Quando o assunto é comida a fama de Londres não é das melhores. Certa vez, alguém disse que se comia mal na capital inglesa, e essa história se propagou. Mas basta um olhar mais atento para ver que, na verdade, isso é uma grande mentira!
Londres tem de tudo, para todos – inclusive no quesito “onde comer bem”. Tem bons restaurantes de culinária típica britânica (e não é só de fish and chips que estamos falando), muitas hamburguerias incríveis, bares de cerveja artesanal com cardápios de comida recheados de pratos apetitosos, rooftops/bares com vista com opções deliciosas no menu, restaurantes asiáticos maravilhosos, mercados de rua com muitas delícias a preços não tão salgados… enfim, definitivamente, boas opções não faltam.
Sabendo disso e pensando em ajudá-lo a ter apenas experiências gastronômicas positivas durante sua temporada na Terra da Rainha, João, eu e mais nove blogueiros especialistas em Londres nos unimos para fazer um guia gratuito apresentando 100 restaurantes, divididos em 10 categorias, que testamos, aprovamos e recomendamos.
O e-book ficou muito bacana. A galera caprichou demais nas indicações. Você pode baixar o seu exemplar clicando aqui.
100 restaurantes em Londres: a organização
O guia 100 restaurantes em Londres está dividido em dez categorias, cada uma escrita pelo autor de um blog diferente (no nosso caso, dois autores, claro). São elas:
Culinária britânica – por Karine Porto, do Brazuka
–> Aproveite para visitar os blogs que você ainda não conhece. Tem muitas dicas excelentes em cada um deles! ;)
Estamos todos superorgulhosos desse filho de onze pais. Temos certeza de que ele vai ser muito útil pra um montão de gente. E esperamos que você seja uma dessas pessoas. :)
Das dez dicas do nosso capítulo – o sobre bares de cerveja artesanal -, quatro já foram apresentadas aqui no blog. Leia os posts clicando nos links abaixo:
As outras seis recomendações são exclusivas do guia, por enquanto. Portanto, não deixe de baixar o seu! ;)
E depois que ler, não se esqueça de contar pra gente o que achou. Sua opinião pode motivar essa galera a produzir outros materiais como esse. Que tal? ;)
João e eu somos bem parceiros na vida. Fazemos quase tudo juntos. Além de curtirmos a dois o que ambos adoram fazer de verdade (tipo ir a pubs, bater perna por ruas desconhecidas, comer em bons restaurantes, viajar, etc.), muitas vezes ele me acompanha em programas que não acha tãããão legais (como musicais) e eu sempre me esforço para acompanhar o pique atlético dele (tipo quando fizemos esse pedal de 50km até Richmond – que eu AMEI, aliás, mas que não fiz com o pé nas costas. hehe).
Porém, se tem um convite que Mr. Brotto recusou umas cinquenta e nove vezes (#soumesmoexageraaada) em todas as nossas temporadas em Londres foi o para um típico chá da tarde britânico. Sabe como é, né, com tantos pubs para conhecer, cervejas para experimentar, vinhos para degustar, bons drinks para beber, meu excelentíssimo olhava torto toda vez que eu dizia que queria desembolsar umas 40 libras por pessoa para… tomar chá.
E eu vou confessar: não julgo, não. Até entendo. Por isso mesmo, esse meu desejo era sempre postergado…
Sim, podia ter ido sozinha, podia ter convidado uma amiga, mas não fiz nada disso. Esperei um convite cair do céu.
E não é que ele caiu? :D
Prêt-à-Portea: chá da tarde fashionista
Era uma segunda-feira de muito trabalho, cinza e fria. Em uma olhadinha rápida nos e-mails do blog me deparei com um contato diferente. A Daniela, da Farfetch Brasil (um e-commerce superlegal, que reúne mais de 400 boutiques e marcas bacanérrimas em seu site. Clique aqui para conhecer!), estava me convidando para uma tarde de mulherzinha.
A ideia era que três blogueiras (eu, Thaís – do Sete mil km, um blog que eu recomendo demais! – e Hellen Grasso – que eu ainda não conhecia) + a própria Dani passassem algumas horas trocando ideias sobre Londres, sobre moda (a London Fashion Week se aproximava e a Farfetch estava de olho nas tendências que seriam apresentadas) e se deliciassem em um dos chás da tarde mais bacanas de Londres: o Prêt-à-Portea, servido no hotel Berkeley.
Um dos diferenciais do Prêt-à-portea é que ele é temático. E o tema pode já ter ficado claro nessa primeira foto.
Pois é, é moda! E não é qualquer moda, não. É a moda do momento. A cada seis meses as inspirações mudam para se adaptar ao que marcas como Dolce & Gabbana, Fendi, Valentino e afins estão apresentando nas principais passarelas do mundo.E isso é muito, muito legal!
E o chá não é só bonitinho. É de-li-ci-o-so!
Eu tinha almoçado tipo meio-dia e nossa mesa começou a ser servida pouco depois das 15h. Assim que os primeiros sanduichinhos chegaram me arrependi amargamente de ter almoçado. Tudo parecia incrivelmente bom, mas eu sabia que não daria conta de todas aquelas delícias…
Aliás, já fica a primeira dica pra você que já ficou afim de experimentar o prêt-à-portea: se você quiser aproveitar toooodo o potencial do chá, procure chegar com fome. :D
O fato é que o chá vale por uma refeição muitíssimo bem servida. Eu pensava que os sanduichinhos viriam “para a mesa” e cada uma serviria-se de quantos quisesse, mas na real, todas receberam todos os sabores disponíveis e o chá era liberado (a gente escolhia os sabores e o pessoal ficava indo e vindo com bules fresquinhos). O cardápio tem diversas opções de chá e todos que experimentamos estavam bem gostosos. O garçom que nos atendeu era bem gentil e deu umas dicas bacanas pra ajudar a gente a escolher o que iria beber.
E aí quando você acha que já deu, chega uma pirâmide cheeeeia de doces que só de olhar dá água na boca:
Muito, muito bom, minha gente!
Conhecendo meu marido, no fim das contas, acho é que ele ia adorar a experiência. Aliás, qualquer um que curte uma boa orgia gastronômica tem tudo para curtir.
