O mundo é pequeno pra caramba

Lá se vão mais de seis anos desde que publicamos nosso primeiro post. Estávamos prestes a embarcar para Londres, ainda sem saber da escala forçada de seis dias que ourivemos que fazer em Toronto.

Após algumas dias debatendo possíveis nomes, foi em março de 2010 que decidimos que Pra Ver Em Londres seria a marca que nos acompanharia em uma fase nova e cheia de expectativas em nossas vidas.

Fomos a Londres para estudar inglês por seis meses, ainda sem ter muita ideia do que faríamos depois disso. Éramos recém-formados com pouco dinheiro no  bolso e muita vontade de viajar, conhecer o mundo e a nós mesmos.

pra ver no mundo - edimburgo
Em Edimburgo, em 2010. Uma das primeiras viagens que fizemos juntos

A Nah tinha 22 anos e tinha acabado de começar a trabalhar como repórter de um portal ligado ao mercado de investimentos. Eu tinha 24 e era assessor de imprensa de uma consultoria de investimentos. Ambos trabalhávamos em home office, que ainda ainda era uma grande novidade no mundo hoje tomado pelos nômades digitais. 

Foi o passar dos meses lá em Londres (e muito esforço, foco e dedicação nos anos seguintes – assunto deste post que a Nah escreveu, aliás) que nos fez ver que o empreendedorismo e a vida nômade seriam a base de nossa futura vida profissional. Afinal, ela já estava rolando!

Gosto sempre de destacar que não largamos tudo para viajar o mundo e “trabalhar com a internet”. Em tempos em que vemos muita gente tentando vender a fórmula da felicidade – largue seu emprego agora e seja feliz para sempre com o nomadismo digital -, é fundamental lembrar que não existem atalhos, mas muito planejamento e execução.

REGISTRO FEITO EM AGOSTO DE 2016 EM GAROPABA, NO LITORAL SUL DE SANTA CATARINA
REGISTRO FEITO EM AGOSTO DE 2016 EM GAROPABA, NO LITORAL SUL DE SANTA CATARINA

O nascimento do Pra ver em Londres

Nós criamos o blog com o objetivo de compartilhar informações que tivemos dificuldade de encontrar antes de viajar. Tínhamos MUITAS dúvidas sobre como seria a vida em Londres, quanto custaria o aluguel, o mercado, o restaurante, o pub, onde poderíamos morar, como era o transporte público, etc. Nossas perguntas acabaram se transformando em várias respostas aqui ao longo dos anos e ajudaram muita gente em suas viagens para Londres e Reino Unido. Isso, pra gente, é motivo de muito orgulho!

O nome do blog soava bem, sempre gostamos muito dele – apesar de termos vivenciado alguns episódios engraçados devido a confusão do nome com “prazer em Londres”. Dá pra imaginar algumas polêmicas? :D

Por outro lado, da mesma forma que o direcionamento do nome nos posicionou como um dos principais blogs brasileiros dedicados a Londres, também nos limitou. Como escreveríamos sobre outros destinos tendo o nome da cidade na marca? Por alguns anos isso até nos desmotivou um pouco a escrever sobre algumas viagens.

new york - manhattan vista do brooklyn copy
New York é uma das cidades que estamos devendo. Passamos 10 dias incríveis lá ano passado. A lista de bares de cerveja artesanal que visitamos é enorme. Quer dicas?

É claro que muito mais por uma bobagem nossa do que qualquer outra coisa. Esse é um arrependimento que carregamos. Foram tantas viagens incríveis que acabaram não sendo contadas aqui…  Ainda assim, não são poucos os conteúdos sobre outros destinos. Aliás, um dos posts mais acessados de toda a história do blog é justamente sobre Berna, a lindíssima capital da Suíça – você pode ler clicando aqui.

Ciclos que se encerram, oportunidades que surgem

Por muito tempo tivemos Londres como uma meta de vida como lugar para morar. Não é à toa que em cinco anos passamos três longas temporadas na cidade. Perseguimos esse sonho fortemente durante os últimos anos e somos realizados por termos conseguido passar tanto tempo em um lugar tão mágico, inspirador e envolvente.

Entre 2015 e 2016, estávamos em London town e a libra atingia seu ápice histórico! Viver em Londres sempre foi realizador, mas ao mesmo tempo, muito duro pra nós! Tivemos que trabalhar muito para segurar as pontas, especialmente quando o pound batia os R$ 6,30 e 95% de nossa renda vinha das então Dilmas hoje Foratemers.

Fomos atrás de novos clientes e projetos por meio de nossa empresa no Brasil, criamos um tour dedicado à cerveja artesanal em Londres (que não existe mais)- projeto que tem um espação em nossos corações -, passamos literalmente DIAS sem sair de casa para dar conta da demanda de trabalho que nos impunha jornadas intermináveis. Quem nunca?

tour de pubs em londres - a rota da cerveja artesanal em londres
Esse foi o primeiro grupo que participou do nosso tour dedicado a celebrar a cultura da cerveja artesanal em Londres. Lembrança pra vida toda!

Deu tudo certo! A grana entrou e vivemos momentos incríveis com o tour – e na cidade. Tirar uma ideia de negócio papel e colocar na rua é algo fantástico. Aprendemos muito com a experiência, que hoje inspira novos projetos que estão na incubadora.

Mas mesmo com as contas em dia, era uma loucura. Chegou um ponto em que estávamos esgotados mentalmente de tanto trabalho. Foi quando decidimos que seria hora de virar essa página da vida, ao menos pelos próximos anos…

Com a página de Londres sendo virada, mas sem deixar um marcador nela, começamos a pensar que seria a hora ideal para, também, virar a página aqui no blog.

Saint Emilion, uma joia nos arredores de Bordeaux.
Saint-Émilion, uma joia nos arredores de Bordeaux.

Bem-vindo ao Pra Ver No Mundo

A gente debate a ideia de transformar o blog em Pra Ver no Mundo há muito tempo. Só que sempre ficamos num grande impasse, já que haviam vários prós e contras para ambos os lados.

Uma coisa que aprendi seguindo carreira independente, tanto no blog quanto na London, nossa empresa especializada em Marketing de Conteúdo, foi que muitas vezes não existe a decisão ideal e livre de falhas, mas a decisão que você precisa tomar para seguir a vida.

Pra nós, essa hora chegou! Seja bem-vindo a nossa nova casa.

O que muda

Aproveitamos a mudança para melhorar o blog em vários aspectos. Reorganizamos todas as categorias, post por post. Deu um trabalhão, mas fizemos tudo pensando em ajudar você a encontrar o que precisa de forma mais simplificada.

Vale destacar que o Pra Ver em Londres não morreu. Todo o conteúdo que já produzimos sobre Londres está todo muito bem organizado na aba que eterniza nosso primeiro “filho”.

Importante dizer, também, que, ainda temos e sempre teremos muito a produzir sobre a cidade. Morar lá não está nos planos para os próximos anos, mas uma visitinha ou outra a turismo, sim! Nosso Pra ver em Londres sempre estará em nossos corações e, mais importante do que isso, atualizado. =)

londres - hampstead heath
Hampstead Heath, em Londres. Um de nossos parques favoritos na cidade

Na aba Outros Destinos estão concentrados todos os posts sobre nossas viagens. Como falei, nossos dramas pessoais atrapalharam um pouco a produção ao longo dos anos, mas em breve vamos publicar boas histórias de viagens para a Irlanda, França, Estados Unidos, Grécia, Brasil e outros destinos que estão por vir.

Em Reflexões estão os textos mais filosóficos – os que explicam o nosso trabalho e os que falam sobre nossa forma de enxergar a vida, como os campeões de audiência:

É uma editoria que gostamos muito de escrever e sempre tivemos um feedback legal dos leitores. Então é outra área que daremos mais atenção daqui em diante. Aliás, tem algo que gostaria de ler?

Em Vídeos estão todas as nossas produções audiovisuais, que também vão ganhar mais atenção, com vídeos como o abaixo, por exemplo, que gravamos em Garopaba-SC para anunciar as novidades no blog e para dar um gostinho do tipo de vídeo que vamos produzir. Se gostou, deixa seu joinha e um comentário no YouTube? =D

Em Dicas práticas você vai encontrar tudo o que diz respeito a viajar melhor e/ou gastando menos. Um bom exemplo é o post que fala sobre como viajar sem pagar por acomodação através do Couch Surfing. É uma área ainda pouco explorada, mas que também vai crescer com o passar dos meses.

Por fim,em breve vamos lançar uma Loja em que vamos concentrar produtos e serviços de que somos afiliados. São empresas que somos clientes, usamos com frequência e, por isso, recomendamos. Para contratar, você não tem custo extra. Pelo contrário, pode conseguir bons descontos e, de quebra, ainda nos ajuda muito a sustentar o blog. A seção ainda está sendo construída, mas lá você vai encontrar:

  • Booking.com – Reserva de hotéis e hostels no mundo todo. Para todos os bolsos e com muitos descontos.
  • Rentcars – Aluguel de carros em diversas cidades do mundo com atendimento e suporte em português.
  • Real – Seguros viagem, um serviço que você não pode viajar sem contratar.
  • Visit Britain – Para comprar ingressos de diversas atrações turísticas no Reino Unido.
  • Ticket Bar – Para comprar ingressos com preço promocional em diversas cidades do mundo.

