O horror de Guernica e a anarquia da felicidade

Não lembro bem quando foi que eu ouvi falar de Guernica pela primeira vez. Talvez, na adolescência. Ou nas aulas de História da Arte, no primeiro semestre da universidade com a professora Ivana Paulatti.

A mente prega peças, mas me recordo que era novo e não sabia nada sobre arte. Não que hoje eu entenda alguma coisa, mas o passar dos anos me trouxe um interesse maior em conhecer clássicos e entender sua importância na História.  

Lembro que quando aprendi sobre o quê a obra retratava, fiquei hipnotizado pelo fato de contar a história do horror de uma guerra de forma nada convencional.

Por anos ficou na cabeça a ideia de ver aquele tesouro histórico de perto. Recentemente, quando passamos uma semana em Madrid (ago/19), esse dia chegou. 

Talvez o momento tenha sido o mais apropriado possível para entender o significado de um quadro que, quando foi apresentado ao público na Exposição de Paris de 1937, não foi compreendido. 

“O que Picasso quer dizer com esses delírios cubistas?” 

Citação imaginária para arriscar uma frase de alguém à época.

Continua comigo que mais à frente vou trazer o impecável argumento do autor para responder os críticos. 

O bombardeio de Guernica: um ataque atroz orquestrado 

Guernica é o retrato da Guerra Civil Espanhola e do absurdo nazi-fascista.

Escancara a dor, o medo, a covardia, a angústia, o terror.

Em 26 de abril de 1937, tropas da Alemanha de Hitler, aliadas do General Francisco Franco, ditador que comandou o golpe que deu início aos conflitos espanhóis em 1936, bombardearam a pequena cidade de Guernica, no País Basco, norte da Espanha. 

Não haviam alvos militares no pueblo, mas ele era conhecido como um centro de resistência republicana, formada por socialistas, anarquistas, comunistas e agregados, que, ainda que tivessem divergências políticas, eram republicanos. E se uniram em oposição à ditadura golpista de Franco.

O ataque teria sido um misto de teste do exército nazista em um período em que a Segunda Guerra Mundial começava a se desenhar com uma estratégia de Franco para suprimir a resistência republicana. 

O bombardeio ocorreu em dia de mercado ao ar livre no centro de Guernica. Foi um ato bárbaro contra civis que resultou na morte de centenas de pessoas (os números precisos são incertos). 

Curiosidade!
De imediato, os fascistas espanhóis inventaram uma série de mentiras sobre o atentado que iam desde negar a autoria a até culpar os próprios republicanos e habitantes de Guernica por destruir a cidade (???). São os fatos nos lembrando que as fake news sempre cercearam o jogo político. 

—> Gosta de histórias de guerra? Em Londres, o Imperial War Museum conta a história do Blitz, quando Londres foi bombardeada pelos nazistas. Falamos sobre ele aqui.

Barrio de las Letras – Madrid

Para entender melhor a guerra civil espanhola, as ruas de Madrid são um prato cheio. 

Caminhando pelo Barrio de las Letras, que respira arte e que foi a casa de grandes escritores espanhóis, entramos em uma dessas lojas que vendem gravuras, cartazes de cinema e fotografias antigas. Gosto muito! Sempre acabo comprando algo. 

Uma foto me chamou muito a atenção. Retratava uma rua importante de Madrid, em 1936, exibindo uma faixa contra os fascistas de Franco. O dono da loja era um senhor no auge dos seus 70 e tantos, que nos contou a história da foto. Em um período de conflitos e de pouca liberdade individual, a imagem é forte e diz muito sobre a cultura local.

Quando estávamos indo embora, ele falou: “Aproveitem a vida. Ela leva dois dias.”

Confesso que essas simples palavras me arrepiaram. Foi simbólico ouvir isso logo depois de ter tido uma conversa sobre um perturbador passado recente e lembrar das recentes (e constantes) ameaças à democracia que temos visto em alguns países.

antifa em madrid
A fotografia acabou vindo pra parede do nosso escritório: “NÃO PASSARÃO! O Fascismo quer conquistar Madrid. Madrid será a tumba do fascismo”

Conhecendo Guernica, de Pablo Picasso

Eu estava bem ansioso pra ver a obra no Museu Reina Sofia, cuja coleção conta a história do século XX através da arte contemporânea. Dedicamos nossa última tarde em Madrid a ele.

Dias antes tínhamos ido ao Museu do Prado, o mais importante da Espanha e que reúne obras mais antigas. Ele é incrível. E nossa visita foi maravilhosa porque tivemos a companhia do Guia do Museu do Prado, escrito pela Patricia de Camargo, do blog Turomaquia

O trabalho que ela fez é maravilhoso. Seguramente, mudou minha noção de como interpretar uma obra de arte. Se você pretende visitar o Prado, compre o guia e o leia enquanto está de frente para as obras recomendadas. Sérião!

Essa ordem de visita aos museus foi legal porque acabamos seguindo a cronologia da História da Arte, da Idade Média aos dias atuais. Se você vai a Madrid e se interessa por museus, recomendo que faça o mesmo. 

museu reina sofia - madrid - onde está exposta Guernica

Um dos maiores quadros da história foi uma decepção imediata – não para nós!

Importante dizer que Guernica não foi uma obra espontânea.

Na época radicado em Paris, Picasso recebeu uma encomenda do governo republicano espanhol para criar algo para ilustrar o pavilhão do país na Exposição de Paris de 1937, que ocorria enquanto a Espanha se afundava em uma guerra sangrenta (1936-1939). Quando o bombardeio ocorreu, durante o período em que rolavam os preparativos para o evento parisiense, Picasso foi brifado a retratar o atentado. 

Quando apresentou Guernica à comissão que havia solicitado o trabalho, muitos ficaram decepcionados. Não havia sinais óbvios da guerra, da cidade, do Comunismo. Na época, era comum que obras de arte tivessem referências, ainda que discretas, aos detentores do poder.

Veja essas imagens que mostram os pavilhões alemães e soviéticos na Expo. Os caras não tinham limites pra se exibir e demonstrar força. O curioso é que foram alocados um em frente ao outro, separados pela Torre Eiffel. 

O guia nos contou que Picasso estava do lado dos republicamos na Guerra, mas não era um grande entusiasta das questões políticas.  Como argumento para explicar seu criticado trabalho, disse que tinha feito um quadro para o futuro. O tempo seria o responsável por traduzi-lo às pessoas.

Pablo foi certeiro! Afinal, Guernica se tornou a maior crítica artística aos horrores de uma guerra. Um protesto que se tornou eterno.

Enquanto ouvia essas histórias me perguntava se então é assim que funciona a mente de alguém à frente do seu tempo

A gente deu sorte de ter um tour guiado gratuito do Museu bem no horário que iríamos. Aliás, vale ficar de olho no site para acompanhar a agenda dos tours. Tem bastante coisa legal.

Se você tiver interesse em aprender mais sobre os significados e símbolos de Guernica, recomendo esse vídeo que assisti no dia em que fomos ao Museu. Uma ótima aula da professora Zilpa Magalhães que encontrei ao acaso no YouTube.

O horror de Guernica e a anarquia da felicidade
Registro de Picasso criando um clássico

Uma obra que viajou o mundo para apresentar os horrores da guerra

Depois da exposição de Paris, Guernica rodou o mundo. Passou por São Paulo, inclusive. No museu, ao lado da obra, há diversos registros históricos do quadro viajante.  

Picasso, que morreu em 1975, havia afirmado que só autorizaria o retorno da obra à Espanha quando o país voltasse a ser uma democracia, o que aconteceu em 1977. Mas foi só em 1981 que Guernica retornou, enfim, a Madrid. 

O artista vivia em Paris durante a ocupação nazista. Certa vez, foi abordado em seu apartamento por um oficial alemão, que ao ver uma foto de Guernica, perguntou: 

– Foi você que fez? 

Picasso respondeu:

– Não, foram vocês.

Encerro o texto de hoje com um tuíte do escritor Lira Neto:

Leitor pergunta como seguir saudável nesta maré de obscurantismo.

Sugiro a sabotagem: ler literatura, assistir a bons filmes, frequentar exposições de arte, ir à roda de samba, dançar forró, amar.

Cultivar subversiva alegria. Contra a pulsão de morte, só a anarquia da felicidade.

Sejamos felizes!

Obrigado, Pablo Picasso.

Fonte e mais informações: site do Reina Sofia

Guildhall Art Gallery: muito mais do que um museu em Londres

Hoje eu “caí da cama”. O sol ainda nem tinha dado as caras quando decidi ir até a cozinha fazer um “balde” de café. Eu sabia que não ia mais conseguir dormir, então decidi que era hora de despertar de verdade…

Com minha caneca na mão e com o Piva (nosso gatinho) se esfregando em minhas pernas, cheguei no cantinho da nossa casa que chamamos de escritório, sentei na minha cadeira, abri o laptop e resolvi que antes de começar a responder e-mails de clientes e trabalhar, faria uma viagem virtual.

No Google Maps, busquei “Guildhall Art Gallery”. Selecionei a opção Google Street View e, em instantes, me vi passeando pela City of London.

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Nem sei dizer por que escolhi cair justamente ali, só sei que foi a inspiração que eu precisava para escrever este post.

Meu objetivo nas linhas a seguir é um só: convencer você a incluir esse museu/galeria de arte na sua programação em Londres.

Leia também: Londres a pé – Roteiro Tower of London e arredores. Você pode adaptar o roteiro sugerido nesse post para incluir a visita à Guildhall! ;)

A experiência

A Guildhall Art Gallery estava na nossa lista de “pendências” em Londres havia muito tempo. Talvez, desde 2010. Mas foi só em dezembro do ano passado (sim, 2015) que ela trocou de lugar. Antes mesmo de terminarmos a visita, transferimos a galeria para a lista de “posts pendentes”. E não simplesmente porque o que foi visto precisa ser registrado, mas porque saímos de lá muito impressionados. Foi impossível não pensar: “por que é que demoramos todo esse tempo para vir aqui?”

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Primeiro porque mesmo que você desça em uma estação de metrô próxima (como Bank, por exemplo), para chegar até lá, os poucos minutos de caminhada serão deliciosos.

A City of London, área em que a Guildhall fica, é o pedaço de Londres em que a cidade nasceu, e ela reserva algumas construções incríveis, além de, claro, muita história. Uma caminhadinha por ali sempre vale a pena – seja em dias de semana, quando homens e mulheres “de negócios” circulam para lá e para cá o tempo todo; seja aos sábados e domingos, quando a região mais parece um cenário de filme de apocalipse (quase não se veem almas vivas nas ruas). :)

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João falou um pouco sobre a região neste post superlegal que ele escreveu sobre o Monument – monumento que proporciona uma bela vista do alto e que “eterniza” um fato marcante na história de Londres: o grande incêndio, que aconteceu em 1666 e destruiu boa parte da cidade.

