Pausa na Escócia para voltarmos para Londres! =) Mas hoje não vou dar dicas de passeios ou de questões burocráticas, e sim apresentar uma cantora local que conhecemos há pouco tempo e que nos agradou bastante: Eliza Doolittle.
A primeira vez que ouvi a voz dessa londoner de apenas 22 anos foi no site da Julia Petit. Lembro que achei o single “Pack Up” suuuper legal, mas quando vi que ela só lançaria seu primeiro cd em julho deste ano nem me animei muito. Pensei “ah, então depois eu conheço ela melhor”. Escutei a música algumas vezes seguidas (cantando junto o refrão “I don’t care what the people may say about me… lalala”, que fica meeesmo na cabeça), fechei o site e abandonei a inglesinha.
Porém, nas últimas semanas esse hit tem tocado bastante por aqui. Ouvimos uma vez na tevê, outra enquanto estávamos em um pub e hoje a mocinha apareceu de novo nas nossas vidas e nos fez ter certeza que devíamos falar sobre ela aqui! =)
Tá aí, ó. Assiste aí e depois me conta se saiu cantando o refrão junto e se a mocinha conseguiu te convencer. hehe
*O clipe oficial não dá mais pra colocar aqui… =( Achei essa versão bonitinha, mas vale a pena assistir no Youtube a versão “original”! ;)
O som de Eliza Doolittle
Muita gente está comparando a novata com Lily Allen e Kate Nash (que já indicamos aqui anteriormente). Mas, putz, sinceramente eu achei ela diferente. Talvez por ainda não ter sido “enlatada” por uma grande gravadora, ela é originalíssima (ok, às vezes até demais, como você vai ver no vídeo abaixo). Dá a impressão de que decide o que vai cantar de acordo com o seu humor. Tem musiquinha mais pop, tem baladinha romântica, tem r&b… tem o que ela gosta, uai. E isso é bacana demais.
*Pois é, produção quase zero. Mas e daí? Feche os olhos e ouça a voz e a energia que a Eliza repassa. É isso que interessa!
Uma jovem talentosíssima que, pelo visto, faz o que gosta, do jeito que gosta. O que eu ouvi eu gostei, e você?
Como ela ainda não é muito conhecida é meio complicado achar suas músicas por aí. Mais fácil mesmo é encontrá-la no seu próprio MySpace e no site oficial. Se curtiu, clique nos links e saiba mais sobre ela! ;)
Quer baixar o cd? Clique aqui e comece a curtir melhor o som de Eliza Doolittle. A gente tá aqui curtindo enquanto trabalha.
Boa quinta-feira para você!
Um beijo e até o próximo post (o último sobre a nossa viagem à Escócia),
Sei que o assunto “bikes em Londres” já rendeu muita notícia por aqui, mas é que realmente a cidade está vivendo um momento de paixão pelo veículo de duas rodas desde que as “bikes do prefeito” começaram a operar por aqui.
Ontem eu li uma notícia que achei bem bacana. Um designer chamado Anthony Lau, que é bem engajado no movimento pró-bike, criou umas camisetas coloridonas em que se lê “I bike London” para que os ciclistas sejam identificados de longe e, assim, trafeguem com mais segurança pelas ruas de Londres. Eu confesso que tô querendo uma. =)
O projeto tem um site, o http://www.ibikelondon.com/, e as camisetas são vendidas lá e também na loja Velorution (clique aqui e saiba mais), que fica no Soho.
Números atualizados do Barclays Cycle Hire
Em uma semana (30 de julho a 06 de agosto), as bikes do prefeito foram usadas cerca de 50.000 vezes;
Mais de 32.000 pessoas se cadastraram para utilizá-las (clique aqui e se cadastre também);
Cinco mil bikes estão funcionando no momento, não seis mil, como era previsto;
A partir de setembro, quem não for cadastrado e quiser alugar uma bike poderá passar seu cartão de crédito em qualquer uma das docking stations e sair pedalando.
Antes de irmos ao que interessa, uma explicação necessária. Estamos meios ausentes por aqui recentemente e pedimos desculpas, mas é que estamos trabalhando muitão. Hehe. Prometemos que semana que vem tudo volta ao normal, ok? ;)
São 7h20 no horário de Brasília; 11h20 aqui em Londres. Estamos nos preparando para um sábado com passeios que vão render posts, mas enquanto eles não vêm vou contar algumas notícias que li ao longo da semana no London Evening Standard e que ficaram acumuladas. Vamos à primeira?