Além disso, a Loja ainda vai comercializar guias de viagem produzidos por blogueiros de que somos fãs e, por fim, produtos nossos. Nosso guia de turismo cervejeiro em Londres segue no forrno e com previsão para ser lançado ainda em 2016. Outras novidades virão em breve, mas, por ora, acho que deu, né? ;)

Vem com a gente

Agradeço demais por estar aqui com a gente nessa fase muito especial do blog e de nossas vidas.

Aproveitando, quero te fazer duas perguntas:

1 – Você tem alguma sugestão de tema pra gente abordar na casa nova?

2 – O que achou da cara nova que demos ao blog?

Conta aí! Até o próximo post, que será diretamente da Califórnia! Embarcamos para Los Angeles no dia 25 para uma temporada de dois meses percorrendo o estado dourado em busca das melhores cervejas artesanais e de muita coisa legal para compartilhar com você aqui e  em tempo real no Instagram, Facebook e Snapchat. Siga a gente nesses canais!.

OBS: O título do post é inspirado na música O mundo, de André Abujamra, canção que me faz viajar imaginando os lugares, cenas, situações e críticas tão bem apresentadas na letra.

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Um presente pra você pelos seis anos de blog

Lá se vão seis anos desde que embarcamos para uma jornada que mudaria nossas vidas para sempre. No dia 15 de abril de 2010, a Nah com 22 anos e eu com 24 e recém-formados, embarcamos para um intercâmbio de seis meses em Londres.

Começava ali uma nova vida profissional, nossos primeiros dias morando juntos e uma aventura épica de desbravar o mundo – que depois se tornou uma missão eterna de vida. Nascia, também, ele que foi responsável por boa parte da forma como viveríamos os próximos anos: este blog, que nos deu inúmeras alegrias, amizades e bons momento e sonhos pensados e realizados.

É louco pensar que seis anos se passaram e o quanto um simples endereço na internet movimentou e inspirou nossas vidas. Enquanto eu escrevo, lembro sorrindo os nossos primeiros dias na cidade e inúmeras histórias que vivemos graças ao blog.

Em 2010, uma das primeiras fotos que tiramos em Londres
Em 2010, uma das primeiras fotos que tiramos em Londres

Muitas das boas histórias, aliás, só foram possíveis graças a você, seja um leitor de longa data ou que nos acompanha há pouco tempo, mas eu vou deixar o papo emotivo pra Nah escrever em breve porque ela é muito melhor que eu nesse departamento. =)

Temos um presente pra você

Se você é um leitor antigo já sabe que a fotografia recebe tanta atenção por aqui como os textos. Fotografar durante viagens é uma de minhas atividades favoritas. Só de HDs externos são quatro (de um terabyte cada) aqui em casa. Eles são como um tesouro pra mim, pois guardam alguns dos momentos mais incríveis que vivemos juntos viajando.

O arquivo que tenho de fotos de Londres, como você pode imaginar, é enorme. São milhares e milhares de fotos, algumas das quais gosto muito porque registram “retratos” legais da cidade ou me fazem lembrar de bons momentos. Algumas das minhas preferidas estão nesses posts:

Mas a gente está em débito com você…

No fim do ano passado, nos inscrevemos em um concurso de fotografia organizado por uma pequena imobiliária que ficava em nosso antigo (que saudade!) bairro em Londres – Woolwich Arsenal. Conquistamos primeiro e segundo lugares (!) com estas fotos:

Fotos de Londres - Tamisa e City of London skyline

Fotos de Londres - BigBen

A grana que ganhamos no prêmio ajudou a bancar nossa viagem para Cotswolds, um dos lugares mais lindos do Reino Unido e uma das viagens mais legais que já fizemos.

Pausa para uma promessa: pode esperar que daqui uns anos vamos escrever o blog morando por aquelas bandas. ;)

Como retribuição a ajuda que recebemos dos leitores para ganhar o concurso (pessoal que está em nossa lista de e-mails votou em peso nas nossas fotos), prometemos que iríamos dar de presente um quadro com uma das fotos. Aliás, aproveita e se cadastra. Quem está na base sempre recebe um carinho extra. =)

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O quadro ficou pronto há meses, mas na correria e mudança de vida que se seguiu (voltamos ao Brasil em fevereiro e o lado emocional passou por diversos altos e baixos de lá pra cá), a promessa demorou um pouco pra ser cumprida.

Hoje estou aqui para honrá-la. O quadro, que por enquanto está pendurado na parede da nossa sala, pode ser seu.

fotografia de londres em moldura
Lamento, mas o presente é só o quadro, ok? ;)

Fiz a foto em um ensolarado e geladíssimo dia de inverno enquanto caminhávamos pela face norte do Tâmisa em direção à ponte de Westminster. Se você já caminhou por ali sabe que a vista é linda, quase poética. A gente sempre gostou de parar por aquelas bandas pra ficar conversando sobre a vida, admirando o cenário e agradecendo pelo privilégio de poder viver na cidade mais incrível do mundo.

quadro de londres

Neste dia da foto, os raios de sol estavam criando belas sombras e contrastes na paisagem. Quando vi esas duas mulheres caminhando em direção ao grande Ben, fiz o “click”. Mais tarde, já em casa e fazendo uma das minhas atividades preferidas (rever as fotos do dia e editá-las), senti que renderia uma boa imagem em preto e branco e voilá, ficou assim.

foto de londres em quadro-2

Você quer ganhar o quadro de Londres de presente?

A gente quebrou a cabeça pra encontrar uma forma legal de escolher quem vai levar o quadro pra casa. Aí chegamos na seguinte ideia. Pra concorrer é só deixar um comentário respondendo a pergunta abaixo:

Imagine que seu melhor amigo está indo pra Londres e ele pediu que você desse uma única dica sobre a cidade. Qual seria sua dica e por quê? Vale uma atração turística, uma caminhada, um pub, um restaurante, um museu, uma pira de sua cabeça, enfim, qualquer coisa. Se você nunca foi a Londres, inpire-se aqui no blog e conte o que mais sonha em ver e por quê. Capriche nos detalhes, hein? Ah, e se quiser, pode deixar mais de um comentário. Avaliaremos todos os que forem registrados – tanto nos comentários nativos do blog quando os que são feitos pelo aplicativo do Facebook, que também está aqui embaixo!

Vamos divulgar o resultado no dia 30/04.

OBS. O quadro será enviado apenas para endereços no Brasil. Como vamos arcar com os custos de envio, infelizmente fica inviável despachar para fora do país. Só pra você ter uma ideia, dia desses enviamos uma simples chave para Londres e gastamos mais de 80 reais!

Dica: se você ganhar, mas morar fora do Brasil, que tal presentear um parente ou o seu melhor amigo que mora no Brasil com o quadro? :)

Estamos ansiosos para ouvir sua história e ver o quadro pendurado em sua casa (ou na de seu parente ou amigo). =)

Novamente, muito obrigado por estar aqui com a gente! Se o blog permanece vivo por todo esse tempo pode ter certeza que, em muito, isso se deve à linda comunidade que se formou aqui e que muito nos orgulha.

João

A vista do alto do monumento que eterniza o Grande Incêndio de Londres

Um dos capítulos mais marcantes da história de Londres foi o Grande Incêndio de 1666, que por três dias, consumiu praticamente toda a cidade – que, então, tinha sua área concentrada onde hoje está a City of London.

A História conta que o fogo começou na cozinha de uma padaria na Pudding Lane e se alastrou rapidamente devido ao fato de que boa parte das construções de Londres na época eram de madeira e porque havia na região uma grande concentração de armazéns que estocavam produtos inflamáveis, como madeira, cordas e óleo.

Para combater o incêndio, os londrinos se uniram e fizeram o que podiam – na época, Londres não contava com uma brigada anti-fogo. Derrubar casas para evitar o alastramento das chamas acabou sendo uma das estratégias mais efetivas.

Após o fim do incêndio, mais de 100 mil pessoas ficaram desabrigadas. A reconstrução total da cidade levou quase 50 anos. Muito tempo foi dedicado a repensar o layout das ruas e construções. A partir de então, as casas deveriam ser obrigatoriamente de tijolos, e as ruas, mais largas.

Nessas horas eu me pergunto quão diferentes seriam as ruas da City hoje se o incêndio nunca tivesse ocorrido. Será que teríamos um grande vilarejo medieval no centro de Londres?

