Eu falo isso desde 2010, quando, depois de uma temporada de seis meses vivendo na cidade do meu coração, pisei pela primeira vez no país que hoje chamamos de casa. Assim como aconteceu na minha primeira passagem por Londres (em 2005), foi amor à primeira vista…
João e eu éramos dois “ultrajovens” jornalistas (tínhamos 24 e 22 anos, respectivamente) com pouquíssimo dinheiro no bolso, mas muita vontade de explorar alguns dos principais tesouros da terra de onde veio a família Brotto – e tantas outras famílias que hoje são mais brasileiras do que italianas, talvez até mesmo a sua!
Nosso roteiro era um clássico: Roma, Veneza, Florença (e mais alguns vilarejos da Toscana) e Cinque Terre (cinco cidadezinhas litorâneas que são maravilhosas). História, amor, arte e belas praias. Quem poderia querer mais?
O que vivemos naquelas duas semanas de outubro há quase sete anos nunca foi esquecido. E nos fez ter uma certeza: um dia ainda desembarcaríamos nesse país para uma longa temporada de explorações/dolce far niente, slow food, trabalho, vinhos, clima bom/sol, aprendizado e muito, muito amor.
Esse sonho começou a se tornar realidade há duas semanas (mais precisamente, no dia 12 de maio de 2017).
E os primeiros dias que vivemos aqui nos fizeram ter certeza de que a espera valeu muito a pena…
Bolonha, (já) ti voglio bene!
A cidade que escolhemos como base para a nossa aventura foi Bolonha (o João falou sobre isso neste post), conhecida como “la dotta, la grassa, la rossa“, ou, em bom português, “a erudita, a gorda, a vermelha”.
“Erudita” porque é a terra da primeira universidade do mundo ocidental. Pois é, a Università di Bologna foi fundada em 1088!
Desde então, ganhou notoriedade não apenas na cidade e na região, mas também no país e no continente, atraindo estudantes – e professores – de peso, como Nicolaus Copernicus, Umberto Eco e Dante Alighieri. Além de ter tido professoras mulheres desde os primórdios de sua história. Caso de Bettisia Gozzadini, considerada a primeira mulher a lecionar em uma universidade. Conta-se que as aulas dela atraíam tantas pessoas que precisavam acontecer não em salas de aula comuns, mas em praças públicas da cidade. #yougogirl
E a universidade continua superforte até hoje. De acordo com o site oficial, só no ano passado (2016), 84.724 estudantes escolheram estudar na Universidade de Bolonha, fazendo dela a instituição de ensino superior mais popular da Itália. Achei bacana! :D
Bolonha é “gorda” porque aqui, meu caro, se come muito bem!
Você já comeu um bom macarrão à bolonhesa na sua vida? Agradeça às nonnas “bolognesas” por isso! :)
Mas, ó, saiba que o prato original atende pelo nome de tagliatelle al ragu. “Bolonhesa” é coisa de brazuca mesmo – ou coisa feita especialmente para agradar (ou seria “para pegar”?) os turistas… Portanto, se quiser degustar o prato raiz, vá de ragu. O bolonhesa é “Nutella”. ;)
Comemos duas boas versões desse prato típico desde que chegamos. Pagamos entre 7 e 9 euros. Bom preço, né?
E essa não é a única delícia gastronômica de Bolonha. Tudo o que você espera comer/beber de bom na Itália tem por aqui também – de pizzas a legumes frescos, passando por vinhos, bons drinks e assim por diante. <3
Bolonha é “vermelha” basicamente por dois motivos:
1. Por causa das construções avermelhadas que estão espalhadas pelas ruas da cidade:
2. Por ter sido a capital europeia antifascismo durante a Segunda Mundial, ter abrigado a sede do partido comunista italiano por muitos anos e por possuir uma forte cultura estudantil de protesto até hoje. O Museo della Resistenza, inclusive, fica bem perto aqui de casa. Pretendemos visitar em breve!
Atualização em 21/06: Fizemos uma visita rápida ao museu recentemente. Foi rápida porque não imaginávamos que seria tão informativo (o que exige tempo!) e já tínhamos marcado um almoço com um amigo. Mas gostamos muito do que vimos e vamos voltar logo. Basicamente, ele narra a história da Bolonha durante a ocupação nazista em 1943 e após a libertação da cidade, dois anos depois.
E tudo isso, junto, torna a cidade muito, muito interessante!
Primeiras observações sobre Bolonha
Nos últimos 15 dias, exploramos muuuuito essa cidade a pé (se você visse o app “Saúde” do iPhone do João ia entender do que eu tô falando!).
Nesses passeios, nos encantamos com os pórticos que surpreendem a (quase) cada mudança de quadra, nos assustamos com a quantidade de referências ao nazismo em pichações por aí (a foto abaixo é um exemplo)…
… vimos que não é só de vinho que vive a Itália – os cervejeiros de plantão (alô, migues!) podem ser muuuuito felizes aqui também (tem um bar da BrewDog, minha gente), ficamos um pouco preocupados com nosso futuro peso – e, principalmente, com a nossa saúde – ao perceber que a imensa maioria dos restaurantes tem menus compostos majoritariamente por massas (o que é uma delícia, masné?), percebemos que os motoristas nem sempre estão preocupados em respeitar a “lei das ruas”, que diz que o maior protege o menor, ouvimos sinos badalarem muitas e muitas vezes…
Enfim, curtimos com os olhos brilhando a nossa casa nova.
E a melhor forma de mostrar isso pra você é como? Por meio de fotos, claro!
Aliás, estamos postando muitas fotos aqui de Bolonha lá no nosso Instagram. Para seguir a gente por lá, basta clicar aqui.
Uma publicação compartilhada por Pra Ver No Mundo (@pravernomundoblog) em
Marido, apresenta aí sua seleção de fotos que eu conto para os nossos amigos leitores o que cada uma delas representa pra gente. ;)
A arquitetura de Bolonha é de cair o queixo!