Chama-se Victoria? Tá com sorte, honey!
Essa notícia é mais engraçada e curiosa do que importante para a cidade. Li ela na quinta-feira e na hora lembrei da minha amiga Victoria Rocha. Tem mais alguma Vick lendo o blog? Vocês deviam estar aqui até o dia 10 de agosto, moças.
Uma das maiores estações de metrô/trem/ônibus de Londres é a Victoria Station. E ela está promovendo uma ação bem diferente. Todas as Victorias da cidade podem garantir tickets de trem de graça de 4 a 10 de agosto.
Para retirar o ticket, que só vale para “viagens” foram dos horários de pico, as Vicks devem acessar o Facebook do Loco Toledo, um mexicano doidão que veste uma roupa de super herói e que é apaixonado pela estação e quer encontrar uma namorada que tenha esse lindo nome.
No Facebook dele tem um voucher para ser impresso e apresentado na estação. Mas, sinceramente, eu acho que todo mundo devia acessar a página do personagem. É muito engraçado. Perdeu o link ali de cima? Clique aqui e confira!
Mas o Loco diz que os caras da estação, seus “amigos” (está escrito amigos mesmo, já que ele é mexicano) são tão gente boa que além de ajudarem-no a encontrar uma Victoria para eles também estão dando descontos para nós que temos outros nomes. Se a gente imprimir o tal do voucher ganhamos 25% de desconto nas passagens. Que tal? Divertido, né?! =)
Mas bem que podia ter uma Natasha Station. Eu ia adorar.
Como só tivemos manifestações favoráveis à nova seção do blog, hoje damos continuidade à ela com uma notícia muito boa: começou a operar ontem o primeiro metrô com ar-condicionado de Londres!! =)
Notícia fantástica, eu diria. hehe
No verão, em horários de pico o metrô por aqui fica INSUPORTÁVEL. Esses dias achei que ia desmaiar no meio daquela muvuca toda. JURO. #drama
Voltando ao que interessa… Desde ontem, um trem na Metropolitan Line circula pela cidade um pouco mais agradável.
No entanto, de acordo com o London Evening Standard, os londoners não gostaram muito da ideia. Não, não porque gostam de passar calor no caminho de ida/volta pra casa, mas porque não entenderem por que justamente a Metropolitan Line (umas das que têm menor movimento) foi abençoada.
O jornal consultou, então, o Transport for London (TfL, departamento de transporte da cidade, sobre o qual já falamos bastante, como aqui e aqui), que explicou que a linha bordô foi escolhida nela estão os trens mais velhos e que mereciam essa modernização.
No entanto, no começo o trem não vai operar na linha toda, apenas da estação de Wembley Park até Watford. Logo, porém, o trajeto deverá ser estendido.
O Standard ouviu alguns dos passageiros que testaram a novidade e, é claro, todos aprovaram.
Para Maryam Shahiba, de 24 anos, com o ar-condicionado as viagens se tornarão muito mais prazerosas. “Eu evitava usar o metrô em horários de pico, porque eles estão sempre lotados e o calor é insuportável. Agora será mais prazeroso utilizar esse serviço”, afirmou.
O projeto
O jornal informou ainda que o objetivo do Transport for London é instalar ar-condicionado em 191 trens do metrô londrino. Inicialmente, serão instalados aparelhos nos trens da Metropolitan Line (até o ano que vem deverá ser encerrada a instalação). Na sequência, as linhas Circle e Hammersmith and City serão refrescadas (com finalização prevista em 2012) e a District Line ganhará refrigeração até 2013.
Todos os dias, quando saímos da escola, pegamos um exemplar do jornal London Evening Standard para ler enquanto estamos no metrô ou no trem. Já falamos desse jornal algumas vezes aqui (como neste e neste post), já que ele é um dos nossos principais meios de informação sobre a cidade.