Sinceramente, acho que vale os £45 por pessoa (mais detalhes no fim do texto)! É caro, sim, mas é uma experiência tradicional e clássica e, mais do que isso, é uma refeição mesmo. Talvez você pense: “ah, mas com essa grana eu como em muitos outros bons restaurantes de Londres”. É verdade. Mas aí você tem que lembrar que a ideia não é simplesmente comer bem, é viver uma experiência. E isso vale cada centavo! ;)
Eu gostei tanto que fiquei com ainda mais vontade de experimentar outras opções de chá da tarde em Londres. Tanto é que achei que não podia encerrar esse post sem apresentar uma dica especialíssima…
Chá da tarde britânico com “toque” brasileiro (e argentino!)
Se o que você procura é um chá mais “autoral”, intimista e informal, feito com carinho (e talento) por duas feras das panelas, precisa conhecer o Supper Club: Chá da Tarde.
Pensado, criado e executado por um dos casais mais queridos de toda Londres (Helo Righetto – brasileira – e Martin Descalzi – argentino mais brasileiro do mundo), em parceria com a chef patisserie Renata Centelhas, esse chá acontece em datas específicas (o próximo é dia 23/04/2016. Saiba mais clicando aqui!), sempre na casa da Helo e do Martin, e tem um menu maraviliiiiindo. Olha só um “aperitivo”:
Não disse que era maraviliiiindo? :D
O chá custa £30 por pessoae todos os detalhes sobre a próxima data estão disponíveis aqui.
Ah, e esse não é o único menu oferecido pelo casal. Eles têm, também, uma versão de jantar britânico que vale a pena conhecer. As informações estão neste link.
Boa dica, não? ;)
Avaliação final
Bom, já deu pra ver que eu dei nota 10 pra essa experiência do chá da tarde, né? Entãotá. Recomendado! :)
Aproveito para agradecer a Dani e o pessoal da Farfetch Brasil pelo convite e, mais ainda, pela companhia. Foi uma delícia passar aquela tarde gelada de quarta-feira com vocês, meninas.
Até a próxima!
Nah
–> Ei, se você tem outra dica de chá da tarde em Londres não esquece de deixar um comentário, ok? Sua opinião pode deixar esse post ainda mais bacana. ;)
Um dos maiores pontos negativos de estar em Londres pra nós é ficar longe do Pivair, nosso gato, que está em Curitiba sendo mimado pelos “avós”. Se você tem um gato, cachorro ou qualquer outro companheirinho sabe a dor que é ficar longe.
Mas, por sorte, na loucura de Londres, há de tudo um pouco: inclusive um cat cafe. Sim, um café em que o melhor não é o latte, o machiatto ou o mocha, mas os felinos.
O Lady Dinah’s Cat Emporium abriu suas portas em Shoreditch, no efervescente leste londrino, em 2013, através de um crowdfunding (financiamento coletivo) que arrecadou mais de 100 mil libras! A missão da casa é “prover um lugar calmo, quieto e relaxado em uma cidade que vive correndo em que as pessoas podem ser pessoas e gatos serem gatos”. A gente foi até lá pra matar um pouco da saudades do Piva e ver, na prática, como um estabelecimento tão incomum funciona.
Se você é daqueles que não gosta de gatos e/ou está pensando que é nojento ter gatos passeando na sua mesa enquanto come, fique tranquilo. O nível de higiene da casa é máximo. E os gatos não são do tipo que vão querer uma mordida do seu croissant, acredite.
Durante os 90 minutos em que ficamos lá (esse é o tempo máximo permitido), alguns dos gatinhos estavam dormindo, outros cumprindo bem seu papel de ignorar humanos, mas existiam os menos tímidos que gostavam de um chamego e de brincar. São cerca de 12 gatos residentes. No site (fim do post) você pode ver fotos de cada um deles e ler um pouco sobre os bichanos.
O lugar é muito legal, especialmente pra quem ama esses animais incríveis. Você vai querer pegar todos no colo, mas já fica o alerta que isso é proibido, bem como fazer carinho enquanto eles dormem. Justo, né?
No site, a lady Dinah dá a dica: “Sua experiência vai depender de como os gatos se sentem. Sua natureza independente é o que os torna tão maravilhosos e é o que faz os deliciosos momentos de amizade com eles serem ainda mais especiais. O mais importante é lembrar que se você estiver relaxado, os gatos estarão relaxados, e você vai se divertir muito mais com eles”.
Se até então você está refletindo sobre se vale a pena ou não conhecer o Lady Dinah’s, meu conselho é que você avalie o seu grau de loucura por gatos. Se você é como a gente e não resiste a um prrrrr, não deixe de ir. Agora, se você não dá muita bola para gatos, pode pular. Você certamente achará coisas mais “a sua cara” pra fazer em Londres.
Uma dica extra é combinar sua ida ao café com uma visita a Brick Lane, ao Columbia Flower Market e/ou ao Spitalfields Market, passear pelas ruas de Shoreditch, curtir as artes de rua e tudo que um bom bairro hipster tem a oferecer. Uma cerveja na BrewDog é lei sempre que vamos pra lá.
Eu confesso que até a Nah resgatar o Piva da rua e trazer ele pra casa eu não era um grande fã dos felinos, mas bastou 24h para me apaixonar. Gatos são animais incríveis, aventureiros, carinhosos e super companheiros, ao contrário do que muita gente pensa.
O que você vai comer
O grande motivo de visitar o Lady Dinah’s é ver os gatinhos e curtir uma experiência não muito convencional. Até por isso, não espere muito do cardápio. Além de chás e cafés, rolam croissants, scones, etc. Não há muita variedade. Mas você pode investir 36 libras (já com as 6 libras de entrada inclusas) e curtir um high tea, que inclui champagne, chá e comidinhas. No site (link no fim do post) tem detalhes.
O que você precisa saber
Não arrisque ir até lá sem antes fazer uma reserva, que deve ser feita pelo site e custa £6.
Existem regras, como: não encostar nos gatos enquanto eles dormem ou comem; não alimentá-los; não pegá-los no colo.
Antes de entrar, você receberá instruções dos atendentes sobre o que mais pode ou não fazer.
Além do café, eles oferecem aulas semanais de Yoga e de primeiros socorros para pets que são conduzidas no mesmo ambiente em que os gatos estão.
Outros cat cafes em Londres
A Thais, do blog Sete Mil KM, escreveu um post super legal sobre o London Cat Village, que também fica em Shoreditch a uns 15 minutos de caminhada do Lady Dinah’s. E pelo que ela escreveu, agendar horário não é regra. Ah, vale dizer que a Thais, dog person declarada, adorou!
