Jornalista, 31 anos. Vivendo na Itália. Autor do Pra Ver no Mundo e sócio da London, agência de marketing de conteúdo. Vejo o home office e a vida de viajante como um estilo de vida.
Uma das vantagens em morar no exterior é poder de ver de perto o que os gringos fazem bem para poder pensar em maneiras de importar suas ideias para o Brasil.
Hoje pela manhã fui levar o lixo pra fora e me deparei com algo inesperado. Na porta de casa havia um saco de lixo cheio de roupas e um bilhete solicitando doações.
Campanhas para doação de roupas começam no início do verão.
Uma iniciativa muito válida e conveniente. Quantas pessoas não doam roupas porque acabam se esquecendo de levá-las até o local indicado pela prefeitura ou ONG? Falo com autoridade, pois já deixei de participar de uma campanha dessas por lapsos da memória.
Com essa ação, que não é promovida é prefeitura, mas pela SOS Clothes, ninguém tem desculpa para não participar. Basta colocar a roupa que não usa mais e está ocupando espaço em seu armário no saco que está na porta da sua casa que eles recolhem ao final do dia.
Outra boa sacada é o momento que a campanha está sendo feita. Bem no início de verão em um dia ensolarado, com a temperatura próxima dos 25ºC.
Fica a dica para as prefeituras de todo o Brasil. Com um pouco de planejamento e organização podemos contribuir pra minimizar o sofrimento de milhares de brasileiros que passam frio todos os anos.
Até onde me lembro as campanhas do gênero que são realizadas em Curitiba começam no outono, época em que o frio já começa a vir e você acha que vai precisar dos seus casacos no inverno gelado que vem chegando.
No verão, pelo contrário, ficamos mais suscetíveis a querer nos livrar das roupas pesadas.
Outro argumento defendido pela SOS Clothes está ligado à preservação do meio ambiente. Dados de 2006 da European Comission apontam que as roupas correspondem de 5% a 10% dos impactos ambientais emitidos pelos 27 países que fazem parte daUnião Europeia. A iniciativa contribui, poranto, não somente para ajudar os necessitados, mas para minimizar os danos ambientais.
Recentemente, um leitor que não se identificou deixou um comentário perguntando quais são os melhores lugares para comprar eletrônicos em Londres e, também, que supermercados têm os melhores preços. Aqui vai a nossa opinião – a começar pelos eletrônicos:
É uma loja de departamentos que vende de tudo, tudo mesmo. Só que você só consegue comprar pela internet ou por um catálogo de milhares de páginas. Nas lojas você confere os produtos pelo catálogo e solicita o que deseja no balcão. Em geral, os preços são bem bons e sempre ocorrem promoções no site.
Especializada em fotografia. Você encontra todas as marcas e modelos de câmeras fotográficas, filmadoras, lentes e acessórios. Também tem bons preços e promoções frequentes.
Para comprar computadores, notebooks, softwares e tudo mais que for relacionado à informática. Uma coisa legal é que eles vendem computadores de segunda mão com preços bastante vantajosos. Os demais também não são caros.
Aqui você encontra tudo o que pode imaginar de eletrônicos, TVs, notebooks, acessórios para video game, som e muito mais. Um hard disk externo de 1 Terabyte (1000 Gigabytes), por exemplo, sai por £64,99. Os preços são atrativos e existem diversas lojas espalhadas por Londres.
www.maplin.co.uk
Supermercados
Os melhores são Asda,Sainsbury’s, Morrisons e Tesco. São todos grandes redes e estão espalhados por toda a cidade. A grande vantagem deles é que comercializam diversos produtos com marcas próprias. Os preços desses produtos são bem inferiores aos concorrentes e a qualidade não deixa a desejar em nenhum aspecto a não ser na aparência das embalagens, que são extremamente simples:
Os pequenos mercados indianos ou turcos, comuns nos bairros, também podem ser boas opções. Alguns produtos que eles vendem às vezes estão mais baratos do que nas grandes redes. A dica é a mesma do que se deve fazer no Brasil. Pesquise e compare!