Ao todo, a cidade é “coberta” por cerca de 40 quilômetros (sim, QUILÔMETROS!) de pórticos – como esse da foto acima. O que isso significa? Que se proteger da chuva – e do sol! – nunca foi tão fácil e que a dor no pescoço é inevitável. Afinal, quem é que não quer olhar pra cima, pra baixo e para todos os lados para poder observar cada detalhe dessas verdadeiras obras de arte no meio da cidade?
Gente, não tem monotonia nesses pórticos! Mudam-se os pisos, os tetos, os lustres e as colunas a cada poucos metros!
Bolonha também tem áreas verdes!
Nossa primeira descoberta nesse sentido foi o Parco Della Montagnola, primeiro parque público da cidade, inaugurado no distante ano de 1662.
Além de ótimo para quem busca um lugar para fazer um piquenique e para aqueles que gostam de dar uma corridinha de vez em quando, o Parco Della Montagnola é visualmente lindo.
Nas fotos acima você viu a escada que dá acesso a ele e a fonte que fica logo na entrada (duas belezuras, não?), e aqui embaixo tem dois registros do que você vê olhando para fora quando está dentro do parque…
Uma publicação compartilhada por Natasha Schiebel (@nah_schiebel) em
Além disso, nossos primeiros dias por aqui tiveram muito sol, calor e céu azul, “gelatos” deliciosos para refrescar, a companhia de um casal de amigos mais do que parceiros para desbravar trilhas pela cidade e curtir o que Bolonha tem de melhor, um pulinho na Toscana – com vários amigos! – para comemorar nossos cinco anos de casamento (estamos pensando em fazer um post sobre esse momento porque, não é por nada, mas foi muito incrível!), várias jantinhas em casa feitas com os melhores ingredientes do mundo e, como já era esperado, muito, muito amor! <3
E esse é apenas o começo. Estaremos na região da Emilia Romagna pelo menos até dezembro deste ano. Aos poucos, vamos contando aqui, no Facebook, no Instagram, no YouTube, por e-mail e onde mais der na telha as melhores experiências que essa temporada italiana nos proporcionar.
A gente anda um tanto sumido aqui do blog, é verdade. Não é a primeira vez que ficamos longas semanas sem escrever e – possivelmente – não será a última.
A desculpa é a mesma de sempre. O trabalho principal, com nossa agência de marketing de conteúdo, tem tomado conta de boa parte de nosso tempo e – sendo franco – depois de ficar longas horas sentado em frente ao laptop fritando o cérebro, o que mais queremos é distância do tec tec das teclas quando “fechamos o escritório”.
Saudade de escrever aqui a gente sente todo dia, acredite. Mas tem horas que é preciso priorizar, focar, abrir mão, fazer escolhas – e viver com isso.
Por alguns anos a gente alimentou o sonho de viver do blog, fazê-lo ser nossa principal fonte de renda, mas a blogosfera testou nossa paciência. Tivemos algumas decepções com esse mercado e decidimos não levar mais a carreira de blogueiros tão a sério. Até temos algumas ideias e projetos bem legais, mas nada que será tratado como prioridade – ao menos no curto e médio prazo.
O que é bom, porque isso nos tirou algumas amarras e pressões que nós mesmos nos colocávamos sobre TER que postar algo, TER que interromper momentos legais de uma viagem para registrar isso ou aquilo. Em nossa última viagem – para o Uruguai, no Carnaval – relaxamos como há tempos não relaxávamos simplesmente porque deixamos de lado as “obrigações” de blogueiro.
De certa forma, foi um grito particular de liberdade
Não vamos deixar de escrever e nem abandonar o blog. A gente ama esse nosso filhão que completa sete anos de vida este mês. É mais uma coisa de não se preocupar tanto com o calendário de posts fixado na parede do escritório que está na minha frente, bem atrasado, agora mesmo.
Grandes mudanças estão por vir em nossas vidas. Será mais um episódio da vida semi-nômade, que eu expliquei aqui, quando ainda não se ouvia falar do “largue tudo, seja um nômade digital e viva da internet”. Tenho calafrios com gente irresponsável que vende falsas verdades e destrói sonhos.
→ Se você se interessa por nomadismo digital de forma séria, planejada e realista, recomendo o Pequenos Monstros. Eles tratam do tema de forma responsável. Tome cuidado com os pseudos gurus da internet. Tem muitos por aí!
Dolce far niente (mas nem tão niente assim)
Em maio vamos nos mudar para a Itália para escrever um novo capítulo de nossa vida viajante. O país está em nossos planos há anos. Pra mim, é uma vontade que indiretamente sempre esteve presente em razão de raízes familiares, mas que foi crescendo desde que fomos pra lá pela primeira vez, em 2010.
Quando decidimos virar a página de Londres, a vontade de fixar raízes – temporárias ou não – na velha bota veio forte. Começamos a planejar essa mudança há mais de um ano.
A ideia inicial era ir para Florença, cidade que nos encantou, mas nas primeiras pesquisas vimos que viver lá não seria muito mais barato do que morar em Londres. Aí, entre pesquisas e conversas com amigos e bartenders italianos que encontrávamos nos bares londrinos sobre qual seria a cidade ideal, chegamos a Bologna.
Nossa vontade era encontrar uma cidade pequena, mas bem estruturada, com clima bom em boa parte do ano, bem localizada, com fácil acesso para viajar, que tivesse um custo de vida que coubesse no bolso, comida boa, lugares legais para pedalar e por aí vai. Esqueci de algo?
Ah, sim. Em dado momento, quando eu já estava bem inclinado a Bologna, mas a Nah ainda considerava alternativas, ela falou que só se mudaria pra lá se tivesse um bar da Brewdog, uma das melhores cervejarias do mundo.
E não é que tinha? :D
O mais curioso é que, além da inusitada Bologna, só Firenze abrigava a Brewdog na Itália. Mais tarde, abriu um bar da cervejaria em Roma também.
Foi uma piada dela, claro, mas vimos como um sinal do destino. Batemos o martelo e é pra lá que vamos, mas de coração aberto para mudar a rota se por algum motivo, la gorda – como a cidade é conhecida, por motivos óbvios – não nos conquistar.