Segundo porque MEUSANTOANTONIO, o que é esse prédio?

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Não tem como não babar na arquitetura desse lugar, minha gente. É uma coisa suntuosa, clássica, bonita demais da conta. Os arquitetos de plantão definiriam como uma construção semi-gótica. Eu, repito: bonita demais da conta! :)

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Passada a emoção inicial do lado de fora (acho que ficamos uns bons 20 minutos só admirando a beleza do lugar – e olha que estávamos CONGELANDO naquele sábado gelado de fim de outono), chegou a hora de entrar e de se encantar com tudo que tem, well, dentro da Guildhall Art Gallery. E gente, mais 575 pontos.

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A galeria, que desde 1886 é casa da coleção de obras de arte da City of London e que foi bombardeada durante a II Guerra Mundial, abriga não apenas quadros incríveis, mas também eterniza em imagens precisas (invejo quem tem o talento de desenhar e pintar, confesso) a história, os costumes e a cultura de Londres e do Reino Unido. Impossível não se impressionar.

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Eu e minha cara de impressionada. :)

Gostei muito da forma como as obras estão organizadas. Elas foram agrupadas por temas – trabalho, diversão, fé, imaginação e beleza – e, em cada área temática, há uma explicação sobre o contexto da época.

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Aqui, por exemplo, está a explicação sobre a área dedicada às obras relativas ao perfil de trabalho no período vitoriano, marcado pela Revolução Industrial, que aconteceu entre 1760 e 1840 e que transformou os processos de produção na Grã-Bretanha e fez com que ela se tornasse a maior economia do mundo. Na sequência, vêm obras que mostram isso – e outros detalhes da vida trabalhadora na época.

Além disso, os espaços em que os quadros estão expostos são lindos. Do chão ao teto!

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Tem, ainda, áreas dedicadas exclusivamente a retratar a história de Londres e de seus moradores. E as obras que estão nelas ensinam muito sobre o que foi e o que é essa cidade apaixonante.

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Selecionei duas obras de que gostei bastante para você poder observar com calma. Olha só:

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Lindas, né?

Obviamente, é uma pequeeeeena amostra do que você vai encontrar na Guildhall Art Gallery. O restante, convido você para ver com os próprios olhos – hoje, amanhã ou no futuro. ;)

Quer ter acesso a mais dicas de museus de Londres? Clique aqui e veja todos os posts que já escrevemos sobre o tema.

O tesouro do subsolo

Mas não são apenas obras de arte incríveis que a Guildhall Art Gallery guarda. No subsolo do museu há um tesouro especial: as ruínas de um anfiteatro romano (sim, tipo o Coliseu, de Roma)!

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O teatro, provavelmente construído há cerca de dois mil anos, foi descoberto por arqueólogos enquanto a Guildhall era reformada em 1988. Por causa dele, aliás, a obra precisou ser alterada. Afinal, não dava para deixar uma descoberta dessa desaparecer debaixo da terra de novo, né?

Não vou negar: era esse pedacinho da galeria que a gente mais queria conhecer. E como eles capricharam na “ambientação” (luzes e sons compõem a experiência), tivemos a sensação de que estávamos em Londinium (a versão romana de Londres que é tão bem apresentada no Museum of London – outro museu que vale a visita!). Uma experiência e tanto!

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Lojinha <3

Por último, como qualquer bom museu de Londres, a Guildhall Art Gallery também tem uma lojinha incrível, que tem um monte de mimos relacionados à cidade e a sua história. Eu saí de lá com uma moedinha da Londres romana para dar de presente para minha amiga secreta do grupo da faculdade, mas tive vontade de comprar um montão de outras coisas.  Como TODOS os itens da foto abaixo! :D

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Post concluído, café terminado, vou finalmente começar de fato o meu dia. Difícil vai ser voltar dessa viagem que o Google Maps, essas fotos todas e o ato de escrever sobre esse lugar maravilhoso me proporcionou… Você fica por aí ou volta comigo? :)

Visite a Guildhall Art Gallery!

  • Onde fica: Guildhall Yard, EC2V 5AE
  • Estações de metrô mais próximas: Mansion House (Linhas: District – verde e Circle – amarela), Bank (Linhas: Central – vermelha e Northern – preta, além de DLR), Moorgate (Linha: Northern – preta)
  • Horários de visitação: Segunda a sábado, das 10 às 17h, e domingo, das 12h às 16h
  • Quanto custa: Entrada gratuita!
  • Saiba mais: Guildhall Art Gallery

Cutty Sark: a história da rota do chá contada em um museu flutuante em Londres

Greenwich é um dos nossos bairros preferidos em Londres. Tem muitas atrações bacanas, excelentes restaurantes, cafés e pubs, um belíssimo mercado de rua, lojas originais bem legais, um parque maravilhoso, uma vista incrível da cidade (do alto do Greenwich Park)… enfim, é um bairro de Londres que merece ser beeeem explorado (tanto é que logo, logo faremos um roteirinho de um dia a pé por lá, tipo este que fizemos partindo da Tower of London. Pode esperar).

Atualização em 25/06/2015: Aqui está o roteiro a pé por Greenwich

E uma das atrações mais interessantes de Greenwich fez aniversário no último sábado (dia 25/04): o Cutty Sark, barco-museu muuuito legal que é um ícone do bairro.

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Não poderia existir melhor lugar para o Cutty Sark chamar de lar. :)

Para homenagear o aniversariante e convencer você a incluí-lo no seu roteiro em Londres, contamos em texto, fotos e vídeo o que você vai ver nas horas que passar explorando um dos principais personagens da rota do chá entre Reino Unido e China do século XIX.

Vamos lá?

Como sempre, não conseguimos publicar aqui todas as fotos legais que fizemos. :) Por isso, tem um álbum completo no nosso Google+. Para conferir, clique aqui!

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Por dentro do Cutty Sark

Pra começar, que tal embarcar com a gente e dar uma espiadinha no interior do Cutty Sark? Fizemos um vídeo bem legal da nossa visita. É a melhor forma de você ver os detalhes dessa atração bacanérrima. Dá o play e curte com a gente! ;)

Legal, né?

Mas nem sempre a “vida” do Cutty Sark foi tranquila (e ao mesmo tempo badalada) como você viu no vídeo. O museu, que abriu suas portas ao público em 2012 após um longo período de reforma (que enfrentou até um incêndio que quase colocou tudo a perder!*), mostra que o barco trabalhou muito para chegar até aqui…

Um pouco de história

O Cutty Sark foi construído em 1869 com um objetivo bem simples: fazer dinheiro!

Isso a gente descobriu logo de cara, em uma sala cheeeia de caixas de chá com casos e causos do Cutty Sark. :)
Isso a gente descobriu logo de cara, em uma sala cheeeia de caixas de chá com casos e causos do Cutty Sark. :)

É que o comércio do chá entre a Inglaterra e a China era um grande negócio naquela época. Acontece que até o século XVIII o chá era um produto bem caro em terras inglesas. Porém, o chá contrabandeado da Holanda era muito comum por lá. Para evitar o contrabando e proteger o comércio local, em 1784 o governo reduziu o imposto da bebida de 119 para 12,5%, facilitando, e muito, o trabalho de quem vivia desse negócio.

E essa era a principal função do Cutty Sark! Missão que ele cumpria com louvor, aliás. No seu auge, o barco fazia a rota da terra da Rainha para o grande dragão com uma velocidade invejável – e outras viagens também…

cutty sark - museu londres
Eu não consegui ser tão ágil quanto a equipe do capitão Woodget. Sorry, peeps. hehe. Ele fez a rota Austrália – Inglaterra em 73 dias. Eu fiz em 109 nesse brinquedinho superlegal! :) A criançada pira!

E tudo poderia ter ficado ainda melhor depois que o Canal do Suez foi aberto, também em 1869. Afinal,com extensão de 195km, o canal permite que embarcações naveguem da Europa à Ásia sem terem que contornar a África pelo Cabo da Boa Esperança, o que fez com que a viagem para a China ficasse três mil milhas mais curta (o que equivale a cerca pouco mais de 4.800km).

No entanto, os ventos desfavoráveis no Mar Vermelho e no Mediterrâneo fizeram o canal ser impraticável para barcos à vela, como o Cutty Sark, o que no fim das contas fez com que nosso amigo perdesse espaço no mercado para barcos mais “fortões” com o passar do tempo.

Olha aí as duas rotas mapeadas. Muito mais fácil ir pelo Canal do Suez, né?
Olha aí as duas rotas mapeadas. Muito mais fácil ir pelo Canal do Suez, né?

Esses e muitos outros fatos são contados de maneira muito bacana no museu.

cutty sark - museu londres
John “chapéu branco” Willis (o responsável pela construção do Cutty Sark) costumava acenar para seus barcos dizendo “Tchau, meus rapazes” aos membros das equipes. João foi um pouco John Willis na nossa visita ao museu. :)
Textos, vídeos e aparatos interativos entretêm e informam nas diferentes áreas do Cutty Sark
Textos, vídeos e aparatos interativos entretêm e informam nas diferentes áreas do Cutty Sark
Essa é uma das áreas mais interativas do museu. Tem um monte de coisas legais para ver e fazer por ali!
Essa é uma das áreas mais interativas do museu. Tem um monte de coisas legais para ver e fazer por ali!
Tipo esse banquinho que você senta e ele mexe de um lado para o outro, para mostrar como os tripulantes se sentiam quando o Cutty Sark ainda estava em atividade. Bem legal!
Tipo esse banquinho que você senta e ele mexe de um lado para o outro, para mostrar como os tripulantes se sentiam quando o Cutty Sark ainda estava em atividade. Bem legal! –> Aliás, tem uma imagem beeem engraçada dessa parte no vídeo. haha. Viu? :)
ADOREI essa parte da visita. Um holograma de um tripulante do Cutty Sark escrevendo (e lendo em voz alta) uma carta para alguém que ficou em Londres enquanto ele ajudava a fazer o chá circular pelo mundo. Sério, muito legal!
ADOREI essa parte da visita. Um holograma de um tripulante do Cutty Sark escrevendo (e lendo em voz alta) uma carta para alguém que ficou em Londres enquanto ele ajudava a fazer o chá circular pelo mundo. Sério, muito legal!
E esse quebra-cabeça, que montado direitinho mostra como a carga de chá era carregada no Cutty Sark. Ah, uma informação interessante sobre o carregamento do barco em tempos áureos: Em cada viagem, o Cutty Sark levava cerca de 600 quilos de chá. Pouquinha coisa, né? :)
E esse quebra-cabeça, que montado direitinho mostra como a carga de chá era carregada no Cutty Sark. Ah, uma informação interessante sobre o carregamento do barco em tempos áureos: em cada viagem, o Cutty Sark levava cerca de 600 mil quilos de chá! Pouquinha coisa, né? :)

No total, o Cutty Sark fez oito viagens à China carregado de chá. A viagem mais rápida foi para Xangai, em 89 dias. E a viagem de volta mais rápida levou 109 dias, vindo de Hankou.