Esperamos que essas informações lhe sejam úteis.
E caso você tenha alguma outra dica compartilhe com a gente e com os leitores!
É quase verão em Londres. Tempo de guardar os casacões no armário, jogar umas tralhas na mochila e pegar a estrada rumo a um dos diversos festivais que começam a rolar em todos os cantos da Inglaterra.
Do hippie ao eletrônico, as festas são para todos os gostos e idades. As atrações são de primeira linha e os ingressos concorridíssimos. Com muitos, inclusive, já esgotados.
Todos sonhamos com a liberdade. Vivemos na esperança de que um dia finalmente seremos livres para fazer o que sempre sonhamos. Durante essa caminhada trabalhamos feito cães e aturamos desaforos porque no final tudo vai valer a pena. Huum… Vai?
A resposta pra isso talvez seu pai ou avô tenha. Conversa com ele(s) e depois conta pra gente.
Outra alternativa é usar a música como inspiração. Os hippies um dia sonharam em um mundo melhor criando e cantando canções que celebravam a paz e o amor. Alguns ainda tentam, mas a maioria acaba esbarrando em uns problema$ e desviando o foco.
Bobbi e Nick: Woodstock, 1969.
Confira quais são o principais festivais que vão rolar por aqui. Estamos nos mobilizando pra ir em pelo menos um. Torçam pra que role que depois a gente conta como foi.
Glastonbury
O Glastonbury é um dos maiores festivais da Inglaterra e no ano em que completa 40 anos já está com os ingressos esgotados. As principais atrações são Gorilaz, Shakira, Steve Wonder, Scissor Sisters, LCD Soundystem, Jack Johnson e muito mais.
Já o Wireless, que acontece em pleno Hyde Park, no centro de Londres, traz como destaque Daft Punk, Fatboy Slim, Basement Jaxx, Dizzee Rascal, Klaxons e o LCD Soundsystem de novo.
Uma opção pra quem curte um folk é o Hop Farm Festival. A grande atração é ninguém menos do que Bob Dylan. Mas o legal desse evento é que ele acontece em uma fazenda no maior clima Woodstock. Outros destaques são o lendário Seasick Steve, Van Morrison, Mumford & Sonds e Laura Marling.
Na mesma linha hiponga, o Womad Festival promove um encontro de três dias com música de 30 países e de diferentes gerações. Crianças também são bem-vindas no evento, que terá espaço excluviso para os pequenos. Os destaques musicais ficam por conta de Salif Keita (Mali), Gil Scott-Heron (EUA), Staf Benda Bilili (Congo), Lepisto e Lethi (Finlândia) e outros.
Os fãs do bom rock’n’roll têm motivos de sobra para ir ao Reading. Guns’n Roses, Blink-182, Arcade Fire, Weezer, Nofx, The Libertines, Limp Bizkit e Bad Religion são algumas das dezenas de bandas que subirão ao palco.
O V Festival, promovido pela Virgin, rola em agosto e já está com os ingressos esgotados. As principais atrações são Kings of Leon, Stereophonics, The Prodigy, David Guetta, Pet Shop Boys, Kasabian e Cheryl Cole.
O Latitude Festival diferencia-se por contar não só com atrações musiciais, mas com tendas de comédia, teatro, cinema, literatura, poesia, além de uma área infantil. Entre os destaques musicais estão Florence and The Machine, Belle and Sebastian e Vampire Weekend. “É mais do que apenas um festival”, diz a organização do evento.
A Creamfields é uma das maiores festas eletrônicas do mundo. Aterrissa em Londres trazendo um line-up poderoso: Tiesto, Paul Van Dyk, David Guetta e Ms Dynamite.
Os ingleses adoram jogos. Todo pub que se preze tem seu jogo de dardo, bilhar, quiz, poker e outras coisas comuns (ou nem tanto) para nós brasileiros.
Alguns pubs separam as brincadeiras por dias da semana. Terça, por exemplo, é a noite do dardo em um pub aqui perto de casa.