Ao que tudo indica, James Bowen, autor do livro Um gato de rua chamado Bob, que conta a história de como Bob o ajudou a se livrar das drogas, vai inaugurar o seu cat cafe. Ele acabou de bater uma meta em um financiamento coletivo que levantou (até então) £158.000. Ficaremos de olhos em novidades!
Onde fica
152 Bethnal Green Rd, E2 6DG
Como chegar: Descer na estação Shoreditch High Street e caminhar cinco minutos.
Do lado de fora, uma placa indica: para os trens –>
Ansiosos, nos dirigimos à “estação” achando que a brincadeira acabava por ali. Do lado dentro, imaginávamos, teríamos um bar de cocktails. E só.
Estávamos muito enganados! A experiência de embarcar para os anos 1940 em Londres (mais precisamente para o ano de 1946, logo após o fim da II Guerra Mundial) estava apenas começando…
Logo na entrada, vestido como se os “looks do dia” de 2015 simplesmente não existissem, trajando uma vestimenta típica dos anos 40 do século passado, um atendente nos pergunta: “Passagens?”.
Nos entreolhamos e respondemos “Aqui”, mostrando no celular as reservas que tínhamos feito previamente pelo site. Ele nos deixou entrar e prosseguiu: “Apressem-se, o trem já está saindo”.
A “caracterização” do ambiente nos impressionou de cara. Uma escada estreita recriava a entrada de uma verdadeira estação de metrô do passado de Londres. E fazia isso de forma brilhante:
O “transporte” para a época da II Guerra Mundial continuou na área do guarda-volumes…
… e, claro, dentro do bar em si.
Mas, para não entregar todo o ouro para o bandido você (quero que você viva essa experiência e veja tudo com os próprios olhos – justo, né?), deixo apenas esse aperitivo e o convido agora para conhecer comigo um pouco mais do Cahoots London, o bar que fica pertinho da Carnaby Street e recria uma estação de metrô de Londres dos anos 1940 e serve drinks maravilhoooosos. Vamovamo?
O que achamos do Cahoots
Como um bom bar-experiência, no Cahoots não dá pra ir sem ter reserva (faça a sua clicando aqui!). Além disso, não é o lugar certo para quem quer passar a noite conversando, bebendo e comendo. É que você só tem direito a ficar na mesa reservada por uma hora e meia. Depois, se quiser permanecer no bar, tem que ir para o balcão – mas pelo que percebi, a maioria das pessoas que são educadamente convidadas a deixar seu lugarzinho cativo, acabam indo embora mesmo. Ah, e não há cardápio de comida. Eles servem uma porçãozinha de pipoca quando você chega e só!
Mas apesar dessa introdução com fatos que podem parecer negativos logo de cara, basta sentar na mesa e fazer o primeiro pedido para concluir que o tempo se passa no Cahoots vale muito a pena.
A começar pelos drinks…
Nessa nossa primeira ida ao bar (sim, primeira. Quero muuuito voltar), experimentamos quatro drinks do cardápio do Cahoots:
Curtimos muuuito todas as nossas escolhas, mas os dois da primeira foto foram os nossos preferidos. Eu amei muito o meu e o João amou muito o dele.
(Não fotografamos um dos drinks, sorry. Mas a boa notícia é que o que faltou foto foi o único que não era tão bom. =D)
Ah, e prepare-se para enfrentar uma enoooorme dificuldade: a de escolher o que pedir! O cardápio, que imita um jornal e divide as bebidas em seções, tem muitas opções que parecem interessantes. Tem drinks com vodka, com gin, com rum, com whiskey e assim por diante. Tem drinks servidos em taças normais, em latas, em copos diferentões, etc. Ficar de olho nos pedidos das mesas ao lado da sua é uma boa ideia para se inspirar. ;)
Mas apesar de deliciosos, os drinks têm preços salgados. Em uma hora e meia, vimos mais de 40 libras indo embora só com bebidas (além do que deixamos de gorjeta).
Mas se você pode considerar o preço alto demais para os drinks, garanto que a experiência se paga pelo ambiente, pelo “transporte” ao passado (inclusive no banheiro, que é um show à parte!) e pelo atendimento. Todo mundo que nos atendeu foi muito gentil e educado – a responsável pela nossa mesa era uma portuguesa fofíssima que fez a gente se sentir em casa. :)
Aliás, sobre os atendentes, vale dizer que eles são personagens ali dentro. Muitas vezes até forçam o sotaque para você pensar que, bem, eles vieram mesmo de 1946.
Outro destaque do Cahoots é a trilha sonora. Ela ajuda a deixar a experiência ainda mais completa.
Sem falar, claro, nos míííínimos detalhes. O papel deles na ambientação do Cahoots é fundamental:
Enfim… Testado, aprovado e recomendado. Vai sem medo. ;)
Quer mais aperitivo antes de provar o prato principal?
Fica com o vídeo oficial do bar:
Cheers! :)
Até o próximo post,
Nah
Programe-se!
Cahoots London
Onde fica? 13, Kingly Court, London, W1B 5PW
Estação de metrô mais próxima: Piccadilly Circus (linhas: Piccadilly – azul escura – e Bakerloo – marrom)
Bater perna em Londres é uma delícia! Mas uma coisa é inevitável: no meio de um passeio a pé pela cidade, em algumas horas a vontade de sentar para tomar um café/chá/chocolate quente, descansar um pouquinho e comer uma coisinha gostosa vai aparecer. E aí, nada melhor do que conhecer pontos estratégicos para fazer a pausa forçada se tornar agradável, especial e inesquecível. :)
Sabendo disso, apresentamos hoje três lugares que cumprem muito bem esse papel. Como eles têm lojas espalhadas por vários cantos da cidade, fica fácil pra você tirá-los da sua listinha de lugares a experimentar.
Que tal?
Le Pain Quotidien
Tem lugares que não basta conhecer e experimentar o que eles servem. É preciso saber um pouco mais de sua história.
Esse é o caso do Le Pain Quotidien, que nasceu em Bruxelas (Bélgica) em 1990 e hoje já tem mais de 200 lojas – inclusive quatro em São Paulo (endereços neste link).