A seção que estreia hoje aqui tem bem a cara de dois jornalistas, mas a gente acha que pode ajudar você que quer vir para cá a começar entrar no clima da tal “London”. Por isso, a “É notícia em Londres” vai aparecer por aqui frequentemente. Sempre que acharmos uma notícia bacana, que mereça a divulgação aqui no blog, daremos ao post o nome de “É notícia em Londres”, ok? :)
E para inaugurarmos essa seção vou falar sobre duas matérias que li hoje no jornal e que achei bem legal.
Um labirinto na Trafalgar Square
A Trafalgar Square é uma praça bem conhecida aqui em Londres. Um ponto turístico que diariamente reúne milhares de turistas e que existe para celebrar a vitória da Marinha Real Britânica na Batalha de Trafalgar nas Guerras Napoleônicas. Para saber mais, clique aqui.
Mas o que foi notícia hoje no Standard não foi o fato de a praça existir e de ser um dos pontos turísticos mais importantes da cidade, mas sim o fato de nesta semana algo novo aparecer por lá: um labirinto feito de plantas no qual as pessoas percorrerão importantes ruas da cidade e conhecerão mais sobre a região em que a rua está localizada lendo placas que contam fatos interessantes, históricos ou até mesmo curiosos.
Por exemplo, na placa sobre a Trafalgar Square o visitante fica sabendo que a tal praça turística da cidade abriga a menor estação de polícia do mundo! Tá, não é a informação mais útil do planeta, mas é no mínimo curioso, não?
Ou seja, o visitante vai literalmente se perder pelas ruas de Londres e por sua história. Uma iniciativa muito bacana que fará com que Londoners e turistas saibam cada vez mais sobre essa metrópole.
Quer ter uma ideia do que se trate o labirinto? Clique aqui e confira o vídeo feito pelo jornal (em inglês). A matéria completa (também em inglês) você confere aqui.
Aproveitando: há pouco falamos aqui sobre o Museum of London. Para quem quer conhecer toda a história de Londres, a melhor forma é visitando esse fantástico museu. Se quiser reler nosso post, basta clicar aqui.
Os primeiros dias das bikes do prefeito
Sei que já falamos bastante sobre o novo projeto de bikes (aqui e aqui) como meio de transporte aqui em Londres, mas como esse é um assunto MUITO importante, acho que é bacana a gente registrar aqui as primeiras impressões dos usuários.
Desde sábado as bikes estão nas ruas. Mas a galera que está usando está enfrentando alguns problemas. Na hora da devolução da bike alugada, por exemplo, muita gente não está esperando aparecer a luz verde que confirma a bike foi devolvida e vai embora. Aí, pouco tempo depois, o TfL (Transport for London, departamento de transporte da cidade) liga para o usuário reclamando a não-devolução da bike e o cara se assusta: “ué, mas eu devolvi”. =/
Pois é, tá rolando isso aqui. Mas parece que o TfL está lidando bem com a situação. Eles confiam na palavra dos seus clientes e tudo fica bem. Para garantir que isso não se repita, eles explicam o processo de devolução para os usuários novamente e seguem em frente.
No entanto, esse não é o único problema do Barclays Cycle Hire nesse início: alguns usuários tiveram debitado em suas contas o valor da tarifa cobrada para o uso diário (£1) ou semanal (£5) dobrado e estão dizendo que o que era para ser um facilitador da vida dos Londoners está sendo um complicador.
Bom, quis trazer essa notícia para vocês principalmente com o caráter informativo, mas também vale para a gente ver que não é só no Brasil que os novos projetos são implantados sem estarem 100% perfeitos. Isso acontece aqui também.
De qualquer forma, a ideia é fantástica e deve estar 99% funcionando logo logo. Com certeza o Brasil precisa começar a pensar em algo do gênero para as principais cidades, já que o trânsito em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba muitas vezes é caótico.
Aproveitando 2:Aos nossos leitores de Curitiba, aproveito o assunto bikes em Londres para sugerir que conheçam o projeto http://www.votolivre.org/, que é uma nova iniciativa em prol das bikes na capital paranaense.
E aí?!
Bom, como essa é a estreia da seção, queria saber a sua opinião. Achou interessante? Devemos continuar trazendo notícias sobre Londres (retiradas dos jornais locais) para o Pra Ver em Londres?
Como já dissemos várias vezes, fazemos o blog pensando em você, que gosta da cidade, quer vir para cá (ou vai vir para cá) e quer saber mais sobre a vida aqui. Por isso, sua opinião é muito importante para nós.
