Jornalista, 31 anos. Vivendo na Itália. Autor do Pra Ver no Mundo e sócio da London, agência de marketing de conteúdo. Vejo o home office e a vida de viajante como um estilo de vida.
Apesar de não gostar muito da ideia de manter animais presos em cativeiro sempre tive vontade de conhecer um desses aquários gigantes repleto de bichos esquisitos e grandes feras dos mares.
Londres oferece (pelo menos eu achava) o lugar perfeito para ter essa experiência. Tem até um túnel legalzão com os peixes em volta. Uhuuu!
Como domingo é o dia internacional do turismo tivemos que enfrentar uma fila de uns 30 minutos para entrar. Mas tudo bem… aceitável pelo o que a atração prometia.
Entramos e começamos a ver peixinhos, peixes e peixões – coloridos ou “p/b” – alguns animaizinhos bizarros, uns tubarões de pequeno porte, águas-vivas (maravilhosas), tartarugas, cavalos-marinho, além do Nemo e sua crazy friend Doris aos montes.
O que ficou do passeio é que ele foi uma merda. Ou quase isso.
=D
Não recomendamos no caso de quem não for levar crianças (elas adoram) ou não for um tarado por peixes.
Tá, ok… algumas partes são bonitas
É um passeio razoável (numa escala de 1 a 10 eu daria 5), mas que, definitivamente não vale os £17,50 (UPDATE em 19/02/2013: adultos pagando entre £18,63 e £20,50 em 2013 no passe normal!). Ainda mais se você não tiver um voucher 2 FOR 1 – a Nah vai falar sobre isso em breve.
recado pra VOCÊ, caçador de baleias
No caso de você ser um teimosão xarope que gosta de fazer tudo ao contrário do que falam ou se encaixar em uma das categorias (pai/tio/tarado), para chegar no aquário você precisa descer nas estações Westminster ou Waterloo – Circle, District e Jubilee Line são as linhas do metrô.
Sempre me interessei pelos assuntos corriqueiros do dia a dia. De observar a vida que passa, de dar atenção as coisas sem importância e reparar nas cenas que constroem o cotidiano.
Todo jornalista é assim. Se não é, deveria ser. É como se estivéssemos buscando assuntos para escrever 24 horas por dia.
É por isso que tenho uma pasta de fotos chamada “Aleatórias”. Nela, guardo registros do cotidiano e cenas não tão relevantes, mas que fizeram parte da minha vida. Era assim em Curitiba e é assim em Londres.
Hoje vou falar um pouco sobre isso.
Os jornais gratuitos
Londres conta com dois jornais diários gratuitos. Em uma cidade completamente 3G, em que quase não se vê outros celulares senão Blackberries e iPhones, é interessante como a cultura da leitura analógica ainda é muito forte. Difícil imaginar a cidade sem os companheiros das viagens no underground.
O Metro sai pela manhã e está disponível em todas as estações de trem e metrô. “Você precisa ser rápido”, diz o texto. De fato, após às 9 da manhã é difícil encontrá-lo.
O London Evening Standard sai após o meio dia e é distribuído nas entradas das estações centrais por uns caras que exclamam “Free Standard”. A polidez britânica faz com que eles agradeçam a todos que aceitam.
O metrô
O underground, aliás, é um episódio à parte. Local perfeito para se fazer um estudo antropológico sobre os “londoners” e os gringos que a cidade adota com tanto carinho.
O que mais se vê – além dos leitores de jornais – são pessoas lendo livros, jogando no iPhone, escrevendo mensagens de texto e ouvindo música no estilo que os otorrinos e as mães adoram.
Uns dias atrás uma senhora pediu para que eu abaixasse o volume do iPod. Pedi desculpas e abaixei. Poucos minutos depois ela pediu o mesmo para um cara que estava sentado ao lado dela. Justo.
Cachorros (e bicicletas) são figuras constantes no dia a dia do underground.
A vitrine da loja da Nike na Oxford Street exibiu essa vitrine por vários dias.