É que tudo nasceu com um desejo simples do chef Alain Coumont: pão quente e saudável, com fatia firme e boa casca.Algo que ele considerava impossível de encontrar nas padarias da sua cidade natal.
Relembrando as lições que aprendeu sobre panificação na infância, vendo a avó assar pães em pé em uma cadeira, Coumont resolveu abrir sua própria padaria. Era o começo dessa rede que até hoje transforma farinha (orgânica!), sal e água em pães deliciooooosos!
Mas o tempo passou e a Le Pain cresceu. O cardápio hoje vai muito além do itens de panificação. As tartines (sanduíches abertos servidos em pão integral), por exemplo, são maravilhosas. Experimentamos uma de prosciutto e mussarela de búfala (£9,40) e uma de frango (£9,20) e adoramos!
Também dá para comer saladas, sopas, pratos quentes e, claro, uma variedade de itens clássicos em padarias, como croissants (a partir de £2,70), seleção de pães (£6,80), scones (£4,10) e muito mais!
De sobremesa, recomendo MUITO o “warm belgian waffle” (£4,80). Sério, é DOS DEUSES!
Além dos quitutes apetitosos, outro destaque do Le Pain Quotidien é o ambiente, que é bem rústico-moderno (com móveis feitos de madeira reciclada) e sempre dispõe de mesas comunitárias para quem quer aproveitar a pausa para um lanchinho para conversar com um estranho. :)
Por último, não dá pra não falar das coisas que você pode comprar lá para levar para casa. Tem geleias orgânicas, pães, granola, café, etc. Tudo feito com muito capricho (e de maneira bem natural e saudável) pra deixar suas refeições ainda mais gostosas.
Claro que tudo isso tem um preço. O Le Pain Quotidien não é o lugar mais barato para fazer esse tipo de refeição rápida em Londres. Porém, a experiência e o sabor do que você vai comer lá farão o preço “se pagar”. Pode apostar! ;)
→ Tudo que você precisa saber para achar um Le Pain no seu caminho em Londres está no fim do post!
→ A loja das fotos fica coladinha à St. Paul’s Cathedral. Ou seja, se você pretende seguir nosso roteiro a pé partindo da Tower of London (não viiiu? Tá aqui!), tá aí uma excelente opção para uma pausinha no meio do caminho!
Jamie’s Italian Greenwich – Deli
Os restaurantes do Jamie Oliver em Londres são superlegais (logo falaremos sobre alguns deles). Mas a dica de hoje não é um almoço ou jantar em um dos restaurantes do famoso chef. É uma paradinha na delicatessen que tem dentro do Jamie’s Italian de Greenwich.
–> O Jamie’s Italian fica bem pertinho Cutty Sark, um barco-museu muito legal que apresentamos neste post e que merece sua visita. #ficadica
Vários dos ingredientes que estão nas receitas do restaurante são vendidos na “Deli”. Você encontra queijos, massas, molhos e muito mais!
Mas não é só isso. Tem, ainda, um monte de coisinhas gostosas pra comer na hora – tipo croissant, bolo de cenoura, “pizzas” e afins.
No cardápio de bebidas, bons cafés, chocolate quente e sucos.
Isso tudo à disposição em um ambiente bem bacaninha:
E a boa notícia é: apesar da chancela “Jamie Oliver”, as delícias da delicatessen do Jamie’s Italian de Greenwich não têm preços abusivos (desculpa, galera, mas o site não apresenta os preços dos itens da Deli e eu não tenho nossos gastos registrados aqui =/). Aliás, achamos os preços dos restaurantes do Chef-celebridade bem justos – mas isso é assunto para o post sobre os restaurantes. ;)
Então fica a dica se você vai passar um dia em Greenwich e quer um lugar bacana para fazer uma pausa.
*Outra dica boa por ali é a cafeteria reddoor, que apresentamos neste post.
A deli do Jamie’s Italian de Greenwich abre de segunda a sexta-feira das 7h30 às 22h, aos sábados das 8h às 22h e aos domingos das 9h às 21h.
→ Mais informações no fim!
Gail’s Artisan Bakery
Por último, um paraíso para os viciados em bons pães: The Artisan Bakery.
Foi em um passeio por Notting Hill que nos apaixonamos por essa rede de padarias artesanais que define de um jeito muito lindo o trabalho que faz:
Você ouve bastante a palavra “artesanal” por aí… mas o que isso significa?
Pão artesanal é manufaturado, não produzido em massa. É assado em pequenos lotes, não em uma linha de produção. Enquanto um pão comercial pode ter cerca de 20 ingredientes, um pão artesanal tem cerca de 4: farinha, água, sal e fermento. Não há necessidade de conservantes, corantes e aromatizantes.
Chame-nos de antiquados, mas nós preferimos usar ingredientes naturais e saudáveis.
Nós acreditamos que todo mundo merece saborear pães deliciosos todos os dias. Bons pães têm personalidade. Todos os nossos pães são feitos artesanalmente seguindo sua própria receita. Alguns levam até 48 horas para serem produzidos!
Bacana, né? E dá pra perceber que esse lema é levado realmente a sério por lá. Os pães que saboreamos na Gail’s e os pães que levamos para comer em casa eram únicos. Saborosos, marcantes, incríveis!
Mas o cardápio do Gail’s não se restringe a pães “clássicos”. Tem também bastante coisa gostosa pra comer por ali. O menu do café da manhã tem muuuita delícia, ó:
E o ambiente também é bem legalzinho, ó:
Para a nossa alegria, o Gail’s tem 19 (!) lojas em Londres. Você com certeza vai encontrar uma no seu caminho. E vai se apaixonar… :)
–> Posso acrescentar uma dica extra? :) Cabe nessa lista o Lilly Vanilly, que apresentamos neste post. ;)
Agora é só planejar roteiros na cidade usando todas dicas que já publicamos no blog até aqui e sempre que precisar fazer uma pausinha lembrar que essas sugestões podem surpreender. Enjoy! ;)
Beijobeijo,
Nah!
PS: Tem outra sugestão de café/restaurante que acha que se encaixaria bem nessa lista? Comenta! Conhece as nossas indicações e gostaria de acrescentar algo? Comenta também. Sua opinião pode ajudar a deixar esse post ainda mais útil! ;)
É fácil, ao andar por Londres, tropeçar num Starbucks, Costa, Nero e outras redes de cafeterias que estão em todos os cantos da cidade.
