Bastidores do Cycle Hire: o projeto das bicicletas como alternativa ao caos urbano

Pedale e seja mais feliz
Pedale e seja mais feliz

Há alguns dias falamos sobre o Barclays Cycle Hire, projeto que visa fazer de Londres uma cidade cycle-friendly. Os detalhes do programa estão no artigo (tem vídeo também).

Estou voltando a falar sobre o assunto porque ontem, enquanto andávamos pela região do Soho, vimos operários trabalhando na montagem de uma das 400 docking stations (estacionamento das bikes). Fizemos um vídeo pra mostrar pra vocês como será. O sistema é muito simples e eficaz.

Update com informações interessantes

É hoje! Mais milhares de bicicletas nas ruas de Londres, por uma cidade mais verde, mais agradável, menos caótica. No entanto, o projeto “bikes do Boris”, como está sendo chamado o sistema de aluguel de bicicletas criado pelo ciclista-político Boris Johnson, não vai chegar perfeito à capital inglesa. Pelo menos foi isso que admitiu ontem o próprio Johnson em uma declaração dada à imprensa local.

De acordo com o prefeito, aproximadamente 1.300 bikes (das 6.000 prometidas) não estarão disponíveis hoje, lançamento do projeto. Além disso, mais ou menos 3.00 dos 10.200 pontos para retirada e devolução de bikes também não ficaram pronto em tempo. Quem imginaria que isso aconteceria aqui? =/

Mas, de qualquer forma, Johnson afirmou que até o começo da semana que vem tudo estará devidamente instalado e funcionando!

A animação dos Londoners

Nos primeiros dias do novo projeto de Londres, apenas as pessoas que fizeram cadastro antecipado na internet poderão utilizar as bikes do prefeito. Até ontem, de acordo com o jornal London Evening Standard, cerca de 10.410 pessoas tinham solicitado suas chaves de acesso. No entanto, o jornal alerta que de nada adianta apenas se cadastrar; é preciso completar o processo ativando sua chave – também pela internet -, o que apenas 4.026 pessoas tinham feito até o fechamento do jornal.

Apps para Iphone, Blackberry e celulares Android

E já tem uns espertinhos querendo ganhar dinheiro com a ideia do prefeito londrino. Eles estão desenvolvendo aplicativos para Iphone, Blackberry e smartphones com sistema operacional Android para que os ciclistas tenham em suas mãos os mapas com todos os pontos da cidade em que é possível alugar e devolver uma bike, já que durante o período de testes muita gente reclamou que era difícil encontrar as estações, uma vez que elas quase sempre não estão nas principais ruas, mas nas que as cercam. Bacana, né?

Os minutos na imigração em Londres

de tão alegre que estávamos depois da imigração não conseguimos tirar uma foto com foco. haha
de tão alegre que estávamos depois da imigração não conseguimos tirar uma foto com foco. haha

Um dos maiores medos de qualquer brasileiro que vem para Londres é a tal da passagem pela imigração. Foi criado um mito de que você pode ser deportado sem motivo algum e que a chegada aqui é um perigo. Por isso, resolvemos escrever sobre o assunto.

Antes de mais nada, tenha em mente quais são os documentos que você precisa apresentar quando desembarcar em solo inglês:

1) Passagem de volta para o Brasil (ou de saída da Inglaterra) no prazo que lhe será dado (por exemplo: até seis meses, se você for entrar como turista ou logo após o fim do seu curso, se você vai como estudante-visitante)

2) Comprovante de que você tem lugar para ficar (reserva de hotel, carta de um amigo – se você for ficar na casa de algum conhecido, reserva de apartamento, reserva do hostel…)

3) Dinheiro que mostra que você poderá se manter enquanto estiver na cidade (se estiver indo como estudante verifique as regras de valores. Isso não existe para o turista, mas este post pode lhe ajudar a ter uma ideia de quanto você vai gastar em sete dias na cidade)

4) Comprovante de vínculo com o Brasil (não é obrigatório, mas pode ajudar). Por exemplo: matrícula da faculdade ou carta do chefe dizendo que você está em férias.

Minha experiência com a imigração em Londres

A primeira vez que vim a Londres tinha 17 anos. Utilizei os serviços da agência curitibana AF Intercâmbio para contratar escola (Embassy CES) e também para encontrar uma casa de família para ficar no período do curso – dois meses e meio.

Perto do meu embarque, recebi da agência uma cartinha de recomendações que, entre várias coisas, dizia: no momento da imigração, não esqueça que a última palavra é sempre deles; responda apenas o que lhe for perguntado e fique calma. “Ok, vamos lᔝ, pensei.

Como meu curso era de curta duração, o visto só seria tirado na entrada do país, então o medo de ter a autorização de entrada negada era bem grande. Mas eu cheguei aqui com tudo certinho. Estava com os documentos exigidos (comprovante de matrícula e carta com o endereço da família) e dinheiro para mostrar que poderia me manter sem trabalhar (o visto de três meses não permite trabalho, como falamos aqui), mas um pouco nervosa, é verdade.

Depois de uma fila imensa, fui atendida por um indiano que antes de mais nada pediu para ver meu dinheiro. Quando abri minha pastinha com fotos da minha família ele disse: “se vai sentir saudades, não deveria ter vindo”.

Falei que a experiência seria importante para o meu crescimento pessoal e profissional e que achava que a saudade era normal, mas que dali três meses estaria de novo em casa com eles (para mostrar que não tinha o objetivo de ficar ilegal). Acho que ele pensou: “se saiu bem, vamos pra mais um teste”.

Na sequência, ele perguntou por que eu não tinha escolhido os Estados Unidos como destino, já que tudo lá é mais barato. Tranquilamente, respondi que achava que aqui poderia aprender mais, já que, na minha opinião, culturalmente a Europa tem muito mais a oferecer do que a terra do Tio Sam. Acho que aí eu ganhei ele, que só concordou com a cabeça, carimbou meu passaporte e liberou minha entrada.

Este ano, nossa experiência foi MUITO rápida e indolor. Como nosso curso é de longa duração, tiramos o visto antecipadamente, no Brasil mesmo. No entanto, a possibilidade de a imigração não ir com a nossa e nos mandar de volta para casa também existia. Só que o cara que nos atendeu foi gente boa. Apenas perguntou o que vínhamos fazer aqui, por quanto tempo e… pronto: estávamos de verdade em Londres!