Que tal uma competição de dardos entre ingleses bêbados?
Mas não são só desses joguinhos inofensivos que os britânicos gostam. O “esporte” preferido é apostar. É incontável o número das casas do tipo que existem em Londres. Nelas, você encontra as tradicionais máquinas de caça-níqueis com os mais diversos joguinhos de puro azar e, principalmente, a possibilidade de apostar em diferentes modalidades esportivas – de corridas de cavalo às mais bizarras apostas, como o sexo do primeiro bebê de William & Kate. AHAM!
A Copa do Mundo está marcando o ápice da aposta esportiva. Matéria publicada pela Época Negócios diz que a movimentação de apostas durante os jogos chegará a US$ 1, 5 bilhão.
Há pouco descobri que o Reino Unido é o maior mercado do mundo nesse segmento. Fácil de entender porque. Perto da nossa casa tem uma William Hill – sempre muito movimentada. Outro dia joguei alguns centavos na roleta só pra ver como era. Perdi, óbvio.
Uma das centenas de William Hill em Londres
Não contente em perder uns trocados e massacrado pela publicidade nos intervalos dos jogos da Copa fui ver de perto como funciona a brincadeira de apostas online.
O “incentivo” é grande. Ao fazer uma aposta você recebe um crédito extra de 30£ em sua conta para apostar como quiser. O valor é liberado após você concluir sua primeira aposta.
Apostamos 10£ na vitória do Uruguai sobre a África do Sul, com a perspectiva de lucrar 120%. Como os hermanos ganharam, potencializamos nosso capital.
A segunda aposta foi em uma vitória da Argentina no duelo contra a Coreia do Sul. Ganhamos outra! Dessa vez o lucro foi de 60%. Na terceira tentativa apostamos em uma vitória da França contra o México, mas os tequileiros acabaram com a nossa alegria.
Como apaixonado pela bolsa de valores que sou, as apostas online se tornaram uma boa alternativa para matar as saudades do mercado de renda variável nesse período em que minhas reservas financeiras foram todas investidas na viagem.
Com a vitória dos nossos vizinhos cabeludos sobre os coreanos obtivemos um lucro de 180% em dois dias. Um ganho de causar inveja a muitos day traders. =)
O prejuízo dos franceses pesou, é claro. Mas é um mercado de risco – assim como a bolsa. Numa tentativa de fazer um “investimento” mais agressivo você pode se dar mal – acontece.
Sem dúvida é uma brincadeira (perigosamente) interessante. Se você não tem muito controle emocional recomendo que nem se arrisque. Caso contrário, vale apostar uns trocados pra se divertir.
Como o negócio é todo via internet você pode apostar do Brasil sem problemas. Basta ter um cartão de crédito internacional. Se você quiser se aventurar recomendo a William Hill– simples de usar e bastante seguro.
A Copa está movimentando as apostas online
Mas se quiser ver outras opções, o Aposta Futeboldivulgou uma lista com os principais sites do gênero e fez uma análise individual de cada um deles.
A expectativa pela estreia do Brasil na Copa do Mundo era grande por aqui. Não só pelos brasileiros, mas por todos os amantes da bola bem jogada.
Mal sabem os gringos que essa Seleção está longe de poder exibir o futebol brasileiro em seus melhores dias. Mas, enfim… o comentário esportivo eu deixo para o Galvão.
Ontem, as ruas e o metrô estavam pintados de verde e amarelo! Dia de jogo é um ótimo parâmetro para perceber o tamanho da comunidade brasileira que vive aqui. Sem exageros, parecia que estávamos no Brasil.
No metrô, a caminho do pub, encontramos algumas pessoas que estavam procurando um lugar para assistir o jogo pois não conseguiram entrar no Guanabara – um dos maiores redutos da comunidade brasileira em Londres.
Fomos assistir o jogo noSports Cafe, que fica na região da Piccadilly Circus. Logo que saímos da estação começamos a ouvir aquela batucada clássica de jogo de futebol em estádio brasileiro.
