Você já se perguntou “por quê?” hoje?

Desenvolver um novo hábito não é algo simples. É preciso tempo (alguns especialistas dizem que são necessários 21 dias para criar – ou desfazer – um hábito), dedicação e força de vontade.

Por isso mesmo, apesar de a vontade de escrever sobre o tema do post de hoje ter surgido logo no dia 1 da nossa “vida nova”, esperei de fato ela se tornar um hábito para falar sobre o assunto.

Mas antes de explicar essa história, preciso voltar no tempo…

Pausa rápida!
Em 2015, o João escreveu uma matéria sobre o livro
O poder do hábito para a revista VendaMais. Para ler, clique aqui.

Rotina, hábitos e qualidade de vida (ou a falta dela)

João e eu trabalhamos de casa desde 2010, quando fomos para Londres juntos pela primeira vez.

No nosso primeiro fim de semana em Londres em 2010, sentamos pra tirar uma foto na frente do Palácio de Buckingham e uma joaninha parou no dedo do João. Pode não significar nada para alguns, mas foi tão simbólico pra esses dois pirralhos aí… :)

Na época, que marcou o início das nossas vidas de profissionais autônomos, eu era repórter de uma revista de investimentos (#saudadeInvestMais) e editora do blog da revista, e o João era assessor de imprensa de uma consultoria de investimentos (pois é, é daí que vem nossa riqueza. Hahaha, quem vê pensa).

Jovens (eu tinha 22 anos, o João, 24), com o dinheiro contado (ganhávamos em reais e gastávamos em libras! – que, na época, estava baratinha: £1 = R$ 2,60) e apaixonados pelo que fazíamos, mesmo estando quatro horas à frente do fuso brasileiro, iniciávamos nossa rotina de trabalho sempre às 9h da manhã.

E não pense que parávamos de trabalhar às 18h do horário de Londres.

Como a bolsa de valores de São Paulo fecha entre 17h e 18h (dependendo do horário de Brasília) e nosso trabalho estava muito relacionado a ela, era só depois de pelo menos 22h do nosso horário que começávamos a pensar em “fechar o escritório”.

Olhando para trás, confesso que não entendo por que a gente trabalhava TANTO naquela época. Mesmo quando cada um de nós só tinha UM cliente o ritmo era frenético. Depois, assumimos outros freelas e, claro, ficamos ainda mais loucos. Culpo a juventude e a falta de maturidade mesmo. haha

Desde então, sempre que estivemos fora do Brasil mantivemos a rotina mais ou menos assim. O escritório abria no tradicional horário comercial – do país em que estivéssemos – e só fechava perto do fim do horário comercial NO BRASIL. =/

Escritório da Handmade Content em Valência em um dia feliz! :)

O volume de trabalho aumentava e diminuía, mas a gente nunca trabalhava muito menos horas do que isso, não.

O engraçado é que nas temporadas que passamos em terras brazucas tínhamos jornadas mais equilibradas. Porém, NUNCA conseguimos fazer o mesmo estando em outros lugares.

Vai entender…

Nove anos depois do começo de tudo, mais maduros e com reflexos claros do excesso de trabalho na nossa saúde (física e mental), recentemente começamos a questionar e repensar nossa rotina.

Mudanças que geram mudanças

Em março deste ano, já vivendo em Valência (onde, no momento, estamos 5h à frente do Brasil “no tempo”), adotamos o que eu tenho chamado de “slow mornings”. Ou seja, do momento em que acordamos até às 13h, nada de escritório aberto!

Tem dias em que a gente vai pro parque, joga a canga na grama e lê um pouco.

Em outros, eu estudo espanhol e o João vai para o pilates.

Às vezes, é pra academia que vamos.

Há dias em que tudo que queremos é ver Masterchef e ficar de boa.

Já tiramos manhãs para explorar o lado turístico de Valência e visitar exposições em museus.

Se precisamos resolver burocracias, as manhãs também podem servir para isso.

E assim por diante.

O momento da virada

O que aconteceu foi que a gente percebeu que nosso dia a dia em casa era composto simplesmente de trabalhar + comer + beber (e ver uns episódios de séries, é claro, porque ninguém é de ferro).

Afinal, trabalhando das 9h às (pelo menos) 18h, quando a jornada de trabalho chegava ao fim, tudo o que a gente queria era descansar.

Nisso, nossa vida pessoal seguia negligenciada. E, apesar de morarmos em cidades superlegais nesse tempo todo, a vida nelas DE VERDADE era coisa só de fim de semana.

Aliás, como a gente não precisa sair de casa para trabalhar, passar alguns dias sem colocar o pé pra fora da porta era comum (especialmente pra mim; o João, por ter o hábito de pedalar de manhã, saía mais). E isso começou a nos incomodar MUITO.

Pô, moramos numa cidade em que o sol brilha em mais de 300 dias do ano, o Mediterrâneo – esse “marzão besta” (oi, Dads) – tá a um pulo de bike de distância, o trabalho está mais equilibrado (e, “oi, privilégio”, não exige que estejamos fisicamente presentes em nenhum lugar específico)…

Estava na hora de mudar; de viver mais!