Bem, essa história e tantas outras sobre a cidade estão muito bem contadas no Museum of London, que é parada obrigatória se você quer conhecer o passado, entender o presente e imaginar o futuro da cidade. Mas esse não é o tema do post de hoje…

O monumento que eterniza o Grande Incêndio de Londres

the monument - pra ver londres do alto

Poucos anos após o grande incêndio, entre 1671 e 1677, sobre os escombros da igreja St. Margaret’s, primeira a ser consumida pelo fogo, “The Monument” foi construído para preservar a história do triste episódio e celebrar a reconstrução da cidade.

O Monument é uma coluna de pedra inspirada na arquitetura grega que foi planejada pelo arquiteto Christopher Wren, também responsável pela St. Paul’s Cathedral. São 311 degraus e 48 metros até o mirante. No alto, há uma escultura que simula o fogo e uma “jaulinha” panorâmica que oferece uma bela vista para a Tower Bridge e para os grandes prédios da City, um dos distritos financeiros de Londres.

Curiosidade: No total (contando  escultura no topo) são 61 metros de altura, distância exata do lugar onde
Curiosidade: No total (contando a escultura no topo), são 61 metros de altura, distância exata do lugar onde o fogo começou

Subindo o Monument

Como em tudo na vida, a jornada de subida ao topo do Monument é tão interessante quanto o próprio destino final. Para chegar lá em cima, você, obrigatoriamente, subirá os degraus de escada em espiral, meio apertada e que parece não ter fim.

Se você sofre de vertigem, não ouse olhar lá pra baixo. Caso contrário, é super legal!
Se você sofre de vertigem, não ouse olhar lá pra baixo. Caso contrário, é superlegal!

A subida é ok pra quem está com a saúde em dia e pratica esportes regularmente, mas pode ser exaustiva para os mais sedentários. Considere isso antes de comprar seu ingresso, ok?

Se bem que nada que uma descansadinha ou outra no meio do caminho não resolvam… :)

the monument - pra ver londres do alto-3

Somando subida e descida dá pra dizer que a cota de exercicícios do dia foi cumprida. E recompensada por uma vista bem legal! =)

tower bridge vista do the monument - pra ver londres do alto

No topo do Monument

O Monument hoje se esconde entre prédios modernos e bem mais altos da City, como o Vertigo 42, que falamos aqui. Não é a melhor vista que você pode ter do alto de Londres, ainda assim, tem seu valor. Em especial se o dia estiver bonito.

Importante destacar que o mirante é cercado de grades, como uma jaula. Então isso acaba atrapalhando um pouco a vista e as fotos.
Importante destacar que o mirante é cercado de grades, como uma jaula. Então isso acaba atrapalhando um pouco a vista e as fotos.

Vale a pena subir?

Se você me pedisse pra indicar três lugares pra ver Londres do alto, o Monument não estaria entre eles. Eu iria de Primrose Hill, Greenwich Park e Vertigo, com menções honrosas para The Shard, London Eye, hampstead, Emirates Airline, DLR na região de Canary Wharf, apenas pra citar alguns. 

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Mas ainda assim, eu sugiro que suba. É um monumento importante que preserva a história de Londres e que, de uma forma ou outra, fará você reviver o passado.

the monument - pra ver londres do alto-4

E agora, sabendo que o incêndio acabou promovendo uma revolução na arquitetura da cidade, poderá, lá do alto, imaginar como as ruas de Londres seriam se as construções medievais ainda dominassem o cenário.

Imagina se ao invés disso houvessem dezenas de construções de madeira e ruas ainda mais apertadas
Imagina se ao invés disso houvessem dezenas de construções de madeira e ruas ainda mais apertadas?

Na saída do passeio você recebe um certificado atestando que você subiu os 311 degraus do Monument, que não deixa de ser um souvenir legal pra emoldurar. O cenário registrado na arte é de 1750.

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Mais sobre o Grande Incêndio de 1666?

Se você estiver afim de ir a fundo na história do incêndio, vale destacar que há um outro monumento que o “celebra” na cidade. É uma pequena estátua de madeira banhada em ouro chamada Golden boy of pye Corner, que marca o ponto onde o incêndio terminou. Vou ficar devendo a foto, mas fica na esquina entre a Giltspur Street e a Cock Lane.

Uma boa parada antes ou depois da subida?

Ao lado do Monument fica o The Hydrant, um pub de cerveja artesanal, assinado pela cervejaria Fuller’s, mas que traz uma proposta diferente de seus pubs tradicionais.

the hydrant - cerveja artesanal em londres

Aparência moderna, ampla variedade de cervejas artesanais locais e importadas em chopp e garrafa e um cardápio honesto de comida de pub. Está em busca de cerveja artesanal em Londres? Dá uma olhada nesse post e segura aí que você ainda vai ler muita coisa sobre cerveja de verdade por aqui. 

the hydrant - cerveja artesanal em londres

Informações importantes

Endereço: O The Monument fica no cruzamento entre a Monument Street e a Fish Street Hill

Estações de metrô mais próximas: Bank (Central line) e Monument (Circle e District Lines) são as mais próximas, mas dá pra ir andando de outros pontos como a London Bridge (Northern Line e Jubilee Line) e St Paul’s (Central Line)

Quanto custa:  £4 / £2 (menores de 16 anos)

Horários:

  • Outubro a março: 9h30-17h30 (última entrada às 17h
  • Abril a setembro: 9h30-18h (última entrada às 17h30)

Referências

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Bordeaux: nosso roteiro de cinco dias (parte 1)

A ideia de conhecer Bordeaux (França) surgiu ao acaso, na última Black Friday. Entrei no site da Ryanair pra ver se tinha alguma boa oferta e encontrei o melhor cenário que já havia visto por ali: uma lista com passagens para várias cidades custando £4 IDA E VOLTA a partir de Londres. Nada mau, né?

Fizemos uma rápida análise. Não me lembro bem de todas as opções que estavam com esse preço, mas tinha algumas cidades na Itália, outras na Espanha, na Noruega, países diversos do leste europeu, e, na França, uma das cidades mais conhecidas do mundo pelos vinhos que produz.

Não era uma escolha fácil, mas optamos por Bordeaux porque pensamos que seria a oportunidade perfeita para fazer uma viagem despretenciosa e relax, dedicada ao vinho. E como é legal programar  uma viagem assim, meio sem querer, não?

Bordeaux - o que fazer
Não poderíamos ter escolhido melhor. Bordeaux é daquelas cidades que desperta a vontade de pegar a mala e se mudar pra lá

Passamos cinco noites lá. Período suficiente pra conhecermos quase tudo o que tínhamos planejado.

Bordeaux tem pouco mais de 200 mil habitantes e boa parte das atrações da cidade podem ser vistas a pé. Tivemos tempo, inclusive, para dormir uma noite em Saint-Émilion, vilarejo medieval que tem menos de 500 habitantes e fica a 40km de Bordeaux, numa região cercada por vinhedos.

Hoje vou começar a contar a história dessa viagem fazendo um resumo dos nossos dois primeiros dias por lá.

Primeiro dia: tour guiado e muito vinho

Logo que chegamos no Mama Shelter, um hotel boutique com uma pegada divertida e super bem localizado (em breve falaremos sobre em detalhes), largamos as malas e saímos para um tour guiado por uma profissional do departamento de turismo da cidade. Enquanto caminhávamos pela cidade, ela contava sobre a história e curiosidades de Bordeaux.

Bordeaux - Cathédrale Saint-André_
A arquitetura da Catedral de Bordeaux impressiona. A guia nos contou que ela levou aaaaanos para se construída. Por isso mesmo, parte da construção tem características romanescas e parte, góticas. Observar esses detalhes estando lá dentro torna a visita ainda mais interessante

Um dos fatos mais curiosos que ela contou foi que o prefeito de Bordeaux está no cargo, acredite, desde 1995. O cara é uma unanimidade! Não por pouco. Mudou completamente a cidade fechando ruas para carros, trocando estacionamentos por áreas verdes e privilegiando o transporte público. As fotos do antes e depois que estão expostas em um pequeno museu na Place de la Bourse falam por si:

Bordeaux - revitalizacao-2
Vão os carros, vêm as pessoas

Bordeaux está classificada desde 2007 como patrimônio mundial da UNESCO pelo seus belíssimos e muito bem conservados prédios do século XVIII, que combinam características da arquitetura clássica e neoclássica às margens do rio Garonne.

Uma das coisas que mais chamaram a minha atenção na cidade é como ela é silenciosa. Como na maior parte da região central o tráfego é formado basicamente por trams, ônibus de baixa emissão de CO2 e bicicletas – em alguns trechos a circulação de carros é proibida -, a calma e a tranquilidade conduzem a rotina.

Em duas horas de tour, tivemos uma bela primeira impressão da cidade e nos preparamos da melhor forma possível para explorar o que Bordeaux tinha a nos oferecer…

Bordeaux - revitalizacao-3

Rota urbana do vinho em Bordeaux

Na noite do primeiro dia fizemos um tour guiado para explorar alguns dos melhores wine bars da cidade. O Urban Wine Trail Bordeaux é conduzido pelo Thibault (se fala Tibô), um enólogo gente boa de 28 anos que trabalha no escritório de turismo como  responsável pelo enoturismo.