É louco decidir, por conta própria, mudar para uma cidade em que você nunca pisou, mas depois de ir e vir algumas vezes para lugares diferentes, esse tipo de mudança passou a fazer parte da nossa vida.
Desapegar é difícil, mas preciso
Acho que falar sobre os porquês e os benefícios que essas mudanças de cidades e países nos trouxeram nos últimos anos é tema para aprofundar em outro texto, mas a verdade é que mudar é bom. Simples assim.
Nem sempre é fácil, é verdade. Toda mudança exige muito de nós. Mas o que eu sinto é que a gente cresce sempre quando muda algo que incomoda. E quando falo “a gente”, incluo você também.
Como bem diria Barney Stinson do seriado How I met your mother:
Eu não estava planejando escrever esse texto. A ideia veio durante a leitura do livro Na natureza selvagem, de Jon Krakauer, clássico da literatura viajante que inspirou o filme homônimo e que é daqueles que mexem com os sentimentos e nos faz questionar verdades inquestionáveis que carregamos.
A gente assistiu há cerca de nove anos, ainda no cinema (matando aula na facul para um de nossos encontros “proibidos” #momentolovestory). Mas só agora parei pra ler a obra que o inspirou. Se você ainda não viu/leu, recomendo que veja/leia.
Depois que li uma carta escrita por Alex (personagem principal da história) para um senhor de 80 anos que se tornou um grande companheiro de estrada por algumas semanas foi quando, precisamente, senti que precisava compartilhar essa história com você.
O jovem que, cansado do mundo, largou tudo para viver uma aventura épica consigo mesmo, escreveu a Ron um recado que também é importante pra mim e pra você.
“Acho que você deveria realmente promover uma mudança radical em seu estilo de vida e começar a fazer corajosamente coisas em que talvez nunca tenha pensado, ou que fosse hesitante demais para tentar. Tanta gente vive em circunstâncias infelizes e, contudo, não toma a iniciativa de de mudar sua situação porque está condicionada a uma vida de segurança, conformismo e conservadorismo, tudo isso que parece dar paz de espírito, mas na realidade nada é mais maléfico para o espírito aventureiro do homem que um futuro seguro.
A coisa mais essencial do espírito vivo de um homem é sua paixão pela aventura. A alegria da vida vem de nossos encontros com novas experiências e, portanto, não há alegria maior que ter um horizonte sempre cambiante, cada dia com um novo e diferente Sol. Se você quer mais de sua vida, Ron, deve abandonar sua tendências à segurança monótona e adotar um estilo de vida confuso que, de início, vai parecer maluco para você. Mas depois que se acostumar a tal vida verá seu sentido pleno e sua beleza incrível. (…) Não hesite nem se permita dar desculpas. Simplesmente saia e faça isso. Você ficará muito, muito contente por ter feito. “
Alex Mc Candless em Na natureza selvagem
É um texto forte. É fácil, muito fácil, nos vermos presos à rotina. Não que a rotina seja algo ruim. Eu gosto de ter um (aparente) controle da maior parte do tempo. Ter horário pra dormir, acordar, trabalhar, pedalar etc. A rotina ajuda a equilibrar a vida. Mas o problema, ao meu ver, começa quando a vida passa a acontecer de forma automática, tipo assim:
É difícil não cair no clichê, mas eu também não sei por que sempre que falamos em clichê sentimos essa necessidade de nos defendermos e praticamente pedimos permissão para falar sobre. Clichês são clichês porque fazem parte da vida, oras!
De nossa vida só ficará a história que escrevemos
Qual foi a última vez que você se desafiou a fazer algo diferente? Algo que te assusta? Não precisa ser algo como largar tudo e viajar pelo mundo. Pode ser começar a praticar um esporte, empreender, falar aquilo que você sempre quis falar pra alguém, mas nunca teve coragem.
Seja o que for, lembre-se das palavras de Alex. Ele pode ter tido um final trágico em razão de seu grito de liberdade, é verdade, mas o seu legado, quase 30 anos depois, ainda inspira milhares de pessoas em todo o planeta.
Viva sua própria aventura, seja ela qual for. A nossa próxima começa em pouco mais de um mês!
Metade do ano já ficou para trás! Chegou a hora de planejar o SÉTIMO mês de 2016.
E dessa vez quem tá na área para dar as dicas de Londres não é a Fran. Sou eu, Nah. :)
É que enquanto escrevo este post, dona Francine tá chegando em Tóquio. E ela não tá indo a passeio, não. Vai morar lá do outro lado do mundo. :O
Aliás, vamos fazer um coro para incentivá-la a escrever sobre a vida nova – seja aqui no blog ou em um canal próprio? Ia ser demais, não? Aniiiima, Fran! <3
Ok, conversinhas iniciais feitas, vamos ao que interessa? Minhas dicas para este julho em Londres, é claro! :D
E eu resolvi fazer algo diferente: vasculhei o blog de cabo a rabo e tirei de posts recentes e velhiiinhos 31 belíssimas sugestões do que fazer na amada Terra da Rainha nas próximas semanas. Que tal?
Vamos lá?
Passe um dia em um campo de lavanda
A temporada de lavandas começou! Aproveitar o mês de julho para conhecer o Mayfield, um dos campos mais próximos do centro de Londres, é uma ótima pedida.
Onde: Croydon Lane, Banstead, SM7 3BE
Como chegar: Na estação de London Bridge, busque um trem que tem como destino “Tattenham Corner Rail Station”. Mas não vá até o ponto final, desça em “Woodmansterne” (até lá são cerca de 35 minutos). Saia da estação pelo lado esquerdo dela e vire na primeira rua à esquerda. Ali, na frente de um mercadinho local, tem um ponto de ônibus. O 166 passa ali. Entrando nele, a “viagem” leva mais 15 minutos. Desça no ponto Oak Park e aproveite!
