Por mais que a gente fale de Londres todos os dias, às vezes é difícil transmitir com palavras toda a magia dessa cidade.
Neste vídeo, o fotógrafo Alex Silver conseguiu. Com imagens sensacionais ele mostra cenas do dia a dia e exibe alguns dos lugares mais charmosos da nossa London.
Tenho certeza que se você já veio pra cá vai sentir uma p* saudades quando assistir esse vídeo. Eu, quando vi pela primeira vez, senti um aperto só de pensar que um dia terei que ir embora.
Se você nunca veio terá a chance de dar um “passeio” bem legal e sentir um gostinho do que é essa cidade fantástica!
O sistema de transporte público de Londres é conhecido por ser um dos melhores do mundo. Não conheço todos os buracos do planeta pra dizer se isso é verdade ou não, mas não tenho do que reclamar do que diz respeito à pontualidade e eficiência do serviço. É claro que algumas vezes acontecem atrasos e outros tipos de pequenos problemas, mas de maneira geral tudo funciona muito bem.
Além do famoso underground (metrô), a cidade conta com trens, ônibus e até mesmo barcos para quem quer dar um rolê pelo Tâmisa. Dificilmente você terá que andar mais do que três quadras para chegar ao ponto ou estação mais próxima da sua casa.
Outro aspecto sensacional é que você jamais espera mais do que 15 minutos para pegar um ônibus ou trem – mesmo aos domingos ou madrugada (neste caso só ônibus funcionam). O metrô, por outro lado, não te faz esperar mais do que cinco minutos.
Um aspecto curioso é que os ônibus dificilmente estão superlotados como é comum ver em qualquer cidade brasileira. Isso ocorre porque o motorista controla a quantidade de pessoas que adentra ao veículo. Quando chega no limite para que todos fiquem confortáveis ele simplesmente não deixa mais ninguém entrar.
Parece um sonho, não? Nada de passar aperto, ser encoxado, tomar sacolada das tias voltando do mercado ou aguentar o trabalhadores voltando pra casa após um árduo dia de trabalho no verão. Argh!
Já no metrô isso não ocorre. Nos horários de pico as sacoladas, encoxadas (watch your back) e o cheirinho agradável das 18 horas são constantes. O negócio vira um caos total. E pra piorar os vagões não têm ar condicionado. Em dias quentes uma viagem no underground é quase insuportável. Se você sofre de pressão baixa leve seu saquinho de sal pois as chances de passar mal são grandes.
Preços
Pior mesmo que o calor do underground só o preço salgadíssimo. As opções para comprar passagens são diversas, mas o mais em conta é usar o Oyster Card. Nesse vídeo o Canal Londres explica bem o que é o Oyster e como você deve usá-lo.
Nós, por exemplo, gastamos £18 por semana (cada um) para ter acesso livre às zonas 1 e 2 – seja de trem, metrô ou ônibus. Vale lembrar que estudantes têm um desconto de 30%. O preço normal seria de £25 por semana.
UPDATE: Os valores citados aqui dizem respeito ao ano de 2010, quando moramos lá. Para ter acesso aos valores atuais, clique aqui.
Uma boa dica é utilizar ônibus, pois eles não são contados por zona. Ou seja, se você possuir um Travelcard que permita rodar somente na zona 1 poderá pegar ônibus em qualquer área da cidade sem pagar mais por isso.
Dica de ouro
O site do Transport for London (TfL) é um grande aliado de qualquer um que mora em Londres ou está visitando a cidade. Além de disponibilizar todas as informações de preços, mapas de metrô, trem, ônibus, DLR, ciclistas, etc., ele tem uma ferramenta chamada Journey Planner que é uma mão na roda pra você que quer planejar seus passeios.
Ela fica na home, do lado direito, e tem essa cara:
Usar o Journey Planner é MUITO simples. Basta dizer onde você está (e se é uma estação/parada, código postal, endereço ou lugar de interesse), onde quer chegar, a que horas e clicar em Plan journey.