Fato que a wi-fi do Starbucks já salvou muitas vidas (quem nunca?) em viagens. Mas se você está afim de uma experiência mais local e quer provar cafés qualidade, minha dica é que dê preferência às diversas cafeterias independentes que existem em Londres.
A cena do café em Londres cresceu muito nos últimos anos. É fácil encontrar cafeterias que vendem os melhores grãos do mundo, como os super aclamados etíopes, quenianos, asiáticos e diversos da nossa América Latina, inclusive do Brasil.
Eu sou louco por café. Já faz alguns anos que parei de comprar marcas tradicionais nos supermercados porque descobri os aromas e sabores dos grãos especiais produzidos por quem respeita a terra e a cadeia produtiva. Por sorte, ao mesmo tempo em que descobri esse universo fantástico, que em muito se parece com o das cervejas artesanais aliás (que sempre são pauta por aqui), Londres parece ter me acompanhado.
Hoje já dá pra perder a conta da quantidade de pequenas cafeterias e lojas especializadas preocupadas em oferecer bons cafés aos londrinos. A gente conheceu diversas delas e hoje trago aqui uma lista preciosa de lugares pra você conhecer e se encantar.
1. Monmouth
Um lugar apaixonante e que cheira incrivelmente bem. O Monmouth é, provavelmente, o melhor lugar de Londres pra você comprar café e levar pra casa. Os caras são coffee hunters que rodam o mundo visitando fazendas para ter contato direto com produtores da América Latina, África e Ásia e selecionar os melhores grãos.
Estão na atividade desde 1978. “Nós fazemos a torra de cafés de fazendas e cooperativas independentes. Quando provamos um café que gostamos, queremos saber de onde ele vem, quem o produz, faz a colheita e o processa”, diz o Monmouth em seu site.
São três lojas na cidade: Borough, Covent Garden e Bermondsey(todos destacados no mapinha no fim – e apresentados no site, linkado logo abaixo). Vale lembrar que além de poder levar pra casa os mais variados e incríveis grãos ou já em pó, você pode sentar tomar um café e comer algo.
Ah, outra coisa legal é que se você estiver em dúvida sobre qual comprar, pode pedir uma amostra. Eles oferecem uma dose generosa pra você ter certeza de que está levando o seu preferido pra casa.
O Monmouth é demais! Sério. Aliás, se estiver passeando pelo Borough Market o cheiro vai te sugar pra lá.
Taí um lugar imperdível pra quem curte combinar café com bicicleta.A Rapha é uma marca top de roupas e acessórios para ciclismo de estrada. Eles vivem a bike como uma verdadeira cultura. Organizam viagens de sonho pra qualquer um que pedala, eventos diversos e patrocinam o Team Sky, a mais importante equipe de ciclismo do Reino Unido. Fundado em 2010, o Team Sky foi o primeiro time britânico a vencer o Tour de France (2012). O Instagram da marca é lindo!
Já deu pra ver que a bicicleta move os caras, né? E o Rapha Cycle Club une isso ao universo dos bons cafés. Se você é como eu, apaixonado pelo esporte e louco por cafés, prepare-se para babar.A loja é demais (e caríssima, infelizmente) e a cafeteria também não decepciona.
A decoração conta com lindas bikes penduradas pela loja, cartazes de competições, fotos lindonas, camisas autografadas e TVs que transmitem provas de ciclismo ao vivo ou vídeos consagrados.
Baristas experientes comandam a casa, o que garante uma boa oferta de cafés. O cardápio de comida tem até itens pensados para refeições antes ou depois do treino. O movimento de ciclistar por lá é intenso.
O Rapha fica a poucos metros da Piccadilly Circus. Ou seja,não dá pra passar em branco.
Já escrevemos aqui sobre outro bike café em Londres, o Look Mum No Hands. Dê uma chance pra bicicleta, nem que seja em forma de café! =)
Encontrei no site da cafeteria a melhor explicação que já ouvi sobre bons cafés. “A primeira vez que você prova um café realmente muito bom pode ser como uma maldição. Com um gole suas expectativas são radicalmente transformadas. Todos os outros cafés viram nada.”
Se você gosta de café, mas nunca procurou conhecer um pouco mais sobre a diferença entre o que normalmente se compra nos supermercados e os grãos especiais, recomendo fortemente que se dedique a essa missão! =)
Fomos a uma das sete lojas do Taylor St em Londres (tem uma em Brighton, também) após um passeio por Canary Wharf com o objetivo de conhecer um lugar que havíamos ouvido falar muito bem, mas também para abrir os laptops e trabalhar por algumas horas. Se o Starbucks foi pioneiro nessa proposta, é bom saber que hoje não faltam alternativas para trabalhar remoto em lugares legais em Londres.
Em termos de variedade de cafés, o Taylor St. segue a linha do Monmouth e do Nude, que você vai conhecer daqui a pouco. O cardápio de comidinhas é bem completo e com várias coisas gostosas. A lojinha de acessórios também tem bastante coisa legal.
O movimento intenso por lá durante o almoço vem dos arredores do bairro, que concentra prédios e escritórios dos maiores bancos e firmas de investimento do mundo.
O Taylor St é um dos pioneiros da cultura do café em Londres. Existe desde 2006. Pode ir sem erro!
Esse é um café para sentar e relaxar. O reddoor é daqueles lugares apertados, mas super aconchegantes. E fica coladinho ao Greenwich Market, um dos mercados de rua mais legais da cidade.
Um lugar ótimo pra dar um relax após passear pelo mercado que vende comidas típicas de vários países, artesanato e muita coisa legal produzida por gente criativa.
O café que eles vendem vem direto do Monmouth e no cardápio rola uma variedade legal de sanduíches, bolos e comidinhas diversas. O bolo de cenoura (carrot cake) é delicioso.
O reddor tem uma prateleira cheia de livros legais, paredes coloridas, grafittis e poltronas que vão te engolir. O único risco que você corre é não achar lugar pra sentar. É bem pequeno e super movimentado.
Mais um espaço que leva o café a sério em Londres. O Nude existe desde 2008 e, bem como o Monmouth, é especializado em torrar cafés. Eles até vendem grãos dos quatro cantos do mundo para outras cafeterias.
São duas lojas na cidade (Brick Lane e Soho). Uma ótima pedida pra dar um relax após bater perna nessas duas regiões superlegais de Londres.