Quando: Até 15 de setembro
Quanto: £1 por pessoa (que pode ser “recuperado” se você fizer compras de pelo menos 5 libras na loja) – visitantes de até 16 anos não pagam
Existe um ditado que diz “quando os gatos saem, os ratos fazem a festa”, não é mesmo? Em Londres, esse ditado se encaixa perfeitamente ao período de férias da vovó Beth – sim, sou íntima. Como não, né? hihi
Enquanto ela e o Duque de Edimburgo curtem suas férias em terras vizinhas, o Palácio de Buckingham, residência oficial da monarca em Londres, abre para visitação de súditos e turistas. No ano passado, eu aproveitei essa oportunidade e AMEI. Que tal você se programar para fazer o mesmo este ano? A “janela Real” se abre ainda este mês!
Onde: Palácio de Buckingham – London SW1A 1AA
Como chegar?
De metrô: desça na estação Green Park (linhas: Jubilee – cinza; Piccadilly – azul escura; Victoria – azul clara)
Na semana passada, contei, em um post detalhadíssimo, como foi minha experiência no Grand Slam de tênis que acontece em Londres anualmente. Ele já está na reta final, mas você ainda pode conseguir um ingresso!
Onde: The All England Lawn Tennis Club, Church Road, Wimbledon, London SW19 5AE
Como chegar?
De metrô: Desça na estação de Southfields (District Line – linha verde) e aí ande cerca de 15min (você não vai se perder, o CLIMA vai te levar pra lá. Garanto!) – ou, então, pegue o ônibus 493 (e desça junto com o resto da tchurma que tem cara de que vai ver jogo de tênis!)
De trem: Desça na estação de Wimbledon e aí pegue o ônibus 493
Gin & tonic é um dos drinks mais clássicos de Londres. Mas não é só isso. O gin, principal ingrediente dessa bebida famosa, tem sua história intimamente ligada à história de Londres. Por isso mesmo, visitar uma fábrica de gin na cidade pode ser um programa cultural bem legal. A gente curtiu – e contou tudo no post sobre o tema! ;)
Onde: 20 Montford Place, London, SE11 5DE – Estação de metrô mais próxima: Vauxhall (Victoria Line – linha azul clara)
Gente, como é divertido fazer um passeio de caiaque no Regent’s Canal! Uma forma completamente diferente de conhecer um pouco mais da história de Londres e um programa mega divertido. Com o clima gostoso de julho, fica ainda melhor. Anima?
Faça um tour pelo Stamford Bridge – o estádio do Chelsea
O Brasil se diz o país do futebol, mas na verdade mesmo, o esporte é “bretão”. Então, outra bela sugestão do que fazer em Londres é conhecer alguns dos estádios mais bonitos/modernos/clássicos da cidade – tipo o do Chelsea, que tem um tour bem completinho (rola visita à sala de imprensa, aos vestiários – do time da casa e do visitante, à entrada dos jogadores e assim por diante).
Onde: Fulham Road, London, SW6 1HS
Como chegar: A estação “Fulham Broadway” do metrô (District Line – verde) fica a poucos metros dali
Quanto: Há diferentes formatos de tour. O clássico, que é o que a gente fez, custa £19 para adultos (acima de 16 anos), £13 para crianças (entre 5 e 15 anos). Menores de 5 anos não pagam. Esses preços são para compra pela internet – neste link.
Tenha uma noite de bons drinks num bar temático superlegal
Uma carta de drinks maravilhosa, um ambiente delicioso, uma viagem no tempo. O Cahoots oferece tudo isso. Excelente para um “esquenta” de sexta-feira, um bom drink e bom papo no sábado ou para uma a noite entre amigas/amigos em qualquer outro dia. ;)
Onde: 13, Kingly Court, London, W1B 5PW
Como chegar: Estação de metrô mais próxima: Piccadilly Circus (linhas: Piccadilly – azul escura – e Bakerloo – marrom)
Aproveite a combinação deliciosa de café bacana + gatinhos lindos
Eu sou gateira assumida (com muito orgulho e muito amor, por sinal) e não posso ver um gatinho que ficou loucona. haha
Isso pode me fazer suspeita para falar sobre um café em que as grandes estrelas são os felinos, mas essa dica não podia ficar de fora. Afinal, tomar um bom café na companhia deliciosa de vários gatinhos ronronantes é uma sugestão boa demais. <3
Onde: 152 Bethnal Green Rd, E2 6DG
Como chegar: Descer na estação Shoreditch High Street (overground) e caminhar cinco minutos.
Eu nunca vou esquecer o que senti quando entrei pela primeira vez na British Library. Lembro de sentir que meus olhos estava brilhando, sabe? Era tanta preciosidade reunida bem ali, na minha frente, que eu até fiquei emocionada. E gente, é um baú de tesouros GRATUITO! Eu, se fosse você, tirava um dia deste mês para conhecer.
Ir a Londres e não ver o Rio Tâmisa não é ir a Londres. E TENHO DITO! :D
É que assim, se você quiser, você “foge” do Palácio de Buckingham, do Big Ben, da London Eye, da Piccadilly Circus. Mas do Tâmisa… aaah, é muito difícil fugir. Porque vai ter alguuuuma coisinha nos arredores dele que você vai querer explorar. Ou melhor, você vai querer ver vááárias coisinhas nos arredores da “maior avenida” de Londres. Não tenho dúvidas. :)
Pois é, o rio que corta a cidade é O cara. E uma das melhores formas de aproveitá-lo é usando o “ônibus aquático” que atende por Thames Clippers. Ele é um modal de transporte público, mas ao mesmo tempo é um passatempo e tanto.
Onde: Há diversos pontos de embarque na cidade. O post completo explica melhor.
Quanto: Preços variam. A tabela completa – e atualizada – está neste link.
Curta uma boa noite de jazz em um bar clássico de Londres
Londres é uma cidade que agrada os mais variados gostos musicais. E quando o assunto é jazz, um dos melhores lugares para sair feliz da vida é o Ronnie’s Scott, que já foi palco de shows de grandes artistas como Ella Fitzgerald, Amy Winehouse e Jimi Hendrix, e também apresenta pocket shows de nomes menos conhecidos, mas ao mesmo tempo muito talentosos.