Algumas estações de metrô têm características próprias. A “Holborn Station”, por exemplo, dá acesso ao British Museum. Ela tem imagens de algumas obras estampadas nas paredes. A foto abaixo é da “Baker Street Station”, principal acesso ao Sherlock Holmes Museum.
elementar
Os pubs
Entrar em qualquer pub é respirar história. Quando você para e pensa que a maioria deles tem mais (em algumas vezes muito mais) do que 100 anos a mente vai longe. Já imaginou aqueles figurões de roupas exóticas da realeza tomando uma Guinness?
Os professores da escola costumam dizer que o pub é o lugar em que você pode vivenciar de perto toda a riqueza da cultura inglesa – beber, brigar e vomitar. =D
Brincadeiras à parte, os pubs são incríveis. Não só pelas cervejas espetaculares que você pode tomar, mas por tudo que caracteriza a instituição PUB.
Domingo, meio dia: cerveja, futebol e leitura matinalFish and chips com cerveja: autoridade suprema da gastronomia “pubiana”.
A diversidade cultural
Essa é uma das coisas que mais impressionam. Não sei se existe lugar no mundo com tanta gente de tanto lugar diferente como aqui. Nosso bairro, por exemplo, está repleto de afro-descendentes, turcos, indianos, judeus (com direito ao traje completo) e muçulmanos/muçulminas… daquelas que só mostram um pedacinho do olho.
Mas não para por aí. Andar pelas ruas é passear pelo mundo. São restaurantes típicos de centenas de países e sotaques esquisitos para todos os lado. Não é difícil, também, se deparar com uma roda de capoeira à beira do Tâmisa.
paranauêQueijos e salames italianos no mercado de Borough.
O problema dos ratos e os simpáticos esquilos
Os esquilos estão para os parques assim como os ratos estão para os metrôs. São milhares!
A prefeitura tem lutado para diminuir a população dos primos do Mickey Mouse do undergound – a explicação para a imensa quantidade de camundongos vem das obras que estão sendo feitas para as Olimpíadas de 2012. Existem canteiros em todos os cantos da cidade e a prefeitura já admitiu que não é possível evitar a superpopulação.
Já os esquilos vivem aos montes em todos os parques, são adorados por todos e estão sempre comendo um amendoinzinho.
Os “primos ricos” dos ratos são quase um patrimônio dos parques.
Por falar em parques…
Um dos programas preferidos dos habitantes de Londres é deitar na grama. Não importa se é num grande parque ou numa área verde de 2×2. Eles estão sempre lá lendo, fazendo um picnic ou apenas lagarteando no sol.
E há de se concordar que fazer isso é deveras agradável. Ainda mais em um fim de tarde de um dia quente e ensolarado.
habitat naturalprecisa de legenda? Regent’s Park!
Essas pequenas flores cujo nome eu não faço ideia são verdadeiras pragas – estão em todo os lugares.
Por hoje é só. Prometo fazer mais textos do cotidiano como esses. Acredito que seja uma boa forma de transmitir como as coisas são por aqui sem usar aquele olhar de turista.
Fazer uma viagem internacional pra estudar exige muito planejamento, principalmente quando o destino é um país que gosta de complicar a vida dos estudantes que pensam em trabalhar para bancar sua sobrevivência – como é o caso do Reino Unido.
Para se ter uma ideia, até o início de 2010 um estudante podia trabalhar legalmente em Londres por 20 horas/semana. Mas em fevereiro o governo britânico reduziu a carga para míseras 10 horas (UPDATE EM 27/02/2013: Hoje, o visto de estudante NÃO permite trabalho. Nem uma horinha!). E a tendência é que isso piore ainda mais.
Recém eleito primeiro-ministro, David Cameron declarou inúmeras vezes durante sua campanha que iria apertar ainda mais o cerco contra a imigração. Ou seja, em hipótese alguma pense em vir com pouca grana porque “lá eu arrumo alguma coisa pra me manter”.
Não vou entrar no assunto dos trabalhos ilegais porque esse não é o objetivo do Pra Ver em Londres. É melhor deixar o jeitinho brasileiro do outro lado do Atlântico.