Isso sem falar que SEMPRE trabalhamos bem à noite e que contamos com a ajuda do fuso neste sentido – já que estamos entre 3h e 5h à frente do Brasil e, portanto, nossos clientes iniciam e terminam a jornada de trabalho mais tarde…

É verdade que o fato de o sol já estar se pondo às 21h aqui (!) tem ajudado muito. Afinal, por mais que trabalhemos até 22h, 23h, o céu nos faz pensar que nem é tão tarde assim. Mas na hora em que os dias passarem a ser mais curtos a gente repensa a rotina novamente. Até lá, temos pelo menos uns bons cinco meses para levar a vida dessa forma mais leve. :)

E aí?

O resultado dessa mudança começou a aparecer logo nos primeiros dias.

É impressionante como eu me tornei mais produtiva no trabalho desde que adquirimos este novo hábito! As horas parecem render mais, eu tenho mais energia e estou me achando até mais criativa. :)

E o Kike (você tem a ver com isso)? :)

Eu sei que decidir não trabalhar pela manhã ou poder escolher quando, onde e como trabalhar é um privilégio imenso e que talvez pra você isso seja algo distante.

Por isso mesmo, meu objetivo não é fazer você aderir ao que chamei de slow morning.

O que quero é provocar uma reflexão sobre as coisas que fazemos no “piloto automático” e, consequentemente, sobre a importância de nos perguntarmos “por quê?” – e, depois “como?” (mudar o que nos incomoda, fazer melhor, viver melhor!).

De maneira geral, o ser humano tem o costume de fazer as coisas como sempre foram feitas (afinal, dizem que em time que está ganhando não se mexe, né?), e por causa disso, grandes oportunidades de melhoria se perdem.

Meus “por quês?” (e, depois, meus “comos?”) me trouxeram mais tempo para pensar, mais vontade de fazer coisas novas e diferentes e resultados melhores em todas as esferas da minha vida – até post novo eu escrevi depois de DOIS ANOS :O. Espero que os seus façam o mesmo por você! :)

Se você já passou por algo semelhante e quiser compartilhar sua história, a caixa de comentários tá aí pra isso. ;)

Até a próxima!

Nah
que estava com muita saudade de escrever aqui.. :)

Tomar uma decisão difícil é melhor do que cozinhar um problema

O tempo passa!

Lá se vão 22 meses desde que publicamos o último artigo aqui. Nesse período, refletimos muito sobre tirar o blog do ar, retomar as atualizações periódicas ou apenas mantê-lo respirando sob aparelhos. Foi o que acabou acontecendo. Desapegamos. Mas não esquecemos.

Nos últimos dias eu recebi mensagens de parabéns no LinkedIn pelo aniversário como editor no Pra Ver no Mundo e isso me fez lembrar (de novo) do quanto esse espaço é especial pra nós.

A verdade é que sentimos muita falta de compartilhar nossas viagens e aprendizados por aqui, mas a simples verdade é que cansamos.

Manter um blog ativo e atualizado constantemente com conteúdo de qualidade dá um trabalho enorme. Pode dar retorno. Pode empatar. Pode dar prejuízo. É um negócio incerto. Talvez promissor.

Isso, somado ao fato de que nosso trabalho principal é também ligado à gestão de conteúdo, estava nos fazendo passar muitas horas (muitas mesmo) sentados em frente ao computador. Fazendo as mesmas coisas repetidamente. E outras boas horas queimando neurônios pra fazer tudo funcionar.

Não estava tudo bem. Pifamos.

Estávamos mentalmente esgotados. Nos cobrávamos muito. Nos sentíamos culpados por não dar conta de executar o planejamento. A frustração era grande. Estávamos vivendo em um ciclo vicioso perigoso para a mente.

De quebra, o corpo começou a emitir sinais de alerta quando nos presenteou com hérnias de disco e dores cervicais, herdadas do ofício jornalístico de mais de 10 anos trabalhando em frente ao computador.

handmade content

Tomar uma decisão é melhor do que cozinhar um problema

O Pra Ver no Mundo nos acompanha há nove anos, bem como a nossa empresa, a Handmade Content (antiga LondonPress). Por muito tempo conciliamos as duas atividades, trabalhando duro para equilibrar os pratos – e isso funcionou por alguns anos.

A empresa seguia com um nível de crescimento sustentável e a audiência do blog também, ainda que contando com os solavancos inerentes à toda jornada empreendedora. Só que chegou uma hora que percebemos que precisávamos abrir mão de algo. Foi ficando cada vez mais claro que esse foco compartilhado nos faria patinar de algum lado ou surtar de tanto trabalhar.

Era muita coisa pra pensar, muita coisa pra fazer. Sempre tinha algo pendente.  

Foi quando decidimos fazer uma pausa sem aviso prévio e sem tempo determinado no blog e focar nossas energias na Handmade, decisão que nos tirou um peso enorme das costas. E nos permitiu viver melhor e com menos culpa.

Quando o Pra Ver no Mundo era um projeto que levávamos muito a sério, toda viagem que fazíamos – mesmo que de férias – era, também, a trabalho. Precisávamos registrar muita coisa em tempo real, seja em fotos, vídeos ou anotações. Tínhamos preocupações que iam muito além do que rola em uma viagem de lazer.