Normalmente, o barco passava um mês na China, e a viagem toda poderia levar dez meses ou mais.

Já pensou o tanto de coisa que acontecia dentro do Cutty Sark nessas longas idas e vindas? Dez meses é muita coisa!

Mas enfim, não é só a história do Cutty Sark que você conhece visitando o barco. Dá ainda para ver como eram alguns de seus cômodos na época em que ele estava na ativa…

Dormiria aí? :)
Dormiria aí? :)

 

Não seria nada mau participar de uma festeenha aí, né?
Não seria nada mau participar de uma festeenha aí, né?
Imagina você aí, viajando de Londres para a China a bordo do Cutty Sark e escrevendo uma cartinha pra família nessa mesa. :)
Imagina você aí, viajando de Londres para a China a bordo do Cutty Sark e escrevendo uma cartinha pra família nessa mesa. :)

… Também dá para subir na proa do barco e admirar uma vista lindoooona de uma parte da cidade…

Ó Canary Wharf lá do outro lado!
Ó Canary Wharf lá do outro lado!
E Greenwich como casa.
E Greenwich como casa. <3

… E dá, claro, para ficar boquiaberto com a estrutura do barco que apesar de ter sido reformado recentemente, preserva muitas das características da época áurea da navegação…

cutty sark - museu londres
Qual será a vista dessa janelinha?
<3
Tcharaaam! hehe. Mas essa, claro, não era a vista que os tripulantes do Cutty Sark tinham no século XIX. O alto mar, os portos pelo mundo, o nascer e o por do sol eram imagens mais comuns naquela época.

cutty sark - museu londres

cutty sark - museu londres

Como se não bastasse tudo isso, já no fim da visita ao Cutty Sark vem uma das partes mais legais: a oportunidade de ver o barco debaixo. AHAM. Olha só:

cutty sark - museu londres
Depois da reforma, o Cutty Sark passou a “flutuar” em Greenwich.

 

cutty sark - museu londres
E a vista que se tem estando embaixo dele é in-crí-vel!
Demais, né? Não esquece que tem mais fotos no G+. Aqui!!
Demais, né? Não esquece que tem mais fotos no G+. Aqui!!

cutty sark - museu londres

E o que mais tem no Cutty Sark?

Como todo bom museu de Londres, o Cutty Sark ainda tem um cafezinho bacana pra recarregar as energias:

E bota bacana nisso!
E bota bacana nisso!

E, claro, uma lojinha com muita coisa legal. Olha só o que selecionei:

Uma caixinha de chás personalizada. Um ótimo presente, não?
Uma caixinha de chás personalizada. Um ótimo presente, não?
Olha quanta coisa linda pra casa!
Olha quanta coisa linda pra casa!
A xícara que faltava pra você tomar seu chá inglês. :)
A xícara que faltava pra você tomar seu chá inglês. :)

Avaliação final

A visita ao Cutty Sark é muito, muito legal! Merece cinco estrelas na nossa rigorosa avaliação. :)

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Vale tanto para quem curte navegação, quanto para quem curte chá, boas histórias, arquitetura, cultura local, quem vai com crianças… enfim, é uma atração com grandes chances de agradar a gregos e a troianos, porque sim, é um museu, mas é mais do que isso. É um verdadeiro mergulho em uma realidade que há anos ficou no passado. E isso é demais!

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Recomendamos muito que você passe um dia da sua viagem em Londres explorando Greenwich (prometi no começo e repito: vem aí uma sugestão de roteiro a pé pela região!), e o Cutty Sark é um dos museus que sugerimos que você inclua na programação. Como ele é bem grande e tem muita coisa para ser vista, pelo menos duas horas devem ser dedicadas a ele.

Mas serão duas horas bem aproveitadas. Pode ter certeza. ;)

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Narizes vermelhos revelam: rajadas de vento fortíssimas quase colocaram o Cutty Sark de novo na rota do chá quando o visitamos. hihi

Quer conhecer vários museus de Londres quando estiver na cidade? Clique aqui e saiba sobre quais já escrevemos. Lendo os posts você vai poder decidir quais visitar.

Informações úteis Cutty Sark

E aí, vai incluir o Cutty Sark na sua programação em Londres? Então se liga nestas informações:

  • Site: http://www.rmg.co.uk/cuttysark
  • Endereço: King William Walk – Greenwich – London SE10 9HT
  • Como chegar:
    • Estações de trem mais próximas: Greenwich e Maze Hill
    • Estação de DLR mais próxima: Cutty Sark
    • Ônibus que passam pela região: 177, 180, 188, 199, 286 e 386
    • Thames Clippers: descer na estação Greenwich Pier
  • Horários de atendimento: todos os dias, das 10h às 17h (última entrada às 16h)
  • Entrada: adultos pagam £ 12.15 e crianças entre 5 e 15 anos pagam £ 6.30. Você pode comprar seus ingressos aqui.

Aproveite! :)

Beijo e até o próximo post,

Nah!

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Informações extras:

Museus de Londres: surpreenda-se na Tate Modern

Não foi amor à primeira visita!

Em 2010, com 22 anos, achei a Tate Modern um pouco louca demais para os meus padrões. A arte moderna e contemporânea do acervo dessa importante galeria de arte, inaugurada no ano 2000 em Londres, não me cativou.

No ano passado, porém, fomos dois dos cerca de cinco milhões de visitantes da Tate e mudamos completamente nossa visão sobre o museu. Tanto é que decidimos que precisávamos convencê-lo a dar sua chance pra ele também. :)

A Tate fica em um prédio que até 1982 era sede de uma usina elétrica - a Banskide Power Station. Por isso a cara "industrial".
A Tate fica em um prédio que até 1981 abrigava uma usina elétrica – a Banskide Power Station. Por isso a cara “industrial”.

tate modern - museu em londres

Quer visitar vários museus enquanto estiver em Londres? Leia este post, que reúne todos que já foram avaliados aqui no blog, e encontre os que têm sua cara!

Por que mudamos de ideia

Quatro anos se passaram desde nossa primeira visita à Tate. Nesse período, minha visão sobre a arte mudou bastante. O que antes me parecia louco demais, agora funciona como uma maneira de abrir a mente não só para os traços em um quadro ou para as formas de uma escultura, mas até mesmo para a vida. E isso foi legal DEMAIS!

É claro que muitas obras e instalações ainda me fizeram ficar com cara de “ahn?”, mas a interrogação deixada pela maioria foi positiva, provocativa e inspiradora!

E isso já basta para a visita ao museu valer a pena!

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–> Para não deixar o post gigantesco, deixamos algumas imagens de lado. Elas estão no nosso Google+. Clique aqui para conferir!

Mas não é só de obras e instalações malucas, que abrem a mente de quem se dispõe a observá-los com carinho, que vive este museu.

Tem trabalhos de grandes artistas expostos lá. E poder ver Picassos, Dalís, Mirós, Matisses, Monets e tantos outros bem de pertinho é uma experiência e tanto.

Acredite se quiser, mas essa é a obra mais cara já vendida em leilão! Nude, Green Leaves and Bust foi finalizada por Pablo Picasso em 1932.
Acredite se quiser, esta é a obra mais cara já vendida em leilão! “Nu, folhas verdes e busto” foi finalizada por Pablo Picasso em 1932 e foi vendida por 104,6 milhões de dólares a um colecionar privado não identificado em maio de 2010, em Nova York. Antes de parar na Tate, o quadro só havia sido exposto uma vez ao público, em 1961*.
Metamorfose de Narciso é uma das obras de Salvador Dalí que estão em exposição na Tate Modern. O quadro, pintado em 1937, mostra um pouco de uma das mais conhecidas histórias da mitologia grega: a do amor de Narciso por seu reflexo na água. Conta a história que por não conseguir abraçar a bela figura refletida, Narciso virou as costas e foi embora. Para imortalizá-lo, os deuses fizeram brotar uma flor no local onde ele estivera admirando sua própria imagem. Quando o quadro foi lançado, Dalí apresentou também um poema. Juntos, texto e imagem proporcionaram uma reflexão sobre o tema da metamorfose, incluindo ansiedade, desgosto e desejo. Dá pra ficar alguns bons minutos admirando essa obra que diz tanto sem precisar dizer (quase) nada.
Metamorfose de Narciso é uma das obras de Salvador Dalí que estão em exposição na Tate Modern. O quadro, pintado em 1937, mostra um pouco de uma das mais conhecidas histórias da mitologia grega: a do amor de Narciso por seu próprio reflexo na água. Reza a lenda que por não conseguir abraçar a bela figura refletida na água, Narciso definhou. Para imortalizá-lo, os deuses fizeram brotar uma flor no local onde ele estivera admirando sua própria imagem. E é isso que a imagem duplicada representa. Quando o quadro foi lançado, Dalí apresentou também um poema sobre sua ideia. Juntos, texto e imagem proporcionaram uma reflexão sobre a metamorfose. Dá pra ficar alguns bons minutos admirando essa obra que diz tanto sem precisar dizer (quase) nada.

Nas salas da Tate Modern, misturam-se obras produzidas no início do século XX até obras atuais. Há representações de momentos importantes da história da arte recente, como surrealismo, minimalismo, cubismo, futurismo e vorticismo.

Como qualquer bom museu, o Tate apresenta os movimentos, os artistas e as obras de maneira muito didática. Por isso, não é preciso ser um grande entendedor para compreender as principais características de cada obra que se vê…

O Busto de uma Mulher. Uma obra representante do cubismo, feita por Pablo Picasso. Que tal?
Torso de Mulher. Uma obra representante do cubismo, feita por Pablo Picasso. Que tal?
Quer entender melhor tudo que observa? Não só admire as obras. Leia as descrições. Elas facilitam muito a visita!
Quer entender melhor tudo que observa? Não só admire as obras. Leia as descrições. Elas facilitam muito a visita!
A exposição de posters da Revolução Russa é muito bacana.
A exposição de posters da Revolução Russa é muito bacana. Ela mostra como a Rússia se transformou em uma verdadeira galeria de arte a céu aberto com as propagandas supercoloridas feitas pelos bolcheviques que declararam que o país era o primeiro estado comunista do mundo. A história toda está contada nas paredes da Tate. Porque obra de arte também ensina História!
tate modern- museu em londres
Um registro diferente e bem legal da Guerra do Vietnam.