Shakespeare sabia escrever boas histórias e deixou um grande legado para a dramaturgia mundial. E em Londres, seu legado ganha novo fôlego dia após dia com artistas dando vida aos seus personagens mais marcantes em remontagens de peças como Macbeth, Rei Lear e, claro, Romeu e Julieta no Shakespeare’s Globe, teatro construído nos mesmos moldes dos “shakespereanos”.
Se você não quiser ou não puder assistir a uma apresentação, mas mesmo assim tiver vontade de conhecer o Globe Theatre, pode fazer o tour pelo teatro, que foi o que a gente fez – e adorou!
Onde: 21 New Globe Walk, City of London SE1 9DT – ao lado da Tate Modern, na ponta oposta à St. Paul’s Cathedral tendo a Millenium Bridge como referência
Quanto: Adultos pagam £15 / Crianças de 5 a 15 anos £9,00 / Estudantes £12,50
Tome uma boa cerveja em um dos pubs mais antigos de Londres
Em 1666, Londres foi praticamente devastada por um grande incêndio que teve início na região da City of London, coração da cidade. Depois disso, muitos estabelecimentos tiveram que ser reconstruídos e recomeçar sua trajetória. Foi o caso do pub Ye Olde Cheshire Cheese, que é considerado um dos pubs mais antigos de Londres e que oferece uma experiência sensorial muito legal – a impressão que se tem é que o tempo parou lá dentro. Um lugar pra lá de bacana pra tomar uma boa cerveja e comer quitutes típicos da culinária de pub.
Onde: 145 Fleet St, London EC4A 2BU
Como chegar: A estação de metrô mais próxima é Blackfriars (District line – verde e Circle Line – amarela)
Viaje pela história do rock’n’roll britânico de van em Londres
Falei há pouco que Londres é uma cidade que agrada amantes de vários estilos musicais, certo? Pois é, mas tem uma “tribo” (ai, que coisa de velha) que sai ganhando quando o assunto é pequenos-grandes prazeres é a dos apaixonados por rock. Sim, porque algumas das bandas de rock mais icônicas do mundo nasceram por essas bandas do mundo – caso de Beatles, Rolling Stones, The Who, The Clash, etc. E uma das melhores formas de explorar essa história toda é fazendo o tour London Rock Legends Tour.
Onde/Quando: Entre 28 de março e 01 de novembro o tour acontece diariamente, com a van saindo do Original Tour Information Centre (15/17 Cockspur Street, Trafalgar Square, London SW1Y 5BL) às 14h, e entre 04 de novembro e 27 de março o tour acontece aos sábados, domingos, terças, quartas e quintas, sempre às 13h. A estação mais próxima do ponto de encontro é a Piccadilly Circus (linhas: Piccadilly – azul escura – e Bakerloo – marrom)
Quem é que não lembra da professora de Geografia que contou que existia um tal de Meridiano de Greenwich, que dividia o mundo no meio e que possibilitava a medição da longitude entre dois pontos? Todo mundo, né? :)
Então, esse tal de Meridiano de Greenwich fica em Londres. E no bairro em que ele está localizado há muita, muita coisa legal para ver e fazer. Dá para passar um dia inteiro (ou dois, três, quatro…) explorando a pé essa região que além de superlegal, é muito linda. Bora planejar esse passeio este mês?
Onde: O post completo explica direitinho como você pode chegar nessa incrível região de Londres
Conheça o barco-museu que conta a história da rota do chá
E já que estamos falando de Greenwich, uma sugestão extra para você acrescentar no seu roteiro pelo bairro é aproveitar para visitar o Cutty Sark, um museu que fica dentro de um barco ancorado por ali. O museu é bem interessante, bonitão e guarda um monte de relíquias dos tempos em que a rota do chá entre a China e o Reino Unido era um negócio mega lucrativo.
Onde: King William Walk – Greenwich – London SE10 9HT
Como chegar:
Estações de trem mais próximas: Greenwich e Maze Hill
Estação de DLR mais próxima: Cutty Sark
Ônibus que passam pela região: 177, 180, 188, 199, 286 e 386
Thames Clippers: descer na estação Greenwich Pier
Quanto: adultos pagam £ 12.15 e crianças entre 5 e 15 anos pagam £ 6.30
Entenda tudo por trás das grandes guerras visitando um museu superbacana
Outro museu bacanérrimo (e gratuito) de Londres, excelente opção para quem curte História e gosta de entender tudo que há por trás dos grandes conflitos mundiais é o Imperial War Museum. Ele é pesado, doído, mas ao mesmo tempo muito esclarecedor. Uma verdadeira aula de “mundo”.
Onde: Lambeth Road SE1 6HZ
Como chegar:
Estações de metrô mais próximas: Lambeth North (Bakerloo Line, marrom); Waterloo (Bakerloo – marrom, Northern – preta, Jubilee Line – cinza), Southwark (Jubilee Line – cinza) e Elephant & Castle (Bakerloo – marrom, Northern Line – preta)
Nossa sugestão: vá a pé do Big Ben. É uma caminhadinha suuuper gostosa de cerca de 20 minutos. :)
Veja bem de pertinho algumas das obras de arte mais lindas do mundo
Mas se o que você quer é ver belas pinturas, de artistas renomados, uma das melhores opções é programar uma visita à National Gallery. Quadros de pintores como Van Gogh, Leonardo da Vinci e Monet estão espalhados pelas belíssimas salas dessa galeria que já é uma obra de arte por si.
Não vá com a pretensão de ver tuuudo que há em cada ambiente da National Gallery, mas com o objetivo de explorar da melhor forma possível cada obra que observar. Vale cada centavo não investido – é que a entrada é gratuita. Dãr. hehe
Onde: No coração da Trafalgar Square
Como chegar de metrô? A estação Charing Cross – Northern (preta) e Bakerloo (marrom) Lines – fica do ladinho! Mas também tem um montão de ônibus que passa por ali, inclusive o famoso “9”, que é oferece praticamente um tour pela cidade
“Namore” Londres curtindo a vista incrível do prédio mais alto da cidade
Ver Londres do topo de um prédio alto, de um parque que fica em uma região elevada da cidade, da janela do avião que sobrevoa o Tâmisa é uma das melhores coisas da vida – na minha opinião, é claro.