Escreva contando o que achou da “É notícia em Londres” e nos ajude a fazer um blog cada vez melhor. :)
Lembra que há umas semanas eu escrevi um post sobre o filme Match Point e disse que de tempos em tempos ia vir postar uma dica cultura relacionada a Londres? Então, hoje vim ressucitar a seção que criei e abandonei por motivos que nem sei explicar. :)
A dica deste sábado é perfeita para hoje por dois motivos:
1) Na minha opinião, sábado é dia pra curtir músicas para tudo o que se faz.
De manhã, arrumar o quarto ouvindo algo mais tranquilo pode ser a maneira ideal de tornar o “trabalho” mais prazeroso. À tarde, dar uma volta com os amigos com o som no máximo na sua banda preferida de hardcore ou naquela dupla sertaneja que você adora é fazer o dia valer. À noite, hora de pegar o amor e tomar um vinhozinho (inverno no Brasil) ouvindo algo como MPB… humm, bom demais.
2) Além disso, sábado é dia de passeio para nós aqui em Londres. Depois de uma semana longa de trabalho, a gente vai se mandar para um… humm… não vou contar; melhor que seja surpresa!
A única coisa que posso adiantar é que o nosso programinha de hoje vai virar um post MUITO especial nos próximos dias. Estaremos mergulhados na cultura londrina e, com certeza, nosso post vai deixar muitos com ainda mais vontade de vir para cá! Aguardem.
Vamos ao que interessa?
Bom, minha sugestão de hoje pode parecer um pouco “mulherzinha” demais, mas eu garanto que pode agradar a todos nossos leitores que gostam de boa música e que, principalmente, querem começar a entender melhor o “British Accent”, o sotaque britânico de falar inglês, que a gente A-M-A! =)
Kate Nash é o nome dela. Uma inglesinha de 23 anos que tem uma voz que eu amo e que escreve letras que às vezes são apenas simples relatos da vida e que às vezes falam de coisas que a gente gosta de falar:
I wish I was your favorite girl
I wish you thought I was the reason you are in the world
I wish my smile was your favorite kind of smile
I wish the way that I dress was your favorite kind of style
I wish you couldn’t figure me out
But you’d always wanna know what I was aboutâ€
Ou seja:
Eu queria que eu fosse a sua garota favorita
Eu queria que você pensasse, que eu sou a sua razão de estar no mundo
Eu queria que meu sorriso fosse o seu sorriso favorito
Eu queria que a maneira como eu me visto fosse o seu estilo favorito
Eu queria que você não conseguisse me entender
Mas sempre quisesse saber como eu souâ
Tá bom, eu sei que peguei pesado na parte “menininha” da coisa, mas a música é linda, não é? :)
E a Kate Nash já embalou um dos nossos vídeos Lembra quando mostramos nossa casa por dentro? Então, a trilha sonora daquele vídeo é a música Mouthwash, da Kate Nash. Reveja!
Enfim, ela já lançou dois cds, Made of Bricks (2007) e My Best Friend Is You (2010), tem clips bem bacanas e um sotaque bem bonitinho.
Curte ela aí que logo a gente volta com mais novidades! ;)
Onde achar mais
Gostou? A mocinha está no MySpace e tem um site com sua história e agenda de shows.
Um beijo, bom fim de semana e até o próximo post,
Nah.
Estou voltando a falar sobre o assunto porque ontem, enquanto andávamos pela região do Soho, vimos operários trabalhando na montagem de uma das 400 docking stations (estacionamento das bikes). Fizemos um vídeo pra mostrar pra vocês como será. O sistema é muito simples e eficaz.
Update com informações interessantes
É hoje! Mais milhares de bicicletas nas ruas de Londres, por uma cidade mais verde, mais agradável, menos caótica. No entanto, o projeto “bikes do Boris”, como está sendo chamado o sistema de aluguel de bicicletas criado pelo ciclista-político Boris Johnson, não vai chegar perfeito à capital inglesa. Pelo menos foi isso que admitiu ontem o próprio Johnson em uma declaração dada à imprensa local.