Em nov/2017, já não mais blogueiros, nas Dolomitas

Tínhamos a sensação que nossa vida era uma eterna jornada de trabalho

E foi bom que enxergamos isso antes de sofrer com problemas mais graves – ainda que as minhas costas me lembrem diariamente do contrário.

Se antes eu me preocupava em fotografar até o cardápio dos restaurantes, hoje eu, às vezes, viajo sem nem levar a câmera. Pode parecer bobagem, mas é libertador!

Quando optamos por nos afastar do blog, a vida se tornou mais leve e produtiva.

Nesses quase dois anos que ficamos longe do blog aconteceu muita coisa. Fizemos viagens muito legais por diversos lugares da Itália, Holanda, Bélgica, Hungria, Alemanha e Áustria. Ah, tiveram uns dois ou três pulos em Londres pra matar a saudade também.

De quebra, mudamos de Bologna pra Bergamo e, depois, pra Espanha. Escrevo direto de Valencia, a capital mundial da paella, onde estamos há três meses depois de quase dois anos de Itália.

A cidade alta da nossa amada Bergamo

Mas é claro que nunca esquecemos o Pra Ver no Mundo

Foram muitas as vezes em que nos pegamos conversando sobre retomar o blog. Escrever nesse espaço é um exercício muito prazeroso e divertido. Sempre foi nossa válvula de escape dos temas densos que enfrentamos no dia a dia com os clientes da Handmade e suas pautas ligadas a negócios.

E como hoje alcançamos um equilíbrio mais saudável entre trabalho e tempo livre, lá veio o monstrinho da blogosfera nos cutucar.

Mas, sinceramente, ainda não encontramos o perfil editorial ideal. Aquela coisa de simplesmente postar sobre destinos e dar dicas perdeu um pouco do sentido pra nós. Tudo bem que esse nunca foi bem o nosso foco, mas cansamos um pouco da vida de blogueiros de viagem.

Ainda que tenhamos algumas ideias sobre cobrir temas que giram entre nosso estilo de vida, trabalho remoto, nomadismo digital, livros que temos lido e pequenos prazeres da vida, estamos num processo de autoconhecimento e redescoberta editorial.

É possível (provável?) que essa conversa de hoje não leve a nada e que fiquemos mais um longo inverno longe daqui, mas não é esse o plano. De verdade!

valencia
Os ares mediterrâneos de Valencia

Aliás, você nos ajudaria muito dizendo sobre o que gostaria de ler. Alguma dica? Isso se ainda tiver alguém por aqui. Tem?

O Pra Ver no Mundo nos ensinou muito e nos rendeu boas amizades. Não faz nem dez dias que estivemos em Londres reencontrando amigos queridos que conhecemos graças a esse espaço e, acredite, conhecendo uma nova (antiga) leitora.

Esse tipo de coisa é que sempre fez tudo valer a pena. A gente sabe que nosso trabalho gerou um impacto positivo na vida de muitas pessoas e que inspirou outras tantas a seguirem seus sonhos.

E isso me faz lembrar que uma das razões pelas quais eu decidi fazer Jornalismo era porque eu queria gerar um impacto positivo no mundo. Ainda que, nesse caso, esse mundo seja restrito ao alcance do Pra Ver no Mundo, sou feliz por saber que isso se concretizou.

E, ainda que eu esteja contradizendo o que diz o que escrevi no título, sinto que tenho o dever de continuar essa missão. Você concorda?

Londres, abr/2019

Planeje sua viagem

Você sabia que se planejar sua viagem clicando nos links de nossos parceiros, que confiamos 100%, você nos dá uma força gigante?

Hospedagem, aluguel de carro e seguro viagem. Você não paga nada extra por isso e nos ajuda muito! Basta clicar nos banners ou nos links dessa página e fazer suas reservas.



Booking.com

Viva sua própria aventura, seja ela qual for

A gente anda um tanto sumido aqui do blog, é verdade. Não é a primeira vez que ficamos longas semanas sem escrever e – possivelmente – não será a última.

A desculpa é a mesma de sempre. O trabalho principal, com nossa agência de marketing de conteúdo, tem tomado conta de boa parte de nosso tempo e – sendo franco – depois de ficar longas horas sentado em frente ao laptop fritando o cérebro, o que mais queremos é distância do tec tec das teclas quando “fechamos o escritório”.

Saudade de escrever aqui a gente sente todo dia, acredite. Mas tem horas que é preciso priorizar, focar, abrir mão, fazer escolhas – e viver com isso.

Por alguns anos a gente alimentou o sonho de viver do blog, fazê-lo ser nossa principal fonte de renda, mas a blogosfera testou nossa paciência. Tivemos algumas decepções com esse mercado e decidimos não levar mais a carreira de blogueiros tão a sério. Até temos algumas ideias e projetos bem legais, mas nada que será tratado como prioridade – ao menos no curto e médio prazo.