O salário mínimo no UK varia conforme a idade. Vamos aos números.:
VALORES DE 2010:
Menores de 18 anos: £3,57/hora
De 18 a 21 anos: £4,83/hora
A partir de 22 anos: £5,80/hora
VALORES DE 2013:
Menores de 18 anos: £3,68/hora
De 18 a 20 anos: £4,98/hora
A partir de 22 anos: £6,19/hora
Aprendizes de até 19 anos ou com 19 anos em seu primeiro ano: £2,65/hora
Com qualquer emprego que estudantes costumam pegar (faxineiro(a), auxiliar de cozinha, garçom/garçonete, panfleteiro(a), babá, etc) você dificilmente vai ganhar muito mais do que o mínimo.
Cenário realista (baseado na vida em Londres em 2010, quando estudantes podiam trabalhar legalmente!):
Digamos que você tenha 22 anos, consiga um emprego (isso não é tão fácil quanto muitos imaginam) e ganhe £6 por hora.
1 semana = 70 libras
1 mês = 240 libras
O que você consegue fazer com esse dinheiro
A moradia em Londres é caríssima. Por um quarto na Zona 2 (próximo ao centro) você paga o preço que pagaria pelo aluguel de um apartamento de dois quartos numa região central de qualquer cidade brasileira.
Os mais baratos custaram a partir de £50 por semana (por cabeça, em uma casa dividida com outras pessoas) – mas são verdadeiras espeluncas. O mais provável é que encontre uma moradia digna (de novo, em uma casa dividida!) na faixa dos £70 a £90 por semana.
DICA: Os melhores sites para encontrar sua casa são o Gumtree, o Starsflats e o SpareRoom. A revista Leros também tem uma área interessante para procurar quartos. Não perca tempo em outros porque em algum dos dois você vai achar algo interessante.
Não preciso nem dizer que seu salário já foi, não é? E você ainda não comeu e nem se locomoveu. Sentiu o drama?
Pois bem. Se você não tiver um “Paitrocínio Platinum”, comece a guardar dinheiro muito antes de viajar, porque por mais que consiga trabalhar legalmente, será impossível se manter. (Lembre-se: em 2013, com visto de estudante, NADA de trabalho legal!)
Se não se planejar terá que usar a criatividade pra descolar uma grana
Os custos mensais na ponta do lápis
Vou apresentar os números com base no que estamos gastando (2010!) – isso inclui um bom quarto na Zona 2 e comida comprada no supermercado e feita em casa.
O cenário é o seguinte:
Aluguel: £300/mês por cabeça, em uma casa dividida;
Transporte: £69,20/mês (para transitar livremente entre as Zonas 1 e 2 com o Oyster Card para estudantes) UPDATE: Clique aqui para ver os valores atualizados do transporte;
Alimentação: £50/mês (fazendo comida em casa, porque comer fora é caríssimo) UPDATE: a gente comprava no Morrison’se na maior parte das vezes comprava a comida do próprio mercado. Que era mais barata. E mesmo assim era de qualidade! Não vivíamos a pão e água. Garantimos! ;)
Somente para dormir, comer e se locomover você já gastou £419,20. Agora pense que você está em Londres. O apelo ao consumo é muito forte. Seja para conhecer as atrações turísticas, ir a eventos culturais , fazer compras, tomar umas pints em algum pub e viajar para outras cidades ou países.
Não recomendo que você venha sem ter (no mínimo) £700 libras por mês – cerca de 2100 reais. Com esse dinheiro você consegue viver bem e ainda contar com alguns pequenos luxos.
Nos próximos posts vou falar sobre quanto, em média, você gasta no pré-viagem: curso de inglês, passagem, visto, traduções, etc.
Até lá.
PS: Como este blog é pessoal, utilizamos como base para estes números os NOSSOS gastos. Não somos pessoas consumistas, vivemos bem com pouco e somos felizes assim. Leve isso em consideração na hora da leitura, ok? :)
Se você curte uma cerveja Londres é o paraíso. A variedade impressiona – e é difícil achar alguma que não seja boa. Desde que cheguei aqui me deleguei a dura tarefa de provar todas as cervejas que eu encontrar. =D
É possível encontrar pilsen (loira), pale ale (ruiva), stout (morena) e outros tantos estilos de todos os cantos da Europa (e de vários do mundo), pra todos os gostos e apetites por teores alcoólicos mais elevados ou não.