De acordo com o prefeito, aproximadamente 1.300 bikes (das 6.000 prometidas) não estarão disponíveis hoje, lançamento do projeto. Além disso, mais ou menos 3.00 dos 10.200 pontos para retirada e devolução de bikes também não ficaram pronto em tempo. Quem imginaria que isso aconteceria aqui? =/
Mas, de qualquer forma, Johnson afirmou que até o começo da semana que vem tudo estará devidamente instalado e funcionando!
A animação dos Londoners
Nos primeiros dias do novo projeto de Londres, apenas as pessoas que fizeram cadastro antecipado na internet poderão utilizar as bikes do prefeito. Até ontem, de acordo com o jornal London Evening Standard, cerca de 10.410 pessoas tinham solicitado suas chaves de acesso. No entanto, o jornal alerta que de nada adianta apenas se cadastrar; é preciso completar o processo ativando sua chave – também pela internet -, o que apenas 4.026 pessoas tinham feito até o fechamento do jornal.
Apps para Iphone, Blackberry e celulares Android
E já tem uns espertinhos querendo ganhar dinheiro com a ideia do prefeito londrino. Eles estão desenvolvendo aplicativos para Iphone, Blackberry e smartphones com sistema operacional Android para que os ciclistas tenham em suas mãos os mapas com todos os pontos da cidade em que é possível alugar e devolver uma bike, já que durante o período de testes muita gente reclamou que era difícil encontrar as estações, uma vez que elas quase sempre não estão nas principais ruas, mas nas que as cercam. Bacana, né?
Um dos motivos que me levaram a querer dar um tempo de Curitiba foi a previsibilidade da cidade. A capital do Paraná é uma grande cidade e, em alguns aspectos, um bom lugar pra viver.
Mas o desenvolvimento que percebemos por lá nos últimos anos não foi capaz de apagar alguns aspectos culturais que, na minha visão, não são bons. Curitiba e seu povo nunca deixaram de ter uma mentalidade provinciana.
E acho que o pessoal gosta disso – de preservar uma essência de cidade pequena em meio ao caos urbano. Por favor entendam que isso não é uma crítica. É apenas a visão que tenho da minha cidade.
Dito isso, quem não gosta dessa mentalidade e de outros aspectos da cultura curitibana que aqui não convém dizer, se manda e busca lugares em que possam viver diferentes experiências, esperar o inesperado, sentir novos cheiros, ver outras pessoas, etc.
O lugar perfeito para ter essa experiência (pra mim) sempre foi Londres. E quanto a isso não podia ter acertado mais em cheio.
Aqui a vida passa diferente. O tempo voa! Mas no verão o sol teima em não querer dormir – 22h ele ainda está de pé.
As coisas acontecem e você sente que faz parte delas. Sejam elas o lançamento do novo iPhone, grandes eventos esportivos, decisões políticas que vão afetar o mundo ou mesmo um protesto contra o uso de animais como como cobaias.
E é sobre isso que quero falar. No nosso primeiro fim de semana aqui (há quase três meses) fomos para Westminster ver o Big Ben. No caminho uma barulheira e um pessoal nas ruas nos chamou a atenção. Eram centenas de pessoas protestando contra o uso de animais em laboratório. Era uma ação da WDail.
Com gritos como “Every six seconds an animal die! No more torture, no more lies!”, eles pararam em frente ao famoso parlamento britânico e ali ficaram por um bom tempo, distruibuindo panfletos, gritando para os parlamentares e esperando ser ouvidos.
Isso me fez pensar na questão que eles estavam propondo. Por um lado dou total razão aos manifestantes. Afinal, quem somos nós para usarmos pobres bichinhos indefesos para testarmos nossas insanidades?
Mas, por outro lado, em muito, a evolução da ciência e a cura de doenças se deve aos ratos, macacos e demais animais que sofrem com eletrodos conectados aos seus corpos e com drogas recém produzidas.
Questão bastante polêmica, mas que gera uma boa discussão. O que você pensa a respeito?
Pra mim não só pensar sobre o assunto foi importante, mas também pra ver o nível de engajamento dos ingleses com relação a uma causa importante. Impossível não os invejar e sonhar sobre uma realidade semelhante no Brasil.
Do jeito que as coisas andam o máximo que podemos esperar é uma revolta em massa contra o novo técnico do time da seleção brasileira.
Não é de hoje que os profetas da tecnologia anunciam o fim do jornalismo impresso. Concordemos que alguns dados como a queda das vendas e redução da arrecadação com anunciantes é a realidade de muitos. Isso obviamente sugere que a triste teoria possa vir a se confirmar.