Vinha do tigertiger, um bar/restaurente vizinho ao Sports Cafe. Dezenas de brasileiros sambavam na rua com suas camisas e bandeiras. Como estávamos em cima da hora não deu pra registrar com uma boa foto. Fica aí uma ideia de como estava.
um dia de Brasil em Londres
Chegamos no Sports Cafe e a situação por lá não era diferente. Jorge Ben rolando alto, língua portuguesa predominando e gente de amarelo por todos os cantos.
Todos estufando o peito pra cantar “moro num país tropical…” com aquele patriotismo e orgulho lindo que só aparece de quatro em quatro anos. Ah, o futebol!
Sports Cafe em verde e amareloolha aí o que o Dunga faz com a torcida
No bar haviam alguns remanescentes do jogo anterior. Alguns portugueses e um grupo animado da Costa do Marfim. Alguns ingleses torcendo para a Coreia do Norte também marcaram presença.
Às vezes parece que a Copa é aqui de tão fácil que é encontrar pessoas das 32 nacionalidades presentes no evento.
Longe dos holofotes do mundial cada um leva sua vida normalmente. Estudando, trabalhando ou “apenas” curtindo as maravilhas dessa cidade que tão bem acolhe os cidadãos do mundo.
E é por essas e outras que Londres tanto encanta e te faz querer sempre mais.
Confira um vídeo com alguns momentos da torcida no Sports Cafe:
É comum ouvir que Londres é uma das cidades mais caras do mundo e que tudo por aqui é caro. Longe de nós querer discordar disso, até porque sabemos muito bem a dureza que é pagar o aluguel, usar o transporte público, comer em restaurantes, etc. etc. etc.
Mas uma pesquisa promovida pelo banco suíço UBS derrubou esse mito. A instituição fez um levantamento comparando preços de 122 produtos e serviços de 73 cidades do mundo.
O portal Exame publicou dados de oito produtos/serviços e em nenhum deles Londres aparece como uma das cidades mais caras.
A explicação para isso vem da crise econômica de 2008 e do efeito devastador que teve sobre algumas moedas. O pound sofreu (e muito) de lá pra cá e isso barateou um pouco as coisas por aqui.
(Des)valorização da libra esterlina em comparação com o Real nos últimos três anos
Reflexo da crise global: moedas dos países emergentes ganham força.
Importante ressaltar que esse post vale mais como curiosidade do que como motivo para você se alegrar e correr pra cá porque está tudo barato.
Não se esqueça que somos brasileiros!
Por mais que nossa economia esteja melhorando, que nunca na história desse país fomos tão bem vistos pelo mundo, que o futuro chegou e blábláblá, ainda precisamos de quase R$3 para ter 1£.
Portanto, planeje bem sua viagem ou vá para Mumbai – última colocada no ranking do UBS.
;)
Bom domingo!
UPDATE EM 19/02/2013– De 2010 para cá muita coisa mudou. A libra voltou a se valorizar em relação ao real, o que complica em termos de conversão de moeda. E, é claro, custos básicos de vida também subiram – em algum lugar é diferente? Mas, se serve de consolo, Londres continua fora da lista das 10 cidades mais caras do mundo, como você pode ver clicando aqui.
Viajar pela Europa pode custar pouco se você fizer um bom planejamento, reservar sua viagem com antecedência e/ou ter a sorte de achar uma promoção surpresa.
Existem várias companhias aéreas que têm no preço baixo o seu principal diferencial. Dentre as principais que operam no Reino Unido destacam-se a EasyJet, a AerLingus e, principalmente, a Ryanair, que cobre uma infinidade de destinos na Europa. Foi com ela que fomos pra Amsterdam.
Compramos as passagens um mês antes da viagem ao custo de 8£ por bilhete. Pelo fato de a Ryanair não ter voos diretos pra lá nosso destino foi Eindhoven. De lá pegamos um trem (1h de viagem) para Amsterdam com cada passagem custando 17 euros. Apesar do custo extra ainda compensava mais do que ir direto pra cidade dos canais por outra companhia ou mesmo de trem.