O que é bom, porque isso nos tirou algumas amarras e pressões que nós mesmos nos colocávamos sobre TER que postar algo, TER que interromper momentos legais de uma viagem para registrar isso ou aquilo. Em nossa última viagem – para o Uruguai, no Carnaval – relaxamos como há tempos não relaxávamos simplesmente porque deixamos de lado as “obrigações” de blogueiro.

noite estrelada no container - playa atlantica - uruguay - aventura
Tentativa – quase frustrada – de permanecer imóvel para uma exposição de 30 segundos em uma das noites mais lindas da vida em algum lugar no litoral do Uruguai

De certa forma, foi um grito particular de liberdade

Não vamos deixar de escrever e nem abandonar o blog. A gente ama esse nosso filhão que completa sete anos de vida este mês. É mais uma coisa de não se preocupar tanto com o calendário de posts fixado na parede do escritório que está na minha frente, bem atrasado, agora mesmo.

Grandes mudanças estão por vir em nossas vidas. Será mais um episódio da vida semi-nômade, que eu expliquei aqui, quando ainda não se ouvia falar do “largue tudo, seja um nômade digital e viva da internet”. Tenho calafrios com gente irresponsável que vende falsas verdades e destrói sonhos.

→ Se você se interessa por nomadismo digital de forma séria, planejada e realista, recomendo o Pequenos Monstros. Eles tratam do tema de forma responsável. Tome cuidado com os pseudos gurus da internet. Tem muitos por aí!

Vida de nômade digital - trabalhando no aeoroporto
Aeroporto é sempre sinônimo de escritório pra nós

Dolce far niente (mas nem tão niente assim)

Em maio vamos nos mudar para a Itália para escrever um novo capítulo de nossa vida viajante. O país está em nossos planos há anos. Pra mim, é uma vontade que indiretamente sempre esteve presente em razão de raízes familiares, mas que foi crescendo desde que fomos pra lá pela primeira vez, em 2010.

Quando decidimos virar a página de Londres, a vontade de fixar raízes – temporárias ou não – na velha bota veio forte. Começamos a planejar essa mudança há mais de um ano.

A ideia inicial era ir para Florença, cidade que nos encantou, mas nas primeiras pesquisas vimos que viver lá não seria muito mais barato do que morar em Londres. Aí, entre pesquisas e conversas com amigos e bartenders italianos que encontrávamos nos bares londrinos sobre qual seria a cidade ideal, chegamos a Bologna.

por do sol em florença
Pôr do sol ao fundo do rio Arno, em Florença

Nossa vontade era encontrar uma cidade pequena, mas bem estruturada, com clima bom em boa parte do ano, bem localizada, com fácil acesso para viajar, que tivesse um custo de vida que coubesse no bolso, comida boa, lugares legais para pedalar e por aí vai. Esqueci de algo?

Ah, sim. Em dado momento, quando eu já estava bem inclinado a Bologna, mas a Nah ainda considerava alternativas, ela falou que só se mudaria pra lá se tivesse um bar da Brewdog, uma das melhores cervejarias do mundo.

E não é que tinha? :D

O mais curioso é que, além da inusitada Bologna, só Firenze abrigava a Brewdog na Itália. Mais tarde, abriu um bar da cervejaria em Roma também.

Foi uma piada dela, claro, mas vimos como um sinal do destino. Batemos o martelo e é pra lá que vamos, mas de coração aberto para mudar a rota se por algum motivo, la gorda – como a cidade é conhecida, por motivos óbvios – não nos conquistar.

É louco decidir, por conta própria, mudar para uma cidade em que você nunca pisou, mas depois de ir e vir algumas vezes para lugares diferentes, esse tipo de mudança passou a fazer parte da nossa vida.

Desapegar é difícil, mas preciso

Acho que falar sobre os porquês e os benefícios que essas mudanças de cidades e países nos trouxeram nos últimos anos é tema para aprofundar em outro texto, mas a verdade é que mudar é bom. Simples assim.

Nem sempre é fácil, é verdade. Toda mudança exige muito de nós. Mas o que eu sinto é que a gente cresce sempre quando muda algo que incomoda. E quando falo “a gente”, incluo você também.

Como bem diria Barney Stinson do seriado How I met your mother:

via GIPHY

Eu não estava planejando escrever esse texto. A ideia veio durante a leitura do livro Na natureza selvagem, de Jon Krakauer, clássico da literatura viajante que inspirou o filme homônimo e que é daqueles que mexem com os sentimentos e nos faz questionar verdades inquestionáveis que carregamos.

A gente assistiu há cerca de nove anos, ainda no cinema (matando aula na facul para um de nossos encontros “proibidos” #momentolovestory). Mas só agora parei pra ler a obra que o inspirou. Se você ainda não viu/leu, recomendo que veja/leia.

Depois que li uma carta escrita por Alex (personagem principal da história) para um senhor de 80 anos que se tornou um grande companheiro de estrada por algumas semanas foi quando, precisamente, senti que precisava compartilhar essa história com você.

yosemite national park - california
Fascinado pela estonteante beleza do Yosemite National Park – Califórnia

O jovem que, cansado do mundo, largou tudo para viver uma aventura épica consigo mesmo, escreveu a Ron um recado que também é importante pra mim e pra você.