O melhor de tudo é que os preços são interessantíssimos e variam muito pouco entre uma marca e outra.
A mais barata que vi até agora foi a dinamarquesa Carlsberg e a australiana Foster’s – sempre presente nas pistas de F1. Nos supermercados elas custam entre 0,80p e 0,90p. Mas outras várias estão nessa faixa do preço. (UPDATE: Apesar de termos escrito este post em 2010, fizemos uma pesquisa hoje, 27/02/2013, no site do mercado Morrison’s e, pasme, a Carlsberg continua custando 0,87p e a Foster’s 0,70p! Ah, o mundo sem inflação!)
A espetacular Guinness, que no Brasil não sai por menos de R$ 10, você encontra aqui por míseros £1,10. Impossível não ter sempre uma(s) na geladeira.
Ah, vale lembrar que nossas tradicionais latas de 355 ml não existem por aqui. Só tem esses latões maravilhosos!
Prateleira de um mercadinho em Clapton. Os maiores têm muito mais variedade
Que Londres é uma cidade cara todo mundo sabe. Agora, o que nem todos sabem é que a cidade tem lá suas pechinchas. Uma delas é o que se compra no supermercado.
No último fim de semana fizemos nossa primeira grande compra pra abastecer a geladeira e a dispensa. Fomos ao Sainsburyna volta de uma tarde de domingo em Camden Town.
Compramos de tudo. De bolachas a macarrão. E o prejuízo não foi tão assustador quanto imaginávamos que seria.
O que acontece é que aqui você sente que seu dinheiro é valorizado. Afinal, não existem impostos exorbitantes embutidos nos preços do que se compra. Descontando o que se gasta com moradia e transporte, posso assegurar que mil libras em Londres tem um poder de compra infinitamente maior do que mil reais em qualquer cidade brasileira.
Ok, fazendo a convergência para a nossa moeda as coisas realmente ficarão caras, mas deixar o real de lado é a primeira coisa que você precisa ter em mente quando desembarca aqui. Se não fizer isso vai pirar.
A moeda da rainha hoje vale quase três vezes mais que a do Lula (no passado já foi cinco vezes mais forte). Daí a importância de planejar bem a viagem para não passar apuros.
Daqui um tempo vamos publicar quando se gasta por dia para viver em Londres – em pacotes de estudante e de executivo. =)
Pra encerrar deixo aqui o preço de algumas coisas básicas que compramos no supermercado:
Falha nossa: nunca fotografamos mercado. E aí que a única boa imagem de mercado luvre de direitos autorais era esta. Onde você acha que é? :)
(Os valores se referem aos preços que encontramos nas gôndolas dos mercados em 2010. Mas, acredite que se quiser: refizemos a pesquisa pelo site do Morrison’s hoje, 05/03/2013 e a maioria dos preços continua semelhante. Faça o teste você mesmo clicando aqui)
Batata (kg): £1,18
Maçã (kg): £0,84
Tomate (unidade): £0,64
Maço de brócolis: £0,95
Cebola (kg): £0,67
Folha de alface (unidade): £0,79
Kiwi (kg): £1,00
Laranja (unidade): £0,31
Cenoura (kg): £0,67
Coxa e peito de frango (700g): £3,00 – Tinha uma promoção compre um e leve dois
Queijo Edam (200g): £1,50
Peito de frango em fatias (10 unidades): £1,00
Tabasco: £1,40
Hellman’s light (200 g): £1,00
Chá Twinning’s Special Selection (caixa com 30 sachês): £1,39
Fettucine (500g): £0,62
Arroz (500g): £0,62
Cookie (500g): £0,81
Salsicha de porco congelada (20 unidades): £1,34
Oléo de girassol: £1,09
Azeite de oliva (125ml): £1,09
Sal (750g): £0,48
Açúcar (750g): £0,87
Orégano: £0,61
Suco de raspberry (1L): £0,99
Suco de laranja (1L): £0,56
Sabão para máquina de lavar roupa (faz 20 lavagens): £2,76
Cereal com fibras: £0,64
Chocolate Cadbury (400g): £2,67
Café colombiano (500g) : £2,49
A soma dessa compra hipotética daria £33,98! Diz aê, tem bastante coisa, não tem?