Por enquanto, o tour está restrito à imprensa, mas aqui você pode pegar um mapa e fazer o passeio por conta. São 14 bares escolhidos a dedo por ele. Dica quente: se você fizer o passeio e falar que está fazendo a rota vai ganhar um mimo nos estabelecimentos. Não sei o que é, mas vale tentar a sorte. ;)

O tour – que, aliás, tem uma proposta parecida com a do nosso tour A Rota da cerveja artesanal em Londres – foi divertidíssimo. O plano era visitarmos três bares para degustar vinhos de Bordeaux e região, aprender sobre a bebida e provar iguarias locais, como queijos variados e o foie gras – aclamado pelo franceses e condenado pelos ambientalistas.

Começamos a rota muito bem, caminhando pelas charmosas ruelas de Bordeaux com suas luzes amareladas e acompanhados por uma lua cheia que não espantava o frio, mas era um convite a ficar na rua.

Bordeaux - wine more time

O primeiro bar, Wine More Time, era muito legal. Como a gente é muito acostumado a frequentar bares de cerveja artesanal onde quer que estejamos, é sempre legal visitar algo similar, mas com o foco em outra bebida. A atmosfera era parecida, inclusive. Principalmente o quadro negro que anunciava a carta de vinhos da noite.

Bordeaux - wine more time-2

O bar tem mais de 400 rótulos – os mais baratos custam cerca de €10, e o mais caro sai por €400. Muitos deles você pode consumir em taças ou garrafas.

Ficamos um bom tempo lá ouvindo o Alexandre, dono do bar, falar sobre os vinhos de Bordeaux e dar dicas sobre como degustá-los melhor, sentindo seus taninos e decifrando aromas e sabores.

Bordeaux - wine more time - queijos

Conversamos sobre sobre a paixão dos franceses pelo foie gras e a polêmica envolvendo sua produção. O foie gras é o fígado de pato engordado, que recebe uma alimentação forçada e bastante invasiva a ponto de ser proibido em alguns países. Se tiver curiosidade, dê uma googleada. Alerto que as imagens são perturbadoras.

O que ficou claro pra mim é que o foie gras é algo tão cotidiano na cultura dos franceses que eles pouco se importam como a forma que ele é “obtido”. Eu experimentei ali pela primeira vez e não me fez muito a cabeça, não. Confesso que as imagens da tortura que as aves sofrem me vieram à mente enquanto comia.

A experiência me fez pensar também sobre como nossos hábitos, nossa cultura e a realidade que vivemos muitas vezes nos cegam a respeito de absurdos que, de tão enraizados, parecem normais. Aí podemos falar de consumo de carne, corrupção, violência, “jeitinhos”…

O wine bar comandado por italianos

Bordeaux - le wine bar
O Le Wine Bar, nossa segunda parada no tour, é comandado por Giancarlo e Emmanuel, dois cunhados italianos que apesar de não morarem mais em sua terra natal, levam a cultura italiana por onde passam. Sim, porque onde tem italiano tem comida boa, não é mesmo? Além de uma imensa carta de vinhos e um ambiente pequeno e acolhedor (aliás, recomenda-se fazer reserva ao menos um dia antes), lá, você vai poder provar uma burrata sensacional – além de outras delícias típicas da Itália.

Bordeaux - le wine bar - burrata

Emmanuel, o chef, nos contou que ele é o único importador dessa burrata da foto em Bordeaux. Ela vem de um pequeno produtor da região de Puglia, principal referência na iguaria italiana. Ficamos um bom tempo conversando com ele, que falava um ótimo português por já ter morado em Moçambique, e que sonha em conhecer o Brasil e visitar as cidades cantadas por Chico Buarque em Paratodos.

Bordeaux - le wine bar-2

“Renderá uma bela viagem, Giancarlo.” Foi o que falamos a ele entre um gole de vinho e uma garfada na burrata!

Chico Buarque canta: Meu pai era paulista, meu avô pernambucano. O meu bisavô mineiro. Meu tataravô baiano.
Chico Buarque canta: Meu pai era paulista, meu avô pernambucano. O meu bisavô mineiro. Meu tataravô baiano. E assim nasceu um roteiro de viagem

Ficamos tanto tempo lá, aliás, que perdemos a hora (e a prova do quanto gostamos dali foi que acabamos voltando outro dia!). Quando chegamos ao terceiro bar (Oenolimit) ele já estava fechando.

Nosso bro “Tibô” nos pediu perdão pelo vacilo, mas a gente não esquentou nem um pouco. A noite tinha sido memorável e renderá histórias que, com o perdão do pieguiesmo, nos farão lembrar de Bordeaux pra sempre.

Segundo dia: um tour tecnológico, comida boa e mais vinho

Bordeaux - Imayana tour-2

No dia seguinte, fazia um frio congelante e uma neblina intensa tomou conta da cidade. Nossa manhã foi dedicada a um tour tecnológico pelas ruas.

Com Ipads na mão, fones na orelha e um app interativo que trazia à vida a estátua de Louis-Urbain-Aubert de Tourny, administrador de Bordeaux que viveu no século XVIII e teve grande influência no desenvolvimento urbanístico da cidade, fizemos um passeio bastante divertido e informativo.

Caminhamos por pouco mais de uma hora ouvindo histórias contadas por estátuas vivas, uma gangue de mascarons, as simpáticas cabeças renascentistas que estão espalhadas pela cidade (são mais de 3.000), e personagens diversos da época.

Bordeaux - Imayana tour

Se você é daqueles que não tem paciência pra ouvir um guia falando, mas quer aprender sobre o local que visita, essa é uma forma interessante. Nós gostamos! São nove paradas no tour que durou aproximadamente duas horas. Aqui você pode saber mais e reservar.  Custa €10.

Uma cerveja antes do almoço…

Uma de nossas missões de vida, onde quer que estejamos, é procurar bares de cervejas artesanais. Temos, aliás, uma lista grande de bares em diversas cidades em nossos “posts pendentes”. Pode cobrar! Nesta viagem, demos a sorte de ter um pubzinho a uma quadra do hotel. Como tínhamos um tempinho entre o tour e o almoço que tínhamos reserva, fomos ao Jaqen tomar uma cerveja artesanal de Bordeaux.

Bordeaux - jaqen - cerveja artesanal em bordeux-2

O bar tinha tudo o que a gente podia querer: uma boa oferta de cervejas locais na trave de chopes e mais de 100 garrafas, não só francesas, nas prateleiras. As ótimas londrinas Kernel e Beavertown estavam lá representando o UK.

Bordeaux - jaqen - cerveja artesanal em bordeux-3

Ok que Bordeaux é a cidade do vinho, mas a cultura da cerveja artesanal cresce forte por lá.  No quarto dia de viagem acabamos em uma loja sensacional e conhecemos um bar que produz a própria cerveja. Segura aí!

Bordeaux - jaqen - cerveja artesanal em bordeux-3
Uma boa porter local pra espantar o frio acompanhada por patês de azeitona

Um almoço para apreciar a gastronomia local

Na sequência, fomos almoçar no Glouton Le Bistrot, um pequeno bistrô com pratos assinados pelo chef Ludovic Le Goardet . O menu é inspirado na gastronomia da região e muda de acordo com os ingredientes da época. Comemos muito bem!

Bordeaux - glouton le bistrot
Sopa de aspargos de entrada. Deliciosa!

Eles oferecem um menu fixo ao custo de justíssimos €14 que dá direito a prato principal, sobremesa e café, mas também têm opções à la carte (pratos principais entre €16 e €23).

Bordeaux - glouton le bistrot-2
Mexilhões frescos ao molho de curry. Um mix inusitado que me fez comer suspirando
Bordeaux - glouton le bistrot-3
O crepe francês com maçãs caramelizadas. Precisa mais?

Conhecendo a Cidade do Vinho

Depois do almoço fomos visitar a obra da La Cité du Vin, um prédio incrível em formato de decanter que eternizará o amor da cidade pela bebida.

Bordeaux - la cite du vin

A cidade do vinho abrigará uma exposição permanente sobre as civilizações e culturas ligadas ao  vinho, que desde o ano 5.500 a.C. está presente na vida do ser humano, terá um restaurante panorâmico, espaço para eventos e outras surpresas.

Bordeaux - la cite du vin-2

A inauguração será em junho de 2016. Saímos de lá impressionados com a obra e futuro legado e empolgados com o próximo programa.

Bordeaux - la cite du vin com a pr
Com a Pauline, assessora de imprensa da Cité du Vin, que foi morar em Bordeaux por amor ao vinho e para trabalhar neste projeto.

Degustação de vinho às cegas

Da Cité du Vin fomos direto para o The Wine Bar do Boutique Hôtel, onde faríamos uma degustação às cegas de vinhos franceses acompanhados por queijos e frios  e conduzida por um sommélier.