 

Bacana, né? :)

E para quem vai com crianças, é importante dizer que o museu se preocupa com os pequenos. Sempre há uma programação especial para as famílias. Clique aqui para saber o que tá rolando no momento.

tate modern - museu em londres

tate modern - museu em londres

A Tate Modern além da Tate Modern

Como se não bastasse tudo isso, o prédio da Tate Modern ainda abriga um restaurante/café com uma vista incrível:

Não é de babar?
Não é de babar? E se você não quiser consumir nada, não tem problema. Pode curtir a vista à vontade.

Uma varandinha com visuais igualmente fotogênicos:

tate modern- museu em londres-23

E, claro, uma lojinha com um moooonte de coisas legais:

Livros, guias, gravuras, camisetas...
Livros, guias, gravuras, camisetas…
... e até uma cerveja própria! Feita pela cervejaria London Fields (que está no nosso guia!)
… e até uma cerveja própria, feita pela cervejaria London Fields (que está no nosso guia!), são alguns dos produtos à venda para quem passa pela lojinha do museu.

Todos esses “extras” contribuem para tornar a visita à Tate Modern extremamente interessante. :)

Por último, não dá para não falar da localização dessa galeria. Afinal, ela está em uma das áreas de Londres com mais coisas legais para ver/fazer/comer/beber por metro quadrado.

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tate modern - museu em londres

tate modern - museu em londres - st. paul's cathedral

Tanto é que rendeu um post com um roteiro a pé bem bacana. Não leu ainda? Clique aqui e leia já. ;)

O mapa abaixo é uma pequena amostra do que você vai encontrar no post – e viver em um dia passeando por Londres sem precisar de transporte público.

E aí, partiu Tate Modern e arredores? Então bora conferir as informações essenciais para você programar sua visita.

Informações úteis Tate Modern

  • Site: http://www.tate.org.uk/
  • Endereço: Bankside, SE1 9TG
  • Estações de metrô mais próximas: Southwark (Jubilee Line – cinza); Mansion House (linhas: District – verde – e Circle – amarela); St. Paul’s (Central Line – vermelha)
  • Quer ir de outro meio de transporte? Clique aqui e informe-se sobre as várias outras formas de chegar à Tate Modern.
  • Quer visitar a Tate Britain e a Tate Modern no mesmo dia? Pegue o Tate Boat! Todas as informações estão neste link.
  • Horário de funcionamento: domingo a quinta – das 10h às 18h (última entrada para as exposições especiais: 17h15). Sexta e sábado das 10h às 22h (última entrada para as exposições especiais: 21h15). Fecha somente nos dias 24, 25 e 26 de dezembro.
  • Entrada: gratuita para a coleção permanente. Preços para exposições especiais variam. Clique aqui para programar a sua visita. Há visitas guiadas gratuitas. Informações neste link.

Enjoy! ;)

Beijobeijo e até o próximo post,
Nah

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*Fontes de pesquisa:

Museus de Londres – Post índice

Londres é uma cidade repleta de bons museus. Tem museu gratuito, tem pago. Tem museu para quem curte arte, para quem curte história, para quem curte curiosidades, para quem quer só se divertir… Tem museu em todos os cantos da cidade! Então, para encontrar um que agrade o seu perfil, basta fazer uma boa pesquisa. E nossos posts podem lhe ajudar nessa missão!

Reunimos aqui todos os museus de Londres que já apresentamos . Além disso, sempre que publicarmos uma nova resenha atualizaremos a lista, para facilitar sua busca. E para tornar esse post-índice ainda mais útil para você, no fim tem um mapa que mostra onde fica cada um dos museus citados aqui. Assim, você pode programar sua visita com mais facilidade. Que tal?

Vamos lá?

Imperial War Museum

O Imperial War Museum conta a história das batalhas que aconteceram desde a Primeira Guerra Mundial e das vidas afetadas pelas forças bélicas de lá para cá.

Dividido em diferentes áreas e usando personagens reais como ponto de partida para apresentar os fatos, este museu ensina ao mesmo tempo em que comove e nos faz entender e compreender alguns dos traços que permanecem até hoje nas características dos londrinos, dos ingleses, dos britânicos e até mesmo dos europeus de uma forma geral.

Um museu com uma carga emocional pesada, mas com muita informação interessante, boas histórias e reflexões.

–> Os detalhes sobre o museu e estão neste post.

Imperial War Museum - Change Your Life - London

London Transport Museum

A história do transporte público de Londres se confunde com a própria história da cidade. Por isso, visitar o London Transport Museum é fazer uma verdadeira imersão no passado, no presente e no futuro da capital inglesa.

Ao visitar o LTM você vai descobrir, por exemplo, que por muitos anos o Tâmisa foi a grande avenida de Londres (antigamente os barcos eram verdadeiros meios de transporte na cidade), que os primeiros ônibus terrestres da cidade eram puxados por cavalos, que no começo o metrô não era muito bom para a saúde dos usuários e muito mais. E você vai descobrir tudo isso de maneira muito divertida, dinâmica e didática. O museu é encantador!

–> Contamos tudo sobre a experiência de visitar o LTM aqui.

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Museum of London

Se tem um museu que os fascinados por Londres precisam visitar é, com certeza, o Museum of London – que, como o nome sugere, é 100% focado na cidade. Nele, o visitante conhece a história de Londres desde o tempo em que os romanos dominavam tudo, até os dias de hoje, passando pelo período do grande incêndio (1666), pela era das grandes pragas e mais. Além disso, é possível passear por uma réplica da Londres vitoriana, ver de pertinho a carruagem que o Mayor of London usa até hoje e assim por diante.

–> Nosso relato completo sobre a visita ao Museum of London pode ser lido aqui.

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Shakespeare’s Globe

A réplica do teatro shakespeariano é muito mais do que um simples museu. É praticamente um teletransporte para a Era Shakespeariana. No Globe, você vai poder conhecer toda a história do autor de Romeu & Julieta, Hamlet e tantos outros clássicos da literatura, e também poderá entrar no teatro e sentir-se parte de uma realidade que permanece viva em Londres graças a esse teatro/museu que de quebra fica em uma das regiões mais bonitas da cidade.

–> Confira nossa cobertura completa da visita ao Shakespeare’s Globe.

National Gallery

No coração da Trafalgar Square (a praça mais conhecida de Londres) está a National Gallery, um dos museus com a maior quantidade de grandes obras de arte de artistas famosos por metro quadrado do mundo! Tem Van Gogh, Monet, Manet, Cézanne, Michelangelo, Da Vinci e muitos outros. Além das obras incríveis, as salas são lindas, a lojinha tem um monte de coisas legais, o café é uma delícia… Dá para passar boas horas curtindo tudo isso.

–> Quer saber mais? Leia este post.

The National Gallery - London

National Portrait Gallery

A National Portrait Gallery, que fica nos fundos da National Gallery, conta a história do Reino Unido por meio de retratos de reis, rainhas, príncipes, princesas e súditos. E, olha, que bela maneira de aprender, hein? Os quadros são belíssimos, há muita informação interessante à disposição dos visitantes e, de certa forma, até mesmo os ambientes ajudam a contar as histórias.

Além dos retratos de época, há, também, vários retratos de personalidades atuais – a princesa Kate ganhou seu quadro há pouco tempo, o ex-primeiro ministro Tony Blair está eternizado lá e até a diva Amy Winehouse tem um quadro para chamar de seu. Muito legal!

–> Os detalhes da nossa visita à NPG estão aqui.

British Library

Talvez este seja o museu menos conhecido desta lista, mas definitivamente ele merece sua atenção. Há cerca de 200 relíquias guardadas na British Library – como o original de Alice no País das Maravilhas, Yesterday (a música dos Beatles) manuscrita (entre outras composições do fab four), a Bíblia de Gutenberg (o cara que inventou a prensa moderna, que tornou a produção de livros em massa possível), peças originais de Shakespeare e muito, muito mais!

–> Nosso post completo sobre a British Library está aqui.

British Library - Pra Ver Em Londres (1 de 1)

Victoria and Albert Museum

Abrimos o post que escrevemos sobre o Victoria and Albert Museum assim:

Mais de 4 milhões de objetos estão expostos no Victoria and Albert Museum (o V&A, para os íntimos), o maior museu de artes decorativas do mundo! São 145 galerias, espalhadas por mais de 50 mil metros quadrados (o que equivale a mais de cinco campos de futebol!), com artefatos milenares que representam as culturas europeia, norte-americana, asiática e norte-africana!

É porque os números e informações impressionam mesmo. Mas o V&A não é grandioso só nos números. O que impressiona mesmo são as obras de arte que podemos ver no museu e a variedade de temas trabalhados de maneira tão brilhante.

–> Saiba mais sobre o Victoria & Albert Museum acessando este link.

Pra Ver em Londres -V & A Museum (1 de 1)-54

Ripley’s Believe it or not

O museu de curiosidades Ripley’s Believe it or not (acredite se quiser) pode não ser o melhor para quem quer aproveitar a visita a Londres para se abastecer de conhecimento útil, mas tem um tantão de conhecimento inútil ensinado de maneira muito divertida lá, viu? haha. É um museu para entreter – e cumpre muito bem essa missão. São seis andares com curiosidades divididas em diferentes temas e estilos, além de um labirinto de espelhos e uma “guerra contra lasers”. Dá pra sair de lá sorrindo!

–> Apresentamos diversas curiosidades do Ripley’s Believe it or not e contamos tudo que você precisa saber para programar sua visita neste post.

Pra Ver em Londres - Ripley's Believe it or Not

Madame Tussaud’s

Já pensou encontrar Paul McCartney, John Lennon (aham), George Harrison (aham2) e Ringo Starr e poder tirar foto com eles? Ou, ainda, cumprimentar a Rainha Elizabeth II e trocar uma ideia com Boris Johnson, o prefeito de Londres? Isso é possível no Madame Tussaud’s. Quer dizer, mais ou menos, né? Esse povo todo (e mais um monte de gente) está lá em formato “boneco de cera”. Tem quem ame, tem quem odeie.

–> Se amar e quiser saber mais, leia este post. 