Os preços da Ryanair variam bastante e às vezes beiram o inacreditável. É possível comprar passagens a 1£ com o retorno grátis em algumas ocasiões. A dica para se dar bem é entrar diariamente no site e esperar por um bom desconto. Hoje, por exemplo, as passagens mais baratas estão custando 10£.
Ryanair: ótimos preços e detalhes perigosos
Só que não é tão simples assim. No nosso caso o total ficou em 80£, porque é acrescentado o valor da taxa de embarque (variável), check-in online(5£) e mais alguns detalhes.
Tenha em mente que a RyanAir oferece preço, mais nada! O que eles puderem fazer para dificultar sua vida pode ter certeza que farão. Para despachar bagagens, por exemplo, paga-se 20£ por uma mala de 15kg. Se forem duas o valor sobe para 50£. Só é permitido levar uma mochila de mão.
Viagens longas, portanto, podem não valer a pena. Vale uma pesquisa e comparação com outras companhias e as taxas que cobram. Caso esqueça de fazer o check-in online e/ou de levar o comprovante impresso terá que pagar a bagatela de 4 euros para fazê-lo no aeroporto. Isso aconteceu com a gente. =/
Deixamos para imprimir o comprovante de volta no aeroporto de Eindhoven, mas o local não tinha nenhuma lan house ou café com internet – provavelmente devido a um lobby da Ryanair, já que o aeroporto é bem pequeno e a companhia domina grande parte dos voos. Resultado? 80 euros de prejuízo. Praticamente o valor que as duas passagens de ida e volta haviam custado.
Fica a dica para você não cair na mesma cilada que nós e sempre imprimir os comprovantes previamente. Importantíssimo também é chegar com bastante antecedência no aeroporto. Aeroportos movimentados como o Stanstead, de Londres, podem te fazer ficar um bom tempo na fila. E se perder o voo você não conseguirá remarcá-lo tampouco receber o dinheiro de volta.
Bom lembrar também que todos os aeroportos de Londres ficam em áreas distantes, que dependem de ônibus ou trem para chegar.
Como chegar nos aeroportos
A EasyBus é uma empresa que leva e traz passageiros do Stanstead, Gatwicke Luton. Funciona como uma companhia aérea. Ou seja, os preços das passagens variam conforme o horário e antecedência que adquire o bilhete. Quanto antes comprar mais barato paga. A National Express é a outra opção – oferece ônibus e trens. A segunda opção é mais rápida, porém mais cara.
Em resumo o que precisa saber para viajar com tranquilidade é isso. Se você souber jogar o jogo da Ryanair não terá grandes problemas e poderá curtir sua viagem sem preocupações e economizando uma boa grana.
Se tiver mais alguma dúvida escreva pra nós que a gente tenta ajudar. E se você tem outras dicas pra viajar barato pela Europa compartilhe com a gente e com os leitores!
Até sermos informados por um professor da escola não sabíamos que Karl Marx estava enterrado em Londres. Há alguns dias fomos visitá-lo.
O Highgate Cemetery leva o nome da região em que está localizado (detalhes no fim do post). É uma área muito bonita. As ruas que cercam o cemitério lembram um vilarejo medieval onde parece que a vida passa mais devagar, muito diferente do que estamos habituados a ver em Londres. Só por esse motivo já valeria visitar o local.
A região de Highgate é um convite a relembrar a Idade Média.ao fundo, a Londres clássica.
Antes do cemitério, um passeio pelo Waterlow Park
O caminho para chegar até o cemitério é outro ponto a parte. É preciso atravessar o belo Waterlow Park, que é pouco conhecido mas não perde em nada para os badalados St James’s, Regent’s ou Hyde Park. E ainda tem a vantagem de ser bem menos movimentado que os parques da realeza.