“Acho que você deveria realmente promover uma mudança radical em seu estilo de vida e começar a fazer corajosamente coisas em que talvez nunca tenha pensado, ou que fosse hesitante demais para tentar. Tanta gente vive em circunstâncias  infelizes e, contudo, não toma a iniciativa de de mudar sua situação porque está condicionada a uma vida de segurança, conformismo e conservadorismo, tudo isso que parece dar paz de espírito, mas na realidade nada é mais maléfico para o espírito aventureiro do homem que um futuro seguro.
A coisa mais essencial do espírito vivo de um homem é sua paixão pela aventura. A alegria da vida vem de nossos encontros com novas experiências e, portanto, não há alegria maior que ter um horizonte sempre cambiante, cada dia com um novo e diferente Sol. Se você quer mais de sua vida, Ron, deve abandonar sua tendências à segurança monótona e adotar um estilo de vida confuso que, de início, vai parecer maluco para você. Mas depois que se acostumar a tal vida verá seu sentido pleno e sua beleza incrível. (…) Não hesite nem se permita dar desculpas. Simplesmente saia e faça isso. Você ficará muito, muito contente por ter feito. “

Alex Mc Candless em Na natureza selvagem

É um texto forte. É fácil, muito fácil, nos vermos presos à rotina. Não que a rotina seja algo ruim. Eu gosto de ter um (aparente) controle da maior parte do tempo. Ter horário pra dormir, acordar, trabalhar,  pedalar etc. A rotina ajuda a equilibrar a vida. Mas o problema, ao meu ver, começa quando a vida passa a acontecer de forma automática, tipo assim:

via GIPHY

É difícil não cair no clichê, mas eu também não sei por que sempre que falamos em clichê sentimos essa necessidade de nos defendermos e praticamente pedimos permissão para falar sobre. Clichês são clichês porque fazem parte da vida, oras!

De nossa vida só ficará a história que escrevemos

Qual foi a última vez que você se desafiou a fazer algo diferente? Algo que te assusta? Não precisa ser algo como largar tudo e viajar pelo mundo. Pode ser começar a praticar um esporte, empreender, falar aquilo que você sempre quis falar pra alguém, mas nunca teve coragem.

Seja o que for, lembre-se das palavras de Alex. Ele pode ter tido um final trágico em razão de seu grito de liberdade, é verdade, mas o seu legado, quase 30 anos depois, ainda inspira milhares de pessoas em todo o planeta.

Viva sua própria aventura, seja ela qual for. A nossa próxima começa em pouco mais de um mês!

Acompanhe a gente nas redes sociais! 

Twitter  |  Facebook  |  Instagram

Snapchat (praveremlondres)  |  Youtube

Até logo, Londres! E obrigada por tudo

Faz algumas semanas que estamos pensando nesse post. Na melhor forma de contar as novidades pra você que nos acompanha – aqui, nas redes sociais, nas nossas vidas. :)

Um dia desses, andando por Londres e curtindo MUITO essa cidade incrível, lembrei-me de uma música que é tipo um hino pra mim. Mas que provavelmente pouca gente conhece…

John Bala Jones, banda manezinha da ilha encantada (Florianópolis <3), canta:

Muitos riram de mim,

pois ficava assim, olhando para o nada

Mas eu não sou, eu não sou dessas pessoas

que ficam esperando sentadas

Às vezes, eu olhava para a lua,

Então, eu estava lá

Vivendo no meu mundo, fugindo da maldade

sem deixar de acreditar

(…)

:)

Se você nos acompanha há algum tempo, já deve ter percebido que a gente é assim, né? O tempo todo fazendo planos, definindo metas e batalhando para alcançá-las. 

E de sonho em sonho e de “batalha” em “batalha”, construímos a nossa trajetória até a lua – e de volta pra Terra porque, pelo que sei, ainda não tem cerveja na lua. TEM? haha #Brincadeira

bike cotswolds

Pois é, mas acontece que está na hora de acordar do sonho que estamos vivendo no momento. Depois de mais uma longa temporada na Terra da Rainha, quinta-feira, dia 25, embarcamos rumo à nossa também amada Curitiba. Pra passar um tempo com a família, ficar mais perto dos clientes, da equipe mais amada desse mundo (Oi, Mot. Oi, Fran), dos amigos, do Coxa doido (hihi), dos cachorros e do gatinho que tanto amamos e assim por diante.

Hora de matar a saudade dos amigos da vida. E passar a sentir saudade dos amigos de Londres. Coisas da vida. :)
Hora de matar a saudade dos amigos da vida. E passar a sentir saudade dos amigos de Londres. Coisas da vida. :)

Por quanto tempo? Nem a gente sabe!

Os planos para 2016 envolvem viagens BEM legais, rolês pelo Brasilzão e a construção de um novo projeto que a gente acha que vocês vão curtir.