Ao longo dos seis anos de blog, já apresentei algumas sugestões de como admirar a cidade “lá de cima”, mas para este post, como dica para você curtir este mês, separei a que nos reservou a melhor das surpresas: uma cidade encoberta por seu característico “fog” (névoa que é emblemática dessa terra): o The Shard, prédio mais alto da Europa ocidental.
Onde:
Como chegar? O The Shard fica coladinho à estação London Bridge, que é atendida pelas linhas Jubilee (cinza) e Northern (preta) do metrô e tem serviço de trem também.
Quanto: Se você comprar seu ingresso antecipadamente (pelo site, com no mínimo 24 horas de antecedência), paga £25.95; se comprar na hora, paga £30.95. Crianças entre 4 e 15 anos pagam £19.95 na compra adiantada e £24.95 no dia.
Brinque de ser Harry Potter por um dia visitando a famosa plataforma 9 3/4
Um carrinho de mala atravessando uma parede. É isso que você vê quando chega na plataforma 9 3/4 na estação de King’s Cross. E qual é a graça disso? É que essa é a plataforma que o Harry Potter usava para pegar o trem pra Hogwarts, oras! :D
Tirar uma foto ali não custa nada (a não ser que você queira pagar pelas profissas que a equipe da lojinha tira na hora) e é bem divertido brincar de Hermione por uns segundos.
Onde: Na estação King’s Cross St. Pancras, que tem as seguintes linhas do metrô: Victoria (azul clara), Northern (preta), Hammersmith & City (rosa), Circle (amarela) e Metropolitan (bordô). Além disso, dali saem trens para destinos dentro e fora do Reino Unido. Se você se perder não tem problema, basta perguntar para qualquer funcionário onde fica a plataforma do Harry Potter que eles saberão te ajudar. ;)
Quanto: Para tirar foto com sua máquina você não paga nada. Só paga se quiser comprar a foto tirada pela equipe
Encante-se pelo mercado de flores que colore os domingos de Londres
“Há flores por todos os lados, há flores em tudo que eu vejo…”
A música dos Titãs é perfeita para um dia de rolê no Columbia Road Flower Market, o belíssimo mercado de flores de Londres, que tem o poder de colorir até o mais cinza dos domingos!
Onde: Columbia Road (E2)
Quando: Domingos (menos 25/12, se cair em um domingo!), das 8h às 15h
E se você for começar seu domingo passeando pelo mercado de flores, sair de lá e ir para Brick Lane é uma ótima ideia. Você pode curtir o mercado de rua, comer uns quitutes deliciosos de diferentes partes do mundo, apreciar os graffittis espalhados pela região, tomar boas cervejas e cafés… enfim, ter um dia bem agradável andando por ali!
Onde: Shoreditch High Street é a mais próxima (Overground), mas Liverpool Street também está a uma distância tranquila para ir a pé (e lá tem Central Line, Metropolitan Line, Hammersmith & City Lines e Circle Line – ufa!).
Deguste algumas das melhores cervejas do mundo na BrewDog
Cerveja boa não falta em Londres! E um dos melhores lugares para se apaixonar pela carta cervejeira é no bar da BrewDog, cervejaria escocesa que fabrica coisas lindas como Punk IPA, Jack Hammer, Tokyo e tantas outras boas birras. E a boa notícia é que não existe apenas UM bar da BrewDog em Londres, mas seis – além de uma loja em King’s Cross. Basta achar o mais perto de você e aproveitar!
–> Emendei essa dica na sugestão de Brick Lane porque há uma BrewDog em Shoreditch, nas redondezas de Brick Lane! ;)
Onde: Vários endereços na cidade. Leia o post completo para saber mais.
Eu sei, visitar um cemitério não é a coisa mais normal do mundo. Mas esse é diferente. Karl Marx tá enterrado ali e Douglas Adams – autor da série O Guia do Mochileiro das Galáxias – também – além, é claro, de muitas outras pessoas – célebres ou não. E não é um cemitério macabro, sabe? Pelo contrário, é bem bonito. O que você acha de dar uma chance pra ele? :)
Onde: Swain’s Lane – N6 6PJ – Estação de metrô mais próxima: Arch Way (Northern Line – preta)
Quanto: Adultos pagam £4. Entrada gratuita para menores de 18 anos
Curta um dia delicioso no belo bairro de Hampstead
E como o Highgate Cemetery fica próximo ao bairro de Hampstead, uma boa ideia é aproveitar o dia para curtir essa região tão linda e que no verão fica ainda melhor de explorar. Dê uma olhada na nossa sugestão de roteiro a pé pelo bairro e aproveite! ;)
Onde: Comece seu dia na estação Hampstead do metrô (linha preta – Northern Line).
Refresque-se nas águas dos lagos do Hampstead Heath
E é ali em Hampstead que fica um dos nossos parques preferidos de Londres: o Hampstead Heath, que tem três lagos em que os encalorados podem mergulhar, dar aquela refrescada e curtir a natureza. Fora que a vista do parque também é lindona. Ou seja, um programão para dias quentes e ensolarados – sim, isso existe em Londres. ;)
Como chegar:
Metrô: Hampstead Underground Station (0.9 km) – Northern Line (preta)
Explore uma das áreas mais turísticas de Londres a pé!
Na onda dos roteiros a pé, um que eu gosto muitão é este que tem a Tower of London como ponto de partida. Ele faz você percorrer uma região turística – e linda – de Londres sem gastar muito (dinheiro, porque sola de sapato até que vai bastante. :). O mapinha ficou bem completo e explicativo. É só baixar e aproveitar!