Um dos acessos do Waterlow Park.cores da primavera londrinaprograma de londoner
O cemitério
O cemitério é pequeno, charmoso e cercado por áreas verdes. Conta com a presença de algumas figuras ilustres da história britânica, mas poucos são conhecidos por nós, além de Marx e Douglas Adams.
Independente da doutrina política que você siga ou dos ideais que acredite é provável que você concorde que o pensador alemão cumpriu um papel fundamental na história da humanidade.
E que, mais do que ser mais uma dentre tantas figuras importantes na História, Marx teve ideias que poderiam melhorar a vida da sociedade, principalmente dos membros da classe dominada – o proletariado.
Se o sistema idealizado por ele fracassou, lembremos com respeito das ideias de um homem que um dia sonhou em fazer do mundo um lugar melhor.
Estar diante desse túmulo foi uma grande e inspiradora experiência. Trabalhadores de todas os lugares unidos.“Os filósofos somente interpretaram o mundo através de diversas formas. A questão, no entanto, é mudá-lo”.Um dos vários recados que estão no túmulo.
“As revoluções são a locomotiva da história.”
“Uma ideia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas.”
“A imprensa livre é o olhar onipotente do povo, a confiança personalizada do povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas intelectuais, e idealiza suas formas brutas.”
KARL MARX
Serviço
Highgate Cemetery
Swain’s Lane – N6 6PJ
Estação de metrô mais próxima: Arch Way (Northern Line – preta)
Camden Town é o reduto das tribos alternativas em Londres. Lá você encontra lojas que vendem clássicos de todas as vertentes do rock em vinil, roupas alternativas, artesanato, festas estranhas com gente esquisita, comida globalizada, pubs, baladas e um canal que lembra um pouco Amsterdam.
Uma das baladas é o The Underworld, que tem agenda lotada com grandes bandas do cenário alternativo. No site você pode conferir o que vai rolar até o fim do ano.
O The Underworld fica em frente a estação de metrô de Camden
Estivemos no Underworld na última quarta pra ver o RX Bandits. Já havíamos visto o show deles no ano passado em Curitiba, mas a banda é demais e repetir a dose não seria nada mal – ainda mais sendo em terras gringas.
Matt Embree, vocalista do RX Bandits
A diferenças entre o show daqui e de lá foram poucas. Ambiente escuro, molecada se quebrando e alguma cerveja voando de vez em quando.
O mais engraçado era o coro ovacionando a banda. Se no Brasil é “ERRE XIS, ERRE XIS”, aqui era “ÁR ÉCS BI, ÁR ÉCS BI”. Muito legal também a galera cantando. Repare a intensidade no primeiro refrão!
Fica a dica de balada pra quem curte um bom e velho rock’n’roll!
Já se passava das 21 horas e como sair pra beber depois do trabalho é quase lei nessas terras esse é um horário interessante para encontrar pessoas engravatadas (ou quase) fora do seu estado que um dia (ou há poucas horas) já foi normal.
Um grupo de amigos já com seus trinta e poucos entrou no vagão em que estávamos. É claro que os caras estavam malucos – completamente torrados.
Não demorou muito pra um deles dar início ao seu show pessoal. O cara começou a cantar como se fosse a estrela de um musical (coisa que os londrinos amam) e… well, o vídeo abaixo fala por si só.
Quando acabou sua apresentação, juntou as mãos e começou a pedir dinheiro para a plateia presente – assim como os artistas de rua fazem -, mais uma lembrança da cultura da cidade.
Mas o pior veio depois. Essa cena nem meu instinto de jornalista permitiu registar. O cara começou a tirar a roupa e fazer pole dance em nossa frente. O desgraçado acabou ficando só de cueca e teve a petulância de mostrar a bunda que – para a tristeza de quem estava lá – tinha uma tutuagem com os dizeres “Your name”. Pior foi para o velhinho que ganhou um showzinho de rebolation exclusivo.
Moral da história: se você acha que os ingleses são pessoas finas, polidas e ultraeducadas… esqueça. Esses caras são tão sem noção quanto muito brasileiro.