Se não curtir a ideia, não precisa bater no amigão que quer abraçar a gata da Julia Roberts, ou na amigona que quer tirar uma lasquinha do Cristiano Ronaldo, bater um papo com “a bonequinha de luxo”. É só não ir! ;)

madame tussauds

Tate Modern

Mais de cinco milhões de pessoas visitaram a Tate Modern no ano passado!

Lá, elas puderam ver obras de arte moderna e contemporânea, incluindo peças de renomados artistas como Picasso, Monet, Dalí, Matisse e muitos outros.

–> Nos apaixonamos pela Tate Modern em nossa segunda visita. Neste post, contamos por quê. Não deixe de ler!

A Tate fica em um prédio que até 1982 era sede de uma usina elétrica - a Banskide Power Station. Por isso a cara "industrial".

Cutty Sark

Em Greenwich, um dos bairros mais encantadores de Londres, há um barco “flutuando”. É o Cutty Sark, que hoje funciona como um incrível museu que conta como funcionava a rota do chá entre a Inglaterra e a China no século XIX.

O museu é muito legal! Superinterativo, com muita informação bacana e, além de tudo, MUITO bonito. A gente recomenda demais a visita em um dia explorando o bairro do meridiano, do parque bonitão, do mercado de rua e de tantas outras coisas bacanas! :)

–> Nosso post completo (que tem texto, fotos e vídeo) está aqui.

cutty sark - museu londres

Museus de Londres no mapa

Já decidiu quais museus de Londres quer visitar com base nas nossas sugestões? Então agora é a hora de programar a visita dando uma olhadinha no mapa abaixo.

Recapitulando:

Agora é com você! Escolha os museus que mais te agradam e aproveite!

Mas não esqueça que essa lista será atualizada sempre. Fique de olho aqui para conhecer novas outros museus que merecem sua atenção.

Nah e João

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Museus de Londres: apaixone-se pelo Victoria & Albert Museum

Mais de 4 milhões de objetos estão expostos no Victoria and Albert Museum (o V&A, para os íntimos), o maior museu de artes decorativas do mundo! São 145 galerias, espalhadas por mais de 50 mil metros quadrados (o que equivale a mais de cinco campos de futebol!), com artefatos milenares que representam as culturas europeia, norte-americana, asiática e norte-africana!

Pois é, os números (e as informações) impressionam. Mas eles não são nada perto do verdadeiro valor do museu cujo nome homenageia a Rainha Victoria e o Príncipe Albert e que desde 1852 encanta os londoners e os visitantes da cidade…

–> Prepare-se para um bombardeio de fotos! :)

Tem lugar melhor pra se abrigar de uma chuva forte e cheia de vento do que um museu incrível?
Tem lugar melhor pra se abrigar de uma chuva e do vento forte do que um museu incrível?

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Mas, calma, vamos deixar as obras do museu de lado para entrarmos juntos nele.

É que a experiência começa lá fora. Para quem vai de metrô, o V&A (assim como seus vizinhos Natural History Museum e Science Museum) fica muito próximo à estação South Kensington. Desembarcando do tube, você tem duas opções:

  • Subir à superfície e curtir o delicioso bairro cheio de cafés adoráveis, lojinhas legais, ruas bonitas e arborizadas, gente feliz :) e onde estão alguns dos museus mais incríveis de Londres – e correr o risco de atrasar muitão um pouco sua entrada no museu;
  • Seguir pelo “underground” e dar de cara com uma das entradas do museu.

Se você vai pra lá cedão, pode ser uma boa subir à superfície, tomar um café da manhã gostoso pela região (a gente recomenda o Gail’s), dar um rolezinho pelos arredores e depois ir ao programa principal do dia.

Mas se esse não for o caso, ir direto pelo “andar de baixo” é uma boa. O túnel comprido, que sai de dentro da estação e que volta e meia tem trilha sonora ambiente (por causa dos “buskers”, os músicos que tocam pelas ruas/metrôs), leva à entrada da minha galeria preferida: a de esculturas.

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A obra mais famosa de Auguste Rodin é "O Pensador", mas "Crouching Woman" é uma de suas peças que podem ser observadas no V&A. Sempre bom ver trabalhos de gênios de perto!
A obra mais famosa de Auguste Rodin é “O Pensador“, mas “Crouching Woman” é uma de suas peças que podem ser observadas no V&A. Sempre bom ver trabalhos de gênios de perto!
O que é a expressividade dessa escultura? <3
O que é a expressividade dessa escultura? <3
Netuno (o rei dos mares) e Tritão (seu filho, que era um "sereio" - essa palavra existe, gente?) brilhantemente recriados pelo artista italiano Giovanni Lorenzo Bernini
Netuno (o deus dos mares) e Tritão (seu filho, que era um “sereio” – essa palavra existe, gente?) brilhantemente recriados pelo artista italiano Giovanni Lorenzo Bernini

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Olha mais de perto a obra de cima. Maravilhosa, não?

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Muita coisa linda, né? Agora pensa comigo: só a coleção de esculturas tem 22.000 objetos. O que você viu aqui é apenas um aperitivo do aperitivo. :)

Por isso mesmo, quando você sai da área das esculturas é normal pensar: “nada mais pode me surpreender nesse museu. Já que vi a nata. Muáááhahahaha.”

Tsss, sabe de nada, inocente. Tem muito mais! =D

Como não se encantar com a área das joias?

joias - Victoria and Albert

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Ou, ainda, com as galerias que contam a história do Reino Unido (e, por que não?, do mundo) apresentando a evolução da moda? Elas também são sensacionais!

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E, puxa, tem ainda objetos irados do Japão, da China e da Índia

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Pinturas, gravuras, ambientes de época decorados, peças em ouro, prata e bronze…

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… e MUITO MAIS!

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Tem peças de artistas conhecidos (como Rodin, Picasso, Raphael, Donatello, Mestre Splinter) e obras de artistas que você pode até não conhecer, mas que têm obras tão incríveis quanto as dos mais renomados artistas! Pra você ter uma ideia, o tapete persa mais importante e histórico do mundo está lá!

The Ardabil Carpet. Foto: site oficial V&A. Acesse a página dedicada ao tapete clicando aqui
The Ardabil Carpet. Foto: site oficial V&A. Acesse a página dedicada ao tapete clicando aqui

Além disso, o museu sempre tem exposições temporárias superlegais rolando (a programação completa você encontra aqui), há vários eventos noturnos interessantíssimos (detalhes neste link), há diversas opções de tours guiados, audioguide, guidebooks, a lojinha é bacanérrima, o café é bem gostosinho, as salas são liiindas… enfim, motivos para você se apaixonar pelo V&A não faltam! Basta você encontrar o seu (ou os seus, o que, definitivamente, é bem mais fácil)!

E nisso o site oficial do museu pode ajudar. Ao navegar por ele você vai perceber como tudo que escrevi aqui é real. ;)

Ou seja, não dá nem pra pensar em dar menos do que 5 estrelas pro V&A. Toma aí, V&A!

ranking-estelar-ronnies-bar-londres

E aí, consegui convencer você a conhecer o Victoria and Albert Museum? Independente da sua resposta, tenho mais um argumento – as fotos abaixo, feitas pelo João:

Tem mais fotos no nosso Google+. Tá aqui!
Tem mais fotos no nosso Google+. Tá aqui!

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Agora sim, convencido, né? :)

Então programe umas boas horas para explorar mais esse tesouro de Londres. Você não vai se arrepender!

Até o póximo post!

Beijobeijo,

Nah

Informações úteis Victoria and Albert Museum

  • Site: http://www.vam.ac.uk/
  • Entrada: gratuita para exposições fixas (todas as citadas aqui!)
  • Endereço: Cromwell Road, London SW7 2RL
  • Como chegar:

– South Kensington (linhas: Circle – amarela, District – verde, e Piccadilly – azul escura) é a estação de metrô mais próxima

– Os ônibus C1, 14, 74 e 414 param bem próximo à entrada principal do museu

  • Horários de funcionamento: Diariamente das 10h às 17h e às sextas-feiras das 10h às 22h
  • Para saber tudo que você precisa para planejar sua visita acesse este link.
  • Já escrevemos sobre vários museus de Londres aqui no blog. Para conferir a lista completa de posts clique aqui.
  • Não esquece que tem mais fotos no nosso Google+!

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Um baú de tesouros em Londres chamado British Library

Começo o post de hoje fazendo uma confissão: eu sempre quis conhecer a British Library, em Londres, mas nem sabia direito por quê.

Imaginava eu, tolinha, que seria uma grande biblioteca. E só. E, claro, isso já enchia meu coração de alegria. Eu amo livros.

Mas a British Library é MUITO mais do que uma grande biblioteca. É um verdadeiro baú de tesouros no meio de Londres.

Vem comigo conhecer a British Library? :)
Vem comigo conhecer a British Library? :)

De que tesouros você tá falando, sua doida?

Ixi, de muitos.

A começar pelo prédio em si.

Gente, que coisa mais linda. Por fora e por dentro. No saguão principal e na galeria que guarda as maiores preciosidades. Na calmaria das áreas de estudo e na bagunça da lojinha.

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Aaaaah, a lojinha! <3
Aaaaah, a lojinha! <3

Impossível não se encantar por esse lugar.

Por falar em lojinha, pra mim, a da British Library é a melhor de todos os museus de Londres (curti bastantão a do London Transport Museum, lembra? Mas amei ainda mais essa!). É tanta, mas tanta coisa bacana que dá vontade de abrir a carteira e jogar todas as Rainhas no caixa.

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Mas como classe média sofre, trouxe pra mim só uma capinha liiiinda para o meu Kobo (que imita a capa de Orgulho e Preconceito e que custou £25) e uma nécessaire de Alice no País das Maravilhas (£12.99).  

compras British Library - Londres
Lindos, né? :)

O “mix de produtos” (jornalista que escreve sobre vendas em ação) completo você encontra aqui. Sisisi, tem loja virtual aimeuricodinheirinho.

Só que esses encantos todos nem chegam aos pés do verdadeiro diamante da British Library: a exposição “Treasures of the British Library”, que está nesta sala:

British Library - Pra Ver Em Londres (1 de 1)

Aí dentro, há cerca de 200 relíquias – tipo o original de Alice no País das Maravilhas (!), Yesterday (a música dos Beatles) manuscrita (entre outras composições do fab four), a Bíblia de Gutenberg (o cara que inventou a prensa moderna, que tornou a produção de livros em massa possível), peças originais de Shakespeare…

Enfim, tem muita, muita coisa incrível. Até a Carta Magna, que em 1215 limitou os poderes da Monarquia, também fica lá.

Pois é, é um acervo e tanto!