O que achei legal no Nude é que os baristas estão dispostos a esclarecer dúvidas, dar recomendações e falar sobre café.É um ótimo lugar para quem gosta de aprender sobre a cultura do café.
Fizemos um vídeo na loja de Brick Lane mostrando a experiência que tive ao tomar um café da Guatemala utilizando o método aeropress. Olha que legal:
Como você viu no vídeo, além do café o Nude tem algumas delícias que vale a pena provar e uma lojinha com acessórios para preparar café em casa.
E aí , gostou das sugestões? Tem alguma outra cafeteria de Londres que você recomenda? Minha lista ainda é grande. Futuramente vou contar sobre outros lugares, combinado?
Lembrando que já escrevemos sobre dois outros cafés bem originais pra você ir além das grandes franquias.
Todos as cafeterias citadas neste post (e suas várias lojas) estão mapeadas abaixo. No total, são 18 lugares para você saborear bons cafés, quitutes gostosos e mergulhar nessa cultura.
Não adianta: brasileiro carnívoro que curte uma picanha sangrando, uma costela desmanchando, uma alcatra saborosa acaba sonhando com churrascaria quando está passando uma temporada um pouco maior em Londres.
Como a gente sempre diz, ao contrário do que falam as más línguas, come-se bem em Londres, sim, só que às vezes a memória gustativa do temperinho brasileiro manda um sinal e a boca saliva só de pensar NAQUELA carninha. :)
Quer dizer, claro que isso não deve acontecer com dez entre dez brazucas na Terra da Rainha, mas o departamento de pesquisa do Pra Ver em Londres estima que a média de sofredores de saudade de um bom rodízio seja… bem elevada. #precisão
Mas dá, sim, para matar aquela que te mata. Basicamente, por meio de duas opções:
Comprar carne nos açougues brasileiros e comer em casa;
Ir atrás de uma churrascaria brasileira e ser feliz em um rodízio completo.
Duas excelentes opções, não?
A gente já se aventurou em ambas (dica de açougue no fim do post!), mas o foco de hoje é a segunda alternativa. Vem com a gente conhecer o Rodizio Preto!
Rodizio Preto Putney
Fazia tempo que estávamos buscando uma desculpa para enfiar os dois pés na jaca em uma churrascaria brasileira. Ela apareceu em um sábado ensolarado com cheiro de churrasco! A desculpa? O blog, claro. Não podíamos deixar nossos leitores sem uma dica de onde comer carrrrne, né? =D
Sabíamos que as duas grandes “redes” de churrascarias típicas brasileiras em Londres chamavam-se Preto e Rico. Pesquisamos, conversamos com alguns amigos e decidimos experimentar a carninha do Preto que fica em Putney – há outros restaurantes da rede espalhados por Londres. Detalhes no fim.
Sacamos nossos Oysters da carteira e nos mandamos para lá.
A área em que o Preto Putney fica rende um passeio bem legal. Ruas agradáveis, lojinhas bacanas e um pub de cerveja artesanal incrível que… estará no nosso guia de pubs de Londres – tá quaaaase pronto! ;)
E o passeio ajuda, claro, a deixar a fome ainda maior. Dia de rodízio é dia de tirar a barriga da miséria, né, gente, então é bom estar com fome de leão antes de sentar para esperar os espetos. hehe
E era assim que estávamos quando finalmente entramos no Preto.
Era cerca de meio-dia e o movimento era fraco. Rolava Bruno e Marrone na tevê, o buffet estava repleto de frutas tropicais, logo avistamos cachaças e cervejas brasileiras no bar (além de Guaraná Antarctica, claro) e os primeiros espetos já saíam da cozinha.
30 segundos depois que nossos amigos que nos acompanhariam no almoço chegaram, viramos nossa fichinha para o lado verde e começamos a orgia gastronômica.
Preto: nossa avaliação
Arroz, feijão, estrogonofe, polentinha, pão de queijo, milho, uma boa variedade de saladas, frutas… só o buffet já era capaz de fazer um “prato de pedreiro”. E um prato gostoso, viu?
Mas o sonho era a picanha vermelhiiinha, vermelhiiiinha. E ela veio! E por um segundo o mundo lá fora desapareceu e a vida não podia ficar melhor. hahaha #Aexagerada
Teve linguicinha, coração, alcatra, cupim… mas nada superou a picanha, que tinha seu primeiro corte disputado a facada pelos nobres componentes da nossa mesa. É, tô exagerada mesmo. Mas gente, é picanha, pô! :)
Estávamos tão concentrados em comer bem que, obviamente, ficamos devendo uma sessão de fotos caprichadas. Mas você entende, né?
No fim, posso dizer que curtimos bastante o rodízio do Preto. A qualidade das carnes era boa (não tão boa quanto você vai comer em boas churrascarias brasileiras, mas bem digna!), fomos super bem atendidos (garçons portugueses), o buffet nos fez matar outras saudades gastronômicas brasileiras e brindamos com uma caipirinha caprichada e um pudim de leite no prato (combinação que só a emoção do momento permite).
Pagamos £19.90 no rodízio completo – um preço bem justo para quem come bem. Com o adicional do serviço e com as bebidas, nossa conta ficou em £70, e o Preto ganhou o direito de ser recomendado aqui.
E aí, ficou com vontade? O site do Preto tem todas as informações que você precisa para programar sua ida (inclusive o menu e os outros endereços da rede). Aproveite! ;)
Endereço: 31-33 Putney High Street – London SW15 1SP
Estação de metrô mais próxima: Putney Bridge (District Line – verde)
Açougue brasileiro em Londres
O açougue brasileiro em Londres em que compramos carnes para o Natal fica em Harlesden e se chama Açougue Ki Carne – ou açougue do gaúcho. Informações aqui.
Uma das primeiras dicas que qualquer pessoa recebe quando diz que vai a Londres é esta: “não deixe de comer fish and chips, é um clássico da culinária britânica”.
De fato, o combo peixe + batata (e às vezes um purê de ervilha – ou ervilha “in natura”) é bastante comum na terra da Rainha – e realmente uma boa pedida para acompanhar uma cervejinha em um pub -, mas definitivamente esse não é o único item do cardápio local que alguém deveria saborear em seus dias na lovely London – mesmo se a viagem for no estilo “econômico”.
Outro prato tradicionalíssimo e perfeito para quem quer experimentar uma delícia da gastronomia britânica sem ir à falência chama-se “pie and mash”, ou torta e purê, no bom Português.