Mas enquanto o Juízo Final não chega é importante ressaltar quem está superando a crise e crescendo em meio ao caos.
Com um conteúdo de primeira formado por matérias diversificadas que abordam desde os principais acontecimentos da cidade até análises da economia e política global, sem deixar de lado o turismo, esportes, moda, tecnologia, cultura, humor e tudo mais que deve fazer parte de um grande jornal o Standard anunciou que a partir de outubro aumentará em 100 mil exemplares sua tiragem, que atualmente gira próximos dos 600 mil.
Vale lembrar que até outubro do ano passado o Standard era pago e vendia pouco mais de 140mil dessa mesma quantidade.
A receita encontrada pelos proprietários foi partir para a gratuidade e apostar no aumento da arrecadação com anunciantes. O “grátis” já foi proposto por Chris Anderson, editor da revistaWired e autor do clássico empresarial A Cauda Longa. Ele escreveu recentemente Free – O Futuro dos Preços(por um tempo o livro ficou disponibilizado gratuitamente na internet).
Fala justamente sobre o poder da gratuitadade, modelo muito contestado por diversos empresários, mas que tem se mostrado eficiente em algumas ocasiões. Esta aí o Standard que não nos deixa mentir.
O jonal reverteu uma situação de crise quando parou de cobrar pelo seu produto. Irônico? Não, planejamento!
Conseguiu isso graças a um eficiente programa de redução de custos e a um investimento em logística para otimizar a distribuição. Mas o principal vai além.
E é aí que entra o bom jornalismo. O jornal é o queridinho dos “londoners”. Quase ninguém vai pra casa sem o seu Standard debaixo do braço. A maioria o vê como infinitamente superior ao concorrente Metro.
Enquanto muitos contestam a mídia impressa e condenam sua existência a um futuro não muito distante, outros encontram a solução simplesmente fazendo um bom trabalho – a prova maior de que algo bem feito sempre será reconhecido pelo mercado.
Peço desculpas por ter saído um pouco do foco do bog, mas como jornalista não podia deixar de comentar o feito desse jornal que tanto gostamos. E se não fizesse isso em meu próprio blog onde mais seria?
;)
Se quiser ler uma análise mais aprofundada do case do Standard recomendo a leitura deste artigo do Guardian (em inglês).
Uma das vantagens em morar no exterior é poder de ver de perto o que os gringos fazem bem para poder pensar em maneiras de importar suas ideias para o Brasil.
Hoje pela manhã fui levar o lixo pra fora e me deparei com algo inesperado. Na porta de casa havia um saco de lixo cheio de roupas e um bilhete solicitando doações.
Uma iniciativa muito válida e conveniente. Quantas pessoas não doam roupas porque acabam se esquecendo de levá-las até o local indicado pela prefeitura ou ONG? Falo com autoridade, pois já deixei de participar de uma campanha dessas por lapsos da memória.
Com essa ação, que não é promovida é prefeitura, mas pela SOS Clothes, ninguém tem desculpa para não participar. Basta colocar a roupa que não usa mais e está ocupando espaço em seu armário no saco que está na porta da sua casa que eles recolhem ao final do dia.
Outra boa sacada é o momento que a campanha está sendo feita. Bem no início de verão em um dia ensolarado, com a temperatura próxima dos 25ºC.
Fica a dica para as prefeituras de todo o Brasil. Com um pouco de planejamento e organização podemos contribuir pra minimizar o sofrimento de milhares de brasileiros que passam frio todos os anos.
Até onde me lembro as campanhas do gênero que são realizadas em Curitiba começam no outono, época em que o frio já começa a vir e você acha que vai precisar dos seus casacos no inverno gelado que vem chegando.
No verão, pelo contrário, ficamos mais suscetíveis a querer nos livrar das roupas pesadas.
Outro argumento defendido pela SOS Clothes está ligado à preservação do meio ambiente. Dados de 2006 da European Comission apontam que as roupas correspondem de 5% a 10% dos impactos ambientais emitidos pelos 27 países que fazem parte daUnião Europeia. A iniciativa contribui, poranto, não somente para ajudar os necessitados, mas para minimizar os danos ambientais.