Para preservar essas jóias, a sala tem uma iluminação baixa, as obras são protegidas por vidros e a temperatura ambiente é controlada. Aliás, também com o objetivo de garantir que as obras continuem intactas, não é permitido fotografar nada que está lá. Pois é, triste, mas pra não deixar você na mão, selecionei algumas imagens de divulgação pra você ter um gostinho dessa belezinha. Ó só:

Putz, se bem que essas fotos nem motivam tanto,  né? haha. Mas vai por mim: a exposição é sensacional. Saiba mais sobre ela clicando aqui.
Putz, se bem que essas fotos nem motivam tanto, né? haha. Mas vai por mim: a exposição é sensacional. Saiba mais sobre ela clicando aqui.

Sério, é demais. Demais. Demais. Apesar de não termos fotos das coisas que mais nos impressionaram, tá tudo muito bem guardado na memória – inclusive a cor do papel e a letra de Paul McCartney no manuscrito de Yesterday. <3 <3 <3

Avaliação criteriosa? 6 estrelas. haha

British Library - Londres

É que, gente, a entrada é gratuita (exceto para algumas exposições temporárias), tem muita, muita coisa legal, a lojinha é top, tem poltronas super confortáveis espalhadas pra você que quer ler seu livro de boa (ou estudar)… enfim, vale a pena conhecer.

Consegui te convencer? Diz que siiiiim. :)

Aqui vão mais algumas fotos pra animar os que aiiiinda não se convenceram a incluir esse baú de tesouros na programação em Londres:

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Uma direto do nosso Instagram pra você:

Por falar em Instagram, já segue a gente lá? Te esperamos! @praveremlondres ;)

Como sempre, o álbum de fotos completo está no nosso Google+. Clique aqui para ver.

A British Library e a comunidade

Mais uma confissão: no site oficial da British Library encontrei uma informação meio chocante, meio inacreditável. Diz lá que a coleção da biblioteca tem cerca de 14 MILHÕES de livros. Tá tirando, né? É muita coisa. Ah, e no total tem mais de 150 milhões de itens, de diversos países, idiomas e formatos. Gente, isso é muita coisa. Sem falar que tem arquivo de 2000 ANTES DE CRISTO. Tipoassim =O

E sabe o que é melhor? Se você quiser, pode se associar à British Library e ter acesso às salas de estudo, consultar o acervo…

Incluir horas de estudo na British Library na rotina não é nada mau, hein?
Incluir horas de estudo na British Library na rotina não é nada mau, hein?

Mas não é muito simples, não. Você precisa ter um motivo real (tipo uma tese de mestrado em andamento) para aplicar para um “Reader Pass”. O processo todo está explicado aqui.

E já que estamos falando em bibliotecas, aproveito para falar que as bibliotecas de bairros de Londres são também super legais e menos burocráticas. Em 2010, ficamos sócios da nossa em Clapton, que era maravilhoooosa, e aproveitamos o espaço para trabalhar, alugamos livros, curtimos! No ano passado, também frequentamos a de Blackheath, que era mais simplinha, mas também tinha um acervo legal.

Ou seja, recomendo muito que você que mora em Londres, gosta de bons livros e é rato de biblioteca, dê uma procurada pela biblioteca da sua região. Geralmente, dentro dos sites dos “bairros”, você descobre onde é a mais próxima da sua casa. Pra ficar mais claro, deixo aqui os links da biblioteca de Clapton e de Blackheath. E no site da Biritish Library há informações sobre outras bibliotecas públicas. Aqui!

Eita cidade foda, né? (desculpa o palavrão, mamadi, mas é a melhor forma de expressar quão foda é Londres. haha)

Beijobeijo e até o próximo post!

Nah

Serviço

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  • Site oficial: http://www.bl.uk
  • Onde fica? 96 Euston Road – NW1 2DB
  • Como chego até lá?

De trem → As estações St. Pancras International, King’s Cross e Euston estão bem próximas à British Library

De metrô →

  • King’s Cross/St. Pancras – linhas: Victoria Line – azul clara, Northern Line – preta, Piccadilly – azul escura, Hammersmith & City – rosa antigo, Bakerloo – marrom, Circle – amarela
  • Euston – linhas: Northern – preta, e Piccadilly – azul escuro
  • Euston Square Bakerloo – marrom, Circle – amarela, Hammersmith and City – rosa antigo

De ônibus → Passam ali perto os números 10, 30, 59, 63, 73 e 91

  • Quais são os horários de funcionamento?

Segunda e sexta: 09h30 – 18h
Terça, quarta e quinta: 09h30 – 20h
Sábado: 09h30 – 17h
Domingo: 11h – 17h

Para informações complementares (como horários de funcionamento em feriados) clique aqui.

  • O que fazer na região? Bom, se você vier pela estação King’s Cross, pode aproveitar para tirar a foto na plataforma 9 ¾, do Harry Potter (tem post aqui!). Depois, pode emendar uma boa cervejinha no Euston Tap, um dos pubs que indicamos neste post.

Shakespeare’s Globe: Shakespeare ainda vive em Londres!

“Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor”

A frase que uso para abrir o post de hoje é de ninguém menos do que William Shakespeare, poeta e dramaturgo inglês nascido há exatos 450 anos (23/04/1564) na pequena cidade de Stratford-upon-Avon (que conhecemos na nossa viagem à região de Cotswolds e que logo vai virar post). Aliás, foi também em um 23 de abril que ele faleceu. Aos 51 anos, também na sua cidade natal.

Resolvemos aproveitar esta data para contar como foi a visita que fizemos recentemente ao Shakespeare’s Globe, a réplica do teatro shakespeariano que faz qualquer um ter a impressão que ele ainda vive no coração de Londres…

De um lado, St. Paul's Cathedral. Do outro, Tate Modern e... Shakespeare's Globe
De um lado, St. Paul’s Cathedral. Do outro, Tate Modern e… Shakespeare’s Globe
O teatro!
O teatro!

A história do Shakespeare’s Globe

Preciso contar uma coisa antes de entrar na visita propriamente dita ao teatro de Shakespeare em Londres: a vida deste ícone da cidade não foi nada fácil, viu? Para ficar do jeito que você vê nas fotos abaixo, o teatro que até hoje leva aos amantes da dramaturgia alguns dos melhores romances da história passou por maus bocados…

Quem vê ele assim, todo imponente, não imagina por tudo que esse teatro passou ao longo dos anos...
Quem vê ele assim, todo imponente, não imagina por tudo que esse teatro passou ao longo dos anos…

Tudo começou em 1559, quando o Globe Theatre original foi construído por uma companhia teatral a qual seu idealizador pertencia.

Tudo ia bem até que em 1613, durante um ensaio da peça Ricardo VIII um incêndio teve início e acabou com tudo. Tudinho. :(

Mas o povo não queria saber de viver sem Globe. Por isso, já no ano seguinte o teatro foi posto de pé de novo.

Mas não foi aí que o “felizes para sempre” chegou, não. Em 1642, por conta da pressão pública dos puritanos, The Globe foi fechado. E dois anos depois, demolido. :’(

Aliás, aqui cabe um parênteses: na época de Shakespeare, os puritanos (que eram extremamente sérios e pouco adeptos à diversão) costumavam morar do outro lado do rio e não viam com bons olhos as atividades de lazer – inclusive as promovidas pelos teatros. Porém, nem todos que moravam “do lado de lá” tinham esse pensamento. Para atrair os interessados que viviam do lado norte da cidade, os organizadores das peças do The Globe Theatre hasteavam uma bandeira sempre que tinha uma peça em exibição. E aí, meu caro, pare e pense na cara dos puritanos vendo seus vizinhos da City atravessando a ponte para curtir uma boa peça. ;)

Mas, enfim, depois da demolição, muuuitos anos se passaram sem The Globe fazendo parte do cenário de Londres; sem The Globe levando aos londoners e aos turistas cultura da mais alta qualidade.

Até que na década de 70 (aham, 1970, cerca de 300 anos depois) Sam Wanamker, diretor e ator norte-americano fundou o Shakespeare Globe Trust, um grupo que tinha como objetivo reconstruir o teatro fechado de Shakespeare.

A missão não foi fácil. A arquitetura do século XX era muito diferente da do século XVII e foram precisos muito mais do que alguns meses para tornar esse sonho realidade. Em 1997 (não disse?), muito próximo ao local do antigo Globe Theatre, foi inaugurado o Shakespeare’s Globe, que é uma réplica bem fiel ao teatro original.

Tá lá! =D
“Sua Majestade a Rainha e Sua Alteza Real o Duque de Edimburgo, patrono do Shakespeare Globe Trust, assistiram à apresentação do espetáculo ‘Triumphes an Mirth’ no dia 12 de junho de 1997 para comemorar a abertura do Globe Theatre”

Shakespeare's Globe Londres - externo

É impossível não se impressionar. Dá vontade de passar hooooras admirando cada detalhe dessa construção incrível e pirando em tudo que esse palco representa.
É impossível não se impressionar. Dá vontade de passar hooooras admirando cada detalhe dessa construção incrível e pirando em tudo que esse palco representa.

Que coisa, não?

Toda essa história quem nos contou foi a guia do tour que fizemos por lá. Mas não é só isso que você descobre visitando o Shakespeare’s Globe em Londres. O muito mais é o que eu começo a contar agora. Vem comigo e prepare-se para se surpreender! :)

Visitando o Shakespeare’s Globe em Londres

Shakespeare's Globe Londres - fachada-2

Nosso tour estava marcado para às 15h, mas entramos no Shakespeare’s Globe antes das 14h30. A moça da recepção nos disse, então, que podíamos curtir o museu nesse período. E o que vimos lá foi um aperitivo e tanto para o que vinha na visita ao teatro em si…

A começar pela história retratada por fotos e fatos que mostram, dentre outras coisas, como era a Inglaterra nos tempos de Shakespeare (e como era Londres, claro), como se vestiam os atores da época e como foi a vida do autor de Romeu e Julieta, Hamlet, Macbeth, Rei Lear e vários outros clássicos da dramaturgia.

Porque o figurino ajuda a viajarmos no tempo, né?
Porque o figurino ajuda a viajarmos no tempo, né?

Shakespeares time - London

Como estávamos preocupados com o tempo, mais demos atenção às informações do que nos preocupamos com fotos. Mas aproveito para contar que no museu você também pode ouvir algumas das falas mais famosas das obras de Shakespeare sendo narradas por artistas famosos, gravar sua própria versão da sua obra preferida, vestir trajes típicos da época e, se der sorte como a gente, pegar um ensaio de quem hoje dá vida aos personagens criados pelo mestre.