A História conta que a tradição de comer pie and mash nasceu no início do século XIX. Era um prato gostoso, nutritivo, rápido e fácil de ser preparado e, principalmente, acessível financeiramente aos trabalhadores que não tinham lá muitas Rainhas em seus bolsos.
E até hoje é assim. Você pode comprar tortas nos supermercados, em pubs ou, ainda, nas Pie Shops, as lojas (quase) 100% focadas no tradicional prato da culinária britânica.
A dica de hoje é justamente uma das mais tradicionais Pie Shops de Londres.
Goddard’s at Greenwich
No coração do adorável bairro de Greenwich (servido por uma estação de trem e uma de DLR – detalhes no fim), em uma das esquinas do Greenwich Market, está Goddard’s at Greenwich, uma casa de tortas que iniciou sua história em 1890 e que mantém até hoje a tradição de só oferecer tortas feitas a mão e com ingredientes britânicos superselecionados.
Nesse endereço, o restaurante funciona desde 2012, mas pela decoração, por fazer uma torta legitimamente britânica e por ter um cardápio bem clássico, qualquer um poderia jurar que a família Goddard’s já servia suas delícias naquele pedacinho de Londres ainda no século XIX.
Depois de vários meses morando ali pertinho, em uma quarta-feira ensolarada, assim que saímos do Cutty Sark (navio-museu que fica ao lado – calma, logo tem post! ;), resolvemos parar para almoçar no Goddard’s. E a experiência foi, com certeza, inesquecível. Tanto é que resolvemos indicar pra você! :)
Nossos pedidos
Já que tudo no Goddard’s respira tradição, nossos pedidos seguiram a mesma onda. Fomos das clássicas “Steak & Ale Pie & Mash” (£ 4,10) e “Steak & Kidney Pie & Mash” (£ 3,90):
E, olha, curtimos bastante. Bem servidas e saborosas.De todas que provamos até o momento, só perde para a que consideramos a melhor do mundo, que comemos em York (detalhes neste post). Olha só:
#aiquesaudade
Mas, enfim, voltando ao Goddard’s… :)
Super vale a pena entrar, sentir-se em uma viagem no tempo, pedir uma torta no balcão, escolher uma mesa e sentar para saborear mais essa iguaria britânica.
Uma coisa que a gente notou e que achou bem legal é que o restaurante é frequentado por todo tipo de gente. Enquanto estávamos lá, vimos de engravatados a operários com roupas de trabalho, jovens e idosos, ingleses e turistas. Ah, e também vale dizer que vegetarianos têm opções deliciosas para saborear, como “cheese and onion” (cebola e queijo, sabor que eu adoooro!) e uma versão de soja. Viu como agrada a gregos e troianos? :)
Localização, preço, sabor, opções, experiência… tudo incrível. Só não demos 5 estrelas porque a torta que comemos em York não deixou. Mas recomendamos demais. Até porque essa pode ser uma parada estratégica em um dia delicioso por Greenwich (que tem várias atrações bacanérrimas, como o parque de mesmo nome, o mercado, o meridiano, o Cutty Sark… e muito mais – mas isso é assunto para outros posts! ;).
Ah, e não somos só nós que curtimos o Goddard’s, não. No ano passado, a “Steak & Ale pie” deles ganhou medalha de ouro no British Pie Awards (a notícia na íntegra tá aqui)! Que tal, hein?
Por último, destaco que a “carta de sobremesas” deles também é bem interessante. Vamos ficar devendo uma foto porque e uma avaliação porque a gente não comeu nada, mas deixo aqui o link com o cardápio para que você possa conhecer tudo que eles oferecem.
Partiu Goddard’s? :)
Faça sua própria pie & mash
Sempre que eu leio um post tipo esse, fico mortinha de vontade de comer a comida indicada tipojá. E aí que pensei que podia acontecer o mesmo com você, então resolvi pedir ajuda ao Jamie Oliver para fechar o post de hoje com chave de ouro. Amigão, apresenta aí uma receita de pie que a galera possa fazer em casa, vai! hihi
(Ficamos sem a parte do “mash” porque esse é mais simples, né? :)
Vai encarar o desafio? :)
Se sim, depois manda uma foto da sua torta para o nosso e-mail (contato@praveremlondres.com.br). Quem sabe você não ganha um presentinho especial? ;)
Bom apetite!
Beijobeijo,
Nah
PS: Se você tem outra pie shop em Londres para indicar, deixa um comentário. É sempre bom reunir dicas relacionadas ao post! ;)
PS2: Quer saber qual é o pie and mash preferido de David Beckham? Clique aqui.
Hoje a bike chega acompanhada de uma dica pra você conhecer um café muito legal em Londres. Um espaço criativo com uma proposta bem diferente na região de Old Street. O Look Mum No Hands é um mix de café / bar / oficina de bikes / loja de acessórios / espaço de coworking.
A casa abriu em 2010, na mesma época em que o sistema de bikes públicas de Londres começou a operar, e foi o primeiro estabelecimento do gênero na cidade, que hoje conta com diversos outros bike cafes.
É claro que uma visita ao LMNH vai ter um charme extra se você curte e vive a cultura da bike, mas independente disso segue sua leitura porque a dica é boa de qualquer jeito!
Logo que você entra já vê a oficina dividindo o espaço com o ambiente do café.
O ambiente é todo inspirado e dedicado às magrelas. Quadros, cartazes, flyers divulgando pedaladas, livros de ciclistas e assim por diante. Além disso, quando rolam grandes competições como o Tour de France eles esticam um telão e transmitem na íntegra. Vez ou outra rolam uns filmes de ciclismo também.
A música ambiente vai de Marley a Dilan, passando por muita coisa boa. Um detalhe legal é que você pode até emprestar cadeados deles pra prender sua bike na área externa. Eles criaram isso pra ajudar os vários esquecidos que chegam sem o locker. Se você leu o post da bike roubada sabe que Londres não é bem uma Copenhagen em termos de segurança das magrelas. Então, ponto pros caras pelo cuidado com o cliente! =)
Mas o que mais curtimos no lugar (e que fez a gente voltar) é que o ambiente foi todo pensado para que você leve seu laptop pra trabalhar/estudar. Um balcão que se estende por toda a janelona com vista pra rua tem diversas banquetas, uma bela vista de Londres acontecendo na Old Street e, claro, uma tomada pra cada “estação de trabalho”.