Na página seguinte você encontrará todas as informações sobre as possibilidades de trajeto, como você vê abaixo.
Além disso, se você quiser pode ainda limitar as possibilidades de rota fazendo algumas escolhas. Para isso, basta clicar naquele “Travel Preferences (Edit)” no topo da imagem. A tela que vai aparecer é esta:
E aí, clique de novo em Plan Journey e, pronto, receba as informações que precisa para circular tranquilamente em Londres…
Bacana, né? :)
Esperamos tê-lo ajudado. Porém, como sabemos que o assunto pode gerar dúvidas, fica aqui o recado: se precisar de mais alguma ajuda, conte conosco. Os comentários estão abertos e nossa caixa de emails também (contato@praveremlondres.com.br).
O Big Ben é um daqueles monumentos que você cresce vendo na tevê, em fotos e filmes. É a identidade suprema de Londres. O maior símbolo inglês. Representa a ordem, a realeza, o chá das cinco, o parlamento.
São poucas as cidades que têm o privilégio de ter em suas raízes algo capaz de transmitir sua própria identidade de forma tão singular. Quando você chega perto dele pela primeira vez tudo isso que descrevi e muito mais fazem perfeito sentido.
O que senti foi como se ele estivesse lá esperando por mim por todos esses anos. Não é tão alto quanto eu imaginava, ms seu charme, beleza, imponência e magia são indescritíveis. Ver o Big Ben pela primeira vez é como se fosse seu batizado londrino.
Não só por ele! Mas pelo Tâmisa que o banha, a London Eye que o observa, a placa do underground que parece ter nascido junto com ele e, indo além, pela Londres que o protege em seu colo tão bem quanto acolhe a todos que pra cá vem.
Esse post não tem outro objetivo senão ser uma dedicatória a um dos mais belos cartões-postais do mundo.
Apesar de o mundo estar respirando futebol porque a Copa do Mundo vem aí, começa hoje, aqui em Londres, um dos mais tradicionais torneios de tênis. E eu, como amante do esporte, não podia deixar de falar sobre esse que é, na minha opinião, o Grand Slam mais charmoso de todos! =)
Muitos acham que tênis e grama não combinam (que esse é o território do futebol), que regras como só usar branco dentro da quadra são exageradas (que esporte tem que ser livre), mas, putz, para mim esse torneio é simplesmente perfeito: Londres, tênis, grama, elegância.
Há semanas estamos acompanhando as propagandas na BBC daqui sobre o torneio. Estamos loucos para poder assistir alguns jogos, mas não compramos ingressos ainda porque os preços que vimos na rua eram absurdos (mais de 300 libras para um jogo) e só agora vimos que na internet alguns estão baratos. Mais uma vez, torçam pra gente conseguir ir; seria muito legal poder contar essa experiência aqui.
Enquanto ainda não podemos trazer algo de lá, indicamos que você assista a propaganda que a BBC está transmitindo. Impossível não entrar no clima de Wimbledon vendo esse vídeo de 40 segundos…
A música de fundo chama-se It’s a Beautiful Morning, do The Rascals. Faz parte da trilha sonora do filme Desafio no Bronx (A Bronx Tale), de 1993. O João pediu pra eu escrever isso porque ele gosta muito do filme e quer indicar a todos. =) É dirigido por Robert de Niro, que também atua no filme.
Mas também não posso deixar de lado o filme que chegou no Brasil com o título “Wimbledon, o jogo do amor”, e que traz Kirsten Dunst e Paul Bettany no papel de dois tenistas que disputam o tal torneio. Uma daquelas comédias românticas que eu adoro – ainda mais porque é Londres, tênis, grama e elegância. Hehe. Só achei o trailer em inglês, mas mesmo pra quem não entende muito já dá para entrar no clima!
