Pegar a estrada é sempre bom! E quando se trata de viajar em um dia ensolarado, para um lugar novo e misterioso e com boas companhias isso se torna ainda melhor. Por fim, fazer tudo isso dirigindo ao contrário pela primeira vez é sensacional.
Nos últimos dias recebemos a visita da Nica (colega de faculdade da Nah) e do Leo, seu namorado. Eles estão fazendo um mochilão pela Europa e ficaram quatro dias em Londres. Nas discussões sobre o que fazer e pra onde ir surgiu a ideia de conhecer Stonehenge, as misteriosas pedras que atiçam a curiosidade do homem há milhares de anos.
Com a ideia na cabeça, só faltava um carro na mão. Mas isso foi tranquilo. Alugamos um Ford Fiesta por £71 a diária (já com taxas) e caímos na estrada.
Como só eu estava com carteira de motorista tive que fazer o “sacrifício” de dirigir pelas motorways inglesas. Que experiência! Sobre a carteira, vale lembrar que a licença brasileira pode ser usada aqui por até 12 meses do período em que chegou. Não precisa traduzir e nem tirar a internacional.
Confesso que no início foi um tanto complicado trocar as marchas com a mão esquerda e lembrar que a mão inglesa é regra. Mas passado o período de adaptação fica tudo bem. Exceto por alguns pequenos deslizes – como perder uma calota por subir no meio fio – que mais tarde viram risadas e histórias pra contar.
Saímos da locadora e buscamos a saída da cidade apenas com um mapa da região central de Londres e um das estradas na mão – os caras não tinham mais GPS disponíveis. Parecia que isso seria uma dureza, mas não foi. As ruas e estradas são muitíssimo bem sinalizadas.
A viagem até Stonehenge não chegou a levar duas horas. As rodovias eram impecáveis e sem nenhum pedágio – exatamente o que se espera de qualquer país sério.
Chegando em Stonehenge
Stonehenge fica próxima de Amesbury, uma pequena cidade interiorana onde o tempo parece passar devagar. Sem muito pra conhecer por lá, tocamos para as esperadas pedras. Pra nossa surpresa elas ficam na beira da estrada e podem ser vistas já de dentro do carro.
A primeira impressão foi incrível. Pra resumir, eis o meu pensamento na hora: caralho, que doidera!
Paramos o carro e adentramos a região onde estão as pedras. Aos desinformados bom lembrar que é preciso pagar £6,90 para entrar. £5,90 se você for estudante. Também existe uma taxa de £3 para estacionar, mas eles devolvem o valor quando você compra o ingresso.
Lá dentro a cena clássica de qualquer lugar famoso. Centenas de turistas. Fácil de entender por que as pedras são protegidas por uma corda que mantém todos afastados. Somente no dia do solstício de verão é possível chegar perto. Nossa amiga Lara esteve lá e conta aqui como foi a incrível experiência.
Explicar o que é Stonehenge é difícil. Pra alguns pode ser apenas um amontoado de pedras com várias faltando. Mas para muitos, e nós estamos incluídos nessa, se trata de uma viagem transcedental pela história da humanidade. Os registros apontam que as pedras foram erguidas em três etapas, entre os anos 3000 a 1100 antes de Cristo.
O real motivo de sua existência é ainda inexplicado, mas três teorias dividem a opinião dos historiadores:
- Relógio astronômico
- Templo para cultuar o sol
- Espaço para rituais sacrifícios
Entendeu a doidera?
Pra mim, estar em Stonehenge foi um privilégio. Conhecer um lugar com tanta história e com tanta energia foi algo que, sem dúvidas, irá marcar pra sempre. Até vale a dica: se você não for muito chegado nessa coisa de história, mistério e boas energias talvez nem curta muito o local. Pois, falando de forma objetiva, não passa mesmo de um amontoado de pedras com muitas faltando.
Mas nós recomendamos, e muito, a viagem. Principalmente se você for de carro curtindo uma road trip de primeira com seu amor e amigos.
No meu próximo artigo escrevo sobre a viagem de volta e as cidades que conhecemos. Uma delas absolutamente incrível!
Até lá.
Serviço:
Onde alugar o carro (melhor preço entre todos quando pesquisamos)