, já que o visto atual permite apenas 10h semanais de trabalho para quem vem com visto de estudante para cursos de longa duração (mais de três meses). Para quem vem com visto de curso de curta duração, nem trabalhar é possível.

UPDATE EM 14/02/2013: hoje em dia NENHUM VISTO DE ESTUDANTE PARA CURSOS DE CURTA TEMPORADA PERMITE TRABALHO. Nem as míseras dez horas. A informação do primeiro parágrafo dizia respeito à lei vigente em 2010. Atualmente, apenas os estudantes que vêm para fazer pós-graduação, MBA, Mestrado ou Doutorado têm esse direito.

LEMBRANDO: INFORMAÇÕES DE 2010 E REFERENTES A UM ESTILO DE VIDA DE ESTUDANTE QUE CONTA MOEDAS PRA COMPRAR PÃO

  • Aluguel de um quarto para casal na zona 2: £600/mês;
  • Transporte: £69,20/mês (para transitar livremente entre as Zonas 1 e 2 com o Oyster Card para estudantes) – UPDATE: para ter sempre as informações de custos de transporte atualizadas clique aqui;
  • Alimentação: £50/mês (fazendo comida em casa, porque comer fora é caríssimo – UPDATE: comprávamos sempre no Morrison’s – que, na época, era o mais perto de casa – além disso, comprávamos sempre comidas da marca do mercado. SIM, vivíamos com mais ou menos £50 por mês de mercado. E a gente JURA que não passava fome. :).
  • Total: £719,20

Esse é o custo básico do básico para um estudante que economiza tudo o que pode. Lembre-se que ainda precisará se divertir e pagar outras contas. Hoje, em 2016, morando em um apartamento só nosso, comendo melhor e nos divertindo mais, o custo aumentou bastante comparado a esse.

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O que nós fazemos

Olha aí o "escritório" do João na nossa casinha londrina...
Olha aí o “escritório” do João na nossa casinha londrina…

Nós temos o que pra muita gente que mora aqui é um privilégio. Somos jornalistas e mantivemos os trabalhos que tínhamos no Brasil. Eu na área de assessoria de imprensa e a Nah como redatora.

Como já fazíamos home-office no Brasil, só tivemos que exportar nosso escritório e lidar com o fuso horário. Este sim, muito complicado. Nosso maior inimigo, arrisco dizer, já que estamos 4h adiantados do Brasil e temos que trabalhar diariamente até às 22h daqui (18h do Brasil).

Fora os nossos trabalhos convencionais estamos sempre em busca de freelances para complementar nossa renda. Afinal, não existe palavra que jornalista goste mais do que freela.

Até agora conseguimos alguns trabalhos para revistas feitas por brasileiros para brasileiros que vivem em Londres. Trabalhamos com a Leros e a Real. Vale conhecer as publicações.

Fora isso, estamos sempre em contato com veículos de comunicação do Brasil sugerindo pautas que possamos cumprir daqui. Essa é uma das vantagens do Jornalismo.

Apesar de dificilmente você ver algum jornalista rico, a profissão permite essa flexibilidade de tempo e espaço de trabalho.

Fica aí a dica. Se você tem vontade de viajar por um tempo e trabalha em alguma área que não exija que bata cartão na sede da empresa todos os dias, pense seriamente sobre a possibilidade de se jogar no mundo. Só não se esqueça de que ninguém virá até você pra oferecer trabalho. Portanto, cuide bem do networking.

Feito isso é só escolher o destino e se mandar!