O cardápio é meio natureba, meio vegan.Rolam saladas, pratos quentes com uma pegada saudável, tortas, bolos… tudo feito ali mesmo! Tem opção pra comer a qualquer hora do dia. Mas você pode cogitar tomar umas boas cervejas também. A casa é muito bem representada por uma carta de cervejas artesanais made in London.
E se você gosta de saborear um bom café vale dizer que isso é assunto sério por lá. Os grãos utilizados são comprados da Square Mile, empresa que é referência na indústria do café em Londres. Eles atuam em diversos segmentos relacionados ao café, inclusive com importação e torra dos grãos (por lá chegam cafés dos melhores produtores do mundo).
Sem muito mais a falar a não ser honrar o LMNH com 5 estrelas no índice de avaliação do Pra Ver Em Londres e sugerir que você vá até lá e depois conte pra gente se a dica valeu, combinado?
Como chegar
O Look Mum No Hands que a gente foi fica a 10 minutos de caminhada a partir da estação de Old Street, por onde passa a Northern Line, linha preta do metrô. ;)
Se você preferir chegar de ônibus, neste link você confere as linhas que passam próximo à estação.
Copia e joga no Google Maps pra não se perder: 49 Old Street London EC1V 9HX
E eles já estão com uma segunda casa operando – e com um pop-up em South Bank. Visite o site para saber mais e programar sua passadinha por lá.
João
P.S.
Eu tenho uma missão pessoal de inspirar pessoas a pedalarem. Desde que comprei minha primeira bike na vida adulta, há uns três anos, vi minha vida mudar muito em razão do novo hábito.
Pelo lado físico/saúde hoje tenho mais fôlego e disposição, disciplina e toda aquele pacote de coisas boas que a rotina da prática de esportes traz.
A bicicleta, além de agilizar os passeios, te apresenta a cidade de uma forma única. Vai por mim! Se você ainda olha torto para a bike, dê uma chance a ela… Nada melhor do que uma viagem pra inspirar o início dessa relação. =)
Encerro este post deixando você com um vídeo publicitário do Look Mum que conta um pouco de sua história. Uma bela produção, aliás.
Nossa caça às melhores cervejas de Londres já nos rendeu algumas boas surpresas.
Em um sábado qualquer de inverno seguimos rumo a Hackney pra conhecer a Crate Brewery.
Fiquei sabendo da cervejaria batendo um papo com um cara da Utobeer, uma espetacular loja de cervejas no Borough Market – que já te apresentamos aqui. Ele me confidenciou seus lugares preferidos pra tomar uma boa artesanal Londres adrento. Dica melhor que uma dessa não há, certo?!
A Crate vale a visita já antes de você chegar. Descemos do overground em Hackney Wick, área industrial meio abandonada meio alternativa no leste londrino. Quando saímos da estação parecia que estávamos em uma cidade fantasma…
Um ‘senhor’ vento gritando no ouvido, quase ninguém na rua e um ‘pra que lado vamos?’ no ar. Talvez em um dia de semana a região seja mais movimentada, mas é sempre legal encontrar esses lugares meio largados em Londres.
Grandes depósitos e oficinas mecânicas dividem o espaço com gente criativa que vive em barcos e se diverte colorindo muros e fachadas.
A Crate Brewery
A Crate fica à beira do Lee River que, ao menos por ali, é um calmo canal e está a 20 metros de uma bela vista para o Estádio Olímpico. Um pôr do sol naquela região é daquelas coisas que fazem a vida valer a pena.
Já na Crate, que estava bombando, nos sentamos ao lado de uma jovem família com uma pale ale local na mão.
Antes de ir pra lá eu havia pesquisado que a pizza dos caras seria digna de um Cinco Estrelas no Guia Pra Ver Em Londres de qualidade.
E era!
A pizza faz a visita valer mesmo pra quem não curte cerveja. Massa fininha, molho muito saboroso e vários sabores no menu. Eles assam ali mesmo em um grande forno de pedra. A cozinha está no mesmo ambiente do bar .
A Crate leva cinco estrelas no nosso crítico grau de avaliação por todo o conjunto da obra: cerveja bueníssima, comida, ambiente e astral. Vai sem erro! Os pints ficam entre £3.50 e £4. As pizzas, se não me falha a memória, entre £11 e £15. Em tese são individuais, mas quebram um bom galho pra um casal.
Quer fazer um tour de pubs em Londres dedicado à cerveja artesanal?
A gente criou a “Rota da cerveja artesanal em Londres”, um tour guiado pela gente em que visitamos alguns pubs incríveis que a gente selecionou a dedo pra você degustar algumas das melhores cervejas de Londres e do mundo! O tour combina os pubs com um passeio a pé pelos arredores da Tower Bridge. No trajeto, contamos curiosidades e fatos históricos sobre a cidade. Para saber mais detalhes dá o play no vídeo ouclica aqui.
Um passeio diferente pelos arredores do Parque Olímpico
Voltando à Crate: Se você não ficar ali por horas tomando todas, o que é bem tentador, vale esticar o passeio pelo canal pra admirar a região, cheia de arte nas ruas e casas-barco no rio. Quem nunca quis morar numa dessas, hein?
A uns 15 minutos de caminhada pelo canal a partir da Crate (mapa no fim do post) você chega ao Stour Space, uma galeria de arte/espaço dedicado a empresas criativas em desenvolvimento.
Lá dentro fica o café The Counter, onde você pode tomar um bom café coado na hora com grãos especiais e saborear um bolinho de cara para o Estádio Olímpico. E com preços bastante justos. Uma coisa muito legal de lá é que eles fazem a torra do café ali mesmo quase que diariamente. Se você gosta de café em um nível elevado como eu vai curtir demais!
Pode incluir sem medo esse ‘tour’ na agenda pra curtir um dia diferente e cheio de coisa boa feita em Londres e para Londres.
Como chegar
Crate Brewery: The White Building, Unit 7, Queen’s Yard, E9 5EN,
A forma mais fácil de chegar é via Stratford. A estação de Hackney Wick fica a uma parada da estação construída para atender a demanda das Olimpíadas. Os mapas abaixo ilustram o caminho.
Mas sempre vale a dica de usar a ferramenta do Transport for London (TfL) para traçar sua rota.