Bordeaux - degustacao de vinho - The Wine Bar do Boutique Hôtel

Foi uma experiência bem legal porque antes da degustação, o expert falou sobre os aromas e sabores que poderíamos sentir e, durante, nos orientou a percebê-los. Também falou sobre as diferenças entre os vinhos do sul (mais escuros) e norte (mais claros) da França.

Bordeaux - degustacao de vinho - The Wine Bar do Boutique Hôtel-3

É fato que chegar no nível dos caras que identificam os mais complexos sabores no vinho é tarefa duríssima – e pra mim, às vezes inimaginável -, mas a experiência certamente nos ajudou a evoluir na arte. Provamos vinhos que variavam de €15 a €109 a garrafa, aprendemos e rimos bastante.

Detalhe da decoração do bar. Que tal um lustre assim em casa?
Detalhe da decoração do bar. Que tal um lustre assim em casa?

A experiência pode ser reservada diretamente no site do hotel e custa €35.

Saímos de lá alegrinhos e rindo à toa, mas estávamos mortos e capotamos no hotel. Até porque no dia seguinte iríamos acordar cedo, pegar um carro e ir até Saint-Émilion, um vilarejo medieval distante 40km de Bordeaux que estávamos loucos pra conhecer.

Saint emilion - arredores de Bordeaux

Mas essa história eu vou deixar pra Nah contar num próximo post. Ainda temos muito mais pra compartilhar sobre essa despretenciosa viagem…

*Fizemos alguns dos passeios e fomos a alguns dos restaurantes à convite do Bordeaux Tourist Office, mas minha opinião é isenta e transparente.

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13 motivos para se apaixonar por Cotswolds

A pouco mais de duas horas de carro de Londres fica um desses lugares mágicos do planeta: Cotswolds, um pedaço do Reino Unido que parece que não acompanhou a passagem do tempo.

É verdade que até mesmo em Londres, caminhando por um beco qualquer de uma parte antiga da cidade, você pode sentir que está vivendo no passado, mas a magia do Reino Unido medieval se revela pra valer nos milhares de vilarejos do interior do país.  E quando você chega em Cotswolds tudo que sempre imaginou se materializa à frente de seus olhos. A Inglaterra dos contos de fadas e histórias macabras está diante de você. É tudo e (muito) mais do que você imagina.

Essa imagem medieval que o Reino Unido “vende” (e entrega!), aliás, sempre esteve presente no meu imaginário e foi motivo de inspiração para visitar o país e sonhar com a vida simples em um vilarejo qualquer. E os dias que passamos em Cotswolds no fim do ano passado me fizeram ter certeza de que muita, mas muita gente mesmo, faz parte desse time também. Uma prova disso é que batemos recordes de likes no Facebook e no Instagram e views no Snapchat (onde somos praveremlondres), além de suspiros, corações e comentários como “@fulano, vamos morar lá?” nos cinco dias que passamos explorando a região e compartilhando nossa visão de lá nas redes sociais.

Talvez eu esteja exagerando (duvido), mas gostaria de ouvir alguém falar que explorou os vilarejos de Cotswolds e não gostou. Me pergunto qual seria a razão…

Leia sobre outras regiões da Inglaterra

castle combe- cotswolds - interior da inglaterra

Voltamos de lá apaixonados e com muita vontade de convencer você a programar uma viagem parecida com a nossa.

Assim, iniciamos hoje uma série de posts que vai contar em detalhes tudo que vimos, fizemos e vivemos. Para começar, apresento algumas das razões que eu destacaria se você me perguntasse por que vale a pena visitar Cotswolds…

1 – Conhecer o Reino Unido além de Londres

Londres é, disparada, a cidade que mais recebe turistas brasileiros no Reino Unido. Se você gosta de estatísticas, recomendo que leia um post sobre o perfil do turista brasileiro no Reino Unido.

O domínio é justo e óbvio, afinal, estamos falando de uma das cidades mais incríveis do planeta. Mas há de se fazer justiça com o interior, muitas vezes ignorado pelos turistas – o que é compreensível, afinal, Paris é logo ali. =)

Porém, se você quer conhecer um país completamente diferente do que a Inglaterra demonstra ser em Londres, considere a esticar sua viagem para alguma região do interior. Se a ideia lhe parecer boa, estude Cotswolds com muito carinho. Eu espero que ao fim do post você entenda por quê.

pedalando por cotswolds - inglaterra

2 – Se apaixonar por todos os vilarejos que conhecer

A gente caminhou por não menos do que dez vilarejos nos cinco dias que passamos na região, e todos eram incríveis!

Por mais que role um certo padrão no mix arquitetônico que predomina em terras bretãs – que começa com a inspiração romana (fortemente presente na City of London e em Bath) e atravessa alguns reinados e dinastias que deixaram um grande legado na característica de construções seculares (anglo saxões, tudors, períodos georgeano e vitoriano) –, cada cidadezinha tem um charme especial.

Os detalhes – pequenos ou grandes – sempre impressionam. Seja o cenário composto por um rio e a ponte que o “corta”, por ruas estreitas cheias de curvas, um mercado medieval, uma vista para o campo, a fumaça saindo da pequena chaminé dos cottages ou a lenha na varanda…

(Se fosse a Nah escrevendo esse texto, provavelmente você veria vários coraçõezinhos nessa descrição!)

chipping campden - cotswolds - interior da inglaterra

3 – É fácil de chegar e de se locomover

Cotswolds, que fica no centro oeste da Inglaterra, se estende por uma distância aproximada de 140km de norte a sul e 45km de leste a oeste. No meio disso, centenas de vilarejos e estradinhas rurais. De Londres, são pouco mais 140km de distância, ou duas horas de estrada. Estando na região, em alguns casos, menos de cinco minutos de carro separam um vilarejo de outro. 

Uma boa dica para aproveitar bem seus dias é fazer um roteiro prévio com alguns lugares que quer conhecer, mas deixar brechas para se perder – acredite, muitas vezes você vai ter vontade de virar à esquerda, apesar de seu destino estar à direita. Não lute contra essa vontade! Quem sabe você encontra, ao acaso, uma igreja do século XI só pra você…

chipping campden - cotswolds - interior da inglaterra

4 – Conhecer uma igreja do século XI

Pois é, essa foi uma das coisas mais legais que rolou nessa viagem!

De repente, pegamos uma saída errada em uma rotatória e demos de cara com uma plaquinha indicando o caminho para a St Nicholas Church, construída no século XI. Tocamos pra lá sem pensar duas vezes.

A surpresa foi grande quando vimos que a porta estava encostada e não tinha absolutamente ninguém lá dentro – e nem num raio de 2km! Era 21 de dezembro e nossos companheiros de estrada eram chuva e vento. Ficamos um bom tempo dentro desse tesouro, “ouvindo” o silêncio e imaginando como seriam as celebrações nos séculos passados (se bem que ainda rolam missas lá até hoje!).

Vamos contar melhor sobre essa igreja em um próximo post, mas saiba que ao passear por Cotswolds experiências como essa farão parte da jornada. Por isso, lembre-se da dica de planejar um roteiro com margem para essas escapadas.

igreja medieval - cotswolds - interior da inglaterra

5 – Dirigir por estradas absurdamente lindas

Dirigir por Cotswolds foi um de nossos pontos altos de 2015!

Estradas rurais, com vacas e ovelhas às margens, que contornam vilarejos medievais, horizontes de se perder de vista, florestas e ar puro compõem a road trip dos sonhos. Em diversos momentos, entre um vilarejos e outro, parávamos para fotografar e tudo o que ouvíamos era o barulho dos galhos das árvores agitados pelo vento forte enquanto uma chuva fina caía. Aliás, uma das vantagens de viajar no inverno pelo interior da Inglaterra é que apesar do frio e dos dias curtos, você vai ver poucos turistas e terá tráfego livre. Always look to the bright side of life.

cotswolds - interior da inglaterra

6 – Ficar com vontade de mudar pra lá umas 200 vezes durante a viagem

É sério! Em todos as cidades que paramos ficávamos imaginando como seria morar ali, em uma casinha de pedra com lareira, gatinhos correndo de um lado pro outro e um jardim florido.

Esse exercício de imaginação é legal. Talvez – ou, melhor, provavelmente – mudar para Cotswolds agora seja completamente inviável, mas ao “ver” esse futuro você liga um botãozinho no cérebro e passa a refletir sobre outras mudanças que pode fazer na sua vida. Viajar tem disso.

snowshill- cotswolds - interior da inglaterra-2 (Copy)
Snowshill

7 – Sentir-se em um conto de fadas

Cotswolds poderia ser o cenário perfeito de um filme da Disney (deu para perceber pelas fotos?). Os vilarejos parecem de mentira. Lembro de um comentário que recebemos no Instagram dizendo que é surreal imaginar que pessoas, de fato, vivem ali. É tudo muito perfeitinho.

bibury - cotswolds - interior da inglaterra

8 – Ou em um filme de terror

A mesma lógica vale para o horror. O cenário medieval inspira um conto macabro. A foto abaixo, por exemplo, é do cemitério que fica em frente à igreja que comentei há pouco. Nesse dia, só estávamos nós dois ali. Não seria um bom lugar para o início de um filme sobre o apocalipse zumbi?