Ande de bondinho e curta uma vista diferente da cidade
É, Londres também tem teleférico! E além de levá-lo de um lado ao outro do rio pertinho da O2 Arena, o bondinho da Terra da Rainha proporciona uma vista do alto diferente das turísticas – o que é bem legal.
Onde: Há duas opções de embarque – uma em North Greenwich e outra em Royal Victoria. O post completo explica direitinho essa história
Quanto: Com Oyster, “uma perna” da viagem sai por £3.40 para adultos. Em dinheiro, o mesmo trecho custa £4.50
Outro pedacinho de Londres que merece sua visita neste mês é o bairro de Richmond, que tem um belíssimo parque, um ar interiorano delicioso, uma vista incrível do Rio Tâmisa e, para nós, é um dos melhores lugares para ver o pôr-do-sol na cidade. <3
Onde: Richmond – última parada da District Line (linha verde do metrô) no sentido oeste
Faça uma superviagem cervejeira sem sair de Londres
Por último, quero convidá-lo a fazer uma viagem cervejeira este mês em Londres. Na verdade, essa é uma dica 5 em 1, porque recomendo cinco bares de cerveja artesanal que levam você para Itália, Alemanha, Japão e Bélgica, e um último que o faz viajar na cena cervejeira local.
Onde: Vários endereços. Leia o post completo para achar o bar mais próximo a você – ou o que lhe interessar mais!
E aí, o que achou das dicas? Se colocar alguma delas em prática, não deixe de comentar ou de enviar uma foto – pelas redes sociais ou para o nosso e-mail (contato@praveremlondres.com.br). Vamos adorar saber que o ajudamos a aproveitar melhor a cidade. ;)
Brick Lane é a prova de que quando o governo quer mudar um local ele consegue.
Parte de East London (região leste da cidade), a área a que Brick Lane pertence (Shoreditch) era terrivelmente mal vista por moradores e turistas há alguns vários anos. Primeiro porque quem colocou o território no mapa foi ninguém menos do que Jack, o Estripador (não preciso dizer mais nada, né? – mas se você quiser saber, este link diz um monte de coisa). Segundo porque a violência por lá era realmente grande até pouco tempo.
Mas de uns anos pra cá as coisas mudaram bastante. Já vinham mudando com um investimentozinho aqui, outro acolá, mas o pulo do gato aconteceu depois que Stratford (também localizado no Sul de Londres) foi o bairro escolhido para receber as Olimpíadas de 2012… Era preciso arrumar a casa para as visitas, né? =/ (porque não arrumam a casa para os próprios moradores? #raiva)
Se bem que eu não consigo entender muito bem esse critério deles, olha só onde fica Brick Lane e onde fica Stratford no mapa da cidade:
*Tira o zoom pra entender o que eu quero dizer! ;)
Vizinhos que não moram tããão perto, né?
Mas, enfim, por conta das Olimpíadas no leste de Londres aos poucos East London (e inclusive Brick Lane) virou “descolado”. Os moradores locais, muitos vindos de Bangladesh (aliás, bengalês é o segundo idioma da região – como mostra o mapa abaixo, gentilmente apresentado pelo meu amigo Maycon Dimas. Thanks, Mayquito! :), tiveram que aprender a lidar com a galeura que invadiu o território que até então era deles – raro era ver ingleses ou até mesmo turistas por lá…
Quer saber de que galera eu tô falando? Pois bem, eu revelo: Brick Lane é a região mais hipster de Londres. Barbas bem cultivadas, óculos moderninhos, franjinhas e afins são marca dos frequentadores mais assíduos da região. Mas não veja isso como de todo ruim se você não tem a carteirinha do hipster club. hehe
Andando por Brick Lane você não vai encontrar SÓ coisas que os hipsters curtem, não. Muito pelo contrário. Tem clássicos de qualquer bon vivant adora: MUITA comida deliciosa, arte de rua top top top, acessórios fofos e a preços camaradas, boas lojas pra quem curte boa música e bons livros, etc. etc. etc. Ó só:
Quem não ama esse tanto de delícia? :)
Brick Lane no domingo: paraíso das compras em Londres e das comidas delicinhas
O domingo é o dia mais bacana de ir a Brick Lane. Tá certo que é, também, o dia mais movimentado (leia-se: cheio de às vezes irritar), mas é que é no último dia da semana que rolam o Sunday-Up Market (das 10h às 17h) e o Brick Lane Market (das 8h às 14h).
O primeiro reúne arte, moda, comida, acessórios e “lifestyle” dentro do galpão de uma antiga cervejaria (The Old Truman Brewery), e o segundo é excelente pra quem procura pechinchas em móveis, roupas vintage, comida judaica (bagel shops) e bengalesa (curry houses).
Fizemos algumas fotos pra tentar mostrar isso tudo:
Ahaaaam, tem um monte de coisas legais. Basta ir sem preconceito, afim de ver gente de todo tipo, de encarar muvuca e… ir. :)
Posso te garantir que o que a gente já comeu por lá adorou (não vou recomendar barraquinha “A” nem “B”, acho mais é que você tem que olhar tudo, ver o que te parece bueno e encarar!), que vimos muitas obras de arte de rua que nos prenderam por horas bons minutos e que ficamos com uma coceirinha nas mãos para fazer algumas compritchas – e isso que não somos nada consumistas.
Acho, sinceramente, que é uma boa pedida para um domingo depois de um rolê no Columbia Road Flower Market (que apresentei aqui, lembra?).
Dá pra seguir a pé de lá susse, susse. Ó o mapinha esperto:
Minha dica final para o rolê por Birck Lane é: bata perna. Ande muito mesmo. E vá olhando para todos os lados. As surpresas vêm de onde você menos espera…
Quer dicas do que fazer em Londres no resto do seu domingo – depois da parada em Brick Lane? Aguarde as cenas dos próximos capítulos. A gente ainda tem boas recomendações a fazer. ;)
Mas se no momento o que você quer é saber onde onde estão as estações de metrô mais perto, okok, eu informo: Shoreditch High Street é a mais próxima (Overground), mas Liverpool Street também está a uma distância tranquila para ir a pé (e lá tem Central Line, Metropolitan Line, Hammersmith & City Lines e Circle Line – ufa!).