Uma boa dica pra economizar é comprar produtos da marca do próprio supermercado. Ao menos quatro das grandes redes de supermercados de Londres (Sainsbury, Tesco , Morrison’se Marks & Spencer) têm uma infinidade de produtos próprios, que chegam a custar menos da metade das outras marcas. E são de boa qualidade. Aproveite!
Milton Neves diz que o futebol é a coisa mais importante das coisas menos importantes. (Agradeço ao leitor Maycon Dimas pela correção quanto ao real autor dessa poesia futebolística. A frase, na verdade, é de Arrigo Sacchi, ex-técnico do Milan e da Squadra Azzurra. No original, “Il calcio ê la cosa piú importante delle cose meno importante.”) Gosto muito dessa frase.
Quem nos conhece sabe que quando estamos em Curitiba e tem jogo do Coxanem adianta ligar pra fazer algum convite porque nosso destino é o Couto Pereira. Por esse motivo, vir pra Londres e não sentir de perto o que é o futebol na terra de quem inventou o esporte seria a mesma coisa que não ver o Big Ben.
Por isso, ontem fomos ver de perto o jogo que (muito provavelmente) confirmaria a conquista da Premier League (campeonato inglês) pelo Chelsea Football Club, que coincidentemente carrega em seu escudo os mesmos CFC do nosso glorioso.
Saímos de casa e partimos em busca de um pub nos arredores do Stamford Bridge, situado na bela região de Fulham.
Ainda no ônibus já dava pra sentir o clima de decisão. Lojas decoradas em azul e branco, alguns camelôs vendendo produtos do Chelsea, pessoas uniformizadas nas ruas, muitos policiais, enfim…tudo como costumamos ver no Brasil.
camelôs londrinos
Antes de ir ao pub fomos ver o Stamford Bridge de perto. O jogo tinha acabado de começar. De fora dava pra ouvir os gritos da torcida. Que vontade de estar lá dentro!
Seria fácil se os ingressos mais baratos não custassem nada menos do que 200 libras (cerca de 600 reais).
entrada principal do Stamford Bridge“mascotes” do Chelsea em um mural em frente ao estádio
Turismo feito, fomos atrás de um pub. São vários nos arredores do estádio. O difícil foi conseguir entrar em algum. Todos lotadíssimos. Os Chelsea Fans enchiam até as calçadas.
Depois de uma breve caminhada e uma parada estratégica pra comprar cerveja – latão de Foster’s e várias outras iguarias europeias custam na faixa de £1,10 na maioria das Food & Wine (lojas de conveniências) de Londres – achamos um pub.
Infelizmente não me lembro do nome dele, mas era muito legal! Telão gigante, rock’n’roll rolando, pints geladas e um astral que não perde em nada pra nenhum bar brasileiro em dia de decisão.
O Chelsea só precisava ganhar do Wigan pra erguer a taça, pois tinha um ponto de vantagem sobre o Manchester United, que jogou em casa contra o Stoke City e meteu inúteis 4×0.
O placar não poderia ser melhor. Singelos 8×0 que fizeram o Chelsea chegar aos 103 gols na temporada e estabelecer novo recorde de gols no Inglesão.
Um gol atrás do outro, comemorações incessantes, tiração de sarro dos rivais vermelhos do Arsenal e, é claro, dos reds de Manchester:
Are you watching? Are you watching? Are you watching, Manchester?
Grande dia que provou mais uma vez que a poética tese de Arrigo Sacchi, que Milton Neves usa como se fosse dele próprio, é a mais pura verdade. Não importa o lugar no mundo em que você esteja.
O Pra Ver em Londres editou um vídeo com algumas imagens que fizemos ontem. Espero que consigam sentir um pouco da energia de um pub londrino em dia de final da Premier League!
Essa eu aprendi com o Jardel, aquele que jogava no Grêmio.