Por falar em viagens bem legais, estamos devendo posts sobre Nova York. =O Mas calmaê, amigão, logo mais a gente conta as histórias de lá. ;)
Por falar em viagens bem legais, estamos devendo posts sobre Nova York. =O Mas calmaê, amigão, logo mais a gente conta as histórias de lá. ;)

Sim, eu sei que falei, falei e não falei quase nada, mas é que o propósito desse post é contar pra você que, de quinta em diante, o “tempo real” das nossas redes sociais não será mais direto de Londres. A base será a linda terra das araucárias – com pulinhos pra lá e pra cá sempre que possível, claro. :)

Paranismo

Uma foto publicada por Joao Guilherme Brotto (@joao_brotto) em

Porém, em termos de conteúdo do blog, pouca coisa muda. Ao longo do último ano, acumulamos uma lista enorme de pautas SOBRE Londres para produzir. Tá tudo arquivadinho, documentadinho, e aos poucos vai entrando no ar. Então, quem planeja visitar a cidade logo mais não precisa se preocupar com a falta de atualização nas nossas dicas, porque isso não vai acontecer. #euagarantio

pra ver no mundoAlém disso, também produziremos posts sobre as viagens que fizemos nos últimos meses (a continuação das séries sobre Bordeaux e Cotswolds + Irlanda, por exemplo) e, se bater vontade, traremos dicas do Brasilzão. O que você acha? A gente tá bem disposto a explorar melhor esse selinho aí do lado. ;)

“Mas por que vocês estão deixando Londres, Nah?”

Já falamos algumas vezes sobre a forma como vivemos (dá uma lidinha neste, neste e neste posts, para saber mais). Em resumo, temos uma empresa no Brasil, a LondonPress Marketing de Conteúdo, e como nosso trabalho é praticamente 100% online, podemos “carregá-la” na mala sempre que dá vontade de passar um tempo descobrindo o mundo.

Fomos a Bordeaux a lazer e a trabalho para o blog, mas a LondonPress não parou por causa disso. Sempre que voltávamos dos passeios, ligávamos o computador e iniciávamos um novo turno de trabalho. E como bom humor faz bem à saúde, aproveitávamos a onda cool do hotel em que nos hospedamos - o Mama Shelter - para dar aquela animada nas horas extras.
Fomos a Bordeaux a lazer e a trabalho para o blog, mas a LondonPress não parou por causa disso. Sempre que voltávamos dos passeios, ligávamos o computador e iniciávamos um novo turno de trabalho. E como bom humor faz bem à saúde, aproveitávamos a onda cool do hotel em que nos hospedamos – o Mama Shelter – para dar aquela animada nas horas extras.

Mas isso significa que a maior parte do nosso faturamento é em reais. E em tempos de libra a mais de R$ 6, chega uma hora que a gente percebe que a escolha de ficar ESPECIFICAMENTE em Londres pode dificultar os planos para o futuro, sabe?

Por mais que a gente não tenha precisado mudar nosso estilo de vida para fazer a vida aqui caber no bolso (continuamos saindo para jantar, para tomar boas cervejas, viajamos, etc.) e que o importante seja viver o presente, sempre que pensávamos em quanto poderíamos economizar morando em outros lugares o peso na consciência batia. Desses debates, aliás, surgiram algumas cidades candidatas para uma próxima base. Elas estão em nosso radar! Mas isso é papo para outra hora.

Por isso, no momento, o melhor é voltar.

Voltamos com as malas cheias de experiências, um montão de histórias pra contar e a certeza de que vivemos o melhor período da nossas vidas nessa temporada que está se encerrando. :)

Pow, tive uma ideia: vou começar a contabilizar os nossos brindes. Esse aí, no TAP East, um bar que fica dentro do shopping Westfield Stratford, foi um dos incontáveis a base de cerveja de qualidade.
Pow, tive uma ideia: vou começar a contabilizar os nossos brindes. Esse aí, no TAP East, um bar que fica dentro do shopping Westfield Stratford, foi um dos incontáveis à base de cerveja de qualidade.

E como diz John Bala Jones em outro trecho de “O sonhador”,  o que seria do amanhã sem os sonhos de hoje, não é mesmo?

Então, a gente embarca para Curitiba já com um milhão de sonhos para transformar em realidade lá, aqui e em diversos outros lugares – hoje, amanhã e sempre. A gente embarca para Curitiba prontos para viver o melhor período das nossas vidas de novo. Porque, como diria meu crush Barney Stinson (do seriado How I met your mother <3), “new is always better” (o novo é sempre melhor). :)

Então que venha o novo. De novo!

Um desses sonhos é poder ir esse ano ao Content Marketing World, maior evento da nossa área do mundo, que acontece sempre no começo de setembro em Cleveland (Ohio, EUA). Estamos lá no ano passado (o João já tinha ido em 2014 também) e aprendemos MUITO. Queremos muito repetir a dose!
Um desses sonhos é poder ir esse ano ao Content Marketing World, maior evento da nossa área do mundo, que acontece sempre no começo de setembro em Cleveland (Ohio, EUA). Estivemos lá no ano passado (o João já tinha ido em 2014) e aprendemos MUITO. Queremos repetir a dose!

No meio do caminho, enfrentaremos uns reveses naturais da vontade de fazer as coisas darem certo. Por exemplo, aqui em Londres, planejávamos sustentar nosso tour de pubs (que foi sempre MUITO legal, mas que era difícil encaixar na nossa agenda semanal de trabalho – que é de onde vem o dinheiro que paga nossas contas), queríamos ter terminado nosso guia de pubs (mas com vários novos bares de cerveja artesanal abrindo o tempo todo dá vontade de adicionar mais um à lista – e só mais um, mais unzinho… e aí o fim do trabalho é sempre adiado), viajado (ainda) mais, escrito mais posts e assim por diante. 