Temos certeza que com uma pint de Punk IPA como companheira você vai fechar essa parte do seu dia com chave de ouro.
Cheers!
Beijobeijo,
Nah.
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Vocês já devem ter lido por aí sobre o quanto a gente curte uma boa cerveja.
Nossa relação com o lúpulo tem início lá em 2010, aqui em Londres, claro. Foi quando começamos a deixar as pilsen comerciais de lado para explorar o fantástico universo cervejeiro.
Após uma introdução aos novos sabores com Guinness, Leffe, London Pride e tantas outras ales inglesas voltamos para o Brasil e, desde então aderimos ao lema das cervejarias artesanais: “beba menos, beba melhor”.
Pra nossa sorte, o mercado de cervejas artesanais no Brasil despertou nesse período. Curitiba, por exemplo, é hoje uma referência nacional. Várias e excelentes cervejarias surgiram, ótimos bares despontaram e as lojas especializadas se espalharam pela cidade!
A BrewDog: uma cervejaria de alma punk
E foi numa dessas indas e vindas que conhecemos a BrewDog: uma cervejaria escocesa de alma punk fundada em 2007 por Martin e James, dois amigos que, segundo eles próprios, “estavam cansados das lagers e ales industriais que dominavam o mercado britânico”.
Os caras fazem, sem sombra de dúvidas, algumas das melhores cervejas do mundo! Sério!!!
A BrewDog inspirou uma verdadeira revolução no mercado. Além de ser hoje referência e inspiração para cervejeiros de todo o mundo, os caras inovaram ao lançar o “Equity for Punks”, um programa para atrair investidores.
A partir £95 você pode se tornar acionista. O programa é sério, com todas as exigências de um mercado regulado, mas com os benefícios da filosofia do it yourself: Acionistas ganham descontos vitalícios, convites para a festa anual em Aberdeen e outros pequenos grandes mimos! Não vou me estender no assunto, mas fica o link se você quiser saber mais. É certamente um case de empreendedorismo que ganha ainda mais valor por fugir dos meios mais óbvios do capitalismo !
É uma pena que no Brasil a BrewDog chegue a preços tão caros. Uma lata ou garrafa de 350ml não sai, com sorte, por menos de R$ 25,00. Ou seja, com um Play Station 4 você compra compra 160 Punk Ipa. O que vale mais? ;) Aqui pelo UK, nos mercados você encontrar por pouco mais de £2. Mas vamos ao que interessa…
BrewDog em Londres
A BrewDog tem nada menos do que dois bares em terras londrinas. Em Camden, claro. E em Shoreditch, claro². Numa tacada ousada, como tudo o que costuma envolver a marca, os proprietários preparam o lançamento de uma terceira casa, em Sheperds Bush, área nada punk/alternativa/hipster .
Atualição em 08/08/2014: O terceiro bar já foi aberto e já há planos para novos. Acompanhe aqui.
BrewDog Camden
O berço do punk no mundo hospeda o primeiro bar aberto fora de terras escocesas. A BrewDog Camden fica num bequinho, no sentido oposto à muvuca central do bairro. Prepare-se: você pode esperar toda a magia que envolve a marca por lá. Quando dobramos a esquina e vimos aquela plaquinha azul e branca a comoção foi geral. Afinal, é a Disney das cervejas, porra!
Decoração alternativa, som da melhor qualidade – se você é chegado num “punk’n’roll”, claro. Gente doida, mas nem tanto e as melhores cervejas que você já tomou na sua vida por preços não muito diferentes do que você pagaria em um pub tradicional. A partir de pouco mais de £4 você saboreia uma Punk IPA, 5AM, Dogma, Tokyo (que no Brasil chega a custar R$ 100,00) e tantas outras.
Enfim, se ir pra Camden é obrigação de qualquer um que vem ou está em Londres, a passadinha na BrewDog é apenas um benefício extra! =)
Cervejas em doses diferentes e outras marcas
Algumas cervejas são servidas em ⅔ ou até ⅓ de uma pint. No caso da Tokyo (⅓), há uma boa justificativa. São nada menos do que 18% de álcool. Um soco na cara de uma mistura levemente adocicada, extremamente aromática e única. Uma cerveja perfeita pra apreciar em uma dose de pouco mais de 157ml.
Vale destacar que além das suas próprias, a BrewDog vende cervejas de outras pequenas cervejarias. Afinal, o DNA da empresa é assim! Por que não promover outras marcas para o bem do mercado?
Peço desculpas pela ausência de fotos do bar de Camden, mas naquele dia ainda estávamos sem câmera e não tiramos muitas fotos com o celular.
BrewDog Shoreditch
Mas no último domingo, em mais uma dura missão em prol do Pra Ver Em Londres e da sua estada em Londres fizemos o sacrifício de ir até o outro bar, no reduto hipster de Londres: Shoreditch.
Provavelmente é em Shoreditch que você encontra a maior concentração terráquea de gals com óculos de grau gigantes e bros com calças curtas, suspensórios e barbas estileiras.
Mas não leve pro lado ruim, não. Shoreditch vale muito o rolê! Em breve a gente traz umas dicas.
A dinâmica do bar é igual a de Camden. Boas cervejas, músicas idem, mesas compartilhadas, clima de camaradagem. E em Londres. Precisa mais pra ser feliz?
Ah, e os bares também servem comida, claro. Porções, tábuas de frios, hambúrgueres, etc. Não provamos nada, mas quem faz cervejas como a BrewDog não deve fazer uma comida que não seja, no mínimo, animal!
Pra concluir
Sendo você cervejeiro de carteirinha ou alguém que curte uma gelada, mas não se liga muito na arte, não deixe de ir na BrewDog. Pede uma Punk IPA, sente aquele cheirinho diferente de tudo o que já sentiu, beba e seja feliz!
Só não esqueça de guardar bem o seu Oyster. Vai precisar. ;)