No momento da nossa visita os atores estudavam os textos e duelavam com espadas. Foi emocionante ficar de olho neles!
No momento da nossa visita os atores estudavam os textos e duelavam com espadas. Foi emocionante ficar de olho neles! Aliás, se você quiser não só visitar o teatro como também assistir a uma peça, clique aqui e confira a programação dos próximos meses. Dá pra ver um clássico ao vivo sem gastar muito. Juro!

 Mas, claro, o momento mais esperado por nós (e por um um grupo de mais ou menos 20 pessoas) era o do tour por dentro do teatro. E aí, meu bem, só reunindo um monte de foto linda para fazer você entender por que colocar o Shakespeare’s Globe na sua programação em Londres é uma ótima pedida. Vamos lá?

Shakespeare's Globe Londres - externo 3

Do centro da arena
Do centro da arena
Já pensou ver ao vivo a história de Romeu e Julieta sendo contada ali no palco? <3
Já pensou ver a história de Romeu e Julieta sendo contada ali no palco? <3
Quando estiver lá, não deixe de observar cada detalhe. Eles são impressionantes!
Quando estiver lá, não deixe de observar cada detalhe. Eles são impressionantes!
Enquanto estávamos no centro da arena, nossa guia nos explicou como são feitos os "efeitos especiais", contou que o som é todo feito ao vivo (com instrumentistas nas coxias) e fez a gente rir com diversas histórias que você só vai conhecer se fizer o tour. Há!
Enquanto estávamos no centro da arena, nossa guia nos explicou como são feitos os “efeitos especiais”, contou que o som é todo feito ao vivo (com instrumentistas nas coxias) e fez a gente rir com diversas histórias que você só vai conhecer se fizer o tour. Há!

Shakespeare's Globe Londres - palco

Equanto o João faz os registros para o blog, eu fotografo para as redes sociais. Aliás, já segue a gente no Instagram? Estamos aqui.
Equanto o João faz os registros para o blog, eu fotografo para as redes sociais. Aliás, já segue a gente no Instagram? Estamos aqui. :)

Shakespeare's Globe Londres - plateia2 copy

Shakespeare's Globe Londres - geral copy

Demais, né?

Além de tudo isso, a lojinha do Shakespeare’s Globe é BEM legal. Eu trouxe pra casa um potinho de tinta para caneta tinteira (a caneta em si compramos no Royal Observatory, em Greenwich – tema de um post que vem aí!), mas a vontade era de comprar tudo. haha #ficadica

Enfim, obviamente que Shakespeare’s Globe mereceu cinco estrelas no ranking do Pra Ver em Londres. Estar lá é fazer uma viagem no tempo, na cultura, na história. Impossível não se encantar.

ranking-estelar-Shakespeares-Globe

Você pode comprar seu ingresso para o tour clicando no banner abaixo. Além de prática, esta é uma maneira de ajudar a manter o Pra Ver em Londres firme e forte, já que sua compra gera uma comissão pra gente. :)

atraction_728x90_Por

Curtiu? Faça sua visita e depois volte nos contar o que achou. Vai ser um prazer conhecer a sua opinião. 

Beijobeijo e até o próximo post,

Nah

Serviço

Shakespeare’s Globe

Onde fica?

21 New Globe Walk, City of London SE1 9DT – ao lado da Tate Modern, na ponta oposta à St. Paul’s Cathedral tendo a Millenium Bridge como referência

Estações de metrô mais próxima: Blackfriars *B* (Linhas: District – verde – e Circle – amarela), Mansion House *C*(Linhas: District – verde – e Circle – amarela) e London Bridge *A* (Linhas: Northern – preta – e Jubilee – cinza)

*D* Globe Theatre – tudo marcadinho no mapa pra facilitar o serviço. ;)


View Larger Map

Ingresso

Adulto £15,00 / Crianças de 5 a 15 anos £9,00 / Estudantes £12,50

Horários detalhados neste link

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Ripley’s Believe it or Not: acredite se quiser, você vai se surpreender

Pra Ver em Londres - Ripleys Believe it or Not - LondonPiccadilly Circus é um dos corações de Londres. É quase impossível visitar a cidade e não dar pelo menos uma passadinha por ali. Além dos letreiros luminosos, dos cruzamentos de ruas importantes, da estátua de Eros e das várias lojas e restaurantes, é ali que mora o museu de curiosidades Ripley’s Believe it or Not, que desde 2010 chamava nossa atenção, mas nunca tínhamos tido a oportunidade de entrar e ver “qual é”.

Até que no começo deste ano o departamento de Marketing do Ripley’s nos convidou para conhecer a atração. A gente aceitou o convite, claro. E hoje conto pra você o que achamos. :)

Vem comigo.

Avaliação geral

Confesso pra você que não fomos ao Ripley’s com a expectativa muito alta. Pelo contrário, até tínhamos medo de ser uma espécie de “tourist trap” (atração pega-turista, sabe?), mas nos surpreendemos.

Saímos de lá tendo descoberto um monte de coisas interessantes, malucas, curiosas e divertidas, e achamos que no fim das contas o Ripley’s Believe it or Not pode ser uma boa opção de passeio para quem visita Londres com crianças (curtimos mais do que o aquário e que o Madame Tussaud’s, por exemplo), para quem curte umas bizarrices e quem não se importa em gastar umas libritchas extras para descobrir fatos “aleatórios”.

Digo isso porque o fator preço assusta um pouco. Em 2014, adulto paga £26,95 (pelo combo Ripley’s + Labirinto de Espelhos + Laser Race), criança £21,95 e família (dois adultos + duas crianças) £87,95.

São seis andares que reúnem mais de 700 curiosidades, e o tempo da visita depende do seu interesse – a gente ficou mais ou menos 2h30 explorando tudo por lá e depois brincando de fugir de lasers, o que foi extremamente divertido.

Off topic sobre o LaseRace: Foi realmente muito legal brincar de se esquivar de lasers, mas a gente achava que ia ser assim…

… e na verdade era tipo um labirinto de lasers e a gente não podia encostar em nada. Exigia concentração e foco. Beeem legal. Ficamos felizes com nosso resultado e comemoramos tipo assim:

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Marshmallow and Lillypad em um momento “we rock”. :)

O outro extra do Ripley’s, o labirinto de espelhos, também era bem interessante. Alguns minutos procurando uma saída provocou em mim até uma agoniazinha, mas valeu a pena formar um time com o marido para sair de lá. ;)

Mas, claro, os seis andares de curiosidades é que realmente importam no museu. E para você poder concluir se esse programa é ou não “a sua praia”, reúno aqui algumas fotos que mostram algumas das curiosidades que mais chamaram nossa atenção…

Sabe qual a matéria prima dessa escultura dos Beatles? Chiclets. Isso mesmo, goma de mascar, bubble gum, "chiclé". O autor dessa "obra de arte" é Enrique Ramos. E aí, interessante ou nojento? Eu achei curioso. haha
Sabe qual a matéria prima dessa escultura dos Beatles? Chiclets. Isso mesmo, goma de mascar, bubble gum, “chiclé”. O autor dessa “obra de arte” é Enrique Ramos. E aí, interessante ou nojento? Eu achei curioso. haha
Uma das minhas obras preferidas no Ripley's, este é o obama desenhado utilizando o seu discurso pós-eleição. Não é incrível?
Uma das minhas obras preferidas no Ripley’s é este Obama desenhado utilizando o seu discurso pós-eleição. Não é incrível?
Obama no detalhe
Obama no detalhe
A primeira-dama norte-americana também está no Ripley's de Londres. Seu retrato é feito de tampinhas de garrafa. <3
A primeira-dama norte-americana também está no Ripley’s de Londres. Seu retrato é feito de tampinhas de garrafa. <3
A cerveja mais antiga do mundo. Pensa nos olhinhos brilhando do casal cervejeiro aqui. :)
A cerveja mais antiga do mundo. Pensa nos olhinhos brilhando do casal cervejeiro aqui. :)
A baixinha e o altão. Coitadas das pessoas que conviviam com este cidadão. Já pensou a dor no pescoço pra falar com ele?
A baixinha e o altão. Coitadas das pessoas que conviviam com este cidadão. Já pensou a dor no pescoço pra falar com ele?
Ó o tipo desse homem lagarto.
Ó o tipo desse homem lagarto.

Legal, né? Mas não é só isso, não. Tem coisas do tipo Kate Middleton feita só com beijo de batom (AHAM!), uma área dedicada aos tempos medievais (e a todas as coisas loucas que rolavam nesse período), outra dedicada aos fatos curiosos do fundo do mar, uma mandíbula de tubarão, um buraco nego para você atravessar, etc. etc. etc.

Aproveito a pausa nas fotos pra contar que essa coleção de curiosidades começou a ser montada por um viajante. Robert Ripley, em suas diversas viagens pelo mundo, coletou e catalogou tudo que lhe chamou a atenção, e isso acabou virando tema para história em quadrinho e, depois, museu – hoje o Ripley’s está em mais de 30 cidades; 13 fora dos Estados Unidos, incluindo Londres, claro.

E muitas das curiosidades despertam na gente aquele “ah é?”, que é bem o espírito do acredite se quiser. :)

Enfiiiim, bora ver mais fotos?