Ou seja, a imigração às vezes é uma questão de sorte. Pode ser que te interroguem, pode ser que te liberem rapidamente. Porém, o interrogatório não significa que você tem cara de terrorista e que não vão te deixar entrar no país. Eles só precisam confirmar quais são seus objetivos e ter certeza que você não quer ficar ilegal aqui, “roubando” empregos de ingleses, por exemplo.

Para passar tranquilamente por essa etapa basta estar preparado. Confira todos os documentos que precisa trazer e embarque. Não se desespere com as perguntas e as responda sinceramente. Você vai entrar! ;)

Quando chegar aqui nos avise e tomaremos uma pint gelada juntos.

Um beijo e até o próximo post,
Natasha.

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A melhor opção de telefone celular em Londres

*Informações de 2010. Atualização em breve.

Logo que chegamos aqui sentimos a necessidade de ter um celular. A dúvida era qual modelo e operadora escolher. As opções de aparelho são infinitas e as operadoras são diversas. Mas, aos poucos, conversando com pessoas e vendo anúncios, decidimos que a melhor opção para nós seria escolher um pré-pago (pay as you go) da Three, já que ele garantia benefícios perfeitos para nós (sobre os quais falarei a seguir), estava com um preço bem acessível e não tinha contrato de fidelidade que nos prenderia eternamente a eles – o que achamos essencial. Com £29, compramos o aparelho ZTE F107 e ganhamos £10 de crédito.

A maior vantagem da Three é que os aparelhos permitem fazer ligações gratuitas de Skype para Skype, vêm com MSN e acesso a e-mails gratuitos. Ou seja, pra quem quer manter contato com família e amigos que ficaram no Brasil ele é perfeito. Portanto, se esse for o seu caso nem perca tempo procurando em outras operadoras. Escolha a Three sem medo.

As mensagens de texto também são ilimitadas e você tem uma cota de 150mb para navegar na internet - isso é muita coisa. Mas a navegação não é o forte do aparelho.
As mensagens de texto também são ilimitadas e você tem uma cota de 150mb para navegar na internet – isso é muita coisa. Mas a navegação não é o forte do aparelho.

Trazendo celular do Brasil

Você também pode trazer o seu aparelho do Brasil e apenas comprar um chip aqui. Não sai por mais do que £10 em qualquer operadora. Agora, se você estiver disposto a pagar um pouco mais para ter um celular de primeira as opções são infinitas. Uma pesquisa no site da própria Three ou das concorrentes Vodafone, T-Mobile, Virgin, O²Orange vai te dar uma boa ideia de preços.

Caso você esteja vindo para ficar um ano ou mais pode ser interessante pensar em adquirir um plano pós-pago. Com essa opção, você paga entre £15 e £35 por mês e ganha aparalhos fantásticos – como o recém lançado iPhone 4, por exemplo, e uma cota absurda de internet, minutos e mensagens de texto.

pode ser seu sem muito esforço
pode ser seu sem muito esforço

O preço das ligações também é irrisório. Fazendo uma conta burra diria que com £10 de crédito você fala o equivalente ao que falaria se colocasse uns R$ 50,00 no Brasil. Isso porque nosso amado Brasil é um dos países que cobram as tarifas mais altas do mundo para fazer ligações.

Museum of London: para quem gosta de história… e de Londres, é claro

Tenho certeza que muitos dos que entram aqui diariamente se dizem apaixonados por Londres. Mas, antes de ter certeza de que é mesmo paixão o que você sente, pare e pense: o que é paixão para você?

Quando eu me apaixonei pelo João (já faz teeeempo), eu lembro que eu queria saber tudo sobre ele: que dia era o aniversário dele, o que ele gostava de fazer, quem eram seus amigos, suas bandas preferidas, o que ele gostava de comer, etc., etc., etc. Paixão é isso, não é? Querer saber absolutamente tudo sobre a história do alvo desse sentimento muitas vezes avassalador.

Agora, você que se diz apaixonado por Londres, responde mais uma pergunta: o que você sabe sobre essa cidade? Que tem um tal de Big Ben, uma roda gigante bem grande, uma rainha que toma chá às cinco da tarde?

Pois é, a nossa paixão por Londres muitas vezes é uma paixão superficial. Só sabemos quem ela é, mas não muitos detalhes sobre ela. E aí, peguei, né? Hehehe

Continuando o raciocínio… Muitas vezes, quando o assunto é relacionamento, quando conhecemos de fato a pessoa pela qual estamos apaixonados percebemos que ela não era tudo aquilo que pensávamos, e a paixão vai-se embora em um instante. Porém, com Londres a coisa é bem diferente. E é aí que entra o personagem de hoje; o Museum of London.

Uma tarde no museu (há!)

Estávamos programando nossa ida a esse bendito museu há tempos, mas sempre a adiávamos por algum motivo – seja para jogar Wii em um dia chuvoso, seja para jogar tênis em um domingo ensolarado.

Mas, no fim de semana passado, depois de eu ter me contundido em uma partida de tênis no sábado, o domingo pareceu o dia perfeito para passar dentro de um museu.

A "carinha" do museu - e eu com pressa enquanto o namorado tirava fotos! =)
A “carinha” do museu – e eu com pressa enquanto o namorado tirava fotos! =)

Descemos na estação de St. Paul’s e a primeira coisa que o João falou foi: eu amo essa cidade; esses mapas são muito bons. Sim, porque nunca tínhamos ido ao museu e nem precisamos tirar nosso guia da bolsa, já que um mapinha na rua nos apontou a direção e nos levou direto ao dito cujo.

Chegando lá, entramos livremente (ele é gratuito) e começamos a conhecer cada detalhe da história da nossa amada Londres. E, sério… que história.

Passamos por todas as etapas da vida dela. Desde quando ela ainda nem era essa Londres que conhecemos; enquanto ela era apenas uma pequena comunidade de caçadores.

Para não ficar falando um monte aqui, vou colocar fotos com legendas explicativas! =)

Espero que desperte em você a vontade de conhecer melhor essa sua paixão…

a carinha do museu por fora
a carinha do museu por fora
sempre tem que ter uma nossa, né?! :)
sempre tem que ter uma nossa, né?! :)
Logo na entrada do museu você se depara com essa placa "Londres antes de Londres". Resumindo, ela conta que há mais ou menos 2500 anos onde hoje é Londres viviam grupos de caçadores, pastores e fazendeiros, que cuidavam da terra para deixá-la adequada para uso
Logo na entrada do museu você se depara com essa placa “Londres antes de Londres”. Resumindo, ela conta que há mais ou menos 2500 anos onde hoje é Londres viviam grupos de caçadores, pastores e fazendeiros, que cuidavam da terra para deixá-la adequada para uso.