(Comentei isso no momento e a Nah me pediu para irmos embora logo. Pra você ver…)

cotswolds - interior da inglaterra

9 – Perceber o amor dos britânicos pela cerveja

Se você visitar um pub e pedir uma cerveja local em um vilarejo qualquer de Cotswolds e, depois, viajar por 20km até outra cidade (sem dirigir, claro!) vai, muito provavelmente, encontrar uma cerveja local diferente. A real ale é um dos maiores orgulhos desse país. E ao viajar por seu interior isso fica evidente.

Talvez você nem goste de cerveja, mas se ver, viver e entender a cultura de um povo é algo que busca quando viaja, saiba que a cerveja é um aspecto importantíssimo desse país. Repare os rótulos locais nos balcões dos pubs. E se beber, não dirija!

the crown and trumpet - broadway - cotswolds - interior da inglaterra

10 – Comer um full english breakfast artesanal

Tenho um segredo a confessar: foi em Cotswolds que comi o Full English Breakfast pela primeira vez na vida.

Nunca foi o café da manhã dos meus sonhos, confesso. É de alguém? Mas nesse dia decidi comer porque a descrição do prato no cardápio do charmoso café Huffkins, em Burford, me convenceu. Falava sobre a origem dos ingredientes utilizados no prato (boa parte, orgânicos e vindos de pequenos produtores da região).

Você já ouviu falar da filosofia Slow Food, que surgiu na Itália nos anos 1980 e tem a ver com reduzir o passo, viver melhor, apreciar melhor os alimentos e priorizar produtos e produtores locais? A experiência que tive ali tem muito a ver com isso! E foi sensacional. Dava pra sentir o sabor dos alimentos (não era uma coisa industrial, sabe?) e não era “ogro” como normalmente é.

burford - cotswolds - interior da inglaterra

11 – Hospedar-se em um pub

Por duas noites dormimos em um “Inn“, que é o meio de hospedagem mais comum no interior da Inglaterra. Você vai ver dezenas deles ao longo de sua viagem.

Basicamente, trata-se de um pequeno hotel, geralmente em uma grande casa georgeana. No térreo fica o pub, sempre supertradicional e com a ale local a sua espera. Aí você abre uma porta no canto do pub, sobe um lance de escadas está em frente ao seu quarto. That’s the dream, já diria Barney Stinson (How I met your mother freak detected!)

broadway - cotswolds - interior da inglaterra
Nosso quarto era a primeira janela, à esquerda, do piso superior

12 – Conhecer a cidade de William Shakespeare

Stratford-upon-Avon é uma das cidades mais ao norte de Cotswolds e uma das mais famosas da região, muito em razão de seu cidadão mais ilustre. William Shakespeare lá nasceu e, depois de ter feito história em Londres e ganhado o mundo, hoje descansa em sua cidade natal – que é um prato cheio para os amantes de sua obra. Nos próximos posts a gente vai falar mais sobre ela.

Leia o post sobre o Shakespeare’s Globe, teatro que mantém Shakespeare “vivo” em Londres

stratford upon avon - cotswolds - interior da inglaterra
Ser ou não ser?

13 – Pedalar e fazer parte do cenário de Cotswolds

Um de nossos dias em Cotswolds foi dedicado a pedalar.

Ficamos quatro horas rodando de bike por estradas rurais com pouco tráfego, ciclofaixas exclusivas e vielas em meio a cottages nos vilarejos. Foram 50km de estrada no total a partir de Stratford-upon-Avon até Chipping Campden e passando por outros vilarejos.

Uma das coisas mais legais do cicloturismo é que você diminui a velocidade da viagem, aprecia melhor os cenários e se sente mais próximo do lugar em que está, o que também tem a ver com o Slow Food. Fazer mais viagens de bicicleta, aliás, é um de nossos projetos para 2016.  

chipping campden - cotswolds - interior da inglaterra

E aí, vai concordar comigo?

Nas próximas semanas vamos contar em detalhes a viagem em diferentes posts.

Contaremos sobre como foi pedalar em Cotswolds, quais cidades visitamos, onde nos hospedamos e daremos boas dicas para você organizar sua viagem e aproveitar ao máximo esse pedacinho do paraíso, seja em uma day trip a partir de Londres ou em alguns dias.

cotswolds - interior da inglaterra

No tópico número um desse texto eu falei que esperava que ao final você pudesse concordar comigo sobre colocar Cotswolds como opção para conhecer no Reino Unido além de Londres. Deu certo? :)

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Lake District – Inglaterra: nosso roteiro em vídeo

Essa não é a primeira nem será a última história que vamos contar sobre a viagem que fizemos para o Lake District,  mais um cantinho mágico do reino bretão. Os outros dois posts sobre nossa experiência por lá você lê clicando nos links abaixo:

Hoje, apresento pra você um vídeo que a gente gravou em nossos últimos minutos por lá. Faltando cerca de duas horas para a partida do nosso trem de retorno a Londres, sentamos no gazebo do jardim do hotel, ligamos a câmera e conversamos sobre tudo o que fizemos nos três dias anteriores. Nosso bate-papo resultou num guia prático, em vídeo, pra você planejar sua viagem para a região dos lagos na Inglaterra.

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São 31 minutos em que contamos detalhadamente tudo que fizemos durante a viagem, tipo:

  • Como se locomover pelo Lake District
  • O que fazer por lá
  • O que a gente comeu (#sdds)
  • O que gostaríamos de ter feito, mas não deu tempo
  • O que você pode fazer
  • Curiosidades, informações e dicas práticas
  • Erros de gravação
  • Imagens exclusivas do snapchat (aproveita e segue a gente lá “praveremlondres”)
  • E muito mais!

Vale dizer que você não vai ver apenas a gente falando ao longo do vídeo. Filmamos bastante coisa durante a viagem , tanto paisagens como  a gente falando sobre o passeio de barco, passeando pelas trilhas, visitando monumentos históricos e por aí vai… Gravamos até em uma lojinha que diz ter o melhor gingerbread do mundo! Esses depoimentos estão inseridos no meio da “narrativa”.

Ou seja, além de vários comentários e dicas, tem MUITAS imagens legais pra você ver o Lake District que a gente viu!

É um formato de vídeo novo – fizemos pra testar. Nossa ideia é sempre gravar algo semelhante em futuras viagens. Se você puder nos deixar um comentário aqui ou lá no YouTube dizendo o que achou, vai nos ajudar muito! Afinal, esse vídeo é pra você! =)


Aliás, aproveito para perguntar:

O que você achou do tamanho do vídeo? 31 minutos é demais ou ficou de bom tamanho? Tiraria/incluiria alguma coisa? O espaço, como sempre, é seu!

Aproveita e se inscreve em nosso canal no YouTube. Vai ter vídeo novo sempre por lá!

Espero que a gente tenha conseguido transmitir ao menos um pouco do que é o Lake District. Desses lugares que fazem a gente sonhar a ponto de “viajar” sobre uma aposentadoria por lá! Nada mau, hein? :)

O post que encerra essa série vem logo mais. Apresentaremos o incrível hotel em que tivemos três noites de reis. Pode esperar pra ver. ;)

lake district - região dos lagos - inglaterra-12

Imigração no Reino Unido: tudo o que você precisa saber

Volta e meia a gente fala aqui que o tema “Imigração no Reino Unido” é um dos campeões de nossa caixa de entrada. As dúvidas são diversas e variadas. Algumas a gente já respondeu nos posts listados abaixo, mas a pauta rende.

E foi por isso que fomos atrás de uma especialista para esclarecer os pontos principais. Afinal, nada melhor do que alguém que vive e respira o assunto para responder tudo de forma clara e direta, não? Gravamos uma entrevista em vídeo de mais de 25 minutos com a Francine Mendonça, fundadora da LondonHelp4U, para esclarecer tudo o que você precisa saber a respeito de imigração no Reino Unido.

imigração no reino unido

A LondonHelp4U presta serviços de assessoria para obtenção de vistos para o Reino Unido para brasileiros desde 2001. Recentemente, a empresa também passou a atuar como agência de intercâmbio. 