Mas o fato é que às vezes, a gente (João, eu e você também, provavelmente) superestima nosso “poder” de execução, quer abraçar o mundo, e por mais que se esforce bastante para conseguir tal feito, logo percebe que não é bem assim. Aí, meu amigo, a frustração é quase inevitável.

Mas os quilômetros de estrada rodados deixam calos que ensinam que é preciso levantar a cabeça e seguir adiante depois desses “tombos”. E ensinam também que é preciso ter orgulho dos “machucados” que eles deixam, porque eternamente nos lembrarão dos erros e acertos cometidos e do aprendizado que proporcionaram.

Pode parecer motivacional e clichê, mas é a mais pura verdade.

A experiência acumulada após seis anos e quatro temporadas trabalhando remoto (três em Londres e uma em Buenos Aires), com fuso horário diferente dos clientes e todos os prós e contras da vida de expatriado, nos deixou mais maduros e serenos para lidar com (mais) uma mudança dessas.

*Aliás, a Luiza, do excelente blog 360meridianos, escreveu um post recentemente que resume bem esse nosso sentimento. Tá aqui. Vale a pena ler!

Não que seja fácil. Nas semanas que antecedem à viagem de volta você vive em uma espécie de limbo, já pensando que logo sua rotina de todos os dias será diferente, bem como a vista da janela e a cama em que dorme. Em breve, uma nova vida começa. É um sentimento difícil de descrever, mas uma coisa que aprendemos nessas idas e vindas é que a cada ruptura geográfica compreendemos melhor a nós mesmos, entendemos melhor o que queremos para o agora e para o amanhã, temos a sensação de termos feito o que queríamos e construímos mais um tijolinho nessa louca jornada da vida.

Tão jovens em 2010. :)
Tão jovens em 2010. :)

Hoje, conseguimos ficar mais tranquilos com a possibilidade de não voltarmos para Londres tão cedo, coisa que há alguns anos nos aterrorizava um bocado. A cidade ocupa um espaço gigante em nossa história e corações, mas hoje é preciso agradecer por tudo que Londres nos deu, pelas pessoas que nos apresentou, e seguir adiante.

Não existe o certo e o errado, mas existe o analisar tudo o que envolve morar em Londres, Curitiba ou qualquer outro lugar, tomar uma decisão e tocar a vida. Se no ano passado viemos para Londres com o objetivo de, quem sabe, ficar “para sempre”, hoje vimos que teríamos que abrir mão DE MUITA COISA para conseguir isso. E, nesse momento, não é um preço que estamos dispostos a pagar.

Optamos por uma vida financeira mais equilibrada, menos trabalho, novos projetos, mais tempo para nós e, antecipando um pouco dos planos ainda em fase beta, um desejo de viver fugindo do inverno. Mas isso a gente conta mais pra frente.

Agora deixa eu voltar para a arrumação das malas, que não tá fácil. :)

Até logo, Londres. E obrigada por tudo! TU-DO. <3

(E obrigada você, amigo leitor, que nos acompanha e nos ajuda diariamente com suas mensagens cheias de boas energias. Elas nos fortalecem MUITO!)

Como o home office está nos levando de volta pra Londres

Quando os seis meses que passamos em Londres acabaram, em outubro de 2010, falamos pra nós mesmos: vamos voltar um dia!

Acho que todos que passam por uma experiência fora do país acabam falando isso. Mas o problema é que falar é fácil. Fazer, não é tão simples assim. Ao menos pra nós não foi…

Londres vai fazer com que você um dia volte
Londres vai fazer com que você um dia volte

Em Curitiba, após Londres, a vida seguia, mas o tal itchy feet e a depressão pós-Londres, que a Nah já contou aqui, incomodavam.

Tanto que fomos morar por quatro meses em Buenos Aires pouco depois que voltamos pra casa. A vida porteña foi o estalo que faltava para percebermos que a tal coceira nos pés pra viajar era algo muito forte.

La Boca, Buenos Aires
La Boca, Buenos Aires

Um estilo de vida

Esses 10 meses que passamos fora do Brasil entre 2010 e 2011 nos fizeram muito bem.

No clichê: amadurecemos como cidadãos e profissionais. Nos tornamos um casal mais unido. E sabíamos que essa coisa de viajar era pra sempre!

Foi aí que começamos a sonhar em viver algo que hoje tento chamar de um estilo de vida semi nômade. Mas como?

Como viver fora do país sem ter que encarar os chamados sub-empregos? Nada contra, sério! Respeito e admiro demais quem rala pra ganhar a vida de forma honesta e dedicada, seja na área que for!

Tento explicar: tanto eu como Natasha nos formamos jornalistas. E somos apaixonados por essa arte de juntar letrinhas.

Ver o mundo, tentar aprender um pouco de muito e muito de pouco. Transmitir informação e conhecimento. Ajudar pessoas a partir de coisas que você gosta e entende! Isso é um pouco do que resume o Jornalismo pra mim. E seria muito triste, tanto pra mim como para a Nah, ficar longe de tudo isso.

Como conseguimos exercer nossa profissão nessa condição viajante?