Falando de Wimbledon, o Grand Slam
Quem me conhece sabe que em qualquer torneio, qualquer piso, eu torço sempre para o espanholzinho Rafael Nadal. Mas, enquanto ele não entra em quadra, fica minha torcida para os brazucas, é claro. Um deles estreia hoje: o Marcos Daniel, que, às 10h (de Brasília) enfrenta o qualifier (disputou um pré-torneio para poder entrar na chave principal) turco Marsel Ilhan.
Mas, antes dele, o jogo de abertura é do número 1 do ranking e dono de seis títulos por aqui, o suíço Roger Federer (principal rival do meu Nadalzinho!), que enfrenta o colombiano Alejandro Falla.
Ainda hoje, Andy Roddick, atual vice-campeão do torneio, joga contra o compatriota Rajeev Ram, por volta das 11h. E Novak Djokovic fechará a programação da quadra central por volta de 12h30, diante do belga Olivier Rochus.
É bom demais estar por aqui na época de Wimbledon. Sério mesmo. Como durante a semana é tudo bem corrido para nós, já que estudamos e trabalhamos, no fim de semana prometo pelo menos levar um banquinho lá pelos lados de um dos bairros mais chiques da cidade e tentar comprar um ingresso que caiba nos nossos bolsos para poder contar para vocês.
Ah, e um dia ainda faremos o tour lá em Wimbledon (quando não estiver rolando o torneio) para trazer todos os detalhes para vocês, viu?! =)
Por último, mas não menos importante, gostaria de sugerir uma leitura: o post “Minha primeira vez na grama”, do blog do Fininho (o ex-tenista Fernando Meligeni), em que ele conta sua primeira experiência em Wimbledon.
Quem gosta do cara (impossível não gostar) vai rir muito com esse texto dele. É ótimo! Para os amantes do tênis, eu recomendo também o livro dele, o Aqui Tem!, escrito pelo jornalista André Kfouri, mas narrado pelo “Fino”. Eu devorei o livro em menos de uma semana (que ganhei de presente do João! =) Muito bom MESMO.
Até sermos informados por um professor da escola não sabíamos que Karl Marx estava enterrado em Londres. Há alguns dias fomos visitá-lo.
O Highgate Cemetery leva o nome da região em que está localizado (detalhes no fim do post). É uma área muito bonita. As ruas que cercam o cemitério lembram um vilarejo medieval onde parece que a vida passa mais devagar, muito diferente do que estamos habituados a ver em Londres. Só por esse motivo já valeria visitar o local.
Antes do cemitério, um passeio pelo Waterlow Park
O caminho para chegar até o cemitério é outro ponto a parte. É preciso atravessar o belo Waterlow Park, que é pouco conhecido mas não perde em nada para os badalados St James’s, Regent’s ou Hyde Park. E ainda tem a vantagem de ser bem menos movimentado que os parques da realeza.
O cemitério
O cemitério é pequeno, charmoso e cercado por áreas verdes. Conta com a presença de algumas figuras ilustres da história britânica, mas poucos são conhecidos por nós, além de Marx e Douglas Adams.
Independente da doutrina política que você siga ou dos ideais que acredite é provável que você concorde que o pensador alemão cumpriu um papel fundamental na história da humanidade.
E que, mais do que ser mais uma dentre tantas figuras importantes na História, Marx teve ideias que poderiam melhorar a vida da sociedade, principalmente dos membros da classe dominada – o proletariado.
Se o sistema idealizado por ele fracassou, lembremos com respeito das ideias de um homem que um dia sonhou em fazer do mundo um lugar melhor.
“As revoluções são a locomotiva da história.”
“Uma ideia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas.”
“A imprensa livre é o olhar onipotente do povo, a confiança personalizada do povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas intelectuais, e idealiza suas formas brutas.”
KARL MARX
Serviço
Highgate Cemetery
Swain’s Lane – N6 6PJ
Estação de metrô mais próxima: Arch Way (Northern Line – preta)