O bate-papo, conduzido pela Nah e que foi transmitido ao vivo pelo Periscope (inclusive rolou uma interação em tempo real), cobre os seguintes pontos:

  1. Que tipos de visto você tem direito?
  2. Como obter o visto de moradia no Reino Unido?
  3. Como obter o visto de trabalho?
  4. Quais são as dicas para quem deseja se mudar para o Reino Unido, mas não tem cidadania europeia?
  5. Preciso de visto para entrar em Londres como turista?
  6. Que documentos preciso apresentar na imigração?
  7. O que fazer para não ser barrado na imigração no Reino Unido?
  8. Que erros não cometer ao falar com o oficial de imigração?
  9. Se eu estiver desempregado, corro o risco de ser barrado?
  10. Posso estudar ou procurar emprego no Reino Unido com um visto de turista?
  11. Preciso levar minha carteira de vacinação para o Reino Unido?
  12. A imigração é mais tranquila em aeroportos menores do que em Heathrow?
  13. A imigração no Reino Unido é diferente pra quem entra no país de avião, carro, trem ou navio?
  14. Meu visto vai expirar. O que eu faço?
  15. Tenho cidadania europeia. Que documentos preciso apresentar na imigração no Reino Unido?
  16. O que acontece se o Reino Unido optar por sair da União Europeia?

 Imigração no Reino Unido: Assista à entrevista 

 Tem alguma dúvida extra?

Deixe um comentário ou escreva para contato@praveremlondres.com.br que a gente encaminha à Francine.

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Um café em Londres em que as grandes estrelas são os gatinhos

Um dos maiores pontos negativos de estar em Londres pra nós é ficar longe do Pivair, nosso gato, que está em Curitiba sendo mimado pelos “avós”. Se você tem um gato, cachorro ou qualquer outro companheirinho sabe a dor que é ficar longe.

piva

Mas, por sorte, na loucura de Londres, há de tudo um pouco: inclusive um cat cafe. Sim, um café em que o melhor não é o latte, o machiatto ou o mocha, mas os felinos.

O Lady Dinah’s Cat Emporium abriu suas portas em Shoreditch, no efervescente leste londrino, em 2013, através de um crowdfunding (financiamento coletivo) que arrecadou mais de 100 mil libras! A missão da casa é “prover um lugar calmo, quieto e relaxado em uma cidade que vive correndo em que as pessoas podem ser pessoas e gatos serem gatos”. A gente foi até lá pra matar um pouco da saudades do Piva e ver, na prática, como um estabelecimento tão incomum funciona.

O que fazer em Shoreditch e região

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Logo na entrada há quadros com fotos, nome e descrição sobre cada gato.
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O ambiente é todo pensado para os gatos serem gatos. Quantos você enxerga na foto?

lady dinah cat cafe london

nah

Se você é daqueles que não gosta de gatos e/ou está pensando que é nojento ter gatos passeando na sua mesa enquanto come, fique tranquilo. O nível de higiene da casa é máximo. E os gatos não são do tipo que vão querer uma mordida do seu croissant, acredite.  

Durante os 90 minutos em que ficamos lá (esse é o tempo máximo permitido), alguns dos gatinhos estavam dormindo, outros cumprindo bem seu papel de ignorar humanos, mas existiam os menos tímidos que gostavam de um chamego e de brincar. São cerca de 12 gatos residentes. No site (fim do post) você pode ver fotos de cada um deles e ler um pouco sobre os bichanos.

cat cafe em londres cat cafe em londres cat cafe em londres

cat cafe em londres
Dicas sobre o comportamento dos gatos estão espalhadas pelo café

O lugar é muito legal, especialmente pra quem ama esses animais incríveis. Você vai querer pegar todos no colo, mas já fica o alerta que isso é proibido, bem como fazer carinho enquanto eles dormem. Justo, né?

cat cafe em londres
posição vip observando a rua
cat cafe em londres
Camas pra todos os gostos

No site,  a lady Dinah dá a dica: “Sua experiência vai depender de como os gatos se sentem. Sua natureza independente é o que os torna tão maravilhosos e é o que faz os deliciosos momentos de amizade com eles serem ainda mais especiais. O mais importante é lembrar que se você estiver relaxado, os gatos estarão relaxados, e você vai se divertir muito mais com eles”.

cat cafe em londres

Se até então você está refletindo sobre se vale a pena ou não conhecer o Lady Dinah’s, meu conselho é que você avalie o seu grau de loucura por gatos. Se você é como a gente e não resiste a um prrrrr, não deixe de ir. Agora, se você não dá muita bola para gatos, pode pular. Você certamente achará coisas mais “a sua cara” pra fazer em Londres.

Uma dica extra é combinar sua ida ao café com uma visita a Brick Lane, ao Columbia Flower Market e/ou ao Spitalfields Market, passear pelas ruas de Shoreditch, curtir as artes de rua e tudo que um bom bairro hipster tem a oferecer. Uma cerveja na BrewDog é lei sempre que vamos pra lá.

lady dinah cat cafe - london
A reação das pessoas quando veem os gatinhos da janela é impagável

lady dinah cat cafe - london lady dinah cat cafe - london

Eu confesso que até a Nah resgatar o Piva da rua e trazer ele pra casa eu não era um grande fã dos felinos, mas bastou 24h para me apaixonar. Gatos são animais incríveis, aventureiros, carinhosos e super companheiros, ao contrário do que muita gente pensa.

lady dinah cat cafe - london lady dinah cat cafe - london

O que você vai comer

O grande motivo de visitar o Lady Dinah’s é ver os gatinhos e curtir uma experiência não muito convencional. Até por isso, não espere muito do cardápio. Além de chás e cafés, rolam croissants, scones, etc. Não há muita variedade. Mas você pode investir 36 libras (já com as 6 libras de entrada inclusas) e curtir um high tea, que inclui champagne, chá e comidinhas. No site (link no fim do post) tem detalhes.

lady dinah cat cafe - london lady dinah cat cafe - london

O que você precisa saber

  • Não arrisque ir até lá sem antes fazer uma reserva, que deve ser feita pelo site e custa £6.
  • Existem regras, como: não encostar nos gatos enquanto eles dormem ou comem; não alimentá-los; não pegá-los no colo.
  • Antes de entrar, você receberá instruções dos atendentes sobre o que mais pode ou não fazer.
  • Além do café, eles oferecem aulas semanais de Yoga e de primeiros socorros para pets que são conduzidas no mesmo ambiente em que os gatos estão.

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Outros cat cafes em Londres

A Thais, do blog Sete Mil KM, escreveu um post super legal sobre o London Cat Village, que também fica em Shoreditch a uns 15 minutos de caminhada do Lady Dinah’s. E pelo que ela escreveu, agendar horário não é regra. Ah, vale dizer que a Thais, dog person declarada, adorou!

Ao que tudo indica, James Bowen, autor do livro Um gato de rua chamado Bob, que conta a história de como Bob o ajudou a se livrar das drogas, vai inaugurar o seu cat cafe. Ele acabou de bater uma meta em um financiamento coletivo que levantou (até então) £158.000. Ficaremos de olhos em novidades!

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Onde fica

  • 152 Bethnal Green Rd, E2 6DG
  • Como chegar: Descer na estação Shoreditch High Street e caminhar cinco minutos.
  • Mais detalhes no site.

lady dinah cat cafe london

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Que tal conhecer uma fábrica de gin em Londres?

É fato que a grande atração dos pubs ingleses são as cervejas, mais especificamente as ales condicionadas em barris de carvalho e servidas em temperatura quase ambiente. No entanto, outro queridinho de qualquer pub londrino é o gin and tonic.

gin and tonic - beefeater - london

O gin, que está longe de ser uma bebida popular no Brasil, bomba na terra da rainha! E como quase tudo nesse país, ele é repleto de história e curiosidades oriundas da tensa Idade Média. Por essas e outras, a gente visitou uma fábrica de gin e conheceu melhor a história dessa bebida que foi inicialmente criada para servir como medicamento, mas não demorou pra cair no gosto dos boêmios.

fábrica de gin em londres - tour em londres

Antes de falar sobre a visita à destilaria Beefeater, uma das marcas de gin mais tradicionais do mundo e cujo nome tem uma história MUITO legal (que você vai conhecer no vídeo que a gente produziu por lá, e que está no fim do post), vou contar um pouco sobre a história do gin em Londres…

Os efeitos devastadores do gin na Inglaterra medievel

Apesar de ter sido criado por um holandês, foi na Inglaterra que o gin se popularizou. E a razão para isso ter acontecido é bem curiosa. Senta que lá vem história…

A bebida ganhou força popular a partir do século XVII, quando o governo permitiu sua produção informal ao mesmo tempo em que taxou pesadamente os destilados importados. A iniciativa foi tomada por questões políticas e religiosas e, mais precisamente, contra os franceses – que estão para os ingleses como os argentinos para nós.

Na época, o brandy francês era muito consumido na Inglaterra. E isso, “é claro”, não podia continuar! Os embargos comerciais contra os importados fomentaram um mercado gigante de produção de gin na, então paupérrima, Londres medieval. 

O gin se tornou o ópio dos londrinos menos afortunados. A bebida era extremamente barata e consumida em larga escala durante um dos períodos mais nebulosos da história de Londres. Um brinde aos governos protecionistas, fazendo história desde a Idade Média.

beefeater - tour de gin em londres

Se você já leu o livro 1984, de George Orwell, deve se lembrar que o maior maior consolo de Winston Smith para suportar os absurdos do “Grande Irmão” era a companhia de uma garrafa de gin vagabundo.