Foi em 2010, poucos meses antes de embarcarmos para Londres, que nossa vida de jornalistas autônomos começou. E foi aí que o home office entrou em nossas vidas.DSC_0102

Eu era assessor de imprensa de uma consultoria de investimentos. A Nah produzia conteúdo para o blog de uma revista, também do mercado financeiro. Trabalhávamos em Curitiba, de casa.

Sem muito pensar, planejar ou temer que a grana não daria levamos nosso escritório para o Velho Continente. Aviso: planejamento é fundamental. Mas vai dizer isso pra dois jovens recém formados e doidos pra cair na estrada?

Em Londres, trabalhávamos muito! E o fuso prejudicava, pois precisávamos estar conectados de acordo com o horário da BMF & Bovespa e todas as suas agudas e eternas crises.

Com o pregão fechando às 18h em São Paulo, em Londres, era só lá pelas 23h que começávamos a fechar o escritório.

Apesar das jornadas de trabalho por vezes dignas da Revolução Industrial, essa experiência foi demais! Na época não havíamos percebido, mas Londres nos proporcionava ao maior estilo inglês de ser, discreta e eficiente, uma nova forma de vida!

Nascia o estilo de vida semi nômade

Morávamos em Londres. Trabalhávamos para empresas brasileiras. E funcionava!

A lição que ficou foi: atender clientes oferecendo serviços jornalísticos, com qualidade, em qualquer lugar do mundo, era possível.

Em nossas cabeças não fazia mais sentido correr atrás de um emprego com carteira assinada sendo que podíamos ter o mundo como jardim.

London, baby
scilla, calábria, itália
Por do sol em Scilla, na Calábria. Vivemos lá por 15 dias com o escritório a plenos vapores

O desafio

Estava em nossas mãos criar os mecanismos pra fazer isso acontecer. Foi nesse contexto e alguns outros projetos freelas depois, que surgiu a LondonPress. A empresa que hoje é corresponsável por nos levar ao UK novamente.

Em dois anos de atividade ralamos e penamos muito. Continuamos fazendo isso, claro. Mas, hoje, com clientes satisfeitos, reconhecimento e respeito do mercado e, acima de tudo, realizados profissionalmente!

Grana é parte ou consequência disso tudo. Ela pode não vir sempre, mas  manter o foco no que você é bom ajuda e atrai!

DSC_0868

A LondonPress

Levamos Londres no nome da nossa empresa pela mais óbvia e honesta homenagem que poderíamos fazer. Nossas vidas passaram por uma completa ruptura a partir daqueles seis meses de 2010. A cidade nos uniu, nos fez crescer, nos mostrou que poderíamos trabalhar juntos e ter mais qualidade de vida. Devíamos essa homenagem a Londres. ;)

Agora, estamos voltando pra lá por uns meses para dar uma atenção maior ao Pra Ver Em Londres – e para você que nos acompanha há tanto tempo.

Vamos fazer valer nossa missão de ajudar pessoas a viajar mais, melhor e gastando menos! Com a LondonPress na mala junto com a saudade do Piva.

Atualização em 2019: Hoje, nossa empresa se chama Handmade Content. :) Mudamos o nome no ano passado, para adequar ao novo momento que vivemos profissionalmente.

Pivair, o nosso Piva, em uma dura tarde de trabalho

Faltam poucos dias para o embarque! Um novo tempo de descobertas e desafios gigantes vem aí!

Até lá, fica aquela estranha sensação do medo combinado com a ansiedade e a perspectiva de ver novos sonhos acontecendo, além do pensamento “tem tudo pra dar certo, mas na pior das hipóteses teremos passado mais alguns preciosos meses de nossas vidas na cidade mais incrível do mundo”. E isso, por si só, vale a viagem! =)

Londres
Londres acontecendo…

Por que escrevi esse texto

Gosto muito de conhecer histórias inspiradoras de gente que foi na contramão do tradicional pra ser mais feliz.  Como as contadas nos vídeos do continuecurioso.

E sei que tem muita gente que sonha em viver de forma remota. Ou viver viajando.

Eu e a Nah temos o privilégio de ter cursado Jornalismo, que, apesar de não ser a profissão mais lucrativa do mundo, é capaz de proporcionar isso tudo que estamos vivendo hoje. Mas a tecnologia é aliada de todos. É possível que você possa atuar de forma remota em sua área. Estude, bote a cabeça pra funcionar e mãos à obra.

Um grande sonho move sua vida! Cabe a você ter calma, sabedoria, paciência, foco e determinação pra fazê-lo acontecer!

E desencana desse negócio de “chegar lá”, “alcançar o sucesso”. Isso é bobagem. Correr atrás disso é que é a grande diversão da vida.

Seja a mudança que você quer ver no mundo

Dicas de Home Office

O GoHome reúne muita informação sobre home office. Foi criado pelo André Brik e pela Marina Sell Brik, um casal aqui de Curitiba. Ele designer, ela jornalista. Eles começaram com um blog há algus anos e hoje têm livro publicado sobre o assunto e fazem muitas coisas legais! Certamente podem te ajudar e te inspirar. O André escreveu o artigo 7 coisas que todo mundo precisa saber sobre home office. Vale a leitura!

Também recomendo a leitura do livro Trabalhe 4 horas por semana. É uma espécie de manual da vida remota. Bastante inspirador! O Efetividade tem um post bem legal sobre a obra.