Enquanto a gente (brasileiros) acha que nossos representantes são os mais safados, mentirosos e inescrupulosos do mundo, algumas cenas mundo afora podem nos fazer ver que as coisas não são tão diferentes. Nem mesmo na terra dos lordes.
No vídeo abaixo, o premiê britânico Gordon Brown recebe elogios de uma eleitora de 66 anos pela atuação do governo na área de educação. Ele se despede agradecendo, dizendo que foi muito bom conhecê-la e blábláblá.
Quando entra no carro e acha que está longe do alcance das câmeras, destila seu veneno:
“Que desastre, eles nunca deveriam ter me exposto com essa mulher. De quem foi essa ideia? É ridículo. Ela é apenas uma mulher fanática.”
As imagens foram feitas na cidade de Rochdale, noroeste da Inglaterra pela rede de TV Sky News.
Assim que chegamos em nossa casa temporária e ajeitamos nossas coisas saímos para conhecer o bairro.
O distante Chingford (Zone 4) é um distrito bastante residencial, com ruas e casas bastante parecidas. Possui um pequeno centro comercial próximo a estação de trem (Highhams Park) em que se pode encontrar alguns restaurantes indianos, pizza, fast food, floriculturas, cafés, cabeleireiros e alguns mercados.
Panorama de uma das ruas de Chingford.
O bairro é bem agradável, tranquilo e arborizado, mas fica a uma hora do centro de Londres (trem e metrô) e isso, além de tomar tempo, custa caro. O respeitado transporte público londrino não é nada barato.
Um cartão que permite circular livremente entre as zonas 1 e 5 por uma semana (Travel Card) custa £44,00 (quer dizer, custava em 2010, né? Se você tá lendo isso em 2013, 2014, 2056, corre pro site da TfL pra ver os valores atualizados. Clique aqui!). Portanto, se vier para ficar, não deixe de considerar quanto irá gastar para se locomover nos seus trajetos diários.
red bus
É bem provável que valha mais a pena morar numa região mais central e pagar um aluguel mais caro do que morar em um bairro distante e perder tempo, dinheiro e paciência em metrô/trem/ônibus – que por mais charmosos que sejam se tornam verdadeiras latas de sardinha nos horários de pico.
Escadarias de uma das estações de metrô. A profundidade de algumas estações é de impressionar.
De repente você pode até descolar uma bike para se locomover. Economiza uma grana, cuida da saúde e ainda cumpre seu papel de cidadão responsável.
No site Transport For London (TfL) você encontra todas as informações que precisa para transitar pelas ruas, trilhos e pelo complexo underground.
Não é fácil entender toda essa confusão nos primeiros dias.
No nosso segundo dia de Canadá decidimos ir para downtown (centro) e caminhar para conhecer a região. Vale lembrar que pra chegar até o metrô que vai até o centro é preciso pegar um ônibus expresso no aeroporto que vai direto para a Kipling Station(primeira estação do lado leste de Toronto). São 20 minutos sem nenhuma parada.
O sistema de transporte público daqui é muito bom. Os ônibus são muito confortáveis, funcionam quase 24 horas por dia e, mesmo aos domingos, são frequentes.O metrô atende toda a região central e leva o usuário aos principais pontos da cidade em poucos minutos. Algumas regiões ainda contam com charmosos bondinhos que circulam em canaletas exclusivas.
A cidade é bastante preocupada com a sustentabilidade. Toda a região central possui ciclovias e os ônibus dispõem de um espaço na parte externa para o usuário acomodar sua bicicleta. É comum encontrar pessoas carregando suas bikes no metrô. Resultado: trânsito tranquilo na hora de rush de uma segunda-feira no centro financeiro da cidade.
O site da Toronto Transit Comission (TTC), órgão que faz a gestão do transporte público da cidade oferece muitas informações sobre rotas, horários, preços e o que mais seja necessário saber para se locomover pela cidade.
Bons exemplos que deveriam ser copiados pelos grandes centros urbanos do Brasil.
Os bicicletários estão em praticamente todas as quadras do centro da cidade.panorama de uma estação de metrôO dispositivo na frente do ônibus é utilizado para transportar as bikes.