Tá aí uma das coisas mais bizarras do museu: uma privada portátil (ou poderíamos chamar de penico? haha) com a foto de um antigo Primeiro Ministro britânico no fundo. Obra de outro Primeiro Ministro, pasme. Isso mesmo, Benjamin Disraeli pediu que desenhassem William Gladstone no seu banheirinho particular. haha
Tá aí uma das coisas mais bizarras do museu: uma privada portátil (ou poderíamos chamar de penico? haha) com a foto de um antigo Primeiro Ministro britânico no fundo. Obra de outro Primeiro Ministro, pasme. Isso mesmo, Benjamin Disraeli pediu que desenhassem William Gladstone no seu banheirinho particular. haha
O artista norte-americano Daniel Diehl resolveu fazer uma série de retratos de pessoas que morreram precocemente por causa do cigarro utilizando como matéria prima a fumaça - claro. Este é Edgar Allan Poe. Interessante, não?
O artista norte-americano Daniel Diehl resolveu fazer uma série de retratos de pessoas que morreram precocemente por causa do cigarro utilizando como matéria prima a fumaça – claro. Este é Edgar Allan Poe. Interessante, não?
Essa obra de arte também é incrível. Abraham Lincoln feito de teclas de um teclado de computador. O retrato foi feito por Doug Powell e tem 4081 teclas em sua composição. Além disso, quatro célebres frases de Lincoln podem ser lidas na imagem: "Everybody likes a compliment"; "A house divided against itself cannot stand"; "The ballot is stronger than the bullet"; "Whatever you are, be a good one".
Essa obra de arte também é incrível. Abraham Lincoln feito de teclas de um teclado de computador. O retrato foi feito por Doug Powell e tem 4081 teclas em sua composição. Além disso, quatro célebres frases de Lincoln podem ser lidas na imagem: “Everybody likes a compliment”; “A house divided against itself cannot stand”; “The ballot is stronger than the bullet”; “Whatever you are, be a good one”.
Uma cidadezinha feita de comida. Ow, delícia, né? :)
Uma cidadezinha feita de comida. Ow, delícia, né? :)
Dá uma olhada com atenção à esta imagem da Diana Ross. Gente, é preciso muito talento pra fazer uma coisa dessas!
Dá uma olhada com atenção à esta imagem da Diana Ross. Gente, é preciso muito talento pra fazer uma coisa dessas!
Menos curiosas, mas muito interessantes, algumas tochas olímpicas também estão no Ripley's. É muito louco ver a evolução no design dessas peças tão importantes na história do esporte mundial.
Menos curiosas, mas muito interessantes, algumas tochas olímpicas também estão no Ripley’s. É muito louco ver a evolução no design dessas peças tão importantes na história do esporte mundial.
A Tower Bridge é sempre linda. Adoramos vê-la feita em palitos.
A Tower Bridge é sempre linda. Adoramos vê-la feita em palitos.
GENTE, ONDE FORAM PARAR AS PERNAS DO MEU MARIDOOO?? =O
GENTE, ONDE FORAM PARAR AS PERNAS DO MEU MARIDOOO?? =O
Não é muitooo legal?? Acho pessoas que conseguem fazer coisas assim muito fuedas.
Não é muitooo legal?? Acho pessoas que conseguem fazer coisas assim muito fuedas.

Dá pra dizer que a gente se divertiu, descobriu coisas novas, curtiu bastante as horas passadas no Ripley’s.

Ah, e também adoramos a vista proporcionada por uma das janelas do museu…

Dá vontade de passar hoooras vendo a vida em Londres acontecer por esta janelinha...
Dá vontade de passar hoooras vendo a vida em Londres acontecer por esta janelinha…

Porém, não acho que seja uma atração que agrade “gregos e troianos” – muita gente acha bobo. Por isso, antes de ir reflita bem sobre o que você curte. Se você for e não gostar não vale dizer que eu não avisei, hein? :)

Com tudo isso em mente, o Ripley’s Believe it or Not ganhou 3 estrelas e meia no nosso ranking estelar. Tiraram pontos o preço e o fato de não ser uma atração que agrada todo mundo.

Ripleys-ranking

A ideia do museu em si muito nos agradou. Acho que o fato de sermos jornalistas colabora para isso, né? Somos loucos por curiosidades. hehe

E aí, o que achou? Vai colocar na sua programação? Se já foi, compartilha sua opinião nos comentários. É sempre bom saber o que você pensa.

Beijobeijo e até o próximo post,

Nah

Serviço

Como disse no começo do post, o Ripley’s fica NA Piccadilly Circus. Ou seja, se você quiser ir de metrô basta descer na estação de mesmo nome, por onde passam as linhas Piccadilly (azul escura) e Bakerloo (marrom).

Mas se seu objetivo é chegar até lá de ônibus, conte com a ajuda dos números 3, 6, 9 , 12 , 13, 14, 15, 19 , 22, 23, 38, 88, 94, 139, e 453. ;)

O Ripley’s abre TODOS os dias do ano quase sempre das 10h à meia-noite (última admissão 22h30), mas os horários de abertura e fechamento podem variar quando eventos corporativos estiverem programados para acontecer lá. Vale a pena ficar de olho no site.

Ficou afim de ir e quer comprar djá seu ingresso? Se você fizer isso clicando na imagem abaixo você ajuda o Pra Ver em Londres a se manter firme e forte. ;)

Ripleys Believe it or Not - London

National Portrait Gallery: a História do Reino Unido em retrato em Londres

Há algumas centenas de anos os retratos (tinta + tela) eram simplesmente registros que marcavam épocas.

Hoje, porém, o papel deles é diferente.

Eles contam histórias (e falam sobre a História) e nos mostram como viviam, vestiam-se e comportavam-se figuras importantes do mundo inteiro – e cidadãos como nós também, claro.

E é por meio de retratos que a National Portrait Gallery conta a História do Reino Unido.

Situada logo atrás na National Gallery (que apresentei neste post, lembra?) e, consequentemente, da Trafalgar Square, a National Portrait Gallery é mais um museu/galeria de arte que gostamos MUITO em Londres e que achamos que você precisa visitar quando estiver na cidade.

 Saiba por que passeando comigo por suas salas e corredores…

Ah, já adianto: a visitação é gratuita para as obras da coleção permanente. Então não dá pra reclamar do preço, né? ;)
Ah, já adianto: a visitação é gratuita para as obras da coleção permanente. Então não dá pra reclamar do preço, né? ;)

O que você vai ver na National Portrait Gallery de Londres

Reis, Rainhas. Príncipes, Princesas. Súditos. A vida na Inglaterra nos séculos passados.

É isso que você vê logo que começa a explorar a National Portrait Gallery.

Tudo isso em retratos cheios de detalhes e impecáveis…

National Portrait Gallery - London - great portraits
Os retratistas eram os fotógrafos da época, né? :)

National Portrait Gallery - London

Cada sala, cada quadro vem acompanhado de explicações sobre a época e sobre os personagens, o que faz com que uma verdadeira aula de História seja contada diante dos seus olhos e de uma forma extremamente leve e gostosa. Aliás, para mim é justamente isso que os museus fazem. E não é bom demais você descobrir um monte de coisas sobre um lugar que visita de um jeito tão… dinâmico? :)

Mas, enfim, viagens à parte, é impossível não querer ficar horas observando cada item dos quadros e invejando o talento dos artistas. haha, sou dessas.

Um dos mais impressionantes, na minha opinião.
Um dos mais impressionantes, na minha opinião.
Portrait - London
Presta a atenção nos detalhes. Não é de dar inveja o talento desses artistas?
Este quadro é CHOCANTE. Tem muita gente retratada ali. E são muitos detalhes. A gente não queria ir embora; cada hora era uma descoberta.
Este quadro é CHOCANTE. Tem muita gente retratada ali. E são muitos detalhes. A gente não queria ir embora; cada observação gerava uma nova descoberta.

E como se não bastassem as incríveis pinturas, as molduras ainda são um show à parte…

Que tal?
Que tal?
Molduras dos quadros e molduras das portas, né? :)

The Queen - National Portrait Gallery - Londres… e as salas… ah, as salas…

National Portait Gallery - Londres - museus de Londres

NPG - Londres - sala verde linda
Onde está o Wally? Quer dizer, onde está esta que vos fala? hehe

npg - Londres - museus de Londres

Lindas, nénão? :)

Queria um corredor deste lá em casa:

Muito amor, né?
Muito amor, né?

Mas não é só sobre a História mais antiga que você descobre fatos por meio de retratos na National Portrait Gallery, não.

Há também registros mais recentes. A eterna diva Amy Winehouse está lá, os primeiros ministros britânicos da atualidade também e até a Princesa Kate ganhou um quadro só seu – que, aliás, foi alvo de polêmica porque muuuita gente não gostou.

E aí, Kate tá ou não bonitona em seu retrato?
E aí, Kate tá ou não bonitona em seu retrato?

Claro que essa é só uma amostra de tudo que tem lá. No site da NPG você pode ver o que mais vai encontrar em uma visita lá. Clique aqui e confira.

Novos talentos

Outra coisa que é MUITO legal enquanto se está visitando a National Portrait Gallery é observar os novos artistas aproveitando-se das grandes obras lá reunidas para praticar seus dotes.

No sábado em que fizemos estas fotos tinha muita gente, de todas as idades, mostrando que por mais que hoje não seja necessário pintar alguém para o registro ficar eternizado, ainda vale muito a pena transferir para o papel/tela o que se vê na vida real…

Espia ali o bloquinho da moça. Parece ter talento, não parece?
Espia ali o bloquinho da moça. Parece ter talento, não parece?

Enfim, pra quem curte aproveitar viagens para conhecer mais sobre a História dos locais visitados e é fã de retratos (eu amo, mesmo não sendo super entendida em arte) esta é uma excelente pedida em Londres.  Mereceu cinco estrelas no nosso super ranking.

National Portrait Gallery - Ranking Pra Ver em Londresmuseus de Londres - National Portrait GalleryPara ver tudo com calma eu diria que é preciso mais de um dia. Para mergulhar em cada período da História local é preciso contemplar cada obra com bastante atenção (e por um bom tempo). Mas dá, sim, pra curtir legal em uma hora e meia, duas horas circulando por lá.

Se não for muito pesado para você e você quiser otimizar um dia em Londres uma visitinha à National Gallery também pode ser uma boa.

Nesse sentido, explorar bem os sites dos dois museus é uma ótima forma de já se preparar para o que está por vir e até mesmo priorizar uma sala ou outra. Aqui está o link para a National Gallery e aqui o link para o site da National Portrait Gallery. #ficamASdicas ;)

Espero que tenha gostado. Se já passou por lá, conta nos comentários o que achou, qual sua obra preferida, quanto tempo levou para curtir bem o museu, etc. Pode ter certeza que o seu depoimento vai ajudar outros leitores a se planejarem também.

Se ainda não visitou, leve em consideração tudo o que contei aqui e comece a pensar na possibilidade de visitar esta galeria. Tenho certeza que você vai aprender algo de interessante lá. ;)

Beijobeijo e até o próximo post,

Nah

PS: Tem mais fotos da National Portrait Gallery na nossa página no G+. Tá aqui.

Serviço

National Portrait Gallery

Onde fica? Atrás da Trafalgar Square, em St. Martin’s Place

Como chegar de metrô? As estações mais próximas da NPG são Charing Cross (linhas: Bakerloo – marrom – e Northern – preta; além de linhas de trem), Leicester Square (linhas: Piccadilly – azul escura – e Northern – preta) e Embankment (linhas: District – verde – e Circle – amarela)

Como chegar de ônibus? Os ônibus 24, 29 e 176 param ali pertinho (Ponto “C” da Trafalgar Square)

Quanto paga? A entrada para a coleção permanente é gratuita, mas é preciso pagar para ver algumas exposições temporárias. Saiba mais clicando aqui. 

Horários de funcionamento: todos os dias das 10h às 18h e quintas s sextas-feiras até às 21h