Tal contexto foi responsável por um período chamado Gin Craze (loucura do gin), quando o cotidiano de Londres foi tomado por uma legião de bêbados que vagavam pelas ruas cometendo crimes. Os efeitos do gin naquela época podem ser comparados aos danos causado pela epidemia do crack hoje no Brasil.

beefeater - tour em uma fábrica de gin em londres

O quadro acima, exposto no museu da Beefeater, retrata a fictícia Gin Lane, na Londres do século XVII. No centro da imagem, uma mãe, tomada pela loucura do gin, deixa seu bebê cair para a morte. O quadro é inspirado em uma história real. Em 1734, Judith Dufour estrangulou seu filho de dois anos e o largou em uma vala para, depois, vender suas roupas e comprar gin. 

Nos anos que se seguiram à tragédia, com o objetivo de controlar o caos e consertar a besteira que havia feito, o governo instituiu taxas pesadíssimas para quem quisesse produzir ou vender gin, mas essa história completa, além de várias outras, você pode conhecer no tour da Beefeater. ;)

A alquimia para produzir o gin

Eu costumava tomar gin and tonic esporadicamente, mas confesso que depois do tour passei a me interessar mais pelo terror da Londres medieval. A alquimia necessária para criar a bebida é fascinante. Entre seus ingredientes estão casca de limão e de laranja, semente de coentro, amêndoas, chá verde, outras especiarias, folhas e raízes diversas e o zimbro, uma frutinha que parece o mirtilo e que é a grande estrela do gin.

Na foto abaixo você pode ver todos os ingredientes que compõem a receita do Beefeater. No tour, você pode ver, pegar e cheirar cada um deles. É curioso porque quando você olha para o gin e observa toda sua transparência, sem saber nada sobre ele a não ser que ele pode gerar um porre devastador, não imagina que há tantos botânicos envolvidos em sua produção.

ingredientes para produzir o gin - beefeater
Em cada uma dessas mesas arredondadas estão amostras dos ingredientes.

Conhecendo a fábrica da Beefeater

O tour custa £12 e deve ser agendado pelo site. Entre visitar o museu, conhecer a história do gin e da Beefeater, passar pelo tour guiado e finalizar a experiência com um gin and tonic impecável que você degusta ao lado de onde a magia é feita, prepare-se para “investir” cerca de uma hora. 

fábrica de gin em londres - tour em londres

Gravamos um vídeo para mostrar um pouco do tour e contar curiosidades. Não deixe de assistir porque eu revelo a origem do nome Beefeater, que é incrível, e comento sobre uma tradição sensacional que eles preservam há 150 anos. Adianto que tem TUDO a ver com um dos personagens mais clássicos de Londres.

E aí, curtiu?

Quer aprender a fazer drinks a base de gin?

Se você quer saber mais sobre o gin e se aventurar com receitas de drinks, esse post do bl0g Papo de Homem é bem legal.

Fontes de pesquisa

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Cursos de fotografia em Londres de curta ou longa duração

“Londres é diferente, aberta, complexa e diversa”, foi o que me respondeu Ion Paciu, fotógrafo romeno baseado em Londres quando perguntei a ele por que Londres é um bom lugar para fotografar.

Conheci o Ion quando fiz um curso na pequena escola de fotografia da qual ele é dono e professor. Foi um workshop avançado de dois dias em que aprendi muito sobre luz natural, flash, filtros, efeitos, composição. As 12 horas de aula abriram minha cabeça para novos conceitos na arte de escrever com a luz.

estudar fotografia em Londres (Copy)

Não sei você, mas uma das coisas que mais gosto de fazer quando viajo é fotografar. E Londres é um prato cheio para fotógrafos amadores ou profissionais. A cidade é extremamente fotogênica das mais diversas formas que você pode (ou não) imaginar. Dá uma esticada nestes posts fotográficos que já rolaram por aqui:

Quando eu vi a grade de cursos da escola do Ion curti demais e achei que poderia interessar a muitos leitores. Isso porque a Photoion oferece vários cursos BEM legais pra quem gosta de combinar viagem com fotografia ou quer simplesmente aprimorar seus conhecimentos.

Tour fotográfico em Londres

Você pode fazer, por exemplo, um workshop de um dia de fotografia de rua ou fotografia noturna pelas ruas de Londres. São cerca de seis horas em que o Ion vai abrir sua cabeça para explorar novos conceitos, ângulos e luzes, praticar muito e dar um feedback honesto e preciso sobre suas fotos já na hora. E ele ainda oferece uma mini consultoria sem data de validade por e-mail depois do curso. Você pode mandar suas fotos e ele continua orientando e dando dicas.

Curso de fotografia em Londres - Photoion (Copy)

Eu, que além de blogueiro, sou um jornalista que escreve sobre vendas, curti demais esse pós-venda! Aliás, o fato de a Photoion ser uma empresa familiar (a esposa do Ion faz o atendimento), foi uma das razões que me motivou a apresentá-los pra você.

Ao estudar com a Photoion, além de aprender muito e passar bons momentos em Londres, você vai prestigiar um pequeno empreendedor que ganha a vida proporcionando bons momentos aos seus alunos e ensinando arte em uma das cidades mais incríveis do planeta. Ah, e eu ainda consegui uma condição especial pra você, leitor! Vai lendo que logo eu conto. =)

Que tal estudar fotografia em Londres?

Além dos cursos que comentei, eles têm workshops de um ou dois dias sobre praticamente tudo! Comida, iluminação, retratos, vida selvagem, (sim, no Richmond Park), produtos, nu artístico, moda, macro, estúdio e por aí vai. Também rola um curso mais amplo, de um ano, que vai do básico ao avançado e pode ser 100% customizado para atender sua agenda. No site, cada curso está muito bem explicado.

escola de fotografia em londres
Você vai aprender, por exemplo, a fazer uma foto como essa, sem Photoshop! “Apenas” utilizando de filtros. Eu estava ao lado do Ion quando ele clicou essas duas. Crédito: Ion Paciu

Desconto exclusivo para leitores

Para divulgar sua escola, o Ion nos ofereceu uma comissão de 10% sobre as vendas, mas a gente preferiu repassar a comissão em forma de desconto pra você! =) Então, quando for conversar com eles, é só falar que ficou sabendo da escola através do Pra Ver em Londres. Sem pegadinha. Foi uma forma que achamos para retribuir o seu carinho! E a gente jamais divulgaria a escola se eu não tivesse feito curso e gostado muito. Aqui tem um monte de depoimentos de pessoas que também estudaram lá.

Esse feito é criado quando você fotografa ao mesmo tempo em que faz um movimento rápido de fechar o zoom da lente
Esse efeito é criado quando você fotografa ao mesmo tempo em que faz um movimento rápido de abrir ou fechar o zoom da lente

O que você precisa para fazer o curso de fotografia em Londres com o Ion

  • Uma câmera DSLR – mas se não tiver, a escola empresta gratuitamente com agendamento prévio.
  • Boa compreensão do inglês.
  • Conhecimento básico, intermediário ou avançado de fotografia (há cursos para diferentes perfis).
  • Falar que ficou sabendo da escola para ganhar 10% de desconto em qualquer curso.
fotografia em londres
Colegas de curso. Achei ótimo que as turmas são sempre pequenas. Tem quatro nacionalidades nessa foto (inglesa, Rússia, Romênia e Brasil)

Melhores lugares para fotografar em Londres

Também perguntei ao Ion quais são seus lugares favoritos para fotografar em Londres. Ele elegeu South Bank, The City e Canary Wharf, mas reforçou que há muito mais. “Existem lugares que oferecem uma grande variedade de assuntos para se fotografar e que podem ser bem desafiadores. Londres é um lugar incrível para viver e criar. É um ambiente de cabeça aberta que aprecia arte e é formado por boa parte das culturas do planeta”, finaliza.

Eu também tenho os meus lugares favoritos para fotografar em Londres. Qualquer hora conto aqui, que tal?

Fale com a PhotoIon

Formulário de contato
Celular: +44 (0) 7771 965 054
Fixo: +44 (0) 2036 519 340
Email: hello@photoion.co.uk
Endereço: The Union Jack Club, Sandell Street – London, SE1 8UJ

Política de transparência

Não ganhamos nada com alunos que indicamos para esse curso de fotografia em Londres, mas se você quiser ajudar o Pra Ver em Londres a se manter firme e forte pode:

– Reservar seu hotel para qualquer lugar do mundo com o Booking.com: ganhamos uma comissão sobre cada venda realizada se você clicar no banner que está na home ou aqui.

– Comprar ingressos para atrações com o VisitBritain: a lógica é a mesma do Booking.com. Basta clicar no banner da home ou nesse link.

– Contratar traslados e passeios com a VipTurismo: desde a logística entre aeroporto e hotel até viagens por todo o Reino Unido. Leia sobre os serviços deles.

– Participar do nosso tour de pubs: Conheça a Rota da Cerveja Artesanal em Londres.

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