 

Adoro museus interativos; e o Museum of London é SUPER interativo. Aí você podia ver o crescimento da população em cada parte da cidade... que ainda nem era Londres. Bastava arrastar um vidro que mostrava a imagem depois da original.
Adoro museus interativos; e o Museum of London é SUPER interativo. Aí você podia ver o crescimento da população em cada parte da cidade… que ainda nem era Londres. Bastava arrastar um vidro que mostrava a imagem depois da original.

 

London before London
London before London
Um dia os poderosos romanos dominaram nossa city!
Um dia os poderosos romanos dominaram nossa city!
Período difícil da história de Londres. Guerra, Peste (bubônica)* e Incêndio!
Período difícil da história de Londres. Guerra, Peste (bubônica)* e Incêndio!
Você sabia que em 1666 Londres sofreu com um grande incêndio que destruiu boa parte da cidade? Esse quadro, no museu, dá uma pequena ideia da grandeza da destruição... Mas ao longo do passeio também vimos um filme que conta sobre a tragédia**
Você sabia que em 1666 Londres sofreu com um grande incêndio que destruiu boa parte da cidade? Esse quadro, no museu, dá uma pequena ideia da grandeza da destruição… Mas ao longo do passeio também vimos um filme que conta sobre a tragédia**

*A Grande Praga de Londres matou um quinto da população. Em uma pesquisa rápida, encontrei poucos materiais sobre o assunto em português. Para saber resumidamente o que foi, clique aqui e confira o texto da Wikipédia. Em inglês, este material é bem interessante e bem mais completo.

**O Grande Incêndio, como ficou conhecido, é um capítulo bem importante da história de Londres. Se você quiser saber mais, recomendo a leitura deste artigo, em inglês, que conta tudo sobre o fato. Na Wikipédia brasileira você também pode ler sobre o assunto. Clique aqui e confira. Por último, o Museu preparou este joguinho, que vai fazê-lo “reviver” o incêndio.

Depois do fogo, Londres voltou a viver momentos de alegria. Nesse "jardim", pude ver como a alta sociedade londrina se vestia no começo do século passado.
Depois do fogo, Londres voltou a viver momentos de alegria. Nesse “jardim”, pude ver como a alta sociedade londrina se vestia no começo do século passado.
Nessa parte do museu, vários cenários típicos da cidade foram recriados. Achei esse aí com cara de gabinete de juiz e tirei a foto em homenagem ao meu dads! ;)
Nessa parte do museu, vários cenários típicos da cidade foram recriados. Achei esse aí com cara de gabinete de juiz e tirei a foto em homenagem ao meu dads! ;)
60s
60s
Aos comunicadores de plantão... uma relíquia
Aos comunicadores de plantão… uma relíquia
carruagem Real, usada até pouco tempo!
carruagem Real, usada até pouco tempo!
em 2012 tem mais!
em 2012 tem mais!

Enfim, um passeio pelo Museum of London é uma aula e tanto sobre essa que é hoje uma das cidades mais importantes do mundo. Se você vem para cá e quer ir em pelo menos um museu desses históricos, vá ao Museum of London; você sairá de lá podendo dizer que conhece a cidade! ;)

Um beijo e até o próximo post,

Natasha.

 

Viajando na Inglaterra com (muito) pouco dinheiro

*Informações de 2010. Atualização em breve. 

João e eu amamos viajar. Tá, frase besta e clichê, eu sei, mas é verdade, uai. Desde o começo do nosso relacionamento a estrada foi uma das nossas maiores companheiras. Começamos pegando BR 277 uma vez por mês para passar o fim de semana na praia (indo na sexta depois do expediente e voltando na segunda antes do expediente!). Depois, pegamos a 376 para o litoral catarinense. Aí, resolvemos passar mais tempo na estrada e fomos para Buenos Aires… De ônibus. Não preciso dizer mais nada, né?

Lá se foram belos dois anos e seis meses desde o começo de todas essas aventuras… =)

E essa nossa paixão por estradas continua por aqui. Como vocês viram, já fomos para Oxford, Stonehenge, Winchester e Amsterdam por terra, não por céu. E se depender das promoções que as companhias de trem e de ônibus da Inglaterra andam fazendo a gente vai continuar utilizando as highways (ou motorways, como eles chamam aqui) para conhecer o que há de melhor por esses lados do mundo.

Duvida? Confira então as duas promoções que estão rolando no momento e que podem ser bem úteis se você estiver desembarcando em Londres nos próximos dias ou semanas.

trem

Promoção para portadores de Oyster Card

Como já falamos aqui, o Oyster Card é um fiel companheiro de grande parte dos Londoners e de milhares dos imigrantes que moram aqui. Com ele, você se locomove com mais facilidade pela cidade e ainda tem a chance de conseguir descontos exclusivos.

A promoção que vou contar hoje já está quase chegando ao fim (e eu peço desculpas pelo atraso), mas como ela é muito interessante e pode se encaixar para você que está aqui de hoje a domingo acho que é válido falar sobre ela.

Até 25 de julho (próximo domingo), é possível ir de trem para vários lugares interessantes pagando bem pouco. Olha só:

Ida e volta por:

£5: Brighton, Bognor Regis, Eastbourne, Littlehampton ou Southend-on-Sea.
£5: Arundel, Chichester, Dorking ou Windsor.
£10: Oxford ou Cambridge.
£15: Salisbury, Stratford-upon-Avon ou Winchester .
£15: Birmingham, Liverpool ou Southampton.
£20: Bournemouth, Bristol, Cardiff ou Norwich.

Pode ser que você não conheça boa parte destes destinos, mas eu garanto: a maioria é MUITO cobiçada por quem mora aqui; e vale a pena a visita. Tá de bobeira por aqui até domingo? Dá uma googleada nesses cantos do mundo e escolhe um. Tenho certeza que você não vai se arrepender. Ah, só não se esqueça de que é preciso ter Oyster para poder comprar essas passagens baratinhas! ;)

Todos os detalhes da promoção você encontra aqui.

National Express e a promoção dos sonhos

Fomos e voltamos de Oxford de busão. E na volta ainda trouxemos uns miminhos britânicos. :)
Fomos e voltamos de Oxford de busão. E na volta ainda trouxemos uns miminhos britânicos. :)

Mas a promoção mais quente do momento é a da National Express ônibus. As passagens para milhares de destinos estão muito baratas, e a princípio (de acordo com o site), a promoção vai até outubro! =)

Selecionei alguns dos destinos mais conhecidos para você ter uma ideia do que pode encontrar, mas minha dica é: fuce todas as opções (locais e datas; de hoje até outubro). Existem destinos que vão barateando ao longo do período da promoção e que você com certeza vai querer visitar.

Preço de cada passagem (não ida e volta; só ida):

Londres – Liverpool (a terra dos Beatles): £4
Londres – Bournemouth (uma praia que estamos loucos para conhecer): £4
Londres – Cambridge: £3

Londres – Cardiff: £2 e £3
Londres – Manchester: £3 e £4

E as passagens de volta são quase sempre o mesmo preço. Bom, não?

Como eu disse, essa promoção parece se estender até outubro. Como pode ser que as passagens esgotem, sugiro que você escolha seus destinos e compra antecipadamente, porque não dá para perder, né?

Ah, e para comprar as passagens desta promoção não é preciso ter Oyster nem nada! ;)

Para conferir mais destinos, clique aqui.

Mas se você dispensa horas dentro de um trem ou de um ônibus, releia “Viajando barato pela Europa – dicas e cuidados”, onde falamos sobre viagens de avião pela Europa.

Boa viagem!

Um beijo e até o próximo post,

Natasha.

Amsterdam: o movimento Provos, a origem da liberdade e algumas fotos

Lembrei hoje que fiquei devendo um artigo sobre a nossa viagem para Amsterdam. A Nah havia falado sobre o hostel que ficamos e sobre a sensacional Heineken Experience. Mas nada foi dito sobre a cidade em si.

Talvez por receio de cair no clichê: “sexo, drogas e bicicletas”, deixamos passar. Mas hoje estava vendo as fotos da viagem e a vontade de escrever logo veio.

Amsterdam é mesmo tudo o que você sempre ouviu falar. Terra da liberdade, das prostitutas, da maconha, das bicicletas, do Van Gogh Museum e dos canais.

van gogh museum. Um "must see" e tanto!
van gogh museum. Um “must see” e tanto!

Mas também é o berço de um importante, porém pouco conhecido movimento anarquista, que mais tarde seria o responsável direto por fazer de Amsterdam o que ela é hoje: os Provos.

” Não podemos convencer as massas, e talvez sequer nos interesse fazer isso. O que podemos esperar deste bando de apáticas, indolentes, tolas baratas? É mais fácil o sol surgir no oeste do que eclodir uma revolução nos Países Baixos (…) O homem médio é um comedor de repolhos, improdutivo, não-criativo, emotivo. Alguém que se diverte fazendo fila nos guichês”.

O trecho foi retirado da primeira edição da revista “Provo”. Está publicado em um artigo que achei na rede escrito pela jornalista Joana Coccarelli, que mais tarde, descobri ser uma grande conhecedora da história e da cultura de Amsterdam. Links ao final do texto.

Uma outra frase da revista que Joana publicou é incrível. Demonstra o desejo do grupo de lutar contra o sistema, mesmo convictos que, cedo ou tarde, fracassariam. “Provo tem consciência de que no final perderá, mas não pode deixar escapar a ocasião de cumprir ao menos uma quinquagésima e sincera tentativa de provocar a sociedade”.

Achei demais! Um tanto quanto uma versão positiva do trocadilho “os meios justificam os fins”. Por que não fazer pelo simples fato de saber que sua ação causou um impacto? Cedo ou tarde esquecido, convenhamos… mas foi algo. Uma tentativa de mudar o que não estava de acordo com o que acreditava.

O humor, a criatividade e o sarcasmo eram as marcas registradas do grupo, que protestava contra a nicotina ao mesmo tempo em que propagava seu desejo em legalizar a maconha.

De acordo com Coccarelli, em 1964 foi lançado o Marihu Project, um plano para reivindicar a legalização da maconha – os Provos viam o cigarro como uma droga liberada – e zoar com a polícia. “Espalharam por Amsterdam centenas de maços pintados à  mão com desenhos fluorescentes, contendo baseados feitos com folhas secas catadas dos parques, algas, palha, pedaços de cortiça e também, naturalmente, a boa e velha cannabis. Concomitantemente, fazem circular cartas com as regras do jogo: ‘Cada um pode fabricar sua Marihu. Cada qual pode criar suas próprias regras, ou omiti-las'”, explica a jornalista.

Uma das formas que encontraram para abrir a discussão sobre a cannabis foi o jogo Marihuettegame. O objetivo era pregar peças na polícia, atraindo-os para supostos locais de venda e consumo da droga. Para isso eles próprios denunciavam o que, na verdade, era chá, comida de gato e especiarias reunidos em um local suspeito. Nada de maconha.

you got me working, working...
you got me working, working…

Ganhava-se pontos quando os participantes eram pegos pela polícia fumando alucinógenos como…….. orégano.

Um dos co-fundadores do Provos, Robert Jasper Grootveld (tão roots que só possui link na wikipedia em holandês), detalhou um episódio épico de Marihuettegame à revista HighTimes, de janeiro de 1990:

“Um dia um grupo de nós viajou de ônibus para a Bélgica. É claro que eu havia informado meu amigo Howeling (um policial) que alguns elementos poderiam estar levando maconha. Em alguma parte da viagem os policiais estavam esperando por nós. Seguidos pela imprensa, nós fomos tirados do ônibus para que uma varredura fosse feita. Pobres policiais… tudo o que eles encontraram foi comida para cães e algumas ervas legais. ‘Maconha é comida de gato’, tiraram sarro os jornais no dia seguinte. Depois disso, os policiais decidiram parar de nos perseguir, temendo cometer mais atos estúpidos”.

A história completa dos Provos foi registrada no livro Provos – Amsterdam e o Nascimento da Contracultura, de Matteo Guarnaccia. Uma das poucas bibliografias sobre os malucos no mundo – quase raro no Brasil pelo que percebi em pesquisa rápida.

O motivo de pouco sabermos sobre eles é porque sua atuação ficou muito restrita aos Países Baixos, exceto por algumas aventuras sem muita repercussão em outros países europeus.

Para não abandonarmos nossa querida Londres é legal dizer que os membros dos Provos estiveram aqui e se envolveram com o meio artístico. A doidona Marijeke Koger foi responsável por desenhar os figurinos de Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.

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Provos foi isso e muito mais.

Em pouco mais de uma hora lendo sobre os caras deu pra se interessar cada vez mais pelo livro de Guarnaccia. Entrou pra interminável lista de leituras pendentes.

Mais do que anarquistas, maconheiros e libertários, os Provos também foram responsáveis por transformar a bicicleta no símbolo que hoje ela é na Holanda e por tentar derrubar a indústria do tabaco. Se quiser saber mais, têm umas sugestões de leitura lá embaixo.

Bom, eu havia ficado devendo um post sobre Amsterdam e, pelo que escrevi, quase descumpri meu objetivo. A princípio ia só falar um pouco sobre os caras, mas à medida que fui lendo sobre senti que eles mereciam uma atenção maior. Acho que o viajante consegue se envolver muito mais com a cidade que visita quando lê previamente sobre sua história, cultura e fatos marcantes.

Pra não deixar você na mão quanto Amsterdam pura e simplesmente, fique com algumas viagens fotográficas “made in Holland”.

ainda no trem, a caminho de Amsterdam
ainda no trem, a caminho de Amsterdam
esse carrinho contava com um som poderoso e levava barris de chopp no meio. Só anda se todos pedalarem
esse carrinho contava com um som poderoso e levava barris de chopp no meio. Só anda se todos pedalarem
o clichê
o clichê
muitas ruas são assim
muitas ruas são assim
a alta gastronomia
a alta gastronomia o red light district
o vondelpark
o vondelpark
a arquitetura
a arquitetura
as bicicletas
as bicicletas
dia d
dia d
saunday morning
saunday morning
não podia faltar um desses
não podia faltar um desses
vespas e lambretas não faltam
vespas e lambretas não faltam

Pra encerrar o assunto sobre os Provos, independente dos ideais que os caras acreditavam – que podem não ser os mais corretos para muitos – eles são um exemplo para todos nós, acomodados diante de nossos próprios pesares e lamentações.

Dão um tapa na cara de quem tá dormindo no sofá enquanto a vida passa. Quem sabe eles não nos inspiram a levantar a bunda do sofá pra lutar por alguma causa?!

Mais sobre Amsterdam

Se você quiser ler algo que retrate o lado “verde” de Amsterdam em um estilo mais “jornalão que não quer se comprometer”, leia essa matéria da Folha. Tá tudo ali de forma objetiva e com cara de “fui, mas só fiquei olhando”.

Agora, se você quer uma versão mais nua e crua, não deixe de ler este artigo da Joana Coccarelli.

Mais sobre os Provos

Matéria da revista High Times

A contracultura é laranja fluorescente – por Joana Coccarelli

A rebeldia nasceu na Holanda – por Joana Coccarelli

Resenha do livro Provos – Amsterdam e o nascimento da contracultura

Passeios que valem o investimento: Madame Tussauds

madame tussauds

Fiquei devendo a segunda parte do post sobre os passeios que valem o investimento, né? Falei sobre a London Eye e sobre toda nossa experiência na maior roda gigante do mundo, mas não contei como foi estar entre tantas celebridades (de cera, é claro!), no Madame Tussaud’s. Chegou a hora, então, de contar sobre a segunda parte do nosso domingo. Vamos lá?

Expectativas (ou a falta delas)

O João nunca foi muito chegado à  ideia de passar algumas horas dentro de um museu com um monte de gente feita de cera. Ele sempre olhava para mim e falava: “Nah, qual é a graça?!”. Assim, como eu já tinha ido uma vez e não estava desesperada para ir de novo, nossa ida ao Madame Tussaud’s foi sempre sendo adiada.

Mas aí a Nica (aquela minha amiga que estava aqui no fim de semana) falou que queria muito ver de perto aquilo que ela sempre via nas fotos e o João, como bom anfitrião, abriu aquele sorriso forçado e disse “claro, Nica, vamos lá”. =)

Ou seja, meu excelentíssimo topou o passeio, mas não esperava nada demais. Nica, Leo e eu esperávamos tirar algumas fotos legais e curtir um passeio diferente. Mal a gente sabia que o Madame Tussauds era MUITO mais do que um museu de estátuas de cera…

O passeio

Chegar em uma atração tão badalada e não ter fila alguma fez o João melhorar instantaneamente de humor. “Começou bem”, disse o namorado.

A produção do museu é incrível. O primeiro ambiente que passamos remete à uma festa de Oscar. Nicole Kidman, Julia Roberts, Johnny Depp e até os sempre Disney Miley Cirus e Zac Efron nos recepcionaram muito bem. Hehe.

especial pra minha roomie da Disney: Fabi! :)
especial pra minha roomie da Disney: Fabi! :)
tiramos uma casquinha do Depp de cera. hihi
tiramos uma casquinha do Depp de cera. hihi
essa aí bem que quis levar meu namorado embora. Mas sabe o que ele disse? Que não me troca por uma linda mulher qualquer. :)
essa aí bem que quis levar meu namorado embora. Mas sabe o que ele disse? Que não me troca por uma linda mulher qualquer. :)

Depois de muitas poses, fotos e caretas continuamos nossa caminhada. E por todos os ambientes que passávamos éramos sempre contagiados por uma energia boa. Engraçado como é divertido ver algumas pessoas que você admira, mesmo que elas sejam de mentirinha. Seja essas pessoas celebridades, atletas ou até mesmo políticos. Foi tudo muito legal.

agarrei mesmo
agarrei mesmo
olha o tiiipo desse meu namorado
olha o tiiipo desse meu namorado
Interatividade! Além desse video-game simulando uma corrida de F1, outras atrações chamavam a atenção dos marmanjos. Chutar uma bola de futebol exatamente onde o computador pedia era uma delas.
Interatividade! Além desse video-game simulando uma corrida de F1, outras atrações chamavam a atenção dos marmanjos. Chutar uma bola de futebol exatamente onde o computador pedia era uma delas.

Mas aí, no meio do caminho, nos deparamos com a Chamber of Horrors (Câmara dos Horrores) e resolvemos entrar, já que fazia parte do pacote. Eu já tinha ido na minha primeira vinda a Londres e lembrava que era terrível. Você caminha por mais ou menos dez minutos em uma espécie de cenário de filme de terror e atores vão te assustando. A primeira vez que eu fui eu quase chorei. Mas dessa vez foi mais tranquilo… Tranquilo até demais. Não passamos medão, só levamos uns sustinhos. hehe

Depois do momento trash, a parte de das estátuas também já estava chegando ao fim. Vimos como elas são feitas e em seguida nos deparamos com algo novo para mim: “the espirit of London”; uma atraçãozinha que conta a história (e mostra o espírito) de Londres.

Que coisa linda!!!! Por alguns instantes me senti na Disney. Quem já foi em um dos parques comandados pelo Mickey Mouse deve lembrar que há muitas atrações em que você senta em um carrinho (barquinho, ou qualquer coisa do tipo) e vai acompanhando histórias (Peter Pan, It’s a Small World, Haunted Mansion, etc.). O Espírito de Londres funciona como esses brinquedos da Disney. Você senta em um dos tradicionais táxis pretos e vai fazendo um tour pela história da cidade. AMAMOS!!! =)

Pra você ter uma ideia do que é o "The Spirit of London"
Pra você ter uma ideia do que é o “The Spirit of London”

O melhor estava por vir

Até aí a visita já tinha valido a pena. Mas ainda faltava uma parte: o cinema 4D, pelo qual pagamos £2,50 adicionais.

Provavelmente essa atração é temporária, mas é simplesmente sensacional! É um filme que mostra alguns dos principais super heróis das histórias em quadrinho (Wolverine, Homem Aranha, Hulk e outros) tentando salvar Londres de um vilão e seus filhotes.

Além de o filme ser legal, os efeitos são fenomenais. Você sente nas suas costas as garras do Wolverine, vê milhares de moscas como se elas estivessem bem na sua frente, é encharcado pelo espirro do Hulk… Enfim, não vou contar tudo o que acontece para você vir para cá e conferir com os próprios olhos.

O Marvel Super Heros Command Centre é demais. Pra deixar você com vontade, uma imagem da "pequena" tela.
O Marvel Super Heros Command Centre é demais. Pra deixar você com vontade, uma imagem da “pequena” tela.

A primeira coisa que falei para o pessoal quando saímos da sala foi: eu não conseguia parar de sorrir!

Tem melhor maneira para resumir um dia com “não conseguia parar de sorrir”? Acho que não, né? :)

Pra você curtir também

No post sobre a London Eye contei que o meu namorado (mais esperto do mundo) descobriu no site da tal roda gigante um combo das duas atrações que faz você pagar £34,70 ao invés de £46,90 por esses dois passeios. Por isso, não dê bobeira. Se quer combinar London Eye e Madame Tussauds, corra para este site e aproveite!!!

Se você quiser ir só no Madame Tussauds, compre seu ingresso pelo VisitBritain e ajude o Pra Ver em Londres a se manter firme e forte – uma compra sua gera uma comissão para nós. :)

Para isso, basta clicar na imagem abaixo:

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Um beijo e até o próximo post,

Natasha.

Serviço

O metrô mais próximo do Madame Tussauds é o Baker Street, que tem as seguintes linhas:

Hamersmith and City – rosa

Metropolitan – bordô

Circle – amarela

Jubilee – cinza

Pra ver em Londres sobre duas rodas

A partir de 30 de julho, Londres terá bicicletas como meio de transporte público. A gente testou a novidade e conta para você os detalhes.

Por João Guilherme Brotto e Natasha Schiebel

No fim do mês passado, nós dois tivemos uma oportunidade incrível: testar o novo serviço de transporte público de Londres: as bikes!

Apesar de o serviço só começar a funcionar dia 30 deste mês, graças à nossa parceria com a revista Real, em uma quinta-feira ensolarada a gente fez um “test ride” de mais ou menos uma hora na área central da cidade (onde ficam Big Ben, Westminster Abbey, London Eye, Buckingham Palace, St. James’s Park, Tâmisa, etc.).

quer lugar melhor que esse pra pedalar?
quer lugar melhor que esse pra pedalar?

Hoje, trazemos para você os detalhes do projeto da prefeitura de Londres e também um video que preparamos durante o test ride.

Detalhes do projeto

A ideia da prefeitura de Londres foi inspirada no que já existe em cidades como Paris e Barcelona e tem como apoiador o banco Barclays, que investe £25 milhões para que o serviço esteja perfeito já no começo da empreitada.

Inicialmente, serão distribuídas seis mil bikes em 400 pontos da zona 1 da cidade, para que londoners e turistas possam se locomover de maneira mais rápida, fácil e, principalmente, gostosa!

O serviço será 24 horas e muito fácil de ser utilizado. São duas possibilidades:

Membro: Paga-se uma anuidade de £45 e tem prioridade para locar as bikes. Sem fila e sem burocracia. Basta inserir sua chave de acesso na máquina para liberar a bicicleta.

Usuário casual: Paga-se uma taxa de £1 para ter acesso. Isso poderá ser feito tanto pela internet (site no final da matéria) como na própria Docking Station (estacionamento de bikes) em que alugar a bike. E, depois, é cobrado por tempo de uso, como você confere na tabela abaixo.

Tabela de preços

  • 24h £1
  • 7 dias £5
  • Anual £45 + £3 referente à chave de membro (exclusivo para associados)

Custo por hora

  • Até 30 minutos – Grátis
  • Até uma hora – £1
  • Até 1h30 – £4
  • Até 2h – £6
  • Até 2h30 – £10
  • Até 3h – £15
  • Até 6 – £35
  • Até 24h (taxa máxima) – £50

Outros custos

  • Taxa por retorno atrasado – £150
  • Taxa por dano causado – até £300

Taxa por não devolver a bike – £30

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A cartilha de uso do Barclays Cycle Hire dá uma ideia que pode parecer malandragem, mas que faz o serviço se tornar ainda melhor. Se você quer usar uma bike deles sem pagar quase nada, faça jornadas curtas e troque de bike antes de completar 30 minutos de uso. Assim, você poderá rodar o quanto quiser pagando apenas a taxa de acesso (diária ou mensal).

Nosso veredicto

A bicicleta que a prefeitura vai disponibilizar é uma delícia de “pilotar” e fácil de manejar. Com três marchas, acento regulável, espaço para prender sua bolsa (ou mochila) e buzina para alertar os pedestres ou motoristas que um ciclista vem aí, ela é quase perfeita… sentimos falta apenas de retrovisores que, na nossa opinião, dão segurança ao ciclista e facilitam a troca de faixas, por exemplo.

www.tfl.gov.uk/barclayscyclehire
www.tfl.gov.uk/barclayscyclehire

Apesar de Londres não ter muitas ciclovias, pedalar por aqui pareceu bem tranquilo, já que visivelmente os motoristas de ônibus e carros respeitam bastante os ciclistas. Mesmo assim, o pessoal do TfL explicou que a prefeitura pretende aumentar consideravelmente o número de vias específicas para quem anda sob duas rodas com a chegada do novo serviço às ruas.

Quer saber mais? Assiste nosso vídeo!

Passeios que valem o investimento: London Eye

Como vocês viram nos últimos posts, o fim de semana passado foi especial por aqui. Recebemos duas ilustres visitas e tínhamos como obrigação fazê-los amar Londres em quatro dias – o que é bem fácil, na real!

Por isso, pensamos em cada passeio com muito carinho e fizemos uma exigência: eles poderiam visitar todos os lugares sozinhos, menos ir na London Eye. Eu achei que era um bom programa para fazer em casais. Concorda? :)

Eles concordaram! =D

E aí decidimos que passearíamos na tal roda gigante no domingo (sábado era dia de road trip, como vocês viram aqui e aqui). Mas até completarmos a volta completa no cartão postal passamos por diversas ~dificuldades…

A compra do ingresso

Nos dias de semana, a Nica e o Leo saíam sozinhos à tarde (por causa do nosso trabalho) e à noite a gente papeava e trocava ideias sobre os programas que faríamos no fim de semana. Em uma dessas conversas regadas a muita cerveja, escolhemos mais uma atração para visitar no domingo: Madame Tussauds, o tal museu das celebridades feitas de cera.

Meu namorado, que de bobo não tem nada, logo descobriu algo que fez essa combinação London Eye + Madame Tussauds ficar ainda melhor. Saca só:

  • Uma voltinha na maior roda gigante do mundo custava, na época, £18,90 por pessoa comprando NA London Eye (UPDATE: hoje, 13/02/2013, o valor para compra no local é £19.20 e pela internet £17.28);
  • Um tour pelo museu de cera, £28,00 (UPDATE: hoje, 13/02/2013, o valor para compra no local é £30 e pela internet £28.50).

Ou seja, se o meu namorado não fosse o cara mais esperto desse mundo cada um de nós teria que desembolsar salgados £46,90. Maaaas, o meu namorado é o cara mais esperto desse mundo, e nas suas andanças pela internet descobriu que comprando os dois tickets juntos a gente podia economizar um bocado. E, mais, comprando os dois tickets juntos no site da London Eye a gente podia economizar mais do que comprando no site do Madame Tussauds (não fazíamos ideia do por quê).

No fim das contas, cada um de nós pagou £34,70 (e, olha que bizarro, HOJE, 13/02/2013, sai por £34.50 pela internet! AHAM. MAIS BARATO QUE HÁ TRÊS ANOS. #FICADICA – Comprando pessoalmente fica £49.20)! =) Viva o namorado mais esperto desse mundo, né? Vem pra Londres e também quer esse descontão? Clique aqui.

O domingo

Com esse tal voucher no email, fomos para o Madame Tussaudâs curtir a manhã. Chegando lá, uma fila gigante, de umas 10 horas (tá, mentira, a moça disse que era de 30 min. Mas parecia de 10h; juro!). Demos uma de João sem braço e pegamos um cantinho para os quatro na metade dela; lá por cinco horas de espera. Feio, né? Mas, ah, a Nica e o Leo iam embora aquele dia… a gente tinha que aproveitar. Perdoados? Diz que sim. PLEASE! Prometemos não fazer mais. :)

Ei, fila... =) *Perdão antecipado aos meus pais, que vão olhar e falar: "o que é isso?!" hehe
Ei, fila… =) *Perdão antecipado aos meus pais, que vão olhar e falar: “o que é isso?!” hehe

Como o voucher estava só no email (não imprimimos), resolvi perguntar para uma das atendentes se podia só mostrá-lo na tela do celular. “Pode só mostrar o email”, disse a moça, que em seguida acrescentou: “mas se você comprou pelo site da London Eye tem que ir lá primeiro”. (Ahtá, entendi porque era mais barato comprando no site dos caras)

Voltei para a fila, contei a novidade para todo mundo, olhei para o João (que essas horas estava com cara de segundo homem mais esperto desse mundo) e pensei: “tá bom, vamos pra London Eye”.

30 minutos inesquecíveis

A London Eye fica bem na muvuca de Londres. Perto dela está o Big Ben, o SeaLife Aquarium e mais um monte de atrações. Ou seja? Filas de 20 horas (e dessa vez quase que não é mentira).

Uma das melhores amigas da vida comigo em Londres? Não poderia estar MAIS feliz. Te amo, negri.
Uma das melhores amigas da vida comigo em Londres? Não poderia estar MAIS feliz. Te amo, negri.
Pelo menos no fim da fila estava "ninguém" menos que a London Eye!
Pelo menos no fim da fila estava “ninguém” menos que a London Eye!
A maior roda gigante do mundo foi instalada na beira do Tâmisa em 2000 e era para ser temporária. Mas quem disse que alguém ia conseguir tirá-la de lá? É claro que ninguém deixou!
A maior roda gigante do mundo foi instalada na beira do Tâmisa em 2000 e era para ser temporária. Mas quem disse que alguém ia conseguir tirá-la de lá? É claro que ninguém deixou! E agora ela é um dos principais pontos turísticos da cidade. Deve estar toda metida. :)

Lá, bastava inserir o código do voucher em uma máquina e retirar os tickets. Feito isso, fomos pra a fila. E ficamos esperando belos e faceiros – até porque lá nem dava pra ser João sem braço. Os caras fazem uma marca na sua mão quando você entra na fila e isso faz com que ninguém possa furar. Ponto para eles!

Ganhamos na loteria: o dia que escolhemos para o passeio foi um dos mais quentes e ensolarados do ano. PERFEITO!
Ganhamos na loteria: o dia que escolhemos para o passeio foi um dos mais quentes e ensolarados do ano. PERFEITO!

Minha mãe odeia quando eu coloco palavrões nos textos, mas eu preciso dizer: putaquepariu que vista. Eu já tinha andado na London Eye em 2007, mas dessa vez achei ainda melhor. Não adianta eu falar que vi isso, isso e aquilo, né? As fotos falam por si.

Uma das vistas mais lindas do Big Ben, que tanto adoramos! =)
Uma das vistas mais lindas do Big Ben, que tanto adoramos! =)
Não é incrível?
Não é incrível?
Os ricos na London Eye. heheh. Eles pagaram a mais (bem mais; 400 libras) para poder ter uma cabine SÓ para eles; com direito a champagne!!! Quer também? Confira os detalhes em http://www.londoneye.com/
Os ricos na London Eye. haha. Eles pagaram a mais (bem mais; 400 libras – UPDATE: HOJE, 13/02/2013, o passeio em cápsula particular custa a partir de £500!) para poder ter uma cabine SÓ para eles; com direito a champagne!!! Quer também? Confira os detalhes em http://www.londoneye.com/

Demais!!!! Imperdível! 30 minutos que valem muito o dinheiro investido. Vai ficar um dia em Londres? London Eye! É possível ter uma ideia da grandiosidade dessa cidade e ficar louco para andar por tudo.

Saímos de lá e estava na hora de ir pro Madame Tussauds. Sobre ele e tudo o que ele nos proporcionou eu falo amanhã! ;)

Um beijo e até o próximo post,

Natasha.

Serviço

Para ir à London Eye, desça na estação de Westminster, que tem as seguintes linhas:

District – verde

Central – amarela

Jubilee – cinza

Ou de Waterloo, com as linhas:

Jubilee – cinza

Northern – preta

Bakerloo – marrom

Waterloo & City – verde clara

Road trip 2: almoço em Andover e a espetacular Winchester

Como prometido, vou voltar a falar sobre a road trip para Stonehenge.

Saímos de Londres com esse destino em mente, mas abertos e decididos a parar em outras cidades no caminho de volta. Qual? Ainda não sabíamos. Apenas levamos um guia para nos ajudar na escolha.

Nada melhor do que viajar sem um destino definido. As melhores viagens são as do tipo, “vira aqui que parece legal”!

Nosso espírito era esse. Depois de conhecermos Stonehenge rumamos na direção de Londres com a intenção de parar em Andover para comer um fish and chips num pub tradicional.

Antes disso uma breve pausa pra comprar uma caixa de morangos na beira da estrada. Vale dizer que o morango inglês é incrível. Suculento e deveras saboroso.

strawberry fields forever
strawberry fields forever

Andover

Logo chegamos em Andover. Mais uma cidade pitoresca com raízes seculares e população de 52 mil habitantes. Paramos o carro e logo vimos o mapa da cidade. Em 15 minutos seria possível percorrer toda a região central. “Ótimo”, pensamos. Demos uma volta e vimos jovens nas praças, casais passeando, uma antiga igreja e tudo mais que caracteriza uma cidade interiorana.

dá um quadro, não?
dá um quadro, não?
a vida acontecendo
a vida acontecendo
a igreja da cidade
a igreja da cidade

Uma coisa que achei muito legal é que por mais que seja uma cidadezinha, Andover conta com algumas grandes redes de supermercados que existem em Londres além de algumas importantes lojas da capital. Ou seja, não falta infraestrutura aos moradores.

Após o passeio fomos para um pub tomar uma pint (eu fiquei só com uma taça de vinho, pois estava dirigindo e aqui a lei funciona) e almoçar. Foi ali que apresentamos a maior especialidade da gastronomia britânica – peixe empanado com batata frita, ou fish and chips – à  Nica e ao Leo. É um prato simples, mas muito gostoso, principalmente quando você come em um pub secular. Tudo pela experiência.

trip mates
trip mates
curiosidade: nos pubs você precisa pedir e retirar sua bebida no balcão
curiosidade: nos pubs você precisa pedir e retirar sua bebida no balcão

Winchester

Já almoçados e tendo dado aquele tempo pra recuperar a energia pós-almoço pegamos a estrada novamente. O destino seria Winchester, uma cidade localizada em Wessex, sul da Inglaterra. Achamos no guia e nos pareceu bem interessante. Nela está nada menos do que a Távola Redonda, do Rei Artur. Infelizmente, sem fotos. Logo explico.

imagine que a peste negra já matou muita gente nessa ruela...
imagine que a peste negra já matou muita gente nessa ruela…

A história conta que a Távola foi construída no século XIII, idealizada pelo próprio Artur, que não queria que nenhum cavaleiro se considerasse mais importante que o outro. Daí o formato circular. Nos encontros todos ficavam em volta dela em posição de igualdade.

os manos da mesa esférica reunidos
os manos da mesa esférica reunidos

Já a lenda diz que ela foi criada pelo mago Merlin. Enfim, as histórias são diversas e o tema é interessante pra ir além e procurar saber mais.

Infelizmente não conseguimos entrar no castelo onde está a Távola pois já se passavam das 17h e, como boa cidade do interior que é, não existia nada aberto a essa hora.

Mas isso não foi problema, pois Winchester é uma cidade muito mais do que incrível. Sua arquitetura remete aos séculos XI, XII, XIII… Cada esquina que virávamos era uma surpresa. Foi como estar presente em um dos filmes do Monty Phyton.

deu muita vontade de morar numa dessas
deu muita vontade de morar numa dessas

Tudo era incrível… as casas com teto de feno castigado pelo tempo, as ruelas que por lá passavam carruagens levando especiarias ou vítimas da peste bubônica, o castelo que abrigou os Cavaleiros da Távola Redonda, o pub mais bonito que já entramos desde que chegamos no UK, o romântico canal que cruza a cidade, a ruína do século III a.C, que preserva um traço da cidade no período do Império Romano… tudo!

caminhada pelo canal da cidade
caminhada pelo canal da cidade
vale mais que mil palavras
vale mais que mil palavras
resquícios dos tempos sombrios
resquícios dos tempos sombrios
"deixar passar, sem perceber..." - duff's
“deixar passar, sem perceber…” – duff’s
início do canal
início do canal
marchando
marchando
british life
british life

pan

 

viagem no tempo
viagem no tempo
a Bournemouth Symphony Orchestra estava tocando lá
a Bournemouth Symphony Orchestra estava tocando lá

 

 

ruínas do castelo local
ruínas do castelo local
império romano
império romano

Perfeito! E melhor, longe dos olhares dos turistas. Pela primeira vez desde que estamos aqui as pessoas nos olhavam espantadas por estarem ouvindo um idioma diferente.

Winchester é tudo isso e muito mais!

Saímos de lá certos de que conhecemos um dos lugares mais incríveis da Inglaterra e que a trip valeu, e valeu muito.

Depois disso foi só voltar pra Londres, se perder um pouco antes de achar o caminho de casa, tomar um banho e relaxar com